De novo no Alto Zaza |
Eram seis da manhã quando a coluna auto arrancou. No local da vala intransponível, com todo o pessoal a trabalhar, numa hora estava vencido o obstáculo. A solução consistiu em contornar a vala, abrindo uma nova picada pela orla da mata. Com motosserras foram desbastadas algumas árvores e aberta uma passagem com largura suficiente para as viaturas.
Passámos as três sanzalas de Quibula Macatende, Aqui Davir e Gama Foto, todas próximas umas das outras. Passámos a fazenda de Nossa Senhora da Conceição, uma enorme fazenda de café pertencente a um civil de Quimbele. Passámos a regedoria de Uambo e outra sanzala e chegámos ao entroncamento de Quingange. Aqui, separámo-nos: a coluna de reabastecimento tomou a picada da esquerda, rumo ao norte; eu segui em frente, direito ao Alto Zaza, passando sem parar pelas diversas povoações que ficam no percurso e que espero conhecer numa próxima viagem: Quiúfua, Quizacalelo e Quipedro.
Chegámos ao Alto Zaza mesmo na hora do rancho. Foi só o tempo de descarregar a viatura e arrumá-la no parque auto. Um dos soldados trouxe-me para o edifício do comando o saco do correio, que distribuí durante o período da refeição, para aproveitar o facto de ter todo o pessoal reunido.
A tarde de domingo foi passada sem fazer literalmente nada. Estávamos cansados e nem na caneta apetecia pegar. Assim, limitei-me a dar uma volta pelo destacamento, conversei com o pessoal, joguei uma partida de póquer de dados com os furrieis, recordámos as peripécias da ida a Quimbele, em suma, passou-se a tarde de domingo da melhor maneira possível, de uma forma pacata e sem sobressaltos, abatendo-se, no fim do dia, menos um no calendário da nossa permanência voluntária à força na região. Sim, que toda a gente que vai para a tropa é considerada como voluntária; mas se fugir ao serviço, terá sérios problemas, razão pela qual considero um voluntariado obrigado. |
|