Era sábado, dia sete de Agosto.
No patamar fronteiriço da messe, todos
esperávamos o MVL. Uma mensagem recente situava-o já para aquém da
ponte.
Já víamos as luzes das primeiras viaturas.
Por conseguinte, já o MVL se poderia considerar em casa.
Quando a Berliet cabeça de coluna e
algumas viaturas alcançavam já o quartel, ouviu-se uma explosão na cauda
da coluna. Logo as nossas opiniões se debatiam acerca da explosão: –
será? não será? – mas com efeito era mesmo. Sim, uma mina. O inimigo
teve o descaramento de plantar esse engenho explosivo a dois quilómetros
do quartel.
Esta mina não teve consequências em termos
de ferimentos em pessoas.
Como sempre e agora também não poderia
deixar de ser, lá vai o Furriel Cardoso com a sua equipe, para ver os
estragos e trazer a menina Mercedes, que como é natural, tinha ficado
com uma roda e a manga de eixo fraturadas.
Como era perto, a deslocação da doente, foi
simplificada. Uma Berliet, ao empurrão e à cabeçada, levou-a até ao
local de descanso.
No dia seguinte, a Mercedes seria carregada
para cima de outra viatura e transportada para a Cidade do Luso. |