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Claudette Albino, Do surgir do associativismo em Aveiro às primeiras associações culturais. In: "AMUSA", N.º 1, Outubro de 1999, pp. 6-11.


Do surgir do Associativismo em Aveiro às
Primeiras Associações Culturais
 

A origem de Aveiro e respectivo nome têm sido muito discutidos e têm sido defendidos de várias formas por diferentes autores. Para nós, depois que os Mauritanos assolaram e destruíram todas as povoações costeiras abaixo do rio Douro, entre as quais "Talábriga", perto da Branca, os Romanos construíram uma povoação junto à foz do rio "Vácua" e ao mar. Columella (60 D. C.)(1) dizia que, para que uma "villa" tivesse condições ideais, devia situar-se junto ao mar ou rio navegável. Os Romanos terão chamado à povoação que construíram "Avaricum" ou "Avarico", nome que os Romanos deram também à cidade da Gália, com canais semelhantes aos de Aveiro, a actual Bruges. As armas de Aveiro têm ainda uma águia com a coroa imperial, emblema que os imperadores romanos usavam no seu estandarte. No séc. XI aparecem as formas "Aaveiro" e "Aavero" e, neste século, Aveiro aparece definida como "Villa".

Quando Aveiro começa a tornar-se 'importante, os comerciantes e artesãos, para se eximirem ao cumprimento de obrigações vexatórias e para. salvaguardarem o produto do seu trabalho, vivem na vila ou "civitas" e juram a comuna, isto é, cada qual punha ao serviço de todos o seu braço e a sua inteligência com o fim de escapar ao despotismo dos senhores e de reivindicarem as suas liberdades, tornando-se cidadãos livres e proprietários independentes. Quer os artesãos, quer os comerciantes manifestaram um espírito de independência e de dignidade pessoais, sentimentos de consciência do próprio valor. Dentro da vila começou a formar-se nas comunas uma classe popular mais poderosa, que estabeleceu o monopólio do trabalho pela organização de corporações de artes e ofícios primeiras associações (Alcoforado, 1877)(2). Com o auxílio deste tipo de associações as profissões, ainda as mais humildes, começaram a tornar-se respeitadas e os artistas a conquistar uma posição importante nas comunas.

 

As leis fundamentais destas associações não eram todas feitas dentro dos mesmos moldes, dado que nem todas encerravam os mesmos privilégios nem as mesmas isenções. Não é, por isso, possível descrever uma associação tipo, de forma que sirva de padrão uniforme, tornando possível avaliar com todo o rigor o que eram as corporações de então. Os privilégios e as isenções que os chefes das comunas concederam gratuitamente até meados do séc. XIII entraram na carta de foral da vila e nas cartas de privilégio, concedidas pelos reis aos membros das corporações nos séculos XV e XVI (Alcoforado, 1877(2).

 

As primeiras associações existentes em Aveiro foram, assim, corporações medievais de artes e ofícios, que tiveram como primeiro objectivo dignificar o trabalho e consciencializar os trabalhadores do seu valor.

 

Quer os reis da primeira dinastia, quer os reis da segunda dinastia estiveram sempre ligados a Aveiro, por si ou através de familiares, não permitindo também que os senhores aqui tivessem poder. Conventos, Aveiro só os teve a partir do séc. XV e os existentes eram quase todos de ordens mendicantes.

/ 7 /  Foram os sentimentos de consciência dos artesãos e dos comerciantes relativamente ao seu próprio valor que determinaram mais tarde as manifestações comerciais e culturais do séc. XV.

A mais antiga associação de que há memória em Aveiro situou-se em Sá, junto à Vila Nova. Segundo documento de 1500 (sentença da jurisdição eclesiástica de Coimbra), essa associação terá surgido trezentos anos antes e chamou-se Confraria de Santa Maria de Sá. Foi constituída e instituída pelos pescadores de Aveiro (Tombo da Confraria: 63-64) e foi uma corporação de mareantes e pescadores. Os confrades, por escritura de 25/6/1441, lavrada pelo tabelião público Afonso Vicente, estabeleceram o que tiveram por conveniente para "o acrescentamento" das rendas daquela corporação (Tombo da confraria; 69 e Arquivo XXXIX: 243-244). Esta confraria teve hospital que funcionou numa casa legada por testamento de Fernão Veiga, datado de 13/02/1486.

Em 07/07/1577, os mordomos e muitos confrades reuniram-se no edifício do hospital e reorganizaram o seu regimento ou estatutos. Em 04/08/1578, o provedor de Esgueira confirmou os novos estatutos da confraria (Tombo da Confraria). Esta confraria só foi extinta em 09/03/1856 pelo então Governador Civil de Aveiro, por, no ano anterior, a Junta de Freguesia da Vera Cruz ter invocado no sentido de que se julgasse extinta por não ter confrades nem estatutos aprovados. Estes factos mostram que esta confraria terá durado à volta de 650 anos, o que nos diz da sua importância (Gomes: 108). (3)

Importantíssima para os aveirenses foi a Associação Aveirense de Socorros Mútuos das Classes Laboriosas, tendo a sua constituição sido autorizada por alvará datado de 03/05/1864. Por iniciativa de alguns artistas a Associação ficou constituída em 16/05 do mesmo ano. "Esta associação prestou aos seus associados "inúmeros benefícios em casos de doença e às suas famílias auxílios nos casos de morte; dela foram grandes protectores Agostinho Duarte Pinheiro da Silva, Carvalho Góis, António Resende Júnior (Gomes: 74) (4).

 

Outra associação que nos merece referência é a Associação da Construção Civil e Artes Correlativas que em 01/05/1899 pôs em circulação uma publicação, número único, com o título "A Associação".

 

Ligada também à actividade profissional foi criada a Associação de Classe dos Proprietários e Marnoteiros das Marinhas de Sal e da Ria de Aveiro, tendo os estatutos sido aprovados por alvará régio de 09/06/1904 e, em 28/5/1905, é aprovado e publicado o regulamento desta associação (Estatutos, 1905). É interessante verificar que são englobados numa mesma classe os proprietários e os marnoteiros. Este facto só se pode explicar pelos tipos de contratos existentes entre os marnoteiros e os proprietários Só muito raramente o proprietário era simultaneamente o marnoteiro ou marnoto, juntando-se na mesma pessoa as duas qualidades. Os proprietários não recebiam do marnoto uma renda fixa; esta era calculada de forma percentual sobre o valor do salgado, depois de deduzidas as despesas com o amanho da marinha.

 

Em 16/10/1864, foi fundada a Associação Comercial de Aveiro com os primeiros estatutos aprovados por decreto do rei D. Pedro V de 25/11/1858. Esta Associação, ainda que com carácter profissional, pois são seus sócios os comerciantes, marcou presença em actos de / 8 / carácter político-económico. A título exemplificativo lembramos o pedido feito ao governo, em 13/11/1868, de que fosse constituído sobre as ruínas do Paço Episcopal, na Rua dos Távoras, um novo edifício para a Alfândega (Arquivo lII: 316) e também o convite feito ao Ministro das Obras Públicas, Conselheiro Elvino de Brito, em 1898, para que este se deslocasse a Aveiro a fim de se informar das necessidades locais (Comércio do Porto de 30/10/1898).

 

Em 04/02/1905, esta Associação fez aprovar novos estatutos elaborados em Assembleia Geral de 29/12/1904, passando a colectividade a denominar-se Associação Comercial e Industrial de Aveiro. Publicou, com este nome, um boletim mensal cujo primeiro número data de 31/03/1933. Acabou por só publicar quatro números, sendo o último de Julho/Agosto do mesmo ano (Litoral de 07/10/1977).

 

Por imposição da nova ordem política, foram aprovados novos estatutos em 12/12/1940 e a associação passou a denominar-se Grémio do Comércio de Aveiro, designação que perdurou durante o "Estado Novo" (Arquivo XIV: 91 e ss.). Esta associação designa-se hoje por Associação Comercial de Aveiro e tem desempenhado papel importante, estando a ela ligados, mesmo muito recentemente, Cursos de Formação Profissional, com o estabelecimento de protocolos com as empresas, possibilitando formação aos funcionários dela carecidos.

 

As primeiras Associações Culturais

Em 19/01/1881, foi constituído em Aveiro, por iniciativa de Marques Gomes e Francisco Augusto da Fonseca Regala, o Grémio Moderno, que embora de curta duração vincou rasto profundo na cultura local (Arquivo XXXVII: 112). A 25/03/1881, realizou-se na sede do Grémio, por iniciativa de Carlos Faria Calisto, uma conferência literária muito concorrida para Comemorar o centenário de Calderon de la Barca (A Época de 31/05/1885). O objectivo do Grémio Moderno era concorrer para o progresso material e cultural da cidade e do distrito. No dia em que, em 1882, inicia os seus trabalhos inaugura na sala de sessões o busto de José Estêvão. Propõe neste mesmo ano a organização de uma exposição distrital comemorativa do centenário da morte de Marquês de Pombal, pelos serviços que este tinha prestado a Aveiro, associando-se, assim, a colectividade à festa nacional de 08/05/1882. Em 08/05/1882 foi inaugurada "com o maior lusimento a Exposição Distrital de Aveiro que o Grémio Moderno levou a efeito" (Exposição Distrital de Aveiro, 1882: 10)

 

Em 1883, surge o Grémio Aveirense resultante da reorganização do Grémio Moderno, constituindo a agremiação uma associação de instrução e recreio. O Grémio Aveirense perdurou até 19/03/1902, data em que se deu a sua fusão com o Ginásio Aveirense "de gente moça e animosa" constituindo-se o Grémio Ginásio Aveirense (Arquivo XXXVII: 130-134).

 

Em 01/02/1908 abriu o Clube de Aveiro que veio substituir o extinto Grémio Ginásio Aveirense, ficando instalado na Rua do Cais. Os estatutos desta nova associação só foram aprovados em 1958, pelo alvará número 217 do Governo Civil de Aveiro (Arquivo do Governo Civil de Aveiro, Livro de Alvarás). Já tinha existido um outro Clube Aveirense, cujos estatutos tinham sido aprovados em 01/01/1861, com sede na Rua de José Estêvão e que teve duração até 1875 (Arquivo XXXVII: 120).                                  .

 

A Guarda Nacional foi criada legalmente em Aveiro em 1834 e com ela, pouco tempo depois, surge uma banda que pode considerar-se / 9 / como o início da Filarmónica de Aveiro que, em 1856, passou a denominar-se Banda Amizade. A Filarmónica de Aveiro estabeleceu, ainda em 1834, como data convencional para o efeito de comemoração anual o dia 22/11, por ser dia de Santa Cecília padroeira dos músicos. A Banda Amizade, também conhecida por Música Velha, fixou também o mesmo dia 22/11 como dia de início da sua actividade, continuando, hoje, a comemorar o seu aniversário nesse mesmo dia (Arquivo VII: 100-103). Somente em 24/11/1957, esta associação secular viu ser dado o primeiro passo para uma sede própria, quando, no Bairro do Alboi, foi lançada a primeira pedra para a construção dum edifício destinado à sua sede privativa (Litoral de. 16/11 e 07/12 de 1957). Esta associação teve importância grande na formação de jovens músicos, quando ainda não existia o Conservatório de Música em Aveiro. Ao longo de mais de 150 anos participou em concursos, festas e outras manifestações culturais. A C.M.A., em sessão do dia 05/11/1984, deliberou atribuir à Banda Amizade a Medalha de Ouro da Cidade, tendo esta sido entregue no dia 22/11/1984. Houve, então, um programa diversificado que se estendeu de 18 a 25 de Novembro (B.M.A., Ano III, 1985, nº 5: 77).

Como Aveiro é a "terra dos dois" em 12/05/1856, fez estreia pública a Filarmónica Aveirense vulgarmente denominada Música Nova, regida, nessa data, por José Pinheiro Nobre. Em 1909 actuou pela primeira vez em público a Banda José Estêvão, organizada e dirigida por António dos Santos Lé, cujos estatutos só. vieram a ser aprovados por despacho ministerial de 30/11/1933 (Arquivo VII: 102).

 

Estas duas últimas bandas há muito deixaram: de existir, mantendo-se viva e em grande actividade a Música Velha.

 

Durante o período que se estendeu da primeira guerra mundial até aos anos 60, Aveiro esteve adormecida no seu espírito associativo, em primeiro lugar pela contingência da 1ª e da 2ª guerras mundiais e, em segundo lugar, pela ausência de liberdade associativa.

 

A falta de associações que dinamizassem acções culturais terá sido causa de desmotivação pela falta do habitus. O cinema era a única forma de arte que chegava ao povo, mas o povo só entendia o cinema português de então, porque era na sua maioria analfabeto.

 

Em Aveiro, a geração dos anos 60, no campo das artes, tinha sido influenciada nos bancos de escola por mestres excepcionais. Foram eles: professor Queirós, na música, que foi o mentor e dirigente do Orfeão do Liceu José Estêvão, o escultor Mário Truta, na pintura, desenho e escultura, o professor Simão, no teatro. Esta geração estava disposta a construir mundos comuns e motivada para baralhar as fronteiras rígidas da cultura, de classe e de riqueza. Apercebeu-se rapidamente que havia que encontrar lugares comuns de experimentação e de novas formas de convivialidade e participação e, por isso, as suas formas de vida quotidiana começaram a mudar.

 

Os pontos de encontro foram os salões dos cinemas Aveirense e Avenida, café Zig­Zag com passagens pelo café Trianon, onde se reuniam os homens das letras, das artes e os políticos da oposição: os jornalistas Guimarães e João Sarabando, o professor Cramês e Vasco Branco, Mário Sacramento, entre outros.

 

A Câmara Municipal de Aveiro tinha uma Comissão Municipal de Arte e Arqueologia e uma Comissão Municipal de Cultura, ambas viradas para dentro, estando mais abertas às questões da cultura as Fábricas Aleluia com a direcção de Carlos e Gervásio Aleluia.

/ 10 / Logo no início de 1960, em 12 de Fevereiro, é inaugurada uma exposição de desenho e pintura onde expõem Emanuel Macedo, Gaspar Albino, Guerra de Abreu, José Paradela, Zé Penicheiro e VIC (Vasco Branco). A esta seguiu-se uma exposição de Mário Silva em 16/04/60, ambas realizadas no Salão Nobre do Teatro Aveirense.

 

O facto de as exposições se terem realizado num local onde circulavam as pessoas que iam ao cinema, o facto de as obras expostas serem resultado de experimentação, descoberta de novos horizontes, modernidade, fizeram com que o público expressasse abertamente os seus juízos de contestação.

 

"Então isto também já por cá chegou?" dizia-se pelas esquinas, passou pelo "Arcada" e foi deglutido no "Avenida". O escândalo abalou meia cidade. Uns diziam "merecem ir parar à cadeia" outros que "O meu filho faria melhor" chegando outros a dizer que "poderá algum dia aceitar-se esta borrada em serapilheira como sendo obra digna de colocar na minha casa?" tendo considerado essas exposições insultuosas (Albino,1960).

 

Tais reacções obrigaram a que fosse feita acção pedagógica no jornal Litoral, sob a direcção do Dr. David Cristo, pessoa aberta a todas as correntes ideológicas e artísticas, e ele próprio pintor e escritor exímio, de forma a que quem frequentava o salão do Teatro Aveirense entendesse e gostasse da "nova" arte. Saiu o primeiro artigo Para uma melhor compreensão de Arte Abstracta (G. Albino, Maio de1960) foi seguido de outros do mesmo autor sob o tema "Considerações sobre a Arte Contemporânea ".

Cada uma das exposições seguintes foi sempre acompanhada de comentário e explicação da obra do autor/expositor, em artigo publicado.

O público continuou a frequentar as exposições do Aveirense, mesmo nas horas em que não havia cinema, e começou a aceitar sem choque.

Em Outubro de 1960, o Conservatório de Música começou a funcionar e a organizar concertos no Teatro Aveirense com regularidade, sendo definido no início de cada ano um plano de actividades. Participavam os professores de música do Conservatório e artistas convidados.
 

Iniciam-se também em 1960 os Salões Nacionais de Arte Fotográfica promovidos pela secção de fotografia do Clube dos Galitos, clube que apoiou a geração "terrível" num projecto posterior. No mesmo ano surge o Grupo Coreográfico Tricanas de Aveiro que se apresenta em público na festa de. S. Gonçalinho. Há ainda o Cineclube que começa por funcionar nas Fábricas Aleluia, sendo as sessões às 18h 30m.

 

Do Teatro Experimental de Aveiro, que se tinha constituído no final de 1959, surge o Círculo Experimental de Teatro que leva à cena uma série de peças de difícil interpretação. Nas letras, sob a direcção de Jaime Borges e Pereira da Silva surge o Vae Victis que começa com dois artigos no Litoral e acaba com uma separata de 8 páginas do mesmo jornal. Surge, ainda, ligado ao Correio do Vouga, o Juvenília, coordenado por Gaspar Albino. Aqui, quer num, quer no outro, os jovens eram os autores.

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Cartaz da 1ª Exposição de Artistas Aveirenses realizada pelo Círculo de Artes Plásticas do Clube dos Galitos. (p. 11)

 

Ainda nesse ano de 1960 às duas primeiras exposições seguiram-se outras de Lanzner, Cândido Teles, A. Leite, Augusto Sereno, Manuel Tavares, de entre outros.

 

Em Março de 1961 o Cine Clube promove um curso de iniciação cinematográfica para Amadores e sessões infantis. Este curso foi dirigido por Vasco Branco, Artur Casimiro, e o fotógrafo José Ramos. Numa entrevista feita ao Dr. Vasco Branco, no Café Trianon, aquele disse que o curso servia / 11 / "para iniciar interessados na prática de cinema de amadores e dar-lhes, ao mesmo tempo, uma ideia bastante aproximada da história do cinema profissional". Disse ainda que "através dos ensinamentos ministrados cada um ficará mais apto a distinguir o bom cinema do mau cinema" (Litoral, 1961).

 

Mário Silva quando veio expor pela primeira vez em Aveiro, em 1960, era já membro do Círculo de Artes Plásticas da Associação Académica de Coimbra e aí era professor de pintura Mestre Waldemar da Costa. Este, no inicio de 1962, trouxe a Aveiro o fruto do seu trabalho no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, já, então, com 70 exposições colectivas. Houve entusiasmo, contactos e é posta em marcha a criação dum Círculo de Artes Plásticas em Aveiro. Só havia, então, uma casa que pudesse acolher o Círculo que era o Clube dos Galitos, tendo aí sido criada uma secção autónoma.

 

Foi possível juntar com rapidez quarenta e sete associados, donde saiu uma comissão para preparar os estatutos, que foram aprovados.

 

Em Outubro de 1963, o jovem Círculo de Artes Plásticas organizou a I Exposição de Artistas Aveirenses, tendo estado presentes 37 expositores de Aveiro, tendo sido a maior exposição de artes plásticas levada a efeito até essa data. Surge, depois, o movimento Aveiro/Arte. Esta explosão do início da década de 60 fez mexer a cidade e foi contra o burocratismo das instituições e o conformismo social.

 

Claudette Albino

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(1) Columella, Lúcio Júnio, (60 d.C.) Res rustica tradução inglesa de H. B. Ash Oh Agriculture, 1948, E.U.A.

(2)   Alcoforado, M. Maia, Museu Tecnológico, 1, Lallemant Frères Typ. Lisboa, 1877

(3)   Marques Gomes: Memórias de Aveiro, Typ. Comercial, 1875, Aveiro.

(4)
  Marques Gomes: Memórias de Aveiro, Typ. Comercial, 1875, Aveiro.
 

 

 

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