Com três torres orgulhosas, alvejantes,
Rodeando a Matriz de grande porte,
Ornada a laranjeiras verdejantes;
Lugar belo a quem Camões chamou a Forte.
Terra onde a estiagem é inferno;
Onde os Natais produzem caramelo;
Terra da minha saudade, amor eterno,
Onde a História escorre da torre do castelo.
Terra da minha infância, rica de quimeras,
Onde vivi levitando em doces primaveras.
Ressurjo agora no Outono, para ti.
Hoje, cavo e vejo, quão fundas as raízes;
Obrigado, terra amiga... são felizes
Os dias, na vila honrada onde nasci. |