PLANO DE ACTIVIDADES PARA O ANO 1999/2000
Limitações
do plano
Este é o primeiro plano apresentado nas condições
definidas para o novo modelo de gestão das escolas. Trata-se do
primeiro plano de actividades apresentado pelo Conselho
Executivo que se sujeita à discussão e aprovação ou reprovação
pela Assembleia de Escola. Ainda não vai ser aquilo que deve ser
um plano como instrumento de gestão, definidor de metas próprias
da escola com prazos bem determinados. De facto, temos de
assumir que a maior e mais importante parte da actividade da
escola está pré-definida pela configuração de escola pública que
foi sendo criada em conformidade com directivas centrais e para
suprir necessidades educativas definidas num quadro regional e
nacional e não pode nem deve ser facilmente alterada. Também é
verdade que a organização escolar não tem qualquer autonomia
financeira que lhe permita apresentar um orçamento autónomo de
suporte a iniciativas de grande porte. Em todos os planos anuais
anteriores, a direcção da escola – Conselhos Directivo e
Pedagógico – tem assumido essa parte importante e decisiva da
actividade da escola como uma referência, que ao nível do plano
de actividades se transforma em breve referência escrita, ao
mesmo tempo que desenvolve a lista de intenções dos diversos
colectivos da escola, principalmente dos grupos de docência e,
em menor escala, actividades dos próprios conselhos e ou de
grupos de pessoas. Afinal, cada plano de actividades não tem
sido mais do que uma lista de actividades, sem custos ou com
poucos custos, que são indicadas à partida, Raramente ou mesmo
nunca são orçamentadas e a direcção não tem outro papel que não
seja o de facilitador das iniciativas. Vai-se fazendo o melhor
que se sabe, vai-se vendo o que se pode fazer, aprecia-se
subjectivamente e nem têm de se prestar contas pelo que acontece
nem pelo que não acontece, apesar de prometido. Este plano ainda
vai ser do mesmo tipo no essencial, porque não sabemos e não
podemos fazer muito mais do que isso.
A escola que acontece
▪ Serviços de educação e ensino regular
Até ao fim deste ano lectivo 1999/2000, a escola
regular garante serviços de ensino básico (ao nível do terceiro
ciclo) e de ensino secundário.
a) Os serviços de 3.º ciclo do ensino básico são
prestados a uma população escolar provenientes das freguesias da
Glória, Vera Cruz e S. Jacinto, sendo a proveniência ditada
tanto pela efectiva residência como pelo local de trabalho dos
pais ou de algum dos pais. Mas convém esclarecer que se
admitiram alunos para frequentar o .º ano de escolaridade nesta
escola porque a Escola João Afonso
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de Aveiro não comporta todos os alunos do ensino básico destas
freguesias, O ensino básico limita-se a 8 turmas, sendo duas do
7.º ano e três em cada um dos 8.º e 9.º anos de escolaridade.
b) Os serviços de ensino secundário são prestados
a uma população de proveniências geográficas mais
diversificadas. Uma parte significativa da população proveniente
das freguesias da Glória e da Vera Cruz ou de S. Jacinto, quando
prossegue estudos nos agrupamentos científico-naturais ou
humanísticos, pode escolher entre as três escolas de Aveiro que
oferecem os mesmos serviços. E, por isso, a sua proveniência
social e as razões da escolha da escola podem variar
consideravelmente de ano para ano e não pode ser caracterizada
por qualquer comportamento estável na escolha. Os estudantes que
se candidatam à frequência do agrupamento de arte e design ou
dos cursos tecnológicos de qualquer dos agrupamentos são
provenientes do concelho de Aveiro, mas também de vários
concelhos limítrofes. A escola mantém em funcionamento 37 turmas
do ensino secundário, 13 turmas em cada um dos 10.º e 11.º anos
e 11 no 12-º ano de escolaridade.
As condições de prestação destes serviços estão
no fundamental pré-estabelecidas a este plano e a maioria dos
docentes ligados a estes serviços na sede são professores do
quadro de nomeação definitiva.
▪▪ Uma psicóloga escolar assegura serviços de
acompanhamento psicológico e de orientação escolar e
profissional, uma professora dá apoio aos casos de alunos com
necessidades educativas especiais e um técnica ligada a
projectos do Instituto de Emprego dá apoio aos estágios e à
orientação profissional dos estudantes. Estes técnicos trabalham
em ligação estreita com os Directores de Turma. No próximo ano,
mantemos a continuidade destes serviços.
Serviços de ensino recorrente.
Também estão pré-estabelecidos em relação a este
plano os serviços de ensino recorrente que se prestam não só na
sede, mas, por acordos com organizações das comunidades, também
em vários pólos: dois em S. Jacinto (com uma extensão à Bósnia
onde se acompanha o estudo de soldados deslocados), um no
estabelecimento prisional, um em Santa Joana, um em Nariz, um em
S. Bernardo e outro em Oliveirinha.
No plano de actividades para 2000, garante-se a
continuidade da prestação destes serviços nas condições
pré-definidas pelos acordos celebrados entre a escola (com
representação do CAElDREC) de as instituições que nas
comunidades apoiam e promovem iniciativas de educação dos
adultos.
Nos serviços de ensino recorrente da sede, a
maioria dos docentes são dos quadros de nomeação definitiva. A
prestar serviços nos pólos encontram-se, maioritariamente,
professores contratados para prestar serviços nesses locais.
Serviços de formação de professores
A escola presta serviços de formação (inicial
prática) proporcionando estágios a estudantes das licenciaturas
em ensino da Universidade de Aveiro e de Coimbra. Os serviços de
orientação pedagógica são assegurados por docentes dos quadros
de nomeação definitiva, com excepção de dois casos. Para a
formação contínua, a escola está associada ao Centro de Formação
José Pereira Tavares,
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cuja direcção pedagógica integra. No plano de actividades para
2000, pretende manter estes serviços e associações, bem como
apoiar as actividades com eles relacionadas. A escola apoia e
apoiará todas as iniciativas dos organismos regionais e centrais
– departamentos, direcções e coordenações – do Ministério da
Educação ou de outros ministérios que visem a formação de
professores.
A direcção
A direcção central de todos estes serviços é
assegurada pelo Conselho Executivo, por dois assessores e um
coordenador. Uma assessora trata de toda a escola regular
acompanhada por duas coordenadoras (das direcções de turma) e
pelos directores das turmas. Outro assessor trata de todos os
cursos nocturnos do ensino recorrente, em colaboração estreita
com uma coordenadora geral dos pólos e vários coordenadores
pedagógicos.
Ao nível da gestão e articulação curricular, os
serviços de ensino são coordenados por departamentos
curriculares. Os coordenadores dos departamentos curriculares
integram o Conselho Pedagógico, onde também estão os
coordenadores das direcções de turma e um coordenador do ensino
recorrente, bem como representantes dos orientadores pedagógicos
e dos projectos existentes na escola.
Assim vai continuar, no essencial.
Os Serviços de Administração Escolar, na sede,
asseguram todos os serviços de apoio e controle administrativo à
sede e a todos os pólos, bem como são assegurados pela sede a
prestação dos serviços de apoio da reprografia. O pessoal
auxiliar de acção educativa concentra-se na sede, à excepção de
uma tarefeira que apoia o pólo que funciona no salão paroquial
de S. Jacinto. Em todos os outros pólos, eventuais serviços
auxiliares são providenciados pelas Juntas de Freguesia ou pelos
dirigentes das instituições.
A escola que se faz acontecer
Com poucos meios e sem uma planificação
antecipada, iniciativa por iniciativa, algumas medidas com
grandes implicações no futuro têm sido sistematicamente
prosseguidas.
Instalações e equipamentos
Por um lado, a direcção tem vindo a insistir com
sucesso na restauração das instalações. As últimas obras
realizadas foram as instalações sanitárias dos alunos e o campo
de jogos. Para o próximo ano, a insistência da direcção vai para
a renovação da oficina de artes e do soalho ou piso do ginásio
da escola, para a construção de instalações sanitárias, agora
para professores e restantes funcionários, e para a
reorganização de espaços com vista à instalação dos serviços de
administração escolar e sala de funcionários não docentes. Ao
mesmo tempo, procura-se criar algumas condições de trabalho para
os dirigentes de todas as organizações intermédias. A renovação
das instalações tem em vista a necessidade, não só de criar
melhores condições de trabalho para os serviços de administração
escolar, mas também para alterar radicalmente o atendimento dos
utentes dos serviços. No que respeita ao equipamento, têm sido
feitos esforços sistemáticos no equipamento a um nível mínimo de
diversas salas específicas. No ano que ora finda, renovaram-se
equipamentos de salas de informática, tanto na sede como nos
pólos, sala de estudo, etc., e laboratórios (incluindo o
laboratório de Matemática). Mantém-se sempre a actualização da
biblioteca, procurando responder a novas necessidades (incluindo
as
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necessidades dos pólos).
Atendimento e ligação à comunidade educativa.
A prestação dos serviços de ensino recorrente
constitui uma ligação importante às comunidades e a afirmação de
uma verdadeira política de serviço público. De facto, a forma
como as autarquias e outras instituições participam das
iniciativas e dos processos de instalação dos diversos pólos
cria uma nova forma de colaboração e de interacção. A escola
continuará a participar dos processos de animação social
comunitária e manterá uma real disponibilidade para todos os
projectos apresentados pelas diversas instâncias das comunidades
do concelho de Aveiro, procurando reforçar por todas as formas a
sua colaboração com as autarquias e fará esforços especiais para
aprofundar a cooperação e criar novas formas de colaboração com
a Câmara Municipal. Mas os esforços feitos em torno da afirmação
da autonomia das Direcções de Turma e da participação dos pais e
encarregados de educação têm tido resultados muito positivos. A
escola vai fazer esforços no sentido de melhorar todos os
serviços de ligação aos pais e encarregados de educação e
procurar novas condições para novas formas de atendimento dos
pais e novas modalidades de efectiva participação dos membros da
comunidade educativa na vida da escola. Com vista à preparação
do ano lectivo 2000/2001, vamos insistir em medidas de melhoria
do atendimento, que passam por renovação de instalações, mas
também por novas experiências com a figura de tutor e de
professor acompanhante de grupos de alunos ou de projectos de
estudo e investigação. Insistiremos ainda na preparação a médio
prazo de iniciativas (científicas ou não) viradas para a
formação científica e humanística dos alunos. Por exemplo, deve
haver escolhas temáticas e preparação de visitas para Novembro
de 2000 que não dependem da iniciativa e acordo prévio dos
alunos, mas têm guiões de estudo decididos pelos departamentos
para os diversos cursos. E podem preparar-se, desde Janeiro,
campanhas e projectos para o ano lectivo 2000/2001.
Novas formas de estar, novos serviços aos
estudantes
A criação da sala de estudo como um espaço em que
há um verdadeiro e desejado atendimento dos alunos, sem a marca
das aulas, é o primeiro passo de uma série de outros passos que
é preciso dar para melhorar a prestação dos serviços de ensino
aos estudantes. A escola vai prosseguir na melhoria dos espaços
existentes – biblioteca e sala de estudo – e particularmente
insistirá na melhoria dos serviços prestados. Insistiremos na
necessidade da animação da biblioteca a partir da leccionação
das disciplinas e no desenvolvimento de competências ligadas à
utilização da biblioteca, dos computadores, internet, vídeo e
televisão, da sala de estudo.
Insistiremos no ensino e aprendizagem virados
para a consulta das fontes, em métodos de estudo, em leitura e
estudo acompanhados. Iniciaremos os serviços de substituição dos
professores em falta e criaremos sistemas ou facilidades de
utilização das salas livres pelos alunos do 12.º ano para estudo
e trabalhos de grupo. Com grupos de estudantes e com a sua
Associação, procuraremos valorizar os espaços frequentados pelos
estudantes fora das aulas. Utilizaremos a limpeza e higiene como
demonstração de interesse e a animação e participação artística
como forma de mobilização com vista à criação e manutenção dos
espaços e das suas construções.
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As iniciativas autónomas
▪ dos Departamentos
O Conselho Executivo, à semelhança dos conselhos
directivos em anos anteriores, constitui-se como facilitador das
iniciativas dos departamentos curriculares. Há uma grande
diversidade de iniciativas dos grupos disciplinares que merece
ser realçada. Cada uma dessas iniciativas pode e deve ser
realizada e pode adquirir uma visibilidade própria. As
autorizações e os apoios para cada uma das iniciativas têm de
ser decididas, caso a caso, para não se atropelarem e para não
colocarem em risco as actividades lectivas.
▪ dos Núcleos de Estágio
Saúda-se o trabalho conjunto dos núcleos de
estágio que apresentaram um plano conjunto com várias
iniciativas por cada disciplina, e viradas para estudantes e
docentes. Tudo será feito no sentido de facilitar e apoiar a
iniciativa dos diversos núcleos.
▪ das Direcções de Turma
Os projectos de área-escola das diferentes turmas
e as suas apresentações públicas, a sala de estudo e as visitas
de estudo aprovados pelo Conselho Pedagógico mobilizam a escola
e a comunidade. Constituem uma parte importante das intenções
deste plano de actividades.
▪ das Coordenações do Ensino Recorrente
Pela primeira vez é apresentado um plano global
de iniciativas autónomo por parte das coordenações do ensino
recorrente. Aprova-se o plano para ser realizado sob a
coordenação do Assessor responsável que será facilitador das
iniciativas mas garante de decisões equilibradas no sentido de
não prejudicar o ensino.
▪ dos Clubes
Os clubes escolares em funcionamento –
Fotografia, Museu, Leitura, Francês, Artes de Bordado –
apresentaram as diversas actividades para 2000 com estudantes e
professores. Aprova-se o projecto autónomo de cada um dos clubes
em funcionamento e autoriza-se a iniciativa para a instalação de
um novo Clube: Multimédia. Apoiam-se também as iniciativas dos
projectos Riscos & Ecos, bem assim como todos os projectos de
animação científica, humanística ou artística dirigidos aos
alunos, professores, funcionários ou comunidade educativa.
▪ dos funcionários não docentes
Pela primeira vez, os funcionários não docentes
apresentaram iniciativas autónomas como parte do plano de
actividades. Aprovam-se.
A tensão não superficial.
Se este plano de actividades é ainda, e no
fundamental, garantia da continuação da prestação de serviços de
ensino pré-estabelecidos e garantia facilitadora para a
iniciativa autónoma dos diversos grupos de intervenientes na
escola, com o registo de algumas entradas importantes, já contém
em si novos elementos de instrumento de gestão;
As medidas propostas a nível de instalações e de
organização:
▪ equipamento dos laboratórios de biologia e
reorganização ou revalorização das salas em que estão instalados
\item renovação das oficinas de arte da ala sul e do piso do
ginásio
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▪ construção de instalações sanitárias para
funcionários docentes e não docentes
▪ obras de reorganização de espaços com vista à
instalação dos serviços de administração escolar
▪ sala digna para funcionários não docentes
estão ligadas a mudanças no atendimento dos
serviços, o que exige um acompanhamento com formação e a
participação na decisão dos diversos intervenientes.
Estas medidas são para ser executadas em tempos
diferentes, têm consequências importantes ao nível da
organização escolar, dependendo do apoio do Centro da Área
Educativa / Direcção Regional de Educação, e implicam estudo do
impacto nas ofertas de serviços de ensino com a redução de salas
de aula. As medidas têm de ser acompanhadas com iniciativas de
apresentação e debate com a comunidade educativa.
Acompanhamento
e avaliação
As iniciativas autónomas já calendarizadas e as
iniciativas centrais têm de ser relatadas e serão avaliadas pela
Assembleia de Escola. Lamenta-se não haver condições para
apresentar calendários precisos para as diversas realizações
centrais. As diversas organizações e o Conselho Executivo
apresentarão relatórios à Assembleia sobre a execução do plano
aprovado. Mas solicita que a Assembleia constitua comissão de
acompanhamento das medidas centrais do plano que não se limite a
assistir mas participe na mobilização de vontades para forçar as
realizações que não podem ser suportadas pela escola nem podem
ser executadas sem autorização.
(seguem-se no texto original os quadros
descritivos das actividades)
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