A GENEALOGIA das famílias
da região de Aveiro, ainda
pouco e mal estudada, interessa-me particularmente porque por lá viveram alguns dos meus, e nas ramificações
dessas famílias, pelos laços de casamentos e uniões, surgem parentescos com os meus e notícias que directamente
me atraem a curiosidade.
O que vou escrever não deve ficar completo, pois, recorrendo a notas diversas que tenho espalhadas, é mais do que
possível que alguma coisa me escapará ao coligi-las.
− Os dois irmãos André e Catarina Pacheco
− vide em c) −
viviam em Aveiro pelo ano de 1500. Catarina Pacheco casou
e teve Leonor Pacheco − a quem seu tio André Pacheco deixou um legado − e Maria Pacheco, a quem o mesmo tio
nomeia por sobrinha no seu testamento, e que casou com
Bastião Migueis e tiveram uma filha a quem seu tio-avô André
também deixou um legado. Desta Catarina Pacheco não sei
por agora mais nada.
André Pacheco morou e viveu em Aveiro, onde faleceu
em Abril de 1581; foi cavaleiro-fidalgo como consta do seu
testamento que fez em Soza a 22 de Janeiro de 1580, no qual
instituiu uma capela de missas a favor de seu neto Domingos Pacheco, com a condição de
ele se ordenar. Casou com
Isabel Afonso que, depois de viúva, também instituiu vínculo dos bens que lhe ficaram a favor de seu neto Francisco
Cardoso Pacheco, morador em Esgueira. Dizem que esta
Isabel Afonso fora filha de Gonçalo Afonso e neta de Afonso
Gonçalves que pelo ano de 1472 viera com a princesa Santa
Joana para Aveiro, onde se estabeleceu; mas desta filiação
não há prova certa.
Filhos:
− Filipa Pacheco Cardoso, que segue;
− André Pacheco Durazo.
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107 /
- Filipa Pacheco vivia em Aveiro pelos anos de 1575, como consta do
livro de baptizados de Vera-Cruz e dele também consta, como das
instituições atrás citadas, que casou com Francisco Cardoso, o velho,
que morou em Aveiro e se presume ser dos Cardosos de S. Martinho de
Mouros (Beira Alta), pois era segundo primo, ou por tal se tratava, de
Tomé de Gouveia Cardoso, que era destes mesmos Cardosos, como confessou
outro Tomé de Gouveia Cardoso, filho daquele, numa carta que escreveu a
Sebastião Pacheco Varela, de Aveiro, e que o capitão-mor de Aveiro, LUÍS
DA GAMA, copiou no tomo II dos Documentos, a fIs. 201, v.º. Note-se que
o Abade de Peroselo, no título dos Cardosos de Esgueira, principiando
neste Francisco Cardoso, que diz ter sido natural de
Esgueira, dá-o casado com Maria Dias Cardoso.
Filhos:
− Francisco Cardoso Pacheco, segue.
− O Padre Domingos Pacheco, a quem seu avô, André
Pacheco, deixou vinte moios de marinha a S. Roque com uma missa de
obrigação cada semana, à 6.ª feira, três mais em dia de Natal e uma
pelos fiéis de Deus.
− Luísa da Anunciação, freira de Jesus de Aveiro, baptizada
a 29-XI-1577.
− Isabel Pacheco, que foi dotada em 35 moios de
marinha a S. Roque e
nas casas da rua Direita − que lhe deixou seu avô André Pacheco − e
casou com Manuel Jorge, juiz da Alfândega de Aveiro.
− Jerónima Pacheco, a quem seu avô André Pacheco nomeou a horta da
Maceira e por ele é chamada para suceder na capela de seu irmão, o padre
Domingos Pacheco, ou seus filhos. Casou com o licenciado Marcos de
Pinho, filho
de Cristóvão de Pinho.
− André Pacheco Durazo, segue em
a).
− Francisca, baptizada a
13-II-1569.
− Jerónima, baptizada a 22-VII-1571.
− Francisco Cardoso Pacheco, baptizado a 31-III-I574,
morou em Esgueira e foi o primeiro administrador de um vínculo que
instituiu sua avó Isabel Afonso e em que entraram os bens que possuía na
Beira. Casou com D. Ana Maria da Silveira ou Cardoso, filha de Pedro de
Oliveira e de Filipa Pacheco, naturais de Esgueira. Na igreja de Esgueira existiu
a sua sepultura com o seguinte epitáfio:
«Sep.ª de Francisco Cardoso
Pacheco e de sua m.er Anna
Maria Cardoso.» Tinha as armas dos Cardosos e Pachecos
(MONTEZ MATOSO, Memorias Sepulchraes da Lusitania).
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108 /
Filhos:
− Francisco Cardoso Pacheco, segue.
− André Pacheco Cardoso, segue em
f).
− Elena Cardoso Pacheco, segue em
I).
− Francisco Cardoso Pacheco, herdou a casa e viveu em Esgueira também;
casou com D. Isabel Ribeiro do Amaral, de Cantanhede, filha de Gaspar
Ribeiro, administrador de
um morgado, e de sua mulher D. Maria Coelho do Amaral.
Filhos:
− D. Jacinta Coelho do Amaral, segue.
− D. Teresa Jacinta Coelho do Amaral, que casou
em Esgueira e foi a segunda mulher de meu sexto avô, o capitão Bento
Pacheco Soares, que teve carta de brasão de armas em 1688, filho do
capitão de mar-e-guerra António Pacheco Henriques e de sua mulher D.
Juliana Soares. Bento Pacheco Soares era viúvo quando casou em Esgueira
com D. Teresa. Segue em h).
− Francisco Cardoso Pacheco, s. g.
− D. Jacinta Coelho Ribeiro do Amaral casou com João Gomes da Silveira
Cardoso de Meneses que, depois de viúvo e de ter um filho, se fez
clérigo e foi vigário de Cacia, filho de Sebastião de Almeida de
Carvalho, juiz dos órfãos em Esgueira, natural de Moimenta da Beira, e
de sua mulher D. Maria da Cunha da Silveira, natural de Esgueira, filha
de Nicolau da Silveira de Bulhões, de Esgueira (irmão de Francisco Egas
de
Bulhões), e casado com D. Maria Madalena de Araújo, de
Esgueira, filha de Pedro Godinho Barbosa e de sua mulher Petronilha
Baptista de Araújo, pessoas de quem falarei em outra nótula deste livro,
e por esta linha vão entroncar nos Godinhos de Esgueira, meus
antepassados. Sebastião de Almeida de Carvalho foi familiar do Santo
Ofício por carta de Abril de 1683, era filho de Rui Vaz Pinto de
Figueiredo, de Mileu (Lamego), e de Brites de Almeida, de Moimenta da
Beira, (irmã do bispo do Funchal, D. Gabriel de Almeida); neto paterno
de Lourenço Cardoso de Meneses, de Mileu, freguesia da Corredoura, Lamego,
e de D. Violante de Figueiredo, − neto materno de Sebastião de Almeida de
Carvalho, de Moimenta da Beira, e de sua segunda mulher D. Brites
Morgado. Nicolau da Silveira de Bulhões era filho de Álvaro Egas de
Bulhões, de Esgueira, neto de Pedro Egas de Bulhões,
senhor do morgado dê Mataduços que foi instituído por Vasco Gomes de
Bulhões, monteiro-mor de D. Dinis. A mulher
de Álvaro Egas de Bulhões chamava-se Isabel de Oliveira e
era de Esgueira.
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109 /
Filho único:
− Mateus da Silveira Cardoso de Meneses, senhor de
toda a casa de seus pais, viveu na sua quinta de Arada, onde casou com
D. Catarina Bernarda Barbosa de Quadros
Rangel, filha herdeira de António Barbosa de Novais Bacelar,
capitão-mor de Ançã, e de sua mulher D. Antónia da Veiga
Cardoso de Quadros. A respeito da ascendência destes, e
que pelos Cardosos de Albergaria entroncavam na minha
família pelos Soeiros de Albergaria, ver o meu livro Mouras
Coutinhos de Esgueira, voI. 3.º, pág. 69, e vide também o
título dos Novais, L.º 4, fls. 225, do nobiliário do capitão-mor de Aveiro, LUÍS
DA GAMA.
Filhos:
− João Agostinho Barbosa da Silveira, que morreu solteiro deixando um
filho natural chamado João da Silveira que não foi reconhecido.
− D. Antónia Ana, que morreu solteira e de avançada idade.
− Francisco José Barbosa da Silveira Cardoso de
Meneses, segue.
− Francisco José Barbosa da Silveira Cardoso de
Meneses sucedeu, por morte de seu irmão João, a todos os vínculos e
prazos da casa de seus pais e morreu de uma apoplexia em 16 de Janeiro de 1803. Casou com sua prima
D. Maria Isabel Rangel de Quadros, filha de António Rangel de Quadros de Moura e de sua mulher e prima D. Joana
Margarida de Rangel de Quadros, dos Rangeis de Quadros de Aveiro, gente
de nobres tradições de Aveiro, e das principais famílias. Filhos, por agora com incompleta referência:
− António, que morreu de um ano.
− Agostinho Barbosa de Novais, que morreu
em 6-7-1801, sem geração.
− João Agostinho, que nasceu em Fevereiro de 1788.
− D. Maria Emília.
a)
− André Pacheco Durazo, ou
André Pacheco Cardoso,
que o capitão-mor Luís DA GAMA faz filho de Filipa Pacheco
e de seu marido Francisco Cardoso, faleceu em Aveiro, diz ele, e vivia
na rua de S. Roque, onde morreu em 13-3-1623, e outra notícia, diz o
referido capitão-mor, fá-lo filho de André Pacheco, irmão da Filipa.
Casou em Janeiro de 1589,
/
110 /
como consta do livro dos recebimentos da igreja de Vera-Cruz, com Filipa Varela, que morreu a 23 de Julho de 1622,
filha de Afonso Gonçalves de Barros e de sua mulher Custódia Varela, esta falecida em 20-8-1591 e moraram na mesma
rua de S. Roque, o que também consta do livro de óbitos da mesma
freguesia.
Filhos:
− Baptista, baptizado a 11-3-1591, de quem foi madrinha Maria de Barros, irmã de sua mãe.
− Tomás Pacheco, baptizado a 15-2 1593.
− Sebastião Pacheco Varela Durazo, que segue.
− Custódia Varela, baptizada a 12-2-1597.
− Maria Pacheco, baptizada a 29-8-1599, de quem foi
madrinha sua tia Jerónima Pacheco.
− Domingos Pacheco, baptizado a 11-8-1604, que segue adiante em b).
− Adriano, baptizado a 10-3-1609.
− Sebastião Pacheco Varela Durazo foi
baptizado
a 22-1-1595 e foi seu padrinho Roque Varela, seu tio, irmão
de sua mãe; foi capitão, cavaleiro da Ordem de Cristo, viveu algum tempo
em Lisboa, onde casou, e dizem que a furto
trouxera a mulher nas ancas do cavalo. Casou com Isabel
Cardoso Henriques de Gouveia, de Lisboa, filha de Francisco
Henriques e de sua mulher Maria Dias Cardoso, da freguesia
de N.ª S.ª dos Mártires.
Filhos:
− Manuel Pacheco Varela, segue.
− Roque Varela, parece que foi baptizado a 15-8-1624,
e de que foi padrinho outro Roque Varela.
− André Pacheco Varela, baptizado a 10-6-1627.
− Custódia Varela, baptizada a 26-11-1628.
− Roque Varela Durazo, baptizado a 21-6-1631; casou
com uma sua parente, Maria da Cunha de Azevedo, filha
de Diogo da Cunha de Azevedo e de sua mulher Filipa
Pacheco Cardoso, de quem adiante falarei, c. g.
− Filipa, baptizada em 19-1-1633.
− Isabel, baptizada em 19-4-1634.
− D. Luísa Pacheco Varela, baptizada a 11-9-1635,
que casou em Nespereira com Álvaro de Albuquerque e Brito, c. g.
− Francisca, baptizada a 20-2-1637.
− Jacinta, baptizada a 28-8-1639.
− Simão, baptizado a 1-11-1640.
− Joana, baptizada a 28-2-1642.
− Teresa, baptizada a 2-11-1643.
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111 /
− Manuel Pacheco Varela foi
baptizado a 9-11-1621 e morreu a 17-5-1678;
foi capitão de cavalos da ordenança de Aveiro e parte de Esgueira, e
ultimamente mestre de campo de volantes, posto que exerceu até morrer.
Casou com D. Bárbara Pereira dos Serafins, irmã de João Pereira de
Carvalho, prior de Palmaz (?) − filhos de Gaspar dos Reis
Vidal, familiar do Santo Ofício, natural de Arrancada, e de sua mulher
Antónia Pereira de Carvalho, natural de Aveiro, onde viviam.
− Filhos:
− Sebastião Pacheco Varela, cavaleiro da Ordem de Cristo por alvará ou
padrão de 12-12-1678 e pessoa de grande esfera e raro talento. Nunca
quis casar e por fim ordenou-se. Sem geração, segue em d).
− António Varela Pacheco, que morreu afogado na passagem do
Douro em
Trás-os-Montes, s. g., mas teve bastardos − e).
− D. Custódia Pereira,
baptizada a 4-9-1669, morreu
solteira.
− D. Mariana Pereira Varela, baptizada a 26-7-1671, foi a herdeira por
morte de seus irmãos e casou com Miguel Rangel de Quadros e Veiga. Segue
em k).
Teve, Manuel Varela Pacheco, em Ana Gaspar, mulher
solteira: − Francisco, baptizado a 21-3-1664.
b)
− Domingos Pacheco, filho de André Pacheco Durazo, da página anterior,
foi baptizado a 11-8-1604 e, pela computação dos tempos, parece que
casou com Filipa Neto.
Filhos:
− Filipa Neto Pacheco,
baptizada a 30-9-1627, segue.
− Francisco, baptizado a 26-11-1628.
Teve ilegítimo, em uma criada da casa de seu pai, chamada Domingas, a: Domingos,
baptizado a 3-6-1620.
− Filipa Neto Pacheco, acima, morreu a 9 de Julho de 1660 e casou a 12
de Fevereiro de 1643 com António de Valadares, de Angeja; viveram e
morreram em Aveiro.
Filhos:
− Maria, baptizada a 15 6-1644
− Maria, baptizada a 30-3-1649
− Francisco, baptizado a 18-10-1652.
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112 /
− Jacinta, baptizada a 16-1-1655.
−Gaspar, baptizado a 30-5-1658.
− António, baptizado a 21-4- 1660.
c)
− Catarina Pacheco foi irmã de André Pacheco, em quem principia
este
guisado genealógico; consta do testamento do mesmo André Pacheco que o
capitão-mor de Aveiro, LUÍS DA GAMA, copiou no tomo 2.º dos
«documentos».
Casou e teve:
− Leonor Pacheco, a quem seu tio André deixou
legado.
− Maria Pacheco, segue.
− Maria Pacheco, que se julga ser irmã de Leonor Pacheco pois André
Pacheco a nomeia por sobrinha no mesmo testamento acima referido, onde
diz que ela casou
com Bastião Migueis.
Filha:
− N... a quem o citado André deixou um legado.
d)
− Sebastião Pacheco Varela, filho de Manuel Pacheco Varela e de D.
Bárbara Pereira dos Serafins, foi cavaleiro da Ordem de Cristo por
alvará de 12-12-1678; não quis casar, e antes de se ordenar teve amores
com Francisca Teresa, mulher solteira com a linda alcunha de «Pingalha»,
de quem
houve os seguintes filhos ilegítimos:
− Sebastião Pacheco Varela, que morreu solteiro.
− Caetano Pacheco
Varela, segue.
− Caetano Pacheco Varela, que casou duas vezes; a
segunda com uma irmã do Dr. Manuel Tavares, da Ermida, de quem teve:
− João António Pacheco Varela, clérigo, formado
em cânones.
− José Pacheco Varela.
− Ana, que casou na Beira.
− Angélica, que casou com Manuel Lopes dos Santos, escrivão geral em Aveiro.
/
113 /
[VoI. X - N.º 38 -
1944]
O primeiro casamento de Caetano Pacheco Varela foi
com Mariana Luísa, de quem foi filho:
− Sebastião Pacheco Varela, segue.
− Sebastião Pacheco Varela foi
formado e advogou nos
auditórios de Aveiro. Casou duas, vezes, a primeira com
D. Maria Narcisa de Sá, filha de Pascoal de Sequeira Ferraz
e de sua mulher D. Narcisa Maria, sem geração. Casou segunda vez com Joana Bernarda, filha de Lourenço dos
Santos e de sua mulher Ana Luísa.
Filhos:
− Fr. Félix Pacheco, frade da Ordem terceira.
− Joaquina Pacheco Varela, que casou com o capitão de navios N.... c. g.
− Brites Pacheco Varela, solteira.
− Frei João de Santa Rita, frade carmelita descalço.
− Frei José de
Santa Rita, frade domínico em Roma.
− Ana.
e)
− António Varela Pacheco, filho de Manuel Varela Pacheco e de sua mulher
D. Bárbara Pereira dos Serafins, morreu afogado, como disse, no rio
Douro, em Trás-os-Montes. Não casou; não casou, mas teve filhos de uma
tal
«Vassala» de alcunha, que assistia no Alboi:
− António Varela Pacheco, que foi para a Índia,
onde morreu.
− Sebastião Varela Pacheco, que segue.
− Sebastião Varela Pacheco casou com Antónia Esmeralda, que morou no Rossio de Aveiro.
Filhos:
− Micaela, solteira.
− José Varela Pacheco, que foi para o Porto e lá
casou, não se sabendo se teve geração.
− Joana VareIa, segue.
− Joana Varela casou com Jerónimo de Magalhães, filho
bastardo de outro Jerónimo de Magalhães, e foi seu filho:
− Fernando de Magalhães, que não sei se
casou
/
114 /
f)
− André Pacheco Cardoso, diz o Abade de Peroselo,
que foi filho de Francisco Cardoso e Filipa Pacheco (Filipa Cardoso, diz
o capitão-mor de Aveiro, que foi a mulher de Francisco Cardoso, o
velho; o abade não lhe cita a mulher).
O capitão-mor diz que era filho do referido Cardoso Pacheco
e de sua mulher D. Ana Maria. Viveu em Esgueira, e,
segundo um apontamento meu, casou com Branca Coelho
do Amaral, de Esgueira. O capitão-mor de Aveiro dá-lhe duas filhas:
− D. Maria Pacheco (Maria Coelho lhe chamava o
abade de Peroselo), que segue.
− D. Filipa Pacheco Cardoso (não citada pelo abade)
que casou com Diogo da Cunha de Azevedo. Segue em g).
O Abade cita-lhe mais:
− O licenciado Luís Coelho Cardoso; segue nas
notas em m).
− Fr. Francisco de S. Bernardo.
− Branca Coelho, freira.
− D. Maria Pacheco Cardoso, diz o capitão-mor de Aveiro, casou-se com
Manuel Gomes Faia, filho de Manuel Gomes Faia e de sua! mulher D. Isabel
de Figueiredo de
Leão. Este Manuel Gomes Faia, morador em Esgueira, governador das armas
das companhias das ordenanças, teve carta de brasão de armas em Janeiro
de 1651 (vide n.º 360 dos Brasões Inéditos, de JOSÉ MACHADO); foi
filho de Bartolomeu Afonso Picado e de sua mulher Maria de Basto; neto
paterno de outro Bartolomeu Afonso Picado e de sua mulher
Isabel Dias Saraiva, moradores em Aveiro; e neto materno de André Pires
Feio e de sua mulher Margarida Rodrigues Basto, moradores em Esgueira.
Foram irmãos de Manuel Gomes Faia: João André Feio, André Pires Feio,
Cristóvão
Feio, que serviram na Índia, sendo capitães de navios e
fortalezas, diz a carta que lhes deu as insígnias dos Faias, Afonsos,
Bastos e Feios. O capitão-mor de Aveiro só dá a D. Maria Pacheco
Cardoso uma filha:
− D. Isabel de Leão, que o abade chama D. Isabel Coelho, que se segue.
− O abade de Peroselo dá-lhe mais:
− D. Maria de Leão, mulher de João de Brito Cação
de Lima (primeiro casamento deste) filho de Francisco
/
115 /
de Brito Cação de Lima, e sua mulher D. Antónia da Fonseca Rebelo, c. g.
− D. Joana, sem geração.
− D. Isabel de Leão, ou
Coelho, casou em Esgueira com Gabriel de Almeida de Carvalho, que morreu em 1755, filho
de Sebastião de Almeida de Carvalho, juiz dos órfãos em
Esgueira, natural de Moimenta da Beira, e de sua mulher
D. Maria da Cunha da Silveira, de Esgueira, filha de Nicolau da Silveira Bulhões, de que já para trás falei.
Filhos:
− Gabriel Nicolau de Almeida de Carvalho, que segue.
− Lourenço António de Almeida de Carvalho, que
foi clérigo e viveu em Esgueira, tendo duas filhas ilegítimas: D. Joana, que morreu solteira, e D. Angélica de
Almeida de Carvalho, também de Esgueira, que casou
com João Pedro Migueis, seu conterrâneo, e teve geração.
− D. Maria Vitória de Figueiredo de Leão, abadessa
de Sá em Aveiro.
− D. Joana de Figueiredo Leão, que morreu solteira.
− Gabriel Nicolau de Almeida de Carvalho, viveu em Esgueira e casou com sua prima D. Úrsula de Almeida da
Silveira, filha de Bento de Almeida Cabral e de sua segunda mulher D.
Joana da Silveira, que era filha do sobredito Sebastião de
Almeida de Carvalho, com geração.
g)
− D. Filipa Pacheco Cardoso, filha de André Pacheco
Cardoso e de Branca Coelho do Amaral, casou com Diogo da
Cunha Azevedo, que teve o foro de fidalgo da Casa Real com
750 réis de moradia e o competente alqueire de cevada por
dia «por alvará escrito por Belchior de Andrade em 18 de fevereiro de
1639» − diz o capitão-mor de Aveiro −, filho
de Jerónimo da Cunha Azevedo, senhor da quinta do Mato,
e de sua mulher Maria Gomes Loureiro, e neto paterno de António da
Cunha, o velho, filho de Bento da Cunha e de D. Antónia de Pina,
senhores do morgado do Papo de Perdiz, instituído em 6 de Junho de 1423, cuja capela está na igreja de S.
João de Almedina de Coimbra. A quinta do
Mato é em S. Martinho de Salreu.
Filha:
− Maria da Cunha de Azevedo, segue.
/
116 /
− D. Maria da Cunha de Azevedo casou
em Aveiro
com o seu parente Roque Varela Pacheco, filho de Sebastião Pacheco
Varela Durazo e neto do referido André Pacheco
Durazo e sua mulher Filipa Varela.
Filhos:
− Isabel de S. José e Mariana da
Glória, freiras em
Jesus de Aveiro.
− Sebastião Pacheco Varela da Cunha, juiz de fora. em Aveiro,
superintendente dos tabacos em Trás-os-Montes e morreu Corregedor em
Pinhel em 3-9-1701 ou 702. Sepultado em S. Francisco. Sem geração.
− Filipa Teresa do Espírito Santo e Luísa Josefa da
Assunção; freiras em Sá de Aveiro.
− João de Azevedo Varela e Cunha, segue.
− Fr. Diogo de Santa Maria, frade em S. Domingos.
− D. Francisca Maria da Cunha.
− D. Inês Sofia Varela.
− João de Azevedo Varela e Cunha, casou com
D. Micaela Maria Barbosa da Fonseca, filha de Santos Barbosa de Sá e de
sua mulher D. Escolástica Bernardes «e foi o dito Santos Barbosa de Sá
filho de António Correia de Sá e de Maria Barbosa Reimão, neto paterno
de Manuel Correia de Sá, natural da quinta da Taipa e de Francisca de
Vila Lobos, natural da quinta de Miragaia, freguesia de Travanca,
bisneto de Francisco Correia, natural de Outeiro, freguesia de Sardoura,
e de Teresa de Sá, natural da quinta da Taipa; terceiro neto de
Francisco de Sá, cavaleiro-fidalgo, da quinta da Taipa, e de Antónia
Velho, natural da quinta do Barrai. E pela parte materna é o dito Santos Barbosa de Sá neto de
Francisco António de Carvalho, natural de Nações (?) e de Maria Barbosa,
filha esta de Gaspar Barbosa e de Antónia Velho, ele natural da quinta
do Barrai e ela natural de Vila Verde; .3.º neto de Francisco Barbosa,
morador na quinta do Barrai, e de Antónia Velho da freguesia de Sardoura.
E D. Escolástica Bernardes, mulher do dito Santos Barbosa,
foi filha de Gonçalo da Fonseca Coutinho, filho de Pedro da
Fonseca, oriundo da casa de Águas Santas e de Maria Rebelo, oriunda de
Fonte Arcada; e o dito Gonçalo da Fonseca foi casado com Maria Bernardes
oriunda de Abkhazes e filha de
Diogo da Silva Homem, cidadão, e de D. Ângela Bernardes
Pinto, oriunda da Lagar iça e Tendais» − vê-se escrito no genealógico do capitão-mor de Aveiro.
Filhos:
− José, nasceu a 21-9-1722.
− Sebastião Alberto, nasceu a 8-4-1724.
− João Roque, nasceu a 28-2-1726.
/
117 /
h)
− D. Teresa Jacinta Coelho do Amaral, filha de Francisco Cardoso Pacheco e de sua mulher D. Isabel Ribeiro do Amaral, casou, como já se disse, com Bento Pacheco
Soares, capitão e fidalgo de cota de armas, já viúvo de
D. Maria Gomes Godinho e, com esta, meus sextos avós.
Filhos deste segundo
casamento:
− Bento Pacheco Soares, s. g.
− D. Josefa Jacinta Cardoso Soares Castelo Branco, segue.
− D. Josefa Jacinta Cardoso Soares Castelo Branco, senhora dos prazos da Conceição e Perrães que lhe deixou seu tio João
de Figueiredo Castelo Branco, casou com Tomé de Moura Coutinho de
Almeida de Eça, nascido em Esgueira a 8-4-1678, fidalgo de geração,
senhor dos morgados de N.ª S.ª da Lapa,
em Condeixa, do prazo de Alaquela e reguengo de Eixo, da capela de
Alquerubim e da casa de Esgueira (1.º ramo), filho de Manuel de Sequeira
Coutinho, morgado de N.ª S.ª da Lapa em Condeixa, e de sua mulher D.
Angélica de Almeida de Eça, de Esgueira, e senhora da restante casa supra mencionada.
Filhos:
− D. Violante de Moura Coutinho de Almeida de Eça, que morreu solteira.
− António de Moura Coutinho de Almeida de Eça, que morreu novo.
− D. Angélica de M. C. de Almeida de Eça, segue.
− D. Brites Angélica de M. C. de Almeida de Eça,
segue em i).
− D. Josefa Angélica de M. C. de Almeida de Eça,
segue em j).
− D. Angélica de Moura Coutinho de Almeida de Eça,
nasceu em Esgueira em 1720 e faleceu a 30 de Abril de 1743; casou com
Baltasar de Sousa Colmieiro de Teles Távora, ;fidalgo cavaleiro,
cavaleiro professo da Ordem de Cristo, familiar do Santo Ofício,
comissário da Mesa da Consciência e Ordens, capitão do regimento de
dragões da Beira-Baixa, filho de António Colmieiro de Morais, fidalgo
cavaleiro, professo da Ordem de Cristo, senhor do morgado de S. Vicente
de Vinhais, de onde era natural, e de sua mulher D. Angélica Maria de
Sousa Teles de Távora, de Lisboa, e da primeira fidalguia do seu tempo.
BALTASAR DE SOUSA COLMIEIRO
/ 118 / era natural de Bragança e o linhagista a que por vezes me
tenho referido neste e em outros livros.
Filhos:
− Xavier Francisco de Sousa Colmieiro de Teles
Távora Coutinho, segue.
− Baltasar de Sonsa Colmieiro de Teles Coutinho,
morreu novo e sem geração.
− D. Angélica Maria de Sousa Teles Coutinho, idem.
− Xavier Francisco de Sousa Colmieiro de Teles Coutinho herdou de sua mãe o morgado de
N.ª S.ª da Lapa em Condeixa e a
demais casa e casou em Aldegalega com D. Rosa Margarida Fortunato de
Sousa Falcão e tiveram
uma filha única, D. Angélica Violante de Sousa Colmieiro
de Teles Coutinho, herdeira de toda a casa, que casou com Salvador
Manuel da Rocha Tavares Pereira, senhor dos morgados de S. Martinho de
Argoncilhe, Castelões, Pigeiros, da quinta e paço de Pereira, na Vila da Feira, e da casa de Ovar,
filho herdeiro de Manuel Alberto da Rocha Tavares Pereira e de sua mulher D. Brites Margarida Pacheco
Soares de Albergaria. Nesta linha se continuou a casa dos Mouras
Coutinhos de Esgueira, primeiro ramo, e como toda esta linhagem está
explicada nos meus livros, inútil se torna repeti-la.
i)
− D. Brites Angélica de Moura Coutinho de Almeida de Eça, filha de
D. Josefa Jacinta Cardoso Soares Castelo Branco e de Tomé de Moura
Coutinho, nasceu em Esgueira em 24 de Maio de 1727. Casou três vezes, a
primeira com Tomás Borges de Morais Rebelo, de S. João da Pesqueira,
fidalgo da Casa Real, senhor dos morgados de Macieira, Vidigal e Fonte
Arcada, padroeiro do convento de S. Cornélio de Lisboa,
cavaleiro-professo da Ordem de Cristo, filho de Miguel Rebelo de Sousa,
senhor dos referidos morgados, e de sua mulher D. Ana de Morais, c. g.
Casou segunda vez
com Inácio Barbosa Canaes de Abreu, juiz de fora em Anciães e «enviuvando
veio para o Porto, para casa da filha, onde por amores casou com um
homem que cortava cortiça.»
Filha única do primeiro matrimónio:
− Maria Tomásia de Sousa Eça de Morais Rebelo, herdeira de seus pais, casou a primeira vez no Porto com Custódio dos Santos Alvares de Brito, cavaleiro da Ordem de Cristo, homem
de negócios, e a segunda vez casou com o seu primo Dionísio de Moura
Coutinho de Almeida de Eça, capitão-mor de Esgueira e Arada, cavaleiro
professo da Ordem
/ 119 /
de Cristo, etc., meu bisavô, que depois de viúvo tornou a casar e deste
segundo matrimónio vem a geração que deixou.
j)
− D. Josefa Angélíca de Moura
Coutinho de Almeida de Eça, filha de D.
Josefa Jacinta Cardoso Soares Castelo Branco e de Tomé de Moura Coutinho
de Almeida de Eça, casou com o seu primo Álvaro Coelho de Figueiredo e
Vasconcelos, filho de Tomé de Moura Coutinho Coelho de Figueiredo e de
sua mulher D. Mecia Josefa de Berredo Pinto. D. Josefa foi dotada por
sua mãe, em escritura de que tenho traslado, em Fevereiro de 1754, com
o morgado de Perrães, pelo muito gosto que tinha neste casamento.
Filhas:
− D. Joana Angélica, casou em Vouzela com João Homem Teles de Sampaio,
nobre de geração, que morreu em 31-1-1826. S. g.
− D. Angélica Leonor de Moura Coutinho de Almeida de Eça, que se segue.
− D. Maria Benedita de Moura Coutinho de Almeida de Eça, que, parece,
morreu solteira.
− D. Ana, idem.
− D. Angélica Leonor de Moura Coutinho de Almeida de Eça, casou em
Vouzela a 13 de Fevereiro de 1779 com José Homem Teles de Sampaio, irmão
de seu cunhado João Homem, senhor da casa de Valgôde, fidalgo da Casa
Real (filho e herdeiro de Cláudio José Homem Teles de Sampaio, fidalgo
da Casa Real, senhor da casa de Valgôde em Vouzela, que morreu, em 19 de
Junho de 1800). Ela faleceu em Vouzela a 31-3-1797 e ele, na mesma vila,
a 15-12-1845.
Filhas:
− D. Joana Felícia de Moura Coutinho, que casou a 22-1-1828 com
Marcelino Teles de Malafaia Freire de
Almeida de Mascarenhas, fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo da
Ordem de Cristo, senhor da casa de Serrazes, perto de Vouzela, e
tiveram uma só filha que morreu antes ou depois da mãe, o que originou
entre os herdeiros um pleito judicial. Marcelino Teles de Malafaia casou
segunda vez e dessa mulher teve geração.
− D. Maria Benedita de Moura Coutinho Teles de Sampaio, segue.
− D. Maria Benedita de Moura Coutinho Teles de
Sampaio, casou com António Correia de Lacerda Lebrim e
/ 120 /
Vasconcelos, senhor da casa de Beirós, em S. Pedro do Sul, filho de
Francisco Correia de Lacerda, senhor da referida casa, e de sua mulher
D. Ana Violante Coutinho de Vasconcelos.
Filhos:
− D. Matilde Correia de Lacerda, que casou com Pedro de Aragão da Costa
Tavares Roeda da Vitória, filho primogénito dos segundos barões de
Tondela. C. g.
− José Corrêa de Lacerda Moura Teles Lebrim Brandão de Castelo Branco,
senhor da casa de Beirós, que casou D. Maria Amélia da Cunha Coutinho e
Lemos,
descendente da casa da Trofa. C. g.
− Dr. Francisco Correia de Lacerda, bacharel em Direito.
− D. Joaquina Correia de Lacerda, nasceu em Beirós a 5 de Janeiro de
1816 e casou a primeira vez a 1-12-1845 com Agostinho Pedroso de
Magalhães Castelo Branco, e a segunda vez com António dos Santos, que
parece ter sido feitor da casa, ou coisa equivalente. S. g.
− Paulo Correia de Lacerda Lebrim de Moura Teles, nasceu em Beirós a
18-2-1819 e morreu a 18-6-1905, tendo casado com D. Caetana Luísa de
Almeida e Vasconcelos, irmão do primeiro marquês de Reriz. Além de
outros foi sua filha D. Maria da Piedade Correia de Lacerda de Almeida e
Vasconcelos, que nasceu a 4-1-1857, terceira marquesa de Belas pelo seu
casamento. C. g.
− D. Ana Violante Correia de Lacerda, casou com o Dr. Álvaro Vaz de
Seabra, da família do célebre José de Seabra da Silva, senhor da casa de
Lourosa em Santa Cruz da Trapa.
Mencionei, muito resumidamente a larga geração de D. Josefa Angélica de
Moura Coutinho de Almeida de Eça porque toda está minuciosamente
mencionada nos meus livros da geração da casa.
Mais filhos de D. Maria Benedita e de seu marido António Correia de
Lacerda:
− António Correia de Lacerda, faleceu solteiro.
− D. Henriqueta Túlia, idem.
− Dr. João Correia de Lacerda, bacharel em Direito,
idem.
k)
− D. Mariana Pereira Varela, filha de Manuel Varela Pacheco, mestre de
campo de volantes, e de sua mulher D. Bárbara Pereira dos Serafins de
Carvalho, casou com
/ 121 /
Miguel Rangel de Quadros e Veiga, baptizado a 7-4-1665 e
falecido a 16-4-1701; jaz em S. Miguel de Aveiro, foi almoxarife da
rainha nas comarcas de Esgueira e Aveiro e teve e hábito de Cristo,
sucedendo no morgado e casa de seu pai. Filho de António Rangel de
Quadros e Veiga, senhor do morgado instituído por sua tia Brites
Rodrigues e foi o terceiro chamado no vínculo de N.ª S.ª da Guia, e de
sua mulher D. Ana da Veiga Cardoso de Albergaria, filha de Manuel
Soeiro de Albergaria e de sua mulher D. Antónia da Veiga Cardoso de
Carvalho. Descendo também destes Soeiros de Albergaria, e a genealogia
desta prole fica discriminada no volume III dos meus livros sobre os Mouras Coutinhos
de Esgueira.
Filhos:
− João António Rangel de Quadros Varela,
baptizado a 14-7-1700 teve o
hábito de Cristo e a propriedade de juiz e almoxarife da rainha nas
comarcas de Esgueira e Aveiro; sucedeu em toda a casa de seu pai e
casou em Aveiro com sua prima D. Brites Rangel de Quadros, filha de
Manuel de Castanheda de Cabral de Moura e Horta e de sua tia D. Maria
Custódia Rangel de Quadros. Sem geração. De uma mulher chamada Teresa
da Rocha que foi sua criada (e que depois casou com um criado também da
casa chamado Jerónimo da Trindade), teve um filho bastardo, que reconheceu, que se chamou:
− João Rangel Varela, capitão de auxiliares do terço de Aveiro. Casou a
25-8-1762 com D. Ana Joaquina de Anhaya Madahil, filha do Dr. João
Bernardo Migueis Corrales e de sua mulher D. Teresa Bernarda de Anhaya
Madahil.
Filhos:
− João Rangel de Quadros, seguindo a Universidade, morreu moço a 15-12-1787, s. g.
− José Rangel, morreu de 7 anos a 31-7-1779.
− Miguel Rangel, clérigo, morreu a 6-4-1807.
− António Rangel, morreu criança a 14-12-1772.
− Manuel Rangel de Quadros, baptizado a 7-11-1773,
seguiu a Universidade.
− D. Maria Rangel, baptizada a 11-3-1777.
− António Rangel, baptizado a 26-8-1782.
− D. Ana Rangel, baptizada a 22-11-1784.
− D. Brites Isabel Varela de Quadros Rangel, segue.
− D. Brites Isabel Varela de
Quadros Rangel, baptizada a 26-11-1693, sucedeu na casa a seu irmão João António por
/ 122 /
falta de sucessão legítima nos vínculos da casa de seus pais, tendo
casado com o seu parente Simão Pedro da Costa e
Távora Monteiro de Almeida, administrador da capela dos
Santos Mártires de Aveiro, filho de Manuel Jorge da Costa Côrte-Real e
Almeida, administrador da mesma capela e cavaleiro da Ordem de Cristo, e
de sua segunda mulher Joana de Távora da Silva Monteiro (a primeira foi
Mónica da Cunha Rebelo), filha de Miguel da Silva Chamorro, de Águeda, e
de Mariana de Távora Veloso, de Góis.
Filhos:
− Manuel, morreu moço.
− D. Mariana Joaquina Rangel de Quadros, casou
com Miguel Patrício Cabral Rangel de Quadros, seu parente, filho de
Manuel Castanheda Cabral de Moura e Horta e de D. Maria Custódia Rangel
de Quadros e Veiga. Com geração, entre a qual a dos senhores da quinta
de S. Silvestre, em Coimbra, Cabrais de Moura Coutinho de Vilhena.
− D. Catarina Joana, freira no convento de Sá em
Aveiro.
− D. Joana Margarida, casada com seu tio António
Rangel de Quadros Cabral Castanheda e Horta, com
geração.
− D. Maria Francisca, morreu menina.
− D. Ana Norberta, morreu em 1792 recolhida no convento de Sá.
− D. Teresa Joana, baptizada a 26-6-1729 em S. Miguel; morreu donzela a
26-6-1792.
− Fr. João Rangel, monge de Alcobaça e mestre de teologia.
− D. Brites Maria, morreu solteira em 1800.
− António Veríssimo, segue.
− Miguel Rangel, formou-se em Coimbra. Morreu
a 16-1-1764.
− José Leandro; morreu a 31-1-1786.
− António Veríssimo da Costa Monteiro Rangel de
Quadros, administrador da capela dos Santos Mártires, casou com D. Inês
Margarida Coronel de Vasconcelos; filha de Romualdo de Almeida Matoso da
Silveira, da casa de
Oliveirinha (Aveiro), e de sua mulher D. Joana Inácia Coronel de
Vasconcelos. Tiveram um filho, Miguel, e a geração continuou como expus
a fl. 35 do meu livro Mouras Coutinhos, de Esgueira, volume III.
/ 123 /
l)
− Helena Cardoso Pacheco, filha de Francisco Cardoso
Pacheco e de Ana Maria da Silveira, casou com José de
Barros da Silveira, de Esgueira, filho de Gregório de Barros de Azevedo,
de Arouca, e de sua mulher D. Joana da Silveira Bulhões, ou Novais.
Ambos foram sepultados na
igreja de Esgueira e o epitáfio dizia: «Sep.ª de Gregorio de Barros e
Azevedo, e de sua m.er Joana da Silveira Novais e de seus herdeiros.
1635». Tinha o brasão de armas dos Azevedos e Barros (Memorias
Sepulchraes, de MONTEZ MATOSO).
Gregório de Barros era filho de Jácome de Barros de Escobar, de Arouca,
e de Maria de Azevedo de Abreu, também de Arouca. Joana da Silveira era filha de Nicolau da Silveira,
Bulhões, de Esgueira, e de Maria Moreira Barbosa.
Filhos (que eu saiba; poderia ter havido outros):
− Francisco de Barros da Silveira, segue.
−
D. Maria de Barros de Azevedo, de Esgueira,
casou com António Resende de Paiva, de S. Tiago de Beduído, filho de
Domingos de Resende, de Oliveira de Azeméis, e de sua mulher Antónia de
Paiva, de S. Tiago de Beduído; neto paterno de Domingos Bastos, de
Oliveira, e de Maria Henriques, também de Oliveira de
Azeméis; neto materno de António de Paiva e de Maria
Dias, de S. Tiago de Beduído. D. Maria de Barros de Azevedo foi
sepultada na igreja de Esgueira e o epitáfio
assim rezava: «Sep.ª de Antonio d'Azevedo e Paiva, e de sua mulher M.ª
de Barros e Azevedo q. faleceu no ano de 1681». Tinha as insígnias
heráldicas dos Resendes, Barros, Azevedos e Paivas (Memorias Sepulchraes,
de MONTEZ MATOSO).
Filhos:
− José de Barros da Silveira, familiar do Santo Ofício, natural de
Esgueira, que casou com D. Francisca da Silveira de Eça, de Esgueira,
filha de Manuel de Sequeira
Coutinho, morgado de N.ª S.ª da Lapa, em Condeixa, e
de sua mulher, D. Angélica de Almeida de Eça, senhora
da casa de Esgueira, meus quintos avós. D. Francisca, depois de viúva,
tornou a casar com o seu parente Félix Pereira de Eça. Sem geração de
ambos.
− Fr. Domingos de Resende, religioso de S. Domingos.
− Luís de Barros, sem geração.
− Francisco de Barros da Silveira (que teve mais um
irmão chamado Fr. José de Barros, que foi religioso de
/ 124 /
S. Bernardo e ainda outro, Luís de Barros, do nome de um sobrinho e que
também não teve geração), casou duas vezes; a primeira, na Ponte da
Barca, com D. Teresa, filha de João de Brito Cação de Lima, s. g., e a
segunda com D. Marcela de Figueiredo, filha do licenciado Francisco Dias Salgado.
Filho:
− Francisco de Barros da Silveira, segue.
− Francisco de Barros da Silveira, casou com D. N. . . .
filha de Julião de Figueiredo Faia, de Verdemilho.
Filhos:
− José de Barros da Silveira.
− D. Eufémia.
NOTAS:
Varelas − Custódia Varela, a mais antiga pessoa desta pernada dos
Varelas, em Aveiro, que o capitão-mor de Aveiro, LUÍS DA GAMA,
encontrou citada nos livros findos, faleceu, como disse, a 20 de Agosto
de 1591, e havia casado com Afonso Gonçalves de Barros, irmão do padre
Gabriel
Gonçalves instituidor de uma capela de missas da qual deixou por
herdeiro seu irmão Afonso (o capitão-mor transcreve esta instituição no
tomo 2.º dos Documentos, pág. 209). Moravam na rua de S. Roque e foram
sepultados na dita capela. Filhos (possivelmente entre outros):
− Simão Varela, baptizado a 4-3-1566.
− Roque Varela Durazo, que era solteiro em 1592
e morreu a 14-4-1647.
− Maria de Barros, baptizada a 27-9-1569; casou a 4-7-1601 com Miguel
Rangel, filho de Miguel Pires Pericão e de sua mulher Isabel Migueis. C.
g.
− Filipa Varela, que casou em Janeiro de 1589 com André Pacheco Durazo,
como digo no princípio destas notas.
Um Sebastião Afonso Varela, que o capitão-mor de
Aveiro julga ter sido parente muito chegado de Custódia Varela, talvez
irmão, foi pai de Domingos Afonso Varela, que serviu a milícia nas
Índias de Castela; esteve no Peru, onde foi capitão de mar e guerra e de
lá veio para Aveiro
muito rico, onde teve vários casamentos e escolheu para noiva, pela boa
qualidade de família, D. Francisca Ribeiro.
Receberam-se a 21 de Fevereiro de 1610, ficando ela viúva
/ 125 /
a 24 de Agosto de 1639 e morrendo em 20 de Janeiro de 1655.
Era filha de Gaspar Dias Ribeiro e de sua mulher Antónia Ribeiro, com
geração.
Como este livro é de notas admite-se que elas não sigam
a ordem e método que deviam ter. Vou, pois, frisar melhor o que, sobre
Pachecos e Cardosos, escreveu o abade de Peroselo, o que nem em tudo
está de acordo com o que eu deixo escrito.
A Francisco Cardoso Pacheco, casado com Ana Maria da Silveira, ou
Cardoso como diz o epitáfio da sepultura,
aponto-lhe como mãe Filipa Pacheco, e o abade Maria Dias Cardoso. Ao
mesmo Francisco Cardoso Pacheco atribui ao abade mais uma filha, Filomena Pacheco, «de quem vêm os filhos de Roque Varela de S.
Martinho».
Recorrendo-se ao processo de familiar do Santo Ofício
do marido de Helena Cardoso Pacheco − José de Barros da Silveira − (M. 2
n.º 26 no Arquivo da Torre do Tombo), vê-se a ascendência daquela que
aqui marco com um esquema:
Portanto enganei-me no que
escrevi no princípio desta
nótula, e, como este devem para aí ficar outros erros:
m)
O licenciado Luís Coelho Cardoso, nasceu e viveu em
Esgueira; foi filho de André Pacheco Cardoso e de Branca
Coelho do Amaral, filha de João Ribeiro da Costa e de D. Maria da
Silveira, todos de Esgueira. Não sei se teve outros filhos, mas foi sua
filha:
− D. Branca, segue.
− D. Branca da
Silveira do Amaral, nascida em Esgueira, foi casada com
António da Silveira Coelho, natural
de Coimbra e morador em Lamego, familiar do Santo Ofício
em 13-2-1697 e licenciado para exame privado de Leis pela
Universidade, filho de Manuel da Silveira, médico, natural
de Coimbra e morador em Lamego, e de sua mulher Páscoa
/ 126 / de Oliveira, natural de Coimbra; neto paterno de Manuel
Martins, de Coimbra, e de Isabel Antónia, da Aguada de Cima, do Moinho da Lameira; neto materno de António Fernandes........ de Coimbra,
e de Ana de Oliveira, do Vale de Najustre (?), junto ao convento do Buçaco,
baptizada a 14-9-1612.
Filhos:
− D. Bernarda Coelho, casada com André Pacheco.
− António da Silveira Coelho do Amaral.
− Fr. Tomé de Esgueira, religioso de S. Francisco.
− D. Josefa.
− D. Maria.
− D. Joana.
FRANCISCO DE MOURA COUTINHO |