Teresa Granjeia
Um testemunho de mãe
Sou professora nesta escola e mãe de uma jovem deficiente
com 10 anos de idade. Há algum tempo, tenho trabalhado os problemas das
crianças deficientes em Portugal, bem como a integração das crianças e
jovens "excepcionais".
Em Portugal, a legislação no que respeita às crianças
"inadaptadas" é uma das melhores. Apesar disso, a maioria das crianças
deficientes e as suas famílias vivem isoladas e esquecidas.
A explicação para esta situação tem de ser encontrada no
modo como a sociedade olha para estas pessoas "diferentes". Ainda não
compreendem nem aceitam que as pessoas com deficiência, consideradas
todas as suas limitações, rodem e devem viver como quaisquer outras
dentro da comunidade.
É muito difícil integrar estas crianças nas escolas
regulares. A lei de integração é objectiva, mas, infelizmente, tem sido
difícil colocá-la em prática. Acima de tudo, é urgente investir na
mudança de mentalidades e na criação de estruturas que permitam aos
nossos estudantes "diferentes" e famílias atingir a plena realização do
sonho da sua completa integração na sociedade e na escola.
Há, apesar deste panorama, casos de pessoas que encaram a
"deficiência" numa perspectiva diferente que merecem ser falados. Peço
agora à professora da minha filha para contar mais em pormenor a sua
experiência que ela realizou com bons resultados.■
Um testemunho de professora
Até hoje, Rita encontra-se num estádio de desenvolvimento
que não acompanha o seu crescimento ou a idade cronológica.
Tem vários problemas: não pode ler, escrever ou contar,
ainda que realize outras actividades com os seus colegas, tais como
movimento, dança, expressão dramática e jogos que divertem e preparem
para a vida dos estudantes na sua escola primária.
A presença de Rita nesta escola primária é muito boa para
os outros estudantes. Isso mesmo fica expresso na ternura e afecto com
que eles escrevem frases que ilustram com criatividade tal como mostram
os seguintes exemplos: "Rita é uma rapariga encantadora e doente", "Rita
é um grande bébé", "Eu gosto muito da Rita", "Rita é uma rapariga que
frequenta a nossa escola e comunica connosco mas que não pode fazer o
que nós fazemos porque é doente".
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X OLIMPÍADAS NACIONAIS DE MATEMÁTICA (1991/1992)
A Sociedade Portuguesa de Matemática realizou a 10.ª
edição das Olimpíadas Nacionais de Matemática. A nossa escola tem
garantido a participação de alunos nas eliminatórias e alguns deles têm
chegado às finais nacionais. No ano 90/91, António Manuel Salgueiro
(então no 10.º ano) não só foi à final nacional da sua categoria, como
foi representar Portugal nas Olimpíadas Internacionais que se realizaram
na Suécia. Este ano, António Manuel Salgueiro (agora no 11.º ano) voltou
a ir às finais e a conseguir qualificar-se para voltar às Olimpíadas
Internacionais que, este ano, se irão realizar em Moscovo.
Aqui fica a citação dos nossos jovens matemáticos que se
distinguiram nas Olimpíadas deste ano:
Pré - Olímpicos
Catarina Sofia Borges – 7.º D
Alexandre Maia – 7.º G
Ana
Margarida Vilarinho – 7.º D
Ana
Rita Queirós – 7.º B
Categoria A
Maria
João Mónica – 8.º
João
Pedro Martins – 9.º
Sara
Alves Cruz – 8.º
João
Francisco Barreto 8.º
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Ricardo José Domingos – 9.º
João
Filipe Costa – 9.º
José
Angel Fernandez – 8.º
Francisco José Ferreira – 8.º
João
Miguel Peralta – 8.º
Pedro
Nuno Figueira – 8.º
Nuno
Filipe Ribeiro – 8.º
Faber
Miguel Silva – 8.º
Destes não houve quem
passasse à final nacional. |
Categoria B
António Manuel Salgueiro – 11.º
Filipe José Nunes – 11.º
José
Vasco Barreto – 12.º
José
Sizenando Cunha – 12.º
Ricardo Rocha – 11.º
Maria
Conceição Lopes – 11.º
Isabel Vieira Lourenço – 11.º
Destes foram às finais António Salgueiro e José Vasco Barreto. |
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