|
O grande
desenvolvimento atingido por Esgueira nos passados tempos deu-lhe
oportunidade a que tivesse sido cabeça de comarca, sujeitando 31 vilas e
10 concelhos e um couto à sua jurisdição, incluindo Aveiro.
A causa da
sua decadência foi o afastamento progressivo da linha de maré.
A comarca
de Esgueira foi criada em 20 de Dezembro de 1533, no séc. XVII estava
encorporada na de Coimbra, vindo a recuperar no séc. XVIII a sua
independência e a ser uma das nove comarcas que formaram a província da
Beira.
É de 11
de Abril de 1759 a lei que extingue a provedoria de Esgueira. E o
decreto de 6 de Novembro de 1836 extinguiu o concelho e anexou Esgueira
a Aveiro, na qualidade de simples freguesia.
Existem,
além do mais, dois símbolos da autoridade municipal de Esgueira: o
pelourinho e o foral manuelino, que é uma possível remodelação de outro,
data do séc. XVII e é constituído por uma coluna salomónica de fuste
torcido, etc..
Em 14 de
Julho de 1497, D. Manuel I prometeu a Esgueira que a sua
jurisdição-crime jamais sairia da coroa, privilégio confirmado por D.
José III em 25 de Setembro de 1528.
Nariz
Esta
freguesia foi da apresentação da Casa de Bragança, no termo da vila de
Esgueira. Pertenceu ao concelho do Eixo, extinto em 31 de Dezembro de
1853, passando ao concelho de Oliveira do Bairro, mas em 4 de Dezembro
de 1872 foi anexada ao concelho de Aveiro.
Oliveirinha
Foi uma
reitoria de concurso no antigo concelho do Eixo, extinto em 31 de
Dezembro de 1853, do qual já havia sido desanexada em 2 de Maio de 1849.
Foi sede de morgadio de Oliveirinha, com solar ainda existente,
vinculado até 30 de Maio de 1860.
Nesta
freguesia nasceu, em 1834, o político José Luciano de Castro, que
durante tantos anos presidiu ao partido progressista e foi um dos
maiores do rotativismo dos últimos tempos da monarquia. A família
aparentada com os condes da Feira, tinha solar em Oliveirinha; José
Luciano, porém, preferiu sempre a Anadia, onde casou e costumava receber
nas férias os marechais do partido.
Requeixo
Fica
situada na margem esquerda do Vouga, junto da Pateira de Fermentelos,
aqui também denominada Lagoa de Requeixo. Na controvérsia que se tem
travado à volta da notável cidade de Talábriga, há quem afirme que foi
nesta freguesia que ela teve assento, isto depois de há muitos séculos,
o território desta freguesia ter sido abandonado pelas águas marítimas,
que aí deixaram a actual «pateira» de Fermentelos (em parte nos
limites de Requeixo).
Seja,
como seja, o território da freguesia constituíra, pelo menos em grande
parte, nos séculos IX, X e XI, propriedade dos notáveis senhores de
Marnel, a que se ligaram os grandes Sousãos no século XI por casamento –
razão de esta freguesia, com outras limítrofes, ter sido da
opulentíssima casa de Sousa.
D. Manuel
I concedeu-lhe foral, dado em Lisboa a 2 de Junho de 1516, pelo qual
constituiu um concelho, com sede em Eixo, que do mesmo foral beneficiou.
Este concelho, que acabou tendo a designação de Eixo, foi chamado de
Requeixo-de-Riba-Vouga. Foi extinto em 31 de Dezembro de 1853.
S.
Jacinto
Até 1925,
ano em que foi convertida em freguesia, S. Jacinto era um lugar e praia
da freguesia de Vera Cruz.
O seu
desenvolvimento deve-se, modernamente, à Instalação de uma base de
aviação naval, durante a guerra de 1914-18, que passou a denominar-se
Base de Aviação Naval de Gago Coutinho, mais conhecida por Base Aérea de
S. Jacinto.
A ligação
da cidade de Aveiro com esta freguesia é feita por uma lancha a motor, o
que constitui um passeio de raro encanto turístico.
|