|
Em
Janeiro de 1887 – sendo de 40 homens o efectivo da Companhia
/ 41 / – a Câmara da presidência do Dr. Elias
Fernandes Pereira, resolveu conceder uma pensão pecuniária aos
bombeiros, alistados há mais de um ano, que se inutilizassem no serviço
de extinção de incêndios, ou às suas viúvas, entregando a Câmara à
Companhia os juros de 2 inscrições de 100$000 réis.
Em
Fevereiro de 1888, o Dr. Joaquim de Melo Freitas foi nomeado
Comandante, cargo que foi posteriormente ocupado por Carvalho Branco,
em 1893, por João Bernardo Ribeiro Júnior, em 1895 e por
Manuel Gonçalves Moreira, em 1897.
Conveniências da vida interna da Companhia levaram-na à dissolução, em
Dezembro de 1898, transformando-a na Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Aveiro. A mesma gente, o mesmo material, iguais
fins altruístas, – com novos moldes orgânicos, nova estrutura
estatutária e nova designação –, numa palavra, independência da tutela
municipal, embora a Câmara, como era de justiça, auxiliasse com um
subsídio anual.
A nova
Direcção reuniu pela primeira vez no dia 25 de Janeiro de 1899, sob a
presidência do Dr. Joaquim Simões Peixinho.
A Câmara
Municipal do Dr. Álvaro Moura Coutinho de AImeida d'Eça, deu
facilidades e permitiu que o Quartel ficasse instalado numa antiga
arrecadação camarária, na Rua de Santa Catarina, junto do Teatro
Aveirense, com a condição da Associação alugar por sua conta e por
12$000 réis semestrais, um armazém onde se fizesse arrecadação. Então,
pela primeira vez, contrataram um contínuo ou chaveiro, mediante
concurso e fiança de 50$000 réis, o qual vencia o ordenado mensal de
9$000 réis. Nesse ano, sob um certo desafogo económico, efectuaram
diversas aquisições.
Em 1909,
graves desinteligências perturbaram a vida da Associação, e delas
resultou a fundação, pelos elementos dissidentes, de uma nova corporação
de bombeiros.
Em
Novembro de 1908, a Associação comparticipou nas grandes festas de
recepção ao Rei D. Manuel II e, em 19 de Dezembro de 1909, assistiu à
inauguração do obelisco da Praça do Comércio.
Francisco
Ferreira da Encarnação
era o Comandante em 1911.
Em 1913,
inteiramente debelada a crise por que passara, logo pensaram em
melhoramentos. Em reunião de 10 de Setembro, foi resolvido comprar um
carro de escadas «Magyrus», de modelo pequeno e barato, visto as
condições das ruas da cidade não darem largura suficiente para modelo
maior; e à Câmara foi pedida, entretanto, a construção de um novo
quartel, visto o actual não se encontrar em condições e, a além disso
não ter o espaço suficiente para arrecadar a escada «Magyrus» que iam
adquirir. A escada chegou em Março de 1914, mas, como não havia onde
arrecadá-la, foi levada para às ruínas da igreja de Vera-Cruz.
Erradamente supunham tê-la ali, em bom abrigo, pois que, uma noite,
forte ventania a fez voltar, partindo-a. Talvez por este acidente, a
construção do quartel não demorou.
Em 1915
era Comandante Júlio Cabral que, abandonando o cargo dois anos
depois, deixou a substitui-lo o 2.º Comandante Firmino Fernandes.
Este cargo, efectivo, foi ocupado, em 1921, após algumas tentativas de
fusão de ambas as Corporações, por Isaías Albuquerque.
No ano de
1925, tomou posse a Direcção da presidência de Ricardo Mendes Costa,
que no ano seguinte, adquiriu a primeira moto-bomba, para substituição
da antiquada e pouco rendosa bomba braçal. Os gestos de generosidade
tornaram-se frequentes, de resto, as necessidades crescentes duma cidade
em franco aumento impunha a urgente modernização de todo o material
existente.
Uma das primeiras
charretes - ► |