Desempenha as funções de Coordenador da Biblioteca
desde 2006/2007. Tinha naturalmente um projecto a
desenvolver; quais eram as suas linhas orientadoras?
A BE/CRE teve sempre um projecto bem definido: prestar
um serviço de qualidade aos seus utentes. Por utentes
deve compreender-se não só os alunos como também
professores, funcionários e até utilizadores externos. A
todos a BE/CRE deve dar resposta às suas solicitações.
Como se sabe, as BE/CRE
modernas não são apenas depositárias de um fundo
bibliográfico mais ou menos rico, variado ou
actualizado. São também locais de pesquisa e
consulta utilizando novas tecnologias e locais de
fruição de outros meios audiovisuais. Assim, a BE/CRE
está atenta às diferentes solicitações e propõe-se
responder-lhes de forma satisfatória. É assim que se
entendem algumas iniciativas, como, por exemplo, a
organização de dossiers temáticos ou a
informatização de documentação periódica de modo a
facilitar a consulta rápida, orientada e
sistematizada de variadas temáticas. Há, portanto,
um projecto de carácter geral, prestar um serviço de
qualidade, e outros projectos que concorrem para que
este se efective e tenha sucesso. |
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Tem conseguido, neste 2º ano lectivo, manter o
projecto ou achou preferível alterá-lo?
O projecto mantém-se e continuará, pois a satisfação dos
utentes é a prioridade desta equipa coordenadora. Haverá
sempre factores internos e externos que poderão
condicionar ou estimular a realização deste projecto,
mas serão geridos de acordo com a circunstância e serão
aferidos em relatório final de actividades, como se tem
feito. Ainda, parece-nos que uma avaliação periódica da
BE/CRE é tão útil quanto necessária uma vez que
permitirá a correcção dos percursos e das opções
tomadas, se necessário. Para além disto a BE/CRE tem um
plano de actividades próprio, aprovado em Conselho
Pedagógico, apoiado no trabalho dos
professores-colaboradores que prestam serviço nesta
biblioteca. É do seu trabalho que depende o sucesso
destas actividades. Portanto, para além da equipa
coordenadora, é todo um conjunto de colaboradores que
contribui para a tarefa colectiva e que fazem a BE/CRE.
É um projecto e uma responsabilidade de equipa e assim
deve ser entendido.
Tendo em conta a experiência recolhida no ano passado
e nestes dois meses de actividade, como caracteriza a
utilização deste espaço pelos utentes?
A BE/CRE é um pólo de atracção da Escola por várias
razões: é luminoso, confortável e, pensamos nós,
responde satisfatoriamente às solicitações dos utentes.
Pela análise que fizemos à frequência e qualidade da
frequência no ano anterior, verifica-se que são os
alunos de Humanidades e Artes quem mais utiliza a
biblioteca. Tal não significa que os restantes cursos
não a frequentem, pelo contrário. No entanto, há um
público regular quer para leitura recreativa (periódicos
e livros em geral) quer para trabalho individual, sem
esquecer os recursos audiovisuais e informáticos.
Nestes, os alunos vêm fazer sobretudo a suas “pesquisas
na Net”, quantas vezes à deriva e sem uma orientação
definida. A BE/CRE conta, brevemente, definir princípios
orientadores de pesquisa para estes utentes. Também os
professores e por vezes os funcionários são utilizadores
da BE/CRE nas mesmas vertentes que os alunos: trabalho
individual e pesquisa/investigação.
Embora a Biblioteca seja “vítima” de cortes
orçamentais, considera que o seu espólio continua a
responder às necessidades?
Sim e não. Sim, se houver articulação entre a BE/CRE e
os Coordenadores de Departamento na aquisição de novos
documentos e se a BE responder às necessidades pontuais
dos utentes. Note-se que aquisição não significa somente
o aumento do fundo documental mas também outro tipo de
recurso como o audiovisual ou o equipamento. Como
cenário ideal preferíamos ter um orçamento para ser
gerido ao longo do ano e de acordo com as necessidades
pontuais. De qualquer forma e como já foi dito, a
generalidade das BE/CRE procura responder às
solicitações dos seus utentes e a nossa não é excepção.
Não, se considerarmos que a circulação e o volume da
informação são elementos dinâmicos, sempre em renovação
e que qualquer BE/CRE não consegue acompanhar em toda a
sua abrangência.