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A origem de
Aveiro e respectivo nome têm
sido muito discutidos e têm sido defendidos
de várias formas
por diferentes autores. Para nós, depois que os Mauritanos assolaram
e destruíram todas as povoações costeiras abaixo do rio Douro, entre
as quais "Talábriga", perto da Branca, os Romanos construíram uma
povoação junto à foz do rio "Vácua" e ao mar. Columella
(60 D.
C.)(1) dizia que, para que uma "villa" tivesse condições ideais,
devia situar-se junto ao mar ou rio navegável. Os Romanos terão
chamado à povoação que construíram "Avaricum" ou "Avarico", nome que
os Romanos deram também à cidade da Gália, com canais semelhantes
aos de Aveiro, a actual Bruges. As armas de Aveiro têm ainda uma
águia com a coroa imperial, emblema que os imperadores romanos
usavam no seu estandarte. No séc. XI aparecem as formas "Aaveiro" e
"Aavero" e, neste século, Aveiro aparece definida como "Villa".
Quando Aveiro
começa a tornar-se 'importante, os comerciantes e artesãos, para se
eximirem ao cumprimento de obrigações vexatórias e para.
salvaguardarem o produto do seu trabalho, vivem na vila ou
"civitas" e
juram a comuna,
isto
é, cada qual punha ao serviço de todos o seu braço e a sua
inteligência com o fim de escapar ao despotismo dos senhores e de
reivindicarem as suas liberdades, tornando-se cidadãos livres e
proprietários independentes. Quer os artesãos, quer os comerciantes
manifestaram um espírito de independência e de dignidade pessoais,
sentimentos de consciência do próprio valor. Dentro da vila começou
a formar-se nas comunas uma classe popular mais poderosa, que
estabeleceu o monopólio do trabalho pela organização de corporações
de artes e ofícios –
primeiras
associações (Alcoforado, 1877)(2). Com o auxílio deste tipo de
associações as profissões, ainda as mais humildes, começaram a
tornar-se respeitadas e os artistas a conquistar uma posição
importante nas comunas.
As leis
fundamentais destas associações não eram todas feitas dentro dos
mesmos moldes, dado que nem todas encerravam os mesmos privilégios
nem as mesmas isenções. Não é, por isso, possível descrever uma
associação tipo, de forma que sirva de padrão uniforme, tornando
possível avaliar com todo o rigor o que eram as corporações de
então. Os privilégios e as isenções que os chefes das comunas
concederam gratuitamente até meados do séc. XIII entraram na carta
de foral da vila e nas cartas de privilégio, concedidas pelos reis
aos membros das corporações nos séculos XV e XVI (Alcoforado,
1877(2).
As primeiras
associações existentes em Aveiro foram, assim, corporações medievais
de artes e ofícios, que tiveram como primeiro objectivo dignificar o
trabalho e consciencializar os trabalhadores do seu valor.
Quer os reis da
primeira dinastia, quer os reis da segunda dinastia estiveram sempre
ligados a Aveiro, por si ou
através de
familiares, não
permitindo também que os senhores aqui tivessem poder. Conventos,
Aveiro só os teve a partir do séc. XV e os existentes eram quase
todos de ordens mendicantes.
/ 7 / Foram os sentimentos de
consciência dos artesãos e dos comerciantes relativamente ao seu
próprio valor que determinaram mais tarde as manifestações
comerciais e culturais do séc. XV.
A mais antiga
associação de que há memória em Aveiro situou-se em Sá, junto à Vila
Nova. Segundo documento de 1500 (sentença da jurisdição eclesiástica
de Coimbra), essa associação terá surgido trezentos anos antes e
chamou-se Confraria de Santa Maria de Sá. Foi constituída e
instituída pelos pescadores de Aveiro (Tombo da Confraria: 63-64) e
foi uma corporação de mareantes e pescadores. Os confrades, por
escritura de 25/6/1441, lavrada pelo tabelião público Afonso
Vicente, estabeleceram o que tiveram por conveniente para "o
acrescentamento"
das rendas
daquela corporação (Tombo da confraria; 69 e Arquivo XXXIX:
243-244). Esta confraria teve hospital que funcionou numa casa
legada por testamento de Fernão Veiga, datado de 13/02/1486.
Em 07/07/1577,
os mordomos e muitos confrades reuniram-se no edifício do hospital e
reorganizaram o seu regimento ou estatutos. Em 04/08/1578, o
provedor de Esgueira confirmou os novos estatutos da confraria
(Tombo da Confraria). Esta confraria só foi extinta em 09/03/1856
pelo então Governador Civil de Aveiro, por, no ano anterior, a Junta
de Freguesia da Vera Cruz ter invocado no sentido de que se julgasse
extinta por não ter confrades nem estatutos aprovados. Estes factos
mostram que esta confraria terá durado à volta de 650 anos, o que
nos diz da sua importância (Gomes: 108).
(3)
Importantíssima
para os aveirenses foi a Associação Aveirense de Socorros Mútuos das
Classes Laboriosas, tendo a sua constituição sido autorizada por
alvará datado de 03/05/1864. Por iniciativa de alguns artistas a
Associação ficou constituída em 16/05 do mesmo ano. "Esta
associação prestou aos seus associados "inúmeros benefícios em casos
de doença e às suas famílias auxílios nos casos de morte; dela foram
grandes protectores Agostinho Duarte Pinheiro da Silva, Carvalho
Góis, António Resende Júnior (Gomes: 74)
(4).
Outra associação
que nos merece referência é a Associação da Construção Civil e Artes
Correlativas que em 01/05/1899 pôs em circulação uma publicação,
número único, com o título "A Associação".
Ligada também à
actividade profissional foi criada a Associação de Classe dos
Proprietários e Marnoteiros das Marinhas de Sal e da Ria de Aveiro,
tendo os estatutos sido aprovados por alvará régio de 09/06/1904 e,
em 28/5/1905, é aprovado e publicado o regulamento desta associação
(Estatutos, 1905). É interessante verificar que são englobados numa
mesma classe os proprietários e os marnoteiros. Este facto só se
pode explicar pelos tipos de contratos existentes entre os
marnoteiros e os proprietários Só muito raramente o proprietário era
simultaneamente o marnoteiro ou marnoto, juntando-se na mesma pessoa
as duas qualidades. Os proprietários não recebiam do marnoto uma
renda fixa; esta era calculada de forma percentual sobre o valor do
salgado, depois de deduzidas as despesas com o amanho da marinha.
Em 16/10/1864,
foi fundada a Associação Comercial de Aveiro com os primeiros
estatutos aprovados por decreto do rei D. Pedro V de 25/11/1858.
Esta Associação, ainda que com carácter profissional, pois são seus
sócios os comerciantes, marcou presença em actos de
/ 8 / carácter político-económico.
A título exemplificativo lembramos o pedido feito ao governo, em
13/11/1868, de que fosse constituído sobre as ruínas do Paço
Episcopal, na Rua dos Távoras, um novo edifício para a Alfândega
(Arquivo lII: 316) e também o convite feito ao Ministro das Obras
Públicas, Conselheiro Elvino de Brito, em 1898, para que este se
deslocasse a Aveiro a fim de se informar das necessidades locais
(Comércio do Porto de 30/10/1898).
Em 04/02/1905, esta Associação fez
aprovar
novos estatutos elaborados em Assembleia Geral de 29/12/1904,
passando a colectividade a denominar-se Associação Comercial e
Industrial de Aveiro. Publicou, com este nome, um boletim mensal
cujo primeiro número data de 31/03/1933. Acabou por só publicar
quatro números, sendo o último de Julho/Agosto do mesmo ano (Litoral
de 07/10/1977).
Por imposição da
nova ordem política, foram aprovados novos estatutos em 12/12/1940 e
a associação passou a denominar-se Grémio do Comércio de Aveiro,
designação que perdurou durante o "Estado Novo" (Arquivo XIV: 91 e
ss.). Esta associação designa-se hoje por Associação Comercial de
Aveiro e tem desempenhado papel importante, estando a ela ligados,
mesmo muito recentemente, Cursos de Formação Profissional, com o
estabelecimento de protocolos com as empresas, possibilitando
formação aos funcionários dela carecidos.
As primeiras
Associações Culturais
Em 19/01/1881,
foi constituído em Aveiro, por iniciativa de Marques Gomes e
Francisco Augusto da Fonseca Regala, o Grémio Moderno, que embora de
curta duração vincou rasto profundo na cultura local (Arquivo
XXXVII: 112). A 25/03/1881, realizou-se na sede do Grémio, por
iniciativa de Carlos Faria Calisto, uma conferência literária muito
concorrida para Comemorar o centenário de Calderon de la Barca (A
Época de 31/05/1885). O objectivo do Grémio Moderno era concorrer
para o progresso material e cultural da cidade e do distrito. No dia
em que, em 1882, inicia os seus trabalhos inaugura na sala de
sessões o busto de José Estêvão. Propõe neste mesmo ano a
organização de uma exposição distrital comemorativa do centenário da
morte de Marquês de Pombal, pelos serviços que este tinha prestado a
Aveiro, associando-se, assim, a colectividade à festa nacional de
08/05/1882. Em 08/05/1882 foi inaugurada "com o maior lusimento a
Exposição Distrital de Aveiro que o Grémio Moderno levou a efeito"
(Exposição Distrital de Aveiro, 1882: 10)
Em 1883, surge o
Grémio Aveirense resultante da reorganização do Grémio Moderno,
constituindo a agremiação uma associação de instrução e recreio. O
Grémio Aveirense perdurou até 19/03/1902, data em que se deu a sua
fusão com o Ginásio Aveirense "de gente moça e animosa"
constituindo-se o Grémio Ginásio Aveirense (Arquivo XXXVII:
130-134).
Em 01/02/1908
abriu o Clube de Aveiro que veio substituir o extinto Grémio Ginásio
Aveirense, ficando instalado na Rua do Cais. Os estatutos desta nova
associação só foram aprovados em 1958, pelo alvará número 217 do
Governo Civil de Aveiro (Arquivo do Governo Civil de Aveiro, Livro
de Alvarás). Já tinha existido um outro Clube Aveirense, cujos
estatutos tinham sido aprovados em 01/01/1861, com sede na Rua de
José Estêvão e que teve duração até 1875 (Arquivo XXXVII: 120).
.
A Guarda
Nacional foi criada legalmente em Aveiro em 1834 e com ela, pouco
tempo depois, surge uma banda que pode considerar-se
/ 9 / como o início da Filarmónica
de Aveiro que, em 1856, passou a denominar-se Banda Amizade. A
Filarmónica de Aveiro estabeleceu, ainda em 1834, como data
convencional para o efeito de comemoração anual o dia 22/11, por ser
dia de Santa Cecília padroeira dos músicos. A Banda Amizade, também
conhecida por Música Velha, fixou também o mesmo dia 22/11 como dia
de início da sua actividade, continuando, hoje, a comemorar o seu
aniversário nesse mesmo dia (Arquivo VII: 100-103). Somente em
24/11/1957, esta associação secular viu ser dado o primeiro passo
para uma sede própria, quando, no Bairro do Alboi, foi lançada a
primeira pedra para a construção dum edifício destinado à sua sede
privativa (Litoral de. 16/11 e 07/12 de 1957). Esta associação teve
importância grande na formação de jovens músicos, quando ainda não
existia o Conservatório de Música em Aveiro. Ao longo de mais de 150
anos participou em concursos, festas e outras manifestações
culturais. A C.M.A., em sessão do dia 05/11/1984, deliberou atribuir
à Banda Amizade a Medalha de Ouro da Cidade, tendo esta sido
entregue no dia 22/11/1984. Houve, então, um programa diversificado
que se estendeu de 18 a 25 de Novembro (B.M.A., Ano III,
1985, nº 5: 77).
Como Aveiro é a
"terra dos dois" em 12/05/1856, fez estreia pública a
Filarmónica Aveirense vulgarmente denominada Música Nova, regida,
nessa data, por José Pinheiro Nobre. Em 1909 actuou pela primeira
vez em público a Banda José Estêvão, organizada e dirigida por
António dos Santos Lé, cujos estatutos só. vieram a ser aprovados
por despacho ministerial de 30/11/1933 (Arquivo VII: 102).
Estas duas
últimas bandas há muito deixaram: de existir, mantendo-se viva e em
grande actividade a Música Velha.
Durante o
período que se estendeu da primeira guerra mundial até aos anos 60,
Aveiro esteve adormecida no seu espírito associativo, em primeiro
lugar pela contingência da 1ª
e da 2ª
guerras mundiais e, em segundo lugar, pela ausência de liberdade
associativa.
A falta de
associações que dinamizassem acções culturais terá sido causa de
desmotivação pela falta do habitus. O cinema era a única
forma de arte que chegava ao povo, mas o povo só entendia o cinema
português de então, porque era na sua maioria analfabeto.
Em Aveiro, a
geração dos anos 60, no campo das artes, tinha sido influenciada nos
bancos de escola por mestres excepcionais. Foram eles: professor
Queirós, na música, que foi o mentor e dirigente do Orfeão do Liceu
José Estêvão, o escultor Mário Truta, na pintura, desenho e
escultura, o professor Simão, no teatro. Esta geração estava
disposta a construir mundos comuns e motivada para baralhar as
fronteiras rígidas da cultura, de classe e de riqueza. Apercebeu-se
rapidamente que havia que encontrar lugares comuns de experimentação
e de novas formas de convivialidade e participação e, por isso, as
suas formas de vida quotidiana começaram a mudar.
Os pontos de
encontro foram os salões dos cinemas Aveirense e Avenida, café
ZigZag com passagens pelo café Trianon, onde se reuniam os homens
das letras, das artes e os políticos da oposição: os jornalistas
Guimarães e João Sarabando, o professor Cramês e Vasco Branco, Mário
Sacramento, entre outros.
A Câmara
Municipal de Aveiro tinha uma Comissão Municipal de Arte e
Arqueologia e uma Comissão Municipal de Cultura, ambas viradas para
dentro, estando mais abertas às questões da cultura as Fábricas
Aleluia com a direcção de Carlos e Gervásio Aleluia.
/ 10 /
Logo no início
de 1960, em 12 de Fevereiro, é inaugurada uma exposição de desenho e
pintura onde expõem Emanuel Macedo, Gaspar Albino, Guerra de Abreu,
José Paradela, Zé Penicheiro e VIC (Vasco Branco). A esta seguiu-se
uma exposição de Mário Silva em 16/04/60, ambas realizadas no Salão
Nobre do Teatro Aveirense.
O facto de as
exposições se terem realizado num local onde circulavam as pessoas
que iam ao cinema, o facto de as obras expostas serem resultado de
experimentação, descoberta de novos horizontes, modernidade, fizeram
com que o público expressasse abertamente os seus juízos de
contestação.
"Então isto
também já por cá chegou?" dizia-se pelas esquinas, passou pelo
"Arcada" e foi deglutido no "Avenida".
O escândalo
abalou meia cidade. Uns diziam "merecem ir parar à cadeia"
outros que "O meu filho faria melhor" chegando outros a dizer
que "poderá algum dia aceitar-se esta borrada em serapilheira
como sendo obra digna de
colocar na minha
casa?"
tendo
considerado essas exposições insultuosas (Albino,1960).
Tais reacções
obrigaram a que fosse feita acção pedagógica no jornal Litoral, sob
a direcção do Dr. David Cristo, pessoa aberta a todas as correntes
ideológicas e artísticas, e ele próprio pintor e escritor exímio, de
forma a que quem frequentava o salão do Teatro Aveirense entendesse
e gostasse da "nova" arte. Saiu o primeiro artigo Para uma melhor
compreensão de Arte Abstracta
(G. Albino, Maio
de1960) foi seguido de outros do mesmo autor sob o tema
"Considerações sobre a Arte Contemporânea ".
Cada uma das
exposições seguintes foi sempre acompanhada de comentário e
explicação da obra do autor/expositor, em artigo publicado.
O público
continuou a frequentar as exposições do Aveirense, mesmo nas horas
em que não havia cinema, e começou a aceitar sem choque.
Em Outubro de
1960, o Conservatório de Música começou a funcionar e a organizar
concertos no Teatro Aveirense com regularidade, sendo definido no
início de cada ano um plano de actividades. Participavam os
professores de música do Conservatório e artistas convidados.
Iniciam-se
também em 1960 os Salões Nacionais de Arte Fotográfica
promovidos pela secção de fotografia do Clube dos Galitos, clube
que apoiou a geração "terrível" num projecto posterior. No mesmo
ano surge o Grupo Coreográfico Tricanas de Aveiro que se
apresenta em público na festa de. S. Gonçalinho. Há ainda o
Cineclube que começa por funcionar nas Fábricas Aleluia, sendo
as sessões às 18h 30m.
Do Teatro
Experimental de Aveiro, que se tinha constituído no final de
1959, surge o Círculo Experimental de Teatro que leva à cena uma
série de peças de difícil interpretação. Nas letras, sob a
direcção de Jaime Borges e Pereira da Silva surge o Vae
Victis que começa com dois artigos no Litoral e acaba com
uma separata de 8 páginas do mesmo jornal. Surge, ainda, ligado
ao Correio do Vouga, o Juvenília, coordenado por Gaspar
Albino. Aqui, quer num, quer no outro, os jovens eram os
autores. |
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Cartaz da 1ª Exposição de Artistas
Aveirenses realizada pelo Círculo de Artes Plásticas do Clube
dos Galitos. (p. 11) |
Ainda nesse ano de
1960
às duas
primeiras
exposições seguiram-se outras de Lanzner, Cândido Teles, A. Leite,
Augusto Sereno, Manuel Tavares, de entre outros.
Em Março de 1961
o Cine Clube promove um curso de iniciação cinematográfica para
Amadores e sessões infantis. Este curso foi dirigido por Vasco
Branco, Artur Casimiro, e o fotógrafo José Ramos. Numa entrevista
feita ao Dr. Vasco Branco, no Café Trianon, aquele disse que o curso
servia
/ 11 /
"para iniciar
interessados na prática de cinema de amadores e dar-lhes, ao mesmo
tempo, uma ideia bastante aproximada da história do cinema
profissional".
Disse ainda que
"através dos ensinamentos ministrados cada um ficará mais apto a
distinguir o bom cinema do mau cinema" (Litoral, 1961).
Mário Silva
quando veio expor pela primeira vez em Aveiro, em 1960, era já
membro do Círculo de Artes Plásticas da Associação Académica de
Coimbra e aí era professor de pintura Mestre Waldemar da Costa.
Este, no inicio de 1962, trouxe a Aveiro o fruto do seu trabalho no
Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, já, então, com 70 exposições
colectivas. Houve entusiasmo, contactos e é posta em marcha a
criação dum Círculo de Artes Plásticas em Aveiro. Só havia, então,
uma casa que pudesse acolher o Círculo que era o Clube dos Galitos,
tendo aí sido criada uma secção autónoma.
Foi possível
juntar com rapidez quarenta e sete associados, donde saiu uma
comissão para preparar os estatutos, que foram aprovados.
Em Outubro de
1963, o jovem Círculo de Artes Plásticas organizou a I Exposição de
Artistas Aveirenses, tendo estado presentes 37 expositores de
Aveiro, tendo sido a maior exposição de artes plásticas levada a
efeito até essa data. Surge, depois, o movimento Aveiro/Arte. Esta
explosão do início da década de 60 fez mexer a cidade e foi contra o
burocratismo das instituições e o conformismo social.
Claudette Albino
__________________________________
(1) –
Columella, Lúcio Júnio, (60 d.C.) –
Res rustica –
tradução inglesa de H. B. Ash –
Oh Agriculture, 1948, E.U.A.
(2) –
Alcoforado, M. Maia, –
Museu Tecnológico, nº 1, Lallemant Frères Typ. Lisboa,
1877
(3) –
Marques Gomes: Memórias de Aveiro, Typ. Comercial, 1875,
Aveiro.
(4) –
Marques Gomes: Memórias de Aveiro, Typ. Comercial, 1875,
Aveiro.
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