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VISITE NA CIDADE
Rica de
história e de monumentos, beneficiando ainda dos braços da ria que lhe
conferem um aspecto invulgar em Portugal, merece Aveiro uma visita
prolongada e atenta, onde o visitante é atraído a cada instante para um
novo pormenor característico, e certamente não desprovido de interesse.
Iniciaremos pois a sua visita, vindos das Estradas Nacionais n.º 109 e
16 e entrando pela parte sul, ou seja, a antiga zona nobre, tradicional
e anteriormente muraIhada. A outra zona, a norte, está mais ligada às
gentes do mar, às actividades mercantis e onde, como movimento portuário
e comercial, floresceu a burguesia.
Igreja e
Convento de Santo António
Tendo
sido fundado em 1524, dele se conserva a igreja. A fachada desta é do
séc. XVII, obedecendo ao traçado usado pelas igrejas franciscanas da
época. É dividida verticalmente por pilastras toscanas, tendo ao centro
um arco rebaixado, em asa de cesto. Sobre o átrio aberto, rasga-se uma
larga janela que ilumina o coro alto, sendo o conjunto rematado por um
nicho, onde se vê uma imagem em barro setecentista, representando Nossa
Senhora da Conceição.
O
interior da igreja é de uma só nave, coberta por uma abóbada de berço.
Nas paredes laterais do corpo da igreja abrem-se arcos-altares e
capelas. O coro, que possui cadeiral setecentista, ergue-se sobre o
átrio da entrada. O arco cruzeiro, de estrutura setecentista, tem no
entanto decoração neo-clássica. O retábulo da capela-mor é do período
final do estilo D. João V, dourado, de colunas torcidas e decorações de
acantos e querubins, assentando o conjunto em mísulas de pedra de Ançã.
Os
altares colaterais foram alterados no final do séc. XVIII.
A
sacristia tem o tecto apainelado, revestido de talhas douradas, onde se
enquadram telas e nichos. O arcaz, setecentista, é em madeira exótica e
tem bronzes recortados.
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