XII Antologia do Círculo Nacional d'Arte e Poesia, Portalegre, 2012, pág. 5 e 7

Ficha Técnica

 

Círculo Nacional d'Arte e Poesa. XII Antologia.

TÍTULO: XII Antologia do Círculo Nacional d'Arte e Poesia

COORDENAÇÃO: Maria Olívia Diniz Sampaio

PREFÁCIO: Rolando Amado

CAPA: Anónimo

DESENHOS: Chagas Ramos; José Dominguez; José Eliseu;
                                          José Narciso, Luís Ferreira

EDIÇÃO: Círculo Nacional  d' Arte e Poesia

ISBN - 978-972-96913-9-3

MONTAGEM E IMPRESSÃO: Gráfica Guedelha, Lda - Portalegre - 900 EX.


PREFÁCIO

Foi com satisfação que aceitei o convite para apresentar este XII volume de Antologia do Círculo Nacional D'Arte e Poesia, na sua missão de dar a conhecer os poetas do nosso País, qualquer que seja a modalidade preferida.

A poesia, na antiga Grécia, de tantos e magníficos filósofos e pensadores, assumia já o protagonismo na literatura. Baudelaire dizia que o homem suporta três dias sem pão mas nem um só sem sentir poesia.

A inspiração está em toda a parte, rimada ou livre. Só não a vê quem não quer, só não a entende quem a não sente ou não pode. Obedecendo apenas ao apelo irrecusável de uma das sete artes, os autores presentes na forma de se expressarem à sua maneira, seja no amor pela mãe, a saudade da terra, memórias de infância, sonhos perdidos, ilusões, desilusões, vivências. Mas, constante, sempre a viagem. Viagem essa que nos pode elevar perto do infinito. Aproximarmo-nos de outro poeta, outro irmão. Porque se a arte apenas faz versos só o coração é poeta, no entender de André de Chénier.

Nestas composições, populares ou eruditas, existe igualmente um refrigério e um escape, nestes tempos conturbados que correm. Talvez o único lugar de pureza, o último reduto encontrado por muitos de se aproximar do seu semelhante.

Pessoalmente considero a poesia a mais abrangente das artes. Dela se pode lobrigar mais além, faz-nos ouvir mágicas melodias, admirar telas incríveis de beleza e conforto, faz-nos voar com as asas improváveis.

Foi Florbela Espanca quem disse que ser poeta «É ter cá dentro um astro que flameja», «E ter fome de infinito» e «Ser mais alto e ser maior». Acrescentarei que tudo isto deve continuar a ser na sua humildade de sentir e transmitir muito pessoal e único de cada poeta o mistério que é a nossa existência e o papel que nos cabe a todos nesta função espiritual na terra.

De referir nestas linhas, com toda a justiça, uma palavra de apreço e louvor à presidente deste Círculo Nacional D'Arte e Poesia, que se tem batido pela divulgação da poesia nacional ao longo de mais' de duas décadas. Bem haja, Maria Olívia Diniz Sampaio.

ROLANDO AMADO

 

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16-07-2013