Quando o vento te despir
e
a neve te beijar
quando o lume carpir
e
a chuva te fustigar
Quando sentires o abandono
das folhas que foram tuas
quando acordares do sono
das tristes e desertas ruas
Não desanimes o Outono bateu à porta
e
traz consigo a desolação
não te abras! Finge que estás morta
e
a tormenta passará então
Mas quando o sol te aquecer
e
os passarinhos então cantarem
tu
árvore a sombra irás oferecer
àqueles que por ti passarem
Então ver-te-ei verde e feliz
e
quem encontrar-me pudera
sentado bem junto à tua raiz
plantar a Primavera. |