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do Côjo»), a Nascente e Norte, enquanto a Oeste corria outra «ribeira»,
ainda hoje atravessando o Parque Municipal, para ambas confluírem no
Canal Central, disciplinado com a evolução dos tempos.
Pelo século XII já Aveiro aparece nos documentos oficiais como «vila»,
sendo evidentemente o sal desta região o produto da maior valia, como se
pode avaliar pela doação de várias famílias aveirenses, dando marinhas e
moios de sal à Sé de Coimbra, para «edificationis ipsius ecclesiae»
em Novembro de 1168. Não surpreende que os historiadores admitam,
portanto, que nos começos do século XIII, com base na doação de Urraca
Afonso, irmã de Sancho I, em 1255, ao mosteiro de S. João de Tarouca, a
produção de sal aqui deveria atingir alguns milhares de toneladas. O que
em parte explicará o acentuado desenvolvimento urbano por toda essa
centúria, aliás como em geral se verifica pelo litoral do reino, o mesmo
continuando, nesta região, pelo século de Trezentos, ainda que a base
social assentasse fundamentalmente em pescadores, marnotos e
trabalhadores agrícolas, isto é, sectores economicamente desfavorecidos,
a que se juntavam humildes representantes de diversos ofícios.
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