| 
           
        
        ...quantas vezes eu, que não tenho nome, 
        afagando-a com meu olhar enleado e seduzido olhando-a da Ria, do Canal 
        das Pirâmides ou da Ponte da Gafanha, quando o sol lhe branqueia o 
        casario na arriba contra o fundo arrocheado do Caramulo, quantas vezes 
        eu lhe tenho dito: 
        
        – Minha garça! Minha garça, que poisaste 
        onde eu nem sei se é terra o que vejo, se ainda é mar ou se é já o 
        céu!... 
        
        ALBERTO SOUTO 
        
        
           |