|
|
VÍRUS
QUE NÃO SE TRATAM COM MEDICAMENTOS |
|
O vocábulo VÍRUS, hoje em
dia, ultrapassa o campo da biologia e da medicina para entrar
noutros domínios do conhecimento humano. Enquanto os
primeiros são naturais e atacam os seres vivos, podendo ser
combatidos pela medicina, a nova geração viral é produzida
pelo próprio homem e ataca não o homem, mas os trabalhos por
ele criados. Estes novos vírus habitam no mundo da informática
e são uma criação malévola intencional do próprio homem.
São fruto de mentes menos sãs que, em vez de colocarem as
suas capacidades criativas ao seu serviço e ao serviço de
toda a sociedade, as utilizam para prejuízo dos outros e, por
vezes, até para seu próprio prejuízo. |
Infelizmente, nos tempos que
correm, têm proliferado diversos tipos de vírus informáticos,
uns menos, outros mais espectaculares, mas todos eles
prejudiciais em maior ou menor grau. Alguns chegam a
provocar prejuízos catastróficos e, segundo consta, até
já chegaram a causar mortes.
|
|
|
Ainda não há muito tempo, surgiu uma notícia em jornais diários,
segundo a qual, um vírus informático, introduzido numa máquina
assistida por computador em funcionamento num hospital,
causara a morte de um doente.
Ao todo, no momento actual, existem já cerca de 54 vírus
detectados [nota: não esquecer que o artigo foi escrito em
1990; actualmente, a quantidade é já elevadíssima] e
devidamente conhecidos, para os quais há já programas
capazes de os eliminar. No entanto, o melhor tratamento anti-vírus,
ideal para evitar muitos desapontamentos, com perda de horas
de trabalho, consiste numa sadia desconfiança face a
programas de origem duvidosa, mesmo quando trazidos pelos
nossos amigos. Não significa isto que os nossos sejam dos
tais “amigos da onça”; o que acontece, na maior parte dos
casos, é que nem eles próprios sabem que as disquetes que
possuem se encontram contaminadas, como resultado de cópias
de outras disquetes ou de utilização em computadores com
discos duros contaminados.
É precisamente no sentido de alertar os utentes dos meios informáticos
para o perigo dos vírus informáticos que escrevo este
artigo. Nas linhas seguintes, apresentarei alguns conselhos
importantes, a que dou a designação de OS DEZ MANDAMENTOS DA
SEGURANÇA no reino da informática e, em artigo seguinte,
alguma informação sobre os vírus mais difundidos, bem como
programas utilitários para sua detecção e eliminação.
|
|
DEZ MANDAMENTOS DA SEGURANÇA INFORMÁTICA
1º Proteja sempre e por sistema as suas disquetes contra a escrita
ou o apagamento acidental. Isto consegue-se tapando a ranhura
lateral nas disquetes de 5 e 1/4 ou deslocando a lingueta de
segurança nas disquetes de 3 e 1/2. Além de evitar enganos
desagradáveis, impossibilitará também a contaminação das
disquetes.
2º Tenha sempre cópias de reserva do sistema operativo, dos
programas utilitários e dos trabalhos que vai produzindo.
3º Efectue regularmente cópias de reserva.
4º Examine periodicamente o DISCO DURO do seu computador, bem como as
disquetes desprotegidas que utiliza em computadores alheios. E
se as emprestou a um amigo, verifique o estado em que a
disquete lhe foi devolvida. Às vezes regressam com surpresas
desagradáveis. Sobretudo, verifique sempre as disquetes que
lhe emprestam, mesmo que não tenham programas, mas que tenham
sido formatadas. |
|
5º Para início do trabalho com o computador, utilize sempre a sua
disquete de sistema que sabe estar isenta de vírus e
protegida. Se o computador tiver disco duro, arranque somente
com o sistema do próprio disco. Nunca inicie com uma disquete
exteriormente. E, se possível, antes de efectuar trabalhos,
verifique se o computador onde vai trabalhar não se encontra
já contaminado.
6º Na disquete com o sistema operativo MS-DOS ou no MS-DOS do
disco duro, proteja contra a escrita todos os ficheiros com
extensão .COM e .EXE. Poderá mesmo retirar o ficheiro
COMMAND.COM do reportório base e colocá-lo numa zona de
segurança. Escusado será dizer que para seguir esta sugestão
terá de ter bons conhecimentos de informática.
7º Desconfie de todos os programas de jogos, muito especialmente
daqueles que já vêm com um sistema operativo próprio, bem
como de todo o software permutado, isto é, emprestado.
8º Esteja sempre vigilante, verificando sempre as suas próprias
disquetes e, sobretudo, aquelas que lhe emprestam. A tal
desconfiança sadia de que atrás lhe falei é bastante útil
para evitar dissabores.
9º Incuta nas pessoas das suas relações o salutar espírito de
vigilância e de “saudável desconfiança”, para deste
modo reduzir a probabilidade de contaminações.
10º Alerte as pessoas amigas para este eventual perigo. Se as
sensibilizar para o problema, todos lucrarão com isso. E se,
por ventura, detectar que uma pessoa das suas relações tem
material contaminado, alerte-a para o facto e ajude-a a
eliminar os vírus.
E por agora é tudo. No próximo número, apresentar-lhe-ei alguns
dos vírus mais difundidos, bem como diversos utilitários
existentes para detecção e eliminação de vírus.
Henrique J. C. de Oliveira |
|