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Muié – Relatos e Sentimentos

Ataque ao Paraíso

Como os ânimos estavam um bocado frios, no dia doze de Agosto, os nossos amigos Turras, lembraram-se de mandar para cá umas morteiradas. Com a calma adquirida já de outros dias de “festa”, lá nos fomos meter nos abrigos, “não fosse cair por aqui algum ovo…”. Mas tal não aconteceu, todas as granadas caíram longe de nós.

Antes das nossas retribuições terem caído na mata, já eles iam longe.

No dia seguinte, o nosso GE foi fazer uma batida, encontrando uma série de caixas de granadas de morteiro. Numa delas foi notado demasiado peso, comparada com as caixas vazias. Sempre bem fechada, foi transportada para o quartel, para averiguar o seu conteúdo.

Com todo o cuidado foi destapada, depois de se ter cortado um determinado fio, que ligava a tampa a qualquer objeto que tinha dentro, aparecendo em seguida uma granada de mão pronta a ser despoletada.

Pois os nossos espertos e amigos Turras tinham deixado uma granada armadilhada, na esperança de fazerem tombar alguns soldados precipitados.

Felizmente só serviu para perder material em nosso favor, mais uma granada.

 

 

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