A FOLHA - Sec. Homem Cristo

4.2 - Um jogador, ao sair dos pontos 6J ou 7J, pode entrar no seu próprio campo, quando já não tenha por onde passar para efectuar a saída. Portanto, enquanto houver trajectórias livres no campo adversário, não poderá efectuar a saída passando pelo seu próprio campo.

4.3 - Um jogador pode tocar um ponto da linha de demarcação do campo, mas não pode passar por cima dessa linha de demarcação. O mesmo se aplica à linha de divisória do campo em duas metades. Por este motivo, só é possível efectuar-se um máximo de 12 jogadas.

4.4 - Ao chegar à baliza do adversário, podem-se tocar nos pontos 5B e 8B [ou 5R e 8R], mas tem de se chutar daí para o interior da baliza: pontos 6A e 7A [ou 6S e 7S].

4.5 - Após chocar com um jogador ou marcar um golo, a jogada passa imediatamente ao adversário. (Recorde-se o que já foi anteriormente dito).

4.6 - Se logo nas cinco primeiras jogadas um adversário tem a sorte de meter cinco golos seguidos, o jogo termina, vencendo o que tiver mais golos. No entanto, cada jogador tem de ter igual número de jogadas. Assim, se o jogador A nas cinco primeiras jogadas meteu cinco golos seguidos e o jogador B tem quatro golos marcados, há a hipótese do jogador B meter ainda um golo, verificando-se uma situação de empate. Mas se A tem 5 jogadas e 4 golos metidos e o jogador B nas cinco jogadas marca cinco golos, o jogo acaba imediatamente com a vitória de B, porque marcou cinco golos seguidos e possui número de jogadas igual a A.

4.7 - Não havendo cinco golos seguidos, o jogo prossegue até ao preenchimento total do marcador pelos dois adversários, altura em que termina o jogo, a menos que previamente tenham decidido efectuar 12 jogadas, que é o número máximo possível.

4.8 - O resultado final é semelhante ao do futebol: empate ou vitória daquele que marcou maior número de golos.

III - Apresentadas as regras, resta-me desejar uns bons momentos desportivos a todos os que gostam de se distrair com simuladores desportivos. Não será talvez tão vivo, tão espectacular e tão sofisticado como o jogo de futebol informatizado que o meu jovem interlocutor me mostrou; mas uma coisa posso assegurar: não correrá o risco de encravar a meio por falta de energia, não corre o risco de contaminação por vírus informáticos, não exige grandes recursos económicos e não obriga a estar em local fixo, especado em frente do monitor e com movimentos violentos, dando furiosamente ao dedo sobre o infeliz teclado; mas permite jogar em sossego com um amigo, em qualquer lugar, em casa ou num café, em recinto fechado ou ao ar livre, na praia ou no campo, em local onde melhor nos agradar, permitindo que a imaginação funcione livremente, recriando as situações da vida real. É talvez por isso mais salutar que o jogo do computador e um excelente meio de ajudar a passar uns bons momentos dos nossos tempos livres.

Se não quisermos estar a fazer o campo sobre uma folha de papel quadriculado, a partir da figura 2 será possível obter por fotocópia quatro campos prontinhos para duas jogadas. Tirando duas fotocópias e colocando as duas figuras obtidas numa folha de papel A4, poderemos obter de uma só vez os quatro campos necessários para duas renhidas partidas de futebol. Será só dispor as nossas equipas em campo, segundo a estratégia que melhor nos agradar, no lado que nos coube em sorte, esperar que o árbitro dê a apitadela do costume, e uns minutos de agradável convívio poderão decorrer sem darmos por eles.

E já agora, para terminar, diga-se que as imagens e o texto foram feitos em computador. Embora o jogo de futebol possa ser feito sem o seu auxílio, a verdade é que num aspecto o meu jovem interlocutor tem razão: o computador é uma máquina formidável e uma companhia, quando no momento nos falta um amigo de carne e osso com quem jogar, e uma ferramenta de trabalho versátil e poderosa. E por aqui me fico, com o desejo de que este artigo vos permita passar uns agradáveis momentos futebolísticos.

Henrique J. C. de Oliveira