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Boletim da Biblioteca    

Falámos com...

   José Manuel Caseiro,

professor do Quadro, do Departamento de Língua Portuguesa e Clássicas
Coordenador da Biblioteca

 

Desempenha as funções de Coordenador da Biblioteca desde 2006/2007. Tinha naturalmente um projecto a desenvolver; quais eram as suas linhas orientadoras?

A BE/CRE teve sempre um projecto bem definido: prestar um serviço de qualidade aos seus utentes. Por utentes deve compreender-se não só os alunos como também professores, funcionários e até utilizadores externos. A todos a BE/CRE deve dar resposta às suas solicitações.

Como se sabe, as BE/CRE modernas não são apenas depositárias de um fundo bibliográfico mais ou menos rico, variado ou actualizado. São também locais de pesquisa e consulta utilizando novas tecnologias e locais de fruição de outros meios audiovisuais. Assim, a BE/CRE está atenta às diferentes solicitações e propõe-se responder-lhes de forma satisfatória. É assim que se entendem algumas iniciativas, como, por exemplo, a organização de dossiers temáticos ou a informatização de documentação periódica de modo a facilitar a consulta rápida, orientada e sistematizada de variadas temáticas. Há, portanto, um projecto de carácter geral, prestar um serviço de qualidade, e outros projectos que concorrem para que este se efective e tenha sucesso.

Tem conseguido, neste 2º ano lectivo, manter o projecto ou achou preferível alterá-lo?

O projecto mantém-se e continuará, pois a satisfação dos utentes é a prioridade desta equipa coordenadora. Haverá sempre factores internos e externos que poderão condicionar ou estimular a realização deste projecto, mas serão geridos de acordo com a circunstância e serão aferidos em relatório final de actividades, como se tem feito. Ainda, parece-nos que uma avaliação periódica da BE/CRE é tão útil quanto necessária uma vez que permitirá a correcção dos percursos e das opções tomadas, se necessário. Para além disto a BE/CRE tem um plano de actividades próprio, aprovado em Conselho Pedagógico, apoiado no trabalho dos professores-colaboradores que prestam serviço nesta biblioteca. É do seu trabalho que depende o sucesso destas actividades. Portanto, para além da equipa coordenadora, é todo um conjunto de colaboradores que contribui para a tarefa colectiva e que fazem a BE/CRE. É um projecto e uma responsabilidade de equipa e assim deve ser entendido.

Tendo em conta a experiência recolhida no ano passado e nestes dois meses de actividade, como caracteriza a utilização deste espaço pelos utentes?

A BE/CRE é um pólo de atracção da Escola por várias razões: é luminoso, confortável e, pensamos nós, responde satisfatoriamente às solicitações dos utentes. Pela análise que fizemos à frequência e qualidade da frequência no ano anterior, verifica-se que são os alunos de Humanidades e Artes quem mais utiliza a biblioteca. Tal não significa que os restantes cursos não a frequentem, pelo contrário. No entanto, há um público regular quer para leitura recreativa (periódicos e livros em geral) quer para trabalho individual, sem esquecer os recursos audiovisuais e informáticos. Nestes, os alunos vêm fazer sobretudo a suas “pesquisas na Net”, quantas vezes à deriva e sem uma orientação definida. A BE/CRE conta, brevemente, definir princípios orientadores de pesquisa para estes utentes. Também os professores e por vezes os funcionários são utilizadores da BE/CRE nas mesmas vertentes que os alunos: trabalho individual e pesquisa/investigação.

Embora a Biblioteca seja “vítima” de cortes orçamentais, considera que o seu espólio continua a responder às necessidades?

Sim e não. Sim, se houver articulação entre a BE/CRE e os Coordenadores de Departamento na aquisição de novos documentos e se a BE responder às necessidades pontuais dos utentes. Note-se que aquisição não significa somente o aumento do fundo documental mas também outro tipo de recurso como o audiovisual ou o equipamento. Como cenário ideal preferíamos ter um orçamento para ser gerido ao longo do ano e de acordo com as necessidades pontuais. De qualquer forma e como já foi dito, a generalidade das BE/CRE procura responder às solicitações dos seus utentes e a nossa não é excepção. Não, se considerarmos que a circulação e o volume da informação são elementos dinâmicos, sempre em renovação e que qualquer BE/CRE não consegue acompanhar em toda a sua abrangência.
 

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