Sobre a origem das Palavras Cruzadas
muito se tem dito e escrito sem que, contudo, se tenha chegado ainda a
uma conclusão definitiva.
O "Diário Popular" de 7 de Novembro de
1948 noticiava a morte do jornalista inglês Arthur Wynne,
considerando-o nessa notícia como o inventor das Palavras Cruzadas,
pois foi ele que, quando imigrado na América, publicou, pela primeira
vez, um problema de Palavras Cruzadas num jornal de Nova Iorque.
Corroborando esta informação, também o
Oxford Encyclopedic English Dictionary (pág. 346, Ed. de 1991) atribui
a invenção deste passatempo a Arthur Wynne, complementando a
informação com o nome do jornal e data da sua publicação. Tratava-se
do jornal dominical "New York World", datado de 21 de Dezembro de
1913. De facto, o uso da palavra crossword (palavra cruzada)
aparece utilizado pela primeira vez no Oxford English Dictionary em
1914. Aliás, a Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (pp. 55/56, voI.
XX) também regista informações muito semelhantes, sem, naturalmente,
dar como certo, que tenha sido Arthur Winne o inventor das palavras
cruzadas. Tivesse sido esse, porém, o seu inventor, ou outro daqueles
muitos a que tal paternidade se atribui, o certo é que o passatempo
apenas em 1924 começou a aparecer nos jornais da Europa. E hoje, como
se sabe, raros são os jornais ou revistas que não publicam problemas
de Palavras Cruzadas.
Os problemas de Palavras Cruzadas,
convenientemente elaborados, são um grande e valioso auxiliar do
ensino. Sob o ponto de vista linguístico, fácil é ver-se que muitos e
grandes auxílios podem prestar, quer no que respeita à simples
ortografia, quer no que diz respeito à sinonímia. E muito mais até
neste segundo aspecto.
Que este passatempo é um óptimo
elemento de ensino provam-no as experiências que ilustres pedagogos
têm feito no sentido de tornarem o mais agradável possível o
aprendizado de certas matérias, especialmente no ensino da Sinonímia,
da História e da Geografia.
Actualmente existem as mais variadas
formas de problemas de Palavras Cruzadas, mas todas elas baseadas no
mesmo princípio: fazer pensar, e cultivar o espírito com prazer.
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HORIZONTAIS: 1. Pragana da espiga; Bagos
do cacho da videira. 2. Apertar com nó ou laçada; Excluído. 3. Sexta
nota da escala musical; Porco magro (Alent). 4. Espaço de 24 horas;
Parte de um porto ladeada de cais, onde se abrigam os navios, e onde
tomam ou deixam carga. 5. Sinal gráfico que serve para nasalar; Despido;
Empunhar. 6. Cordeiro; Batráquio anuro; Jogo que tem também o nome de
jogo do ganso. 7. Espécie de arruda silvestre, com que os Árabes se
esfregam, para afugentar os espíritos malignos; No ano do Senhor (abrev.
lat.). 8. Poeira; Unidade de distância percorrida por um navio; Planta
espinhosa. 9. Tântalo (s.q.); Serra de Portugal que separa as bacias do
Tâmega e do Corgo. |
10. Diz-se de certa qualidade de trigo
cuja farinha é muito alva; Doença das vacas loucas (abrev. ing.). 11. Fileira de
colunas que não formam pórtico.
VERTICAIS: 1. Ilha de Cabo Verde;
Basta!; Aguilhão. 2. Muito tímido (fam.); Parecença. 3. Deus egípcio do
Sol e da criação; Espaço de terra cercado de água por todos os lados;
Nome vulgar do explosivo trinitrotolueno. 4. Antiga embarcação, muito
bojuda, usada em Portugal; Adornado. 5. Pedra de moinho; Imposto de selo
(abrev.). 6. Calor abafadiço (Alent.); Matemática (abrev.). 7. Antes do
meio-dia; Planta marinha de que se extrai a soda do comércio. 8.
Anexada; Rio da Suíça, que banha a cidade de Berna. 9, Que está em pleno
poder da sua beleza vegetal; Cauda. 10. Um tanto doces. 11. Solitário;
Utensílio para lavrar a terra; A minha pessoa. |