Com uma superfície de 26767 km2,
o Alentejo ocupa cerca de um terço de Portugal, tendo uma densidade
populacional média de 20 habitantes por km2. Com uma taxa de
natalidade, também em valores médios percentuais muito parecida com o
resto do País.
O Alentejo, na sua vastidão, tem
características morfológicas variadas, predominando no entanto a
planície de modulações suaves, atravessada pelos rios Guadiana, Sado e
Mira.
A sua altitude média ronda os 200 m,
tendo um clima temperado/mediterrânico continental.
A belíssima costa alentejana,
privilegiada pelo Atlântico, e ainda mais ou menos preservada, tem o
comprimento de cerca de 135 km.
Não tendo sido imune às catástrofes
naturais, à famigerada campanha do trigo, ao abandono e má gestão dos
mandantes, o Alentejo, tal como o resto do País, vem-se terciarizando.
Todavia, ainda produz qualidade: o
azeite, o vinho, o queijo, a carne, o mel, a cortiça.
Se considerarmos o ar, o solo, o subsolo
e a água, o Alentejo é, sempre foi, uma região rica. Mas a sua maior
riqueza é, sem dúvida, o homem, pois como escreveu Torga «é preciso ter
uma grande dignidade humana, uma certeza em si muito profunda, para usar
uma casaca (pelico) de pele de ovelha com o garbo de um embaixador.» |