A testemunha. O testemunho
Bob Marley foi um
revolucionário da música jamaicana. Inovou quer na letra, quer na música
e adaptou-a ao ouvido mundial.
Era crente na cultura Rastafari, na qual baseou muitas
das suas canções. "Jah Lives" foi talvez a mais marcante canção de Bob
pós morte do grande Imperador Haile Sellassie I, onde o cantor apela ao
ouvinte na crença de Jah, dizendo que este está e continuará vivo! Jah,
o Deus todo-poderosos, o Deus-Rasta ilumina-nos a nós rastas com o seu
cálice de ganja, a nossa erva sagrada, enquanto esperamos pela rendição
de África.
Enquanto esperamos, podemos ouvir Bob cantar "Africa
Unite, cause the children wanna come home", ou então "Exodus, the
movement of Jah people".
Ao acabar um "splif" podemos dizer que temos que ter "kaya"
outra vez, e logo começamos a enrolar um pouco da nossa "little herb".
Eles dizem que nos faz mal, que nos torna rebeldes, mas rebeldes contra
o quê? Se nos sentimos bem com ela, se ela nos torna a vida melhor,
porque havemos de viver sem ela?
Talvez porque nos faça mal e só por essa razão poderíamos
viver sem ela. Toda esta contradição que surge neste pequeno desabafo
aparece quando pensamos no que aconteceu ao Bob que morreu com 15
cancros. Será que queremos acabar como ele?
Podemos admirá-lo, podemos gostar da sua música, podemos
até já ter experienciado a erva sagrada, mas quando coisas mais
importantes ocorrem na nossa vida, verificamos que a "droga" é apenas
uma fase, um atraso na nossa vida. Porque nós continuaremos a amar Jah
para sempre.
Positive Vibrations.
Ivo Almeida – 11º L
|