Seminário Regional de Professores do Distrito de Aveiro sobre Defesa do Património Natural e Cultural


As ruínas do tempo são tristes mas belas, as que as revoluções trazem ficam marcadas com o cunho solene da história. Mas as brutas degradações e as mais brutas reparações da ignorância, os mesquinhos consertos da arte parasita, esses profanam, tiram todo o prestigio. GARRETT, Viagens. Cap. XXIX

 

Interesses de natureza material, desconhecimento e cegueira face a toda uma série de valores naturais e culturais, têm vindo a delapidar toda uma vasta herança de séculos.

Ontem, numa praça atraente e com uma bela e harmoniosa fonte ao centro, nossos avós ergueram moradias ao gosto da época, construções com carácter, com uma personalidade bem vincada, distinguindo-se umas das outras, e constituindo um todo harmónico e com características marcadamente individuais. A pouco e pouco, construíram uma praça única e inconfundível que não passava desapercebida a um visitante e que agradava a todos quantos aí viviam. Hoje, a cobiça de alguns, a cegueira pelos valores culturais e estéticos de outros, têm alterado profundamente a fisionomia de tudo o que nos foi legado. E nessa mesma praça atraente, com uma bela e harmoniosa fonte ao centro, máquinas potentes destroem impiedosamente o que outros construíram, para dar lugar a modernos «caixotes arquitecturais». E uma praça, outrora única e inconfundível, passa a ser mais uma entre tantas outras, com uma bela fonte, vestígio de outras épocas, sufocada e diminuída por estruturas geométricas e semelhantes de grandes proporções.

Ontem, uma bela zona arborizada, habitat de todo um sistema ecológico, local ameno e de grande beleza, era o lugar predilecto de passeio de nossos avós, o local onde, ao fim do dia e aos domingos, se descansavam fadigas de toda uma semana de canseiras. Hoje, a expansão da área habitacional, a construção de uma cidade satélite ou a construção de vasto complexo industrial dão lugar a fatigantes florestas de estruturas de ferro e cimento armado. E o que fora, outrora, lugar de beleza e descanso, mundo de diversas formas de vida, transforma-se numa colmeia humana de monotonia e stress.

Face a uma delapidação constante de todo um vasto património natural e cultural, urge levantar o véu de cegueira que nos cobre e permitir uma sensibilização para todos esses valores, que importa legar às gerações futuras.

Importando sensibilizar todas as camadas da população para o problema da conservação daquilo que a todos pertence, em especial as gerações mais novas, foi realizado, na semana de 14 a 20 de Maio de 1979, um seminário regional sobre defesa do património, no qual participaram cerca de 40 professores do distrito de Aveiro, abrangendo os diferentes níveis de ensino. É deste encontro em prol do património comum que nos propomos dar conta nas linhas que se seguem.

 

14 MAIO

 

Após recepção dos professores participantes, a manhã foi preenchida com a intervenção do Dr. João Luís da Inês Vaz, que se ocupou do problema da «Arqueologia» e da sua importância para o conhecimento da história de uma região. Começou por expor aos presentes alguns dos elementos mais importantes de estudo e suas características, tais como: dólmens, cromlecs, sistas, castros e vias romanas. Procurou mostrar, mediante recurso a um mapa da região, possíveis vestígios de mamoas no distrito de Aveiro e focou a necessidade e urgência de um levantamento arqueológico do distrito, dada a contínua e acelerada degradação inconscientemente provocada por desconhecimento das populações, quer ainda pela incúria e desinteresse dos responsáveis e pela falta de meios materiais para obstar a essa destruição. Chamou ainda a atenção para a necessidade de inventariar todos os dados conhecidos, dando-os a conhecer no «Boletim» da Associação para a Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro, para estudo dos interessados, e para a importância de se sensibilizar as populações para a riqueza cultural que representam as manifestações arqueológicas, cada vez mais raras, através da própria Escola.

A parte da tarde foi ocupada com o tema «Urbanismo da Região em Debate», apresentado pelos arquitectos Rogério Augusto N. Barroca, José Lopo Prata e Jorge Manuel Ramalheira Ventura da Cruz.

Focados diversos aspectos fígados ao urbanismo da região, foi salientada a importância e necessidade de definir e classificar «conjuntos históricos» e monumentos de reconhecido interesse, que sejam significativos das diferentes etapas do crescimento de uma comunidade. Foi chamada a atenção para certos problemas inerentes à região de Aveiro, de entre os quais citaremos apenas os casos da zona da Beira-Mar e da Fonte da Benespera (1), que urge resolver.

Relativamente ao meio natural, lembrou-se o perigo da alteração da qualidade de vida e degradação do meio físico, que adviriam com a hipótese de construção de uma central termo-eléctrica na zona de S. Jacinto (2). Finalmente, foi focada a utilidade de grupos empenhados em acções de defesa do património colaborando com as autarquias locais, no sentido de recuperar e de atender «conjuntos», e a necessidade de «levar a efeito acções de sensibilização junto dos gabinetes técnicos das autarquias locais, para um estudo de alternativas ao folclorismo da casa dos nossos emigrantes, procurando uma melhor integração na paisagem física e humana do mundo rural, com salvaguarda de zonas consideradas de interesse paisagístico».

 

15 MAIO

 

«Artesanato» foi o tema da palestra apresentada pelo Professor Élio Terrível, durante a sessão da manhã. Após breve apresentação pelo próprio palestrante de como se embrenhou em problemas de artesanato, a sessão foi dividida em dois momentos fundamentais: o primeiro, para falar das condições sócio-económicas do artesanato; o segundo, para demonstrar em que medida as Escolas poderão dar o seu contributo neste domínio. Com interesse, a palestra foi enriquecida com aspectos práticos, mediante apresentação de experiências levadas a efeito em Escolas, documentadas com diapositivos (3).

Sintetizando, podemos concluir da variedade e riqueza das manifestações artesanais a nível do distrito de Aveiro, hoje em dia reduzidas a determinados níveis etários e em vias de extinção, caso não sejam estimuladas e defendidas. Por tudo quanto representam da alma e sentir de um povo, urge recolher técnicas e formas artesanais ainda existentes e reconstituir, quando possível, outras já desaparecidas. Ficou patente a necessidade de criar organismos que defendam e apoiem todas as manifestações artesanais existentes; de organizar um museu etnográfico da região que seja simultaneamente escola de aprendizagem; de actuar junto das repartições de turismo para a promoção e defesa do artesanato; finalmente, de levar à criação, em cada escola, de um «museu vivo», mediante recolha e inventariação de manifestações artesanais, levando os próprios artesãos à escola.

«Literatura Popular» foi o tema da palestra apresentada pelo Dr. António Capão, durante a sessão da tarde, e que suscitou elevado interesse e animado debate.

Misto de serra e de mar, constitui a região de Aveiro um mundo riquíssimo de temas e de formas, que importa recolher com urgência e de modo metódico. Assim, foi focada pelo palestrante a grande importância em ser observado, por parte do inquiridor, um determinado número de condições mínimas a que deverá obedecer, não somente o próprio inquiridor, mas inclusivamente o próprio informador, para que haja uma recolha fiel de todos os elementos: contos, lendas, rezas, cantigas, receitas, mezinhas populares, superstições e crendices, etc.

Como conclusões importantes desta intervenção, destacam-se: a necessidade de sensibilizar as populações para o facto de que a sua língua é sempre a mais rica, a mais portuguesa, pelo que não devem deixar de falar tal como é próprio das suas regiões; a importância e interesse em que sejam publicadas, logo que possível, as recolhas efectuadas pelo Cancioneiro de Aguada; a conveniência de discentes de Românicas efectuarem recolhas destes elementos e de se desenvolverem, com recolhas já efectuadas, trabalhos de linguística e de literatura comparada (4); a conveniência do inquiridor, não sabendo música, se fazer acompanhar de alguém que possa completar a recolha do texto com esse precioso elemento, sem o qual a riqueza e qualidade do trabalho ficarão profundamente reduzidas.

À noite, foi realizada uma sessão de folclore regional com a participação de O Cancioneiro de Aguada e seus responsáveis. A sessão revestiu-se de grande interesse. Após cada actuação, estabeleceu-se diálogo entre apresentadores e assistentes — facto que importa destacar, permitindo que assim fossem abordados problemas relativos não só a cada dança, mas também a pormenores de cada trajo, que escapam sempre ou quase sempre aos espectadores em habituais sessões de folclore.

 

16 MAIO

 

Coube na manhã deste dia ao Dr. José Pires Lopes de Azevedo a palestra subordinada ao tema «Escola-Museu-Comunidade».

Entre outros aspectos, foi referida a importância e o apoio que um museu pode proporcionar à comunidade e, sobretudo, à Escola, já que muitas das rubricas dos programas poderão ser melhor cumpridas recorrendo aos elementos que, porventura, existam nos museus. A este respeito, ressaltou o carácter frustrante do Museu de Aveiro, exemplo concreto daquilo que não deverá ser um museu, isto é, exemplo típico do «museu fechado - tipo armazém», cujas funções pedagógicas são nulas ou quase nulas.

Contrastando com este, foi salientado o caso do Museu de Ovar, cuja acção pedagógica tem sido notável. Igualmente foi salientada a importância que podará ter no seu meio um museu de tipo monográfico, como o Museu Histórico da Vista Alegre, bem ainda como uma biblioteca escolar no seio de uma comunidade, como veículos de cultura. Sob este aspecto, bastará que, quer um museu, quer uma biblioteca, não funcionem como lugares exclusiva e respectivamente para arquivo de peças ou como local de leitura e consulta de livros, mas também como lugares de exposições várias e outras sessões abertas às populações locais (5). Finalizando, ressaltou a importância de se prepararem professores especializados para uma acção dinâmica do museu e das bibliotecas como intermediários na sociedade.

A parte da tarde foi ocupada com um «Roteiro Turístico». Com partida de Aveiro, cerca das 14 horas, saiu todo o grupo com destino a Ovar, tendo no percurso passado pela Murtosa e admirado parte da bela zona que se estende da Torreira ao Areinho. Em Ovar, foi efectuada visita demorada e atenta ao Museu desta vila. A etapa seguinte consistiu numa visita às terras de Santa Maria, mais precisamente à secular Vila da Feira e ao seu castelo, ligado à fase inicial da nacionalidade portucalense.

 

17 MAIO

 

«Património Natural e Ambiente» foi o tema apresentado no período da manhã por docentes da Universidade de Aveiro, professores Dr. Renato Araújo e Dr. Armando Moura. Para além de uma panorâmica geral abrangendo o aproveitamento dos recursos naturais em todo o País, foram focadas, entre outras, as minas do Braçal e Malhada, na área de Sever do Vouga. Foi igualmente lembrada a existência de uma estação fóssil na zona compreendida entre Luso e Penacova, onde têm sido encontradas trilobites. Confinando-se depois estritamente à região de Aveiro, foi chamada a atenção para o perigo que determinados projectos, a realizarem-se, poderão trazer para a quebra do equilíbrio ecológico. Foi, assim, denunciada a degradação planificada em gabinetes ministeriais, exemplificada de modo concreto com o projecto de construção de uma estrada-dique ligando Aveiro à Murtosa. Este projecto, atingindo inclusivamente o velho Canal de S. Roque, é um exemplo do desrespeito por toda uma vasta zona com características específicas, como é a bacia do Vouga, para já não falar na profunda alteração paisagística que tal projecto acarretaria. Igualmente voltou a ser focado o problema da central termo-eléctrica planeada para S. Jacinto, foco poluente da fauna e flora da Ria, com consequente alteração de todo o equilíbrio ecológico e paisagístico. Foram focadas, por fim, como casos já consumados, as alterações sofridas pela região de Aveiro, com a construção de fábricas altamente poluentes, como são os casos de Cacia e Estarreja (celulose e amoníaco), e a necessidade premente de se criarem reservas que protejam as zonas de salgadiços nas partes confinantes da Ria, em Ovar e Mira, zonas de transição de elevada importância para a alimentação da vida dos estuários.

 

De tarde, foi efectuada uma visita à Sé Catedral de Aveiro, guiada pelo Reverendo Padre João Gaspar. Daqui ressaltou essencialmente a importância que tem uma visita, quando bem conduzida e apenas orientada para aquilo que efectivamente tem interesse, e a necessidade de publicamente manifestar um protesto pelo estado de abandono em que se encontram, na generalidade, os chamados «monumentos nacionais» de Aveiro, em estado de profunda e lamentável degradação, bem patente a quem o queira verificar, «in loco», na Igreja do Senhor das Barrocas e Convento das Carmelitas.

 

À noite, houve uma sessão preenchida com um colóquio subordinado ao tema «Aveiro e a sua tradição barrista», a cargo do Dr. David Cristo, e aberto, à semelhança da sessão nocturna do dia 15, a toda a População Aveirense. Tendo sido inicialmente focada a importância da tradição barrista da região, em especial de toda uma zona que se estende de Ovar à Bairrada, foi depois efectuada uma síntese histórica da arte do barro, desde a sua provável origem até aos nossos dias, passando pela Época Neolítica, da qual datam os primeiros vestígios. Finalmente, foi apresentada: a evolução da tradição barrista na região; a sua importância nos diversos sectores da vida (no campo utilitário, no religioso e funerário, supersticioso, medicinal e decorativo); referidos vestígios dessa tradição; evocados nomes importantes neste domínio.

Dado o interesse apresentado pelo colóquio para quantos se interessam por problemas de artesanato e tradição barrista, procuramos reproduzir, a seguir, ainda que não por palavras do orador, alguns breves apontamentos por nós registados. São apontamentos dispersos, mas que poderão fornecer sugestões a quem quer que leia estas linhas.

Quanto à barrística decorativa, na Rua do Gravito, por exemplo, e na Travessa dos Ourives, na zona da Vera Cruz, poderemos verificar a existência, por debaixo das varandas, de pequenas esculturas decorativas. Quanto à cerâmica de revestimento, são dignos de observação cuidada e património cultural a preservar painéis como os da Estação dos Caminhos de Ferro da cidade de Aveiro (não vá acontecer o que sucedeu em Ovar, outrora com excelentes painéis na sua gare, hoje monotonamente vazia com vulgaríssimas paredes de cimento) e o revestimento da Casa de Santa Zita, entre outros, para já não se falar dos notáveis azulejos figurativos existentes em diversas igrejas, caso de Santo António, Igreja de Jesus, Igreja de Esgueira, etc. Dos nomes de insignes barristas aveirenses, sem dúvida os primeiros a datar e a assinar as suas obras, destacam-se José Dias dos Santos, Joaquim Marques dos Santos, João da Graça, etc.

 

18 MAIO

 

Constituiu a manhã deste dia como que uma síntese de tudo quanto havia sido focado nos primeiros dias, competindo ao Dr. Rui Rasquilho a palestra subordinada ao tema «Que defender e como defender o património cultural». Para além de apresentar casos concretos de degradação em várias partes do País e trabalhos de recuperação já levados a efeito, mostrou o que neste domínio se tem feito em vários países da Europa, documentando as suas palavras com diapositivos e, também, embora já no período da tarde, com filmes para projecção e debate.

 

19 MAIO

 

Visita ao Museu Histórico da Vista Alegre, guiado pelo seu director, Dr. David Cristo, foi a actividade da manhã deste dia. De grande interesse histórico para a região, o Museu da Vista Alegre contrasta flagrantemente com o da cidade de Aveiro, pela maneira metódica e cuidada com que todos os elementos estão apresentados, desde a explicação ao visitante daquilo que lhe é dado observar, ao sistema cuidado de iluminação.

A tarde foi destinada a debate e conclusões por grupos de trabalho, cujos resultados passamos a apresentar:

1º - necessidade de um esforço conjunto para uma eficaz actuação em defesa do património;

2º - urgência em criar organismos locais para essa defesa, sendo a Escola o pólo dinamizador, começando pelos jovens para chegar aos pais; 

3º - importância da Associação de Defesa do Património para coordenação de acções de sensibilização a nível local; 

4º - necessidade de diligenciar junto dos Responsáveis pelo Património Cultural com vista a novas acções sobre a mesma temática, noutros pontos do distrito; 

5º - reconhecimento do «bom nível»dos trabalhos, só possível pela dedicação que os seus orientadores têm dado à defesa do Património Cultural; 

6º - regozijo dos participantes pelo empenhamento das diversas entidades oficiais (Direcção Geral do Património, Ministério da Educação e Cultura, Câmaras Municipais de Aveiro e Águeda, Entidades Militares de Aveiro e Águeda e Escola Secundária N.º 2 de Aveiro), bem como outros organismos particulares, em defesa do que ainda nos resta culturalmente, o que mais nos caracteriza — a nossa «memória colectiva».

 

20 MAIO

 

Encerramento das actividades.

Henrique J. C. de Oliveira


NOTAS:

 

(1) - Embora o seu verdadeiro nome seja o indicado, a verdade é que a grande maioria da população aveirense a conhece por «Fonte dos Amores».

(2) - Recorde-se a este propósito a importância de toda a zona florestal a Norte de S. Jacinto, onde anualmente se estabelecem colónias de aves migradoras. É na mata de S. Jacinto, perto da casa do guarda-florestal, que todos os anos colónias de garças têm vindo a estabelecer o seu local de reprodução. Para além de uma destruição ou alteração da mata, todo o sistema ecológico da Ria seria alterado com esse projecto.

(3) - Foram e são interessantes documentos vários, em forma de desdobráveis de tipo turístico, realizados por alguns alunos em diversas escolas e distribuídos aos professores presentes no Seminário, tais como a «Capela de S. Bartolomeu», trabalho de um aluno da Escola Preparatória João Afonso de Aveiro, e «As Maias», de um aluno da Escola Preparatória de S. João da Madeira.

(4) - Relativamente a este problema, chama-se a atenção para o elevado interesse de todas as recolhas Iinguístico-etnográficas efectuadas por quantos frequentaram, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, a cadeira de Linguística Portuguesa, sob orientação do Professor Dr. Manuel de Paiva Boléo, e que constituem, com todo o material do I.L.B. (Inquérito Linguístico Boléo), uma valiosa documentação que importa aproveitar e continuar. Em relação à região de Aveiro, cremos não errar ao afirmar que aí existem numerosos inquéritos, com respectivos relatórios, referentes a várias localidades deste distrito.

(5) - Como exemplo da importância que uma biblioteca escolar pode apresentar no seio de uma comunidade. citamos o caso do Liceu da Figueira da Foz, em cuja biblioteca foram efectuadas, durante o ano lectivo de 1977/78, diversas exposições: movimento de homenagem à memória do Professor Dr. Joaquim de Carvalho, uma evocação do Natal, uma amostra de espécies referentes a Miguel Torga, por altura do cinquentenário literário deste escritor, etc. Veja-se, a este respeito, «A Biblioteca Escolar», boletim policopiado do Liceu Nacional da Figueira da Foz, Ano 1, n.º 1, de Outubro-Dezembro de 1978.


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