Começámos
por visitar a Assembleia da República onde tivemos o prazer
de ocupar os lugares dos Deputados, no hemiciclo (consoante as nossas convicções político-partidárias).
Esta
visita foi orientada pelo Sr. Faria, chefe do Departamento de
Relações Públicas, que nos mostrou as inúmeras secções e
funções exercidas dentro daquele belo edifício que foi
Convento de Beneditinos.
Seguiu-se
uma pequena pausa para o almoço, na cantina do Instituto
Superior de Economia.
Pelas
14.30 horas, depois de saborearmos uns “pastelinhos de Belém”,
visitámos o Palácio de Belém, que nos deixou estupefactos
pela sua beleza.
Lamentavelmente,
não fomos recebidos pelo Sr. Presidente da República, Dr. Mário
Soares, visto encontrar-se ausente no Chile.
Depois
de deixarmos tão sóbrio e requintado edifício, dirigimo-nos
novamente para a Assembleia da República, para assistirmos à
reunião plenária desse dia. Sentimo-nos muito honrados
quando os senhores Deputados, no início da reunião, se
levantaram e nos saudaram através duma salva de palmas.
No
fim de tão movimentado dia, deu-se o tão esperado jantar.
Isto, para não falar nas inúmeras compras no conhecido
Centro Comercial das Amoreiras.
Pelas
23 horas, dirigimo-nos para o INATEL, onde pernoitámos.
Depois
dum requintado e reparador pequeno-almoço, que até sumo de
laranja tinha, dirigimo-nos para o IRS.
No
trajecto, a professora Lucília Portugal deu-nos a conhecer a
cidade, desde os edifícios polémicos do Arquitecto Taveíra
até às sóbrias fachadas pombalinas que lamentavelmente se
encontram degradadas.
No
IRS ficámos a conhecer as suas funções, órgãos e
finalidade. E, temos de reconhecer, fomos recebidos com enorme
gentileza e UM BELO LANCHE!...
Depois
do almoço, que teve lugar na Praça da Figueira, Rossio e
Restauradores, retomámos o autocarro e atravessámos a
restante Baixa Pombalina, tão apreciada pela sua beleza
arquitectónica.
Chegámos
finalmente ao CEJ onde se pôde apreciar a cela que serviu de
prisão ao poeta Bocage, visto ter sido aí o celebre
Limoeiro, e onde fomos esclarecidos sobre a função daquele
Centro de Formação de Magistrados.
O
regresso à nossa bela cidade de Aveiro iniciou-se às 17.30
horas.
Nunca
ansiámos tanto voltar à nossa casa.
Foi
tranquila, animada, inesquecível, gratificante e
esclarecedora, mas cansativa! Porque (aqui para nós) passámos
a noite sem dormir! Mas não digam nada às professoras!.... M.
LUZ e C. HELENA – 11º A
SER-SE
JOVEM!
Diz-se
por esse mundo fora que a juventude é o melhor tempo da
nossa vida, tempo esse em que não existem preocupações
e em que se pode viver numa eterna felicidade. |
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Como nos enganam todos esses adultos com estas palavras que não
passam de uma estúpida e banal tentativa de verem
espelhada no rosto dos jovens a felicidade, que
significava tudo para eles, mas que nunca conseguiram
encontrar ao entrarem no jogo da vida, onde ganha quem
mais tem e quem mais pode! E é desse mundo corrupto e
hipócrita que deitam olhares espantados e pretensiosos,
para depois poderem dizer que afinal a vida não é
somente uma luta feita de interesses, de ordinarices e
desonestidades. Existem ainda pessoas, por sinal, os
jovens, ainda conscientes dos valores que dignificam o
Homem, valores esses que lhe permitem ser feliz.
Mas nem sempre é fácil ser-se jovem, porque ser-se jovem é ser
simultaneamente riso e lágrimas, é querer escolher a
estrela mais bonita para nunca poder possuí-la, é
vaguear indefinidamente à procura daquilo que nunca se
perdeu, é nem sequer saber quem se é ou não é.
E é ter medo do que a fogosidade do tempo nos lembra, é ter de
encontrar um sentido para a nossa breve e efémera existência,
num paraíso diabólico demarcado por fronteiras rígidas
e herméticas, que jamais nos deixarão descobrir quem
somos!
RITA ISABEL ALMEIDA DIAS – 11º ANO - B |
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