Achegas para a Historiografia Aveirense - 1988

Foguetes e o comandante Bicker

Agora vou tentar recordar um caso que, na altura, deu muito brado e serviu de gáudio a toda a cidade.

No mês de Dezembro de 1923, tomou posse dos cargos de Administrador do Concelho de Aveiro e de Comissário-Geral da Polícia Distrital (não havia, então, o de Comandante) Joaquim Tomaz Júdice Bicker que, no discurso feito naquele acto, prometeu moralizar os costumes da cidade e disciplinar os seus hábitos que – segundo ele – eram uma anarquia porca e brava.

O jornal “O Debate” fez um comentário chistoso a este discurso, o que levou Homem Christo no seu jornal “O de Aveiro” não só a descompor o autor do comentário, como, também, a chamar a atenção do novo Comissário para o abuso do lançamento de foguetes de dinamite que, a propósito de tudo e de nada, atroavam os ares citadinos – quer de dia, quer de noite – incomodando as pessoas que tinham necessidade de descansar, e até metiam medo às crianças, segundo a carta de um leitor do referido “O de Aveiro” e que este publicou.

Deve ter contribuído para esta atitude de Homem Christo o facto de, dias antes, e aquando da entrega dos ramos, ter havido foguetório bravio, durante muito tempo, e sem interrupção, sendo os foguetes lançados, quer do Rossio para o Alboi, quer do Alboi para o Rossio.

Expliquemos a razão de ser deste foguetório.

O facto de um indivíduo receber o ramo de uma das Confrarias implantadas nas igrejas das sedes das duas freguesias da cidade era considerado uma honra e dava-lhe grande satisfação. Assim, os amigos, para lhe manifestarem a sua amizade e se associarem à sua satisfação, atiravam foguetes; e quanto maior era a intimidade, maior era a quantidade atirada, e mais sonantes eles eram.

E eram estes amigos – os de maior intimidade – que começavam a lançar os foguetes, muito antes da música, com o seu acompanhamento, chegar à casa do homenageado.

Este, de porta aberta e mesa posta, esperava esses amigos (que apareciam aos grupos) e com eles confraternizava; e todos – se não queriam comer – tinham de beber, pelo menos, um copo de vinho, sendo certo que o anfitrião os tinha de acompanhar nestas libações.

Era da praxe chegar o grupo, cada um dos seus componentes abraçar o anfitrião e, a seguir, entrarem nas comedorias e bebidas. / 17 /

E isto estendia-se pela noite dentro…

Um terno de música que havia feito a festa da Entrega dos Ramos, acompanhada dos parceiros e de muito povo, visitava todos aqueles que haviam recebido o ramo e, ao som das contra-danças (compostas com as músicas mais em voga durante o ano), toda a gente dançava e o parceiro atirava, então, os seus foguetes, no que era acompanhado, também, pelos amigos menos íntimos do homenageado.

E, em compartimento do rés-do-chão, todos podiam entrar e comer uma bucha e beber uns copitos para matar a sede e limpar as goelas da poeira levantada das ruas (não eram asfaltadas) durante a dança.

Ora, na noite a que atrás me referi, festejava-se a Entrega dos Ramos; entre outros, recebeu-o o Zé Cidadão, homem de muita respeitabilidade e bastas relações, especialmente entre marnotos, negociantes de sal e barqueiros, que se reuniam no seu estabelecimento, no Alboi, e lá faziam os seus contratos e os seus negócios de sal e respectivos transportes, que o «alborque» pago pelos interessados firmava, e era válido, como se de documento em papel selado e feito pelo tabelião se tratasse.

Era já de prever o que seria à noite aquando da visita aos novos parceiros, pois que, na altura em que o Zé Cidadão recebeu o ramo, na igreja da Misericórdia, subiu ao ar, na Praça da República, uma enorme girândola de foguetes, de tal sorte que, por instantes, deu a impressão de que sobre a cidade havia descido um nevoeiro cerrado, pois as pessoas que estavam naquela Praça não se viam umas às outras.

Ora, como já acima se disse, nessa noite, e até bastante tarde, manteve-se o foguetório, com muitos morteiros à mistura, lançado, à compita, no Alboi e no Rossio, cruzando-se sobre a Ria: foi um barulho tremendo que agravou, portanto, a indignação de Homem Christo que, de há muito tempo, barafustava contra tal abuso.

Este acicatava, quer no seu jornal “O de Aveiro”, quer nas suas conversas pessoais, o Comissário que, em 15 de Dezembro de 1923, publicou o seguinte:

EDITAL

Joaquim Tomaz Júdice Bicker, Administrador do Concelho de Aveiro:

Faz público que por ordem de S. Ex.ª o Ministro do Interior e para evitar o incómodo público, é expressamente proibido o arremesso de estoiros, bombas de qualquer espécie ou artifício que contenham dinamite, clorato de potassa ou quaisquer explosivos que detonem pelo choque ou com cápsula detonadora, e bem assim que por determinação do Ex.mo Senhor Governador Civil deste distrito só é permitido na cidade o lançamento de foguetes de pólvora ordinária, feito com prévia licença, o máximo até às 22 horas. / 18 /

Para constar se passou este e outros de igual teor que vão ser afixados no lugar do costume.

Administração do Concelho de Aveiro, 17 de Dezembro de 1923.

(a) Joaquim Tomaz Júdice Bicker

Homem Christo comentou, no “O de Aveiro”, este Edital, da seguinte maneira: – «Muito bem. O que se estava aí a passar com foguetes de dinamite, a toda a hora da noite, era uma selvajaria sem nome.»

Vejamos o que se passou depois disto.

Devido às afirmações feitas por Júdice Bicker aquando da sua tomada de posse, e ao seu comportamento imoral, ninguém o tomava a sério; foi, mesmo, alcunhado de «Cabo Bico» (nome por que toda a gente o conhecia).

Veio-lhe esta alcunha por – dizia-se, então – ter sido cabo no exército (e daí não ter passado) e por, agora mesmo, sendo Comissário de Polícia, se tomar da pinga, tomando, quando no estado de pingado, atitudes menos dignas.

Para o arreliar, e arreliar também Homem Christo, que o defendia, juntou-se um grupo de pândegos (homens e rapazes) que resolveu montar uma rede para lançar todas as noites, a partir de certa altura, um ou mais foguetes, em lugares centrais.

Assim, uma noite, um morteiro atroou os ares, sem que se soubesse de festa ou motivo para tal; vinha do Rossio o foguete e era o início da brincadeira que se prolongou por muito tempo.

A polícia ficou surpresa pelo atrevimento de se desrespeitar, descaradamente, o Edital que o Comissário, na sua qualidade de Administrador, tinha mandado afixar nos lugares públicos do costume.

A partir daí, todas as noites, um foguete (mais ou menos barulhento) estoirava, ora aqui, ora ali, e – grandes marotos – à hora em que a polícia, na esquadra, mudava de turno; isto, para que estivessem, juntos, muitos guardas.

Logo que começou a haver uma certa regularidade no lançamento dos foguetes, o Comissário tomou as suas providências, dizendo-se, nessa altura, que ele prometera promover a cabo o guarda que fosse capaz de deitar a mão aos autores de tais proezas. E proibiu que as oficinas de pirotécnica fizessem os / 19 / foguetes proibidos pelo Edital, e fê-las vigiar, mandando vigiar, também, a estação do caminho-de-ferro, à chegada dos comboios, para que não viessem de fora os malditos dos foguetes que tanto o arreliavam e consumiam.

E mandou, também, vigiar alguns daqueles rapazes que eram suspeitos de serem os autores da brincadeira; e, se os não mandava prender, é porque estávamos, então, em período de completo respeito pela Constituição, que não permitia que um cidadão fosse preso, salvo apanhado em flagrante delito.

E, quando o foguete estoirava, eis que a polícia, tendo à frente o Cabo Duarte (muito dedicado ao Comissário) partia da esquadra em vários sentidos, vindo uns guardas de bicicleta a pedais (não havia outras) e outros, a pé, em correria tola; e até o Comissário, acompanhado da sua fiel e dedicada ordenança – à qual ele chamava «Fera» – o Pina (um imoralão que foi expulso de Cabo de Mar da Vagueira ou de Mira por patifarias que por lá praticou) vinha para a rua barafustar e fazer fitas, na esperança de ver caçar os atrevidos.
Porém, ninguém era apanhado com a boca na botija…

Para a rua, e para as janelas, vinha, também, quase toda a população citadina, para assistir a este espectáculo. E os foguetes surgiam dos lugares mais incríveis; e o atrevimento e o arrojo dos lançadores redobravam a zanga da polícia e do seu Comissário.

Uma noite, à hora do costume, não tinha havido foguete; porém, daí por um bocado, o guarda de serviço nos Arcos fica enormemente surpreendido e assarapantado, pois um estoiro tremendo se ouve na Praça de Joaquim de Melo Freitas e um rabo-de-foguete vem cair, mesmo, na sua frente.

Donde o teriam atirado?

Dois dos mais activos (ia a escrever atrevidos) lançadores de foguetes que estavam a petiscar no café Amarantino (que tinha entrada pelos Arcos e pela Rua de José Estêvão) lembraram-se de fazer a partidinha; subiram ao primeiro andar do café e, de uma das janelas viradas para aquela rua, lançaram o foguete. Porém, o vento dirigiu-o, por cima do telhado, para aquela Praça.

Juntou-se muita gente e os autores da brincadeira não faltaram, também a fazer comentários. E a polícia, o seu Comissário e a ordenança lá estiveram e convenceram-se que o foguete havia sido lançado nas barbas do polícia de serviço nos Arcos, contra o que ele protestava, e com razão.

Doutra vez, na altura em que muitos amadores de música da beira-mar estavam reunidos na taberna do Zé Palhuça para assistirem à inauguração de um gramofone e de discos de música da sua predilecção, como Guilherme Tell, Norma, Cavalaria Rusticana, etc., os dois rapazes a que atrás me referi (ainda vivos, felizmente) apesar de vigiados por um guarda à paisana, tiveram artes de, à sorrelfa, se escaparem à vigilância e, do quintal das traseiras daquela taberna, fizeram subir um foguete de morteiro. / 20 /

Pouco depois – o sítio era fácil de localizar – apareceu, esbaforido, o Cabo Duarte e alguns guardas que, vendo lá os dois amigos de quem, há muito desconfiavam – e com razão – tentou prendê-los; porém, todos os presentes, incluindo o guarda vigilante, afirmavam que eles não haviam saído da sala e que, portanto, não havia razão para os prender. E como podia o Cabo Duarte afirmar que o foguete fora lançado do quintal da Palhuça e não doutro vizinho deste, ou, mesmo, da rua?

Muito pouco convencido da afirmativa daquela gente toda o Cabo Duarte lá se retirou, derrotado mais uma vez.

Ainda há pouco tempo me dizia um daqueles rapazes que se, então, o prendiam e o revistavam, estava tudo perdido, pois tinha em seu poder mais duas cabeças de foguetes.
Não quero deixar de contar um caso passado na minha presença:

Estava com o Zé Fiúza, a conversar, encostados à Câmara Municipal e virados para a Rua 31 de Janeiro, onde aquele morava, quando passou o Chefe Vidal que ia para a esquadra, e parou; dirigindo-se ao Fiúza, disse-lhe que sabia que ele, também, pertencia à panelinha dos que atiravam foguetes e que, do seu quintal, já várias vezes tinham sido atirados alguns, o que o Meireles negou, como lhe competia. Logo a seguir, e antes do Chefe Vidal seguir o seu caminho, daquela rua sobe um foguete e, após o estrondo, o Zé Fiúza interroga o Vidal: – Então fui eu que lancei este, apesar dele vir dos meus lados?

Podia contar muitos mais casos, mas vou terminar esta série com um que deu brado: a um daqueles que estavam na taberna do Zé Palhuça e que, daqui, atirou o foguete, foi-lhe entregue, vindo de Travanca, uma cabeça de foguete de tal tamanho, que ele – apesar da sua prática – teve medo de atirar.

Um outro amigo, a quem ele a mostrou, e lhe disse do seu receio, tomou o compromisso de a fazer subir. Dirigiu-se à Praça do Peixe, tirou a vara de uma bateira, ligou-lhe a cabeça e foi atirá-la na Rua do Sol. O foguete pouco subiu, bateu nos beirais de uma das casas (que espatifou) estilhaçou os vidros da maior parte das casas daquela rua, e o estrondo foi de tal ordem que assustou toda a gente, não só das redondezas, como, também, doutros pontos da cidade, que acorrera àquele local para ver se teria havido qualquer desgraça.

A polícia apareceu, em força, com o Comissário e o Fera, mas o certo é que o lançador do foguete já tinha desaparecido, cheio de medo, pela sua obra.

Apesar deste artigo já estar muito extenso, vamos referir mais uns episódios. / 21 / Lembro-me agora de um amigo que foi perseguido pela polícia após a subida de um foguete no Rossio. Escondeu-se na fossa do estrume de sua casa e lá teve de continuar enquanto a polícia lhe rondava a casa, que também era naquele largo.

Com o seu peso, o estrume foi abatendo e quando lhe foi possível sair daquele local teve de ir tomar banho à Ria e deixar a roupa que tinha vestida, visto que o sugo a tinha perfumado intensivamente.

Mas... como era possível, com a vigilância apertada que a polícia montou, obter os foguetes?

Ainda, hoje, o não sei; porém, é do meu conhecimento que os atiradores os iam buscar a dois estabelecimentos comerciais da cidade: uma farmácia e uma relojoaria.

Quem os depositava? Suponho que nem a rapaziada comprometida nessa brincadeira sabia como as cabeças de foguete lá iam parar.

Os rabos (em feitio de bengalas) eram torneados pelo Picado, guarda-soleiro, na Rua Direita, e a rapaziada preparava, de antemão, as cabeças dos foguetes com os fios necessários para as segurar às referidas bengalas, sendo a ligação feita, somente, na altura em que o foguete tinha de ser lançado, tanto mais que, por conveniência do transporte, e não dar nas vistas, cada um dos dois parceiros da equipa levava a sua peça.

Muitas vezes, a anteceder a subida do foguete, faziam-se umas manobras de despiste.

Certa vez, o Zé Fiúza saiu do estabelecimento do Pai, na Praça de 14 Julho, de gabão; levava, debaixo deste, um objecto que ao guarda de serviço nos Arcos lhe pareceu serem foguetes, pelo que o intimou aparar, o interrogou e exigiu que lhe mostrasse o que levava. O Zé Fiúza foi empatando, com vária conversa, o guarda (o que fez juntar muita gente) levantando-se, mesmo, entre eles, uma questiúncula. Ora, quando estavam nisto, vê-se subir, ali perto, um foguete de dinamite; então, o Zé Fiúza, abrindo o gabão, mostrou uma vassoura que, segundo ele, levava para casa, aonde lhe fazia falta.

A polícia apareceu em correria, mas o atrevido já se tinha posto ao fresco.

Mais uma: três melros, de sobretudo, deixavam ver, debaixo destes, as pontas de umas bengalitas; e, passando em frente do Comissário e da ordenança, para estes os verem, seguiram a caminho do Rossio.

Quando aqueles se aperceberam do facto, seguiram-nos; e, quando voltavam para a Rua de Trindade Coelho, foram interceptados pelo Comissário, que exigia que lhe fosse mostrado o que eles transportavam debaixo dos sobretudos. / 22 /

Enquanto davam explicações e se resolviam, demoradamente, a abrir os sobretudos, em pleno Rossio ouviu-se o estoiro de um foguete.

Calcule-se a fúria do Comissário, que alegava que os rapazes os haviam enganado…

Como tudo, esta brincadeira começou a cansar e, até, a deixar de ter interesse; além disso, para os responsáveis pelos foguetes, iam crescendo as possibilidades de serem apanhados.
Assim, resolveram terminar, mas fazendo-o «em beleza».

Uma noite, na Rua da Corredoura, em frente ao Cemitério, e na saída de um quintal, uma girândola de grande categoria fechou o círculo do foguetório que tanto arreliou o Cabo Bico e Homem Christo, e que tanto divertiu toda a cidade.

Júdice Bicker era tão dedicado a Homem Christo que foi secretário de uma comissão que ofereceu um jantar de homenagem, no Porto, a este jornalista.

Não acabaram os casos provenientes do lançamento dos foguetes de dinamite.

Percorrendo a colecção de “O de Aveiro”, após o encerramento da brincadeira que relatei – e quantos pormenores ficaram por dizer?! – verifica-se que, no número 370 de 7 de Julho de 1924, aquele jornal informava que «foram autuados vários figurões que andavam para aí a atirar foguetes de dinamite»; e os números 384 e 385, respectivamente, de 28 de Dezembro de 1924 e 11 de Janeiro de 1925, diziam que na véspera de Natal houve abuso no atirar de foguetes por o Comissário não estar em Aveiro e o Chefe Vidal não ligar nada aos estoiros.

Porém, Júdice Bicker, por carta enviada àquele jornal, defende o Chefe Vidal da acusação de Homem Christo e acusa uns marinheiros de atirarem foguetes dentro do terreno da Capitania.

O artigo FOGUETES, publicado no número 399 de “O de Aveiro” de 19 de Abril de 1925, descompunha os dois governadores civis de então (o efectivo e o substituto) por terem consentido que, em Mataduços, por ocasião das festas da Páscoa, fossem lançados foguetes de dinamite, quando é certo que existe um Edital que proíbe tal lançamento.

A indignação de Homem Christo é tanto maior quanto é certo que havia avisado o Comissário que estes foguetes iam ser lançados.

Segundo o mesmo artigo, não tinha sido permitido o lançamento de foguetes daquela categoria nas festas de S. Bernardo, Vilar, Santiago, Esgueira, etc..

No caso de Mataduços, não houve, na verdade, qualquer autorização; porém, o Comissário, apesar de avisado – como acima se diz – não mandou para lá a polícia necessária que evitasse o arremesso dos foguetes, pressionado que foi pelos dois governadores civis, por uma questão de política. / 23 /

Estes determinaram-lhe que, se fossem lançados foguetes proibidos pelo Edital e para os quais não tinham licença, deveria, no dia seguinte, mandar um guarda averiguar quem tinham sido os autores e levantar o competente auto.

Apesar de Homem Christo ter muito pouca fé neste procedimento – dizia que o guarda que fosse fazer aquele serviço não devia mostrar grande interesse em descobrir os autores – o certo é que o auto de transgressão foi levantado e enviado ao Tribunal, como se vê no número 400 do seu jornal; e, ao dar esta notícia, aproveita para, mais uma vez, fazer o elogio de Júdice Bicker, dizendo que, desde que ele veio para Aveiro, moralizou os costumes da cidade e que dantes era uma anarquia porca e brava.

E, por agora, deixemos os foguetes de dinamite, e o Cabo Bico em paz. Se, porém, Deus me der vida e saúde, e, também, um pouco de pachorra para umas pesquisas, é natural que eu ainda venha a recordar a actuação daquele na sua passagem por Aveiro, pois deu muito que falar no tempo em que por cá andou.

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