|
Capela da
Ordem de S. Francisco
Está
integrada no conjunto arquitectónico do convento de Santo António, e
data do séc. XVII.
A
frontaria é simples, com cunhais porta rectangular, encimada por um
nicho que é ladeado por duas janelas.
O
interior é de uma só nave com abóbadas de aresta, decoradas com pinturas
vegetalistas estilizadas. O retábulo da capela-mar é barroco, de um só
corpo e remate. No corpo central vê-se um baixo-relevo, alusivo à vida
de S. Francisco. Nos laterais guardam-se esculturas de nível. As paredes
laterais são decoradas de talha dourada. A nave está decorada com três
retábulos e painéis de azulejos azuis do séc. XVIII, representando
figuras de eremitas.
Convento
das Carmelitas
Foi
edificado no séc. XVII, sob o título de S. João Evangelista, e nele se
albergou uma comunidade de Carmelitas Descalças. Das antigas
dependências do mosteiro, só a igreja merece ser visitada. Esta tem
plano rectangular, dividido pelo arco cruzeiro. O interior do templo é
revestido de talhas de três épocas diferentes. Os tectos da nave e
capela-mor têm pinturas dos sécs. XVII e XVIII com cenas alusivas à vida
de Santa Teresa. As paredes ostentam belos azulejos do séc. XVIII, sendo
os da capela-mor (até à altura das vergas das portas) seiscentistas.
O
altar-mor, de tipo plano, com camarim, é dos finais do séc. XVII. O arco
cruzeiro é decorado com talhas barrocas de feição joanina, tal como as
que se encontram sobre os alizares. Os retábulos dos flancos da igreja
são da época de D. Pedro II.
A
sacristia integra-se no corpo da capela-mor, sendo apenas separada pelo
altar. Tem o tecto apainelado, decorado com belas pinturas polícromas,
de acantos e flores. Ostentando a data de 1704, um belo lavabo de
calcário completa o conjunto.
Museu de
Aveiro
Está
instalado nas dependências antigas do Mosteiro de Jesus. O mosteiro em
si foi autorizado por bula papal de 16 de Maio de 1461, funcionando como
clausura a partir de 1465. Aqui se recolheu, em 1472, a Princesa Santa
Joana, filha de D. Afonso V, a qual nele veio a falecer em 1490, depois
de uma vida humilde de santidade.
A recolha
de património, que viria a figurar no Museu, deve-se ao notável
aveirense Marques Gomes. O recheio, na sua maioria vindo de extintas
casas de religião, só em 1925 ficou patente ao público.
A fachada
do convento data da segunda metade do séc. XVIII, seguindo o estilo
comum aos frontispícios dos palácios do tempo.
No
recheio do Museu, incluem-se notáveis e valiosas colecções de escultura,
ourivesaria, panejamentos e paramentaria, de talha e de mais variados
elementos decorativos, constituindo extenso repositório das artes
ornamentais dos sécs. XVII e XVIII.
|