VISITA DE ESTUDO A UM ARRASTÃO
No dia 13 de Março, fomos até à Gafanha da Nazaré
para visitar um arrastão. Este género de barco pesca peixes
muito variados, como por exemplo raia, red-fish, solha,
bacalhau, etc. Há dois tamanhos de redes, consoante o peixe que
se quer pescar. Há portanto redes grande e pequenas, que variam
com o tamanho do peixe.
Quando se atiram as redes, elas têm umas bóias
que ficam à superfície para depois o barco passar pelo mesmo
local e arrastar o peixe. As redes têm também umas bolas de
ferro que vão pousando no chão e vão sendo arrastadas para que
não haja obstáculos à frente da rede.
A rede está enrolada numa espécie de cilindro e
está presa por uns cabos. Ao desenrolar a rede do cilindro, os
cabos vão atirando a rede para o mar.
Há peixes que só "andam" a 100 metros de
profundidade. Para esses peixes há umas redes especiais, que vão
a essa profundidade. Esta rede é controlada devido à velocidade
a que o barco anda. Depois de se ter lançado a rede, deixa-se
algum tempo no mar, para que os peixes sejam pescados. A seguir
dá-se a volta ao barco, e vai-se recolhendo a rede para dentro
de uma portada, onde se vai recolher o peixe. Quando vão à pesca
costumam estar fora 150 dias (5 meses), pois é o tempo do
contrato e é o tempo que, normalmente, este tipo de pesca
demora. Este barco costuma ir pescar para os
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lados da Noruega. Temos um barco português, que é o barco Santa
Joana, daqui de Aveiro, que já foi à cidade de Tjorvag.
Continuámos a nossa visita, mas desta vez
entrámos no barco e descemos até ao primeiro porão. Lá faz-se a
selecção dos peixes, por tamanhos e qualidades. Depois de
seleccionados, os peixes vão ser congelados durante duas horas e
meia a – 3º C. Quando o peixe já está congelado, vai ser
demolhado em água, para formar uma espécie de vidro, de modo a
que, quando se levar o peixe para o tombadilho, ele não perca
peso. Depois vai-se encaixotar o peixe, para se levar para o
segundo porão, que pode transportar 550 toneladas de peixe.
A seguir fomos ver os camarotes. Ficámos
encantados ao reparar que todos tinham vídeo e televisão. Dentro
do barco, há também um salão de convívio que tem também uma
televisão e um vídeo. Fomos ainda até à sala de comandos. Aqui
reparámos que este tipo de barcos tem radares para detectarem
todos os pontos altos, como por exemplo a Serra da Boa Viagem,
que se encontra perto da Figueira da Foz. Têm também o GPS, que
é um equipamento muito importante para eles. Os VHF servem para
contactar os outros barcos. Além destes instrumentos, eles têm
muitos mais, através dos quais podem falar por rádio com os
familiares, que falam por telefone.
Ficámos também a saber que um navio que esteja a
navegar na ria tem de passar entre as bóias verdes e as bóias
vermelhas.
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