Terras da Nossa Terra - Ano 21, Abril de 1985

 

Três aveirenses dedicados, grandes amigos da Associação, contribuíram, / 43 / na altura, para a almejada renovação: Egas Salgueiro, oferecendo em Setembro de 1927, um automóvel «Humber», para ser adaptado a pronto-socorro; Dr. José Maria da Silva, fazendo em Abril de 1928, idêntica oferta; e António Nascimento Leitão, em Fevereiro de 1938, dotando a corporação com uma auto-ambulância, para o transporte de feridos.

O Governo da Nação, reconhecendo os valiosos serviços prestados pela Associação, distinguiu-a, em 16 de Março de 1929, com a comenda da Ordem da Benemerência e, em 10 de Agosto de 1932, considerou-a Instituição de Utilidade Pública.

Nova viatura pronto-socorro foi adquirida em Outubro de 1932.

Em 1934, o comando foi entregue ao Tenente Alberto Daniel Machado, lugar que ocupou até 1936, para ceder a vez a Firmino Fernandes, elemento valiosíssimo, a quem, em 1944, pouco antes da sua morte, foi prestada pública e solene homenagem, aquando do cinquentenário da sua vida de bombeiro.

Marino Sousa Moreira, foi o comandante seguinte. Tomou posse em 14 de Março de 1945 e, graças a ele, adquiriram em Londres a magnífica sereia de alarme.

Entretanto, a nova Direcção, empossada em 1 de Fevereiro de 1943, substituiu toda a mangueira inutilizada no grande incêndio do Governo Civil, em 16 de Outubro de 1942, – exactamente no mesmo local onde ardera o Palácio dos Viscondes de Almeidinha, atrás referido –, reorganizou a esquecida Caixa de Socorros, de auxílio pecuniário ao bombeiro, garantindo-lhe ainda assistência médica e medicamentosa em doenças adquiridas fora de serviço, conseguiu da Câmara Municipal o seguro contra acidentes, para todo o pessoal do Corpo Activo, adquiriu uma agulheta de espuma e respectivas cargas para incêndios de gasolina, óleos e aguarrás, modernizou os pronto-socorros, comprou uma moderníssima e potente moto-bomba Escol, renovou todos os fardamentos, criou uma escola de aspirantes e, não esquecendo a função social que lhe é devida, organizou, em 1952, a Árvore do Natal da Criança Pobre, que foi um êxito.

A António Folhadela de Melo, técnico distintíssimo, que comandou a corporação a partir de 15 de Julho de 1947, se ficaram a dever muitas inovações. Por afastamento deste, e por parecer do digno Inspector da Zona Norte, foi nomeado para o exercício daquele cargo, em 21 de Agosto de 1950, Albano Henriques Pereira, dedicadíssimo elemento, que, há muitos anos já, e em vários cargos directivos, vinha servindo a Associação.

Actualmente, uma das necessidades prioritárias da Associação é um quartel, que já se encontra em construção, e que será sem dúvida mais um património a juntar ao historial da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aveiro (Bombeiros Velhos).

Fachada do quartel - ►

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