Um dia levou-nos a curiosidade a saber quantos periódicos houve em Ovar e a que ranchos políticos pagaram
o foro dos seus entusiasmos.
Metemo-nos, para tanto, a catar bibliotecas, dicionários, livros da especialidade. Topámos, então, com velhos
conhecimentos, e principalmente, com um formidável lote de muitos e
respeitáveis nomes, quase todos esquecidos
pela culpa dos anos, que os afogam no pó dos arquivos.
Fizemos gosto na empreitada de ressuscitar tanta gente,
e a páginas tantas, desparticularizámos as investigações e
catalogámos quantos cabeçalhos de jornal nos foram surgindo no redondel do distrito.
Acabado esse primeiro trabalho, por não termos mais
que consultar, lembrámo-nos de bater ao ferrolho dos
amigos, dos conhecidos e dos desconhecidos, de todos
quantos, por todas as terras em causa, julgámos poderem elucidar-nos. E foi assim possível, com tantas ajudas
obsequiosas, apresentar esta Relação.
Não está aqui a história miúda do periodismo distrital. Seria meter a foice em seara
alheia e bem nos basta
a nossa.... para a remição dos nossos pecados. Cada qual
na sua terra, com paciência e independência, que talhe a
casaca à medida do seu gosto.
Aqui está, apenas, a relação, o mais completa possível,
de quantos jornais políticos, noticiosos, literários, humorísticos, científicos e de classes, se têm publicado desde a
remota era de 21 de Dezembro de 1846. Neste ano, apareceu em Aveiro O Boletim de Notícias,
defensor da ideologia
setembrista e avô de todos os periódicos distritais.
Também amontoámos dados para um possível estudo
do aparecimento e desenvolvimento da tipografia no distrito. Mas não temos vergonha de confessar, neste particular,
/
70 / que as dificuldades são enormes, pois os (lados obtidos foram
minguados e confusos.
Temos a consciência do restrito alcance e valor das nossas canseiras,
mas por bem pagos nos damos se elas interessarem a alguém.
ÁGUEDA
ÁGUEDA
Semanário republicano do Partido Republicano Português. Começou a publicar-se em
1 de Outubro de 1928 e foi
suspenso pela censura em 10 de Julho de 1937. Foi seu director o Sr.
Dr. Elísio Sucena, e compunha-se e imprimia-se na tipografia do mesmo
jornal, em Águeda.
O AGUEDENSE
Começou a sua publicação em 21 de
Abril de 1888. Ainda existia em 1889. Era uma folha política e defendia
os interesses locais.
BRADOS
Começou a publicar-se em 1887. Teve vida
efémera.
CORREIO DE ALBERGARIA
Começou a publicar-se 1m 14 de Março de 1901.
DOZE DE AGOSTO
Número único publicado em 12 de
Agosto de 1889 à memória do eminente parlamentar José Estêvão Coelho de Magalhães.
ESCOLA POPULAR
Semanário literário, instrutivo e
noticioso. Viveu de 7 de Maio
de 1870 a 25 de Maio de 1871, publicando-se 52 números.
O FOGO VERMELHO
Satírico e humorístico. Teve
dois únicos números. Publicou-se de 29 de Dezembro de 1887 a 3 de Janeiro de 1885.
FOLHA CONSTITUINTE
Começou a publicar-se em
Dezembro de 1884 e ainda vivia em 1889.
INDEPENDÊNCIA DE ÁGUEDA
O primeiro número, sob a direcção de
Eugénio Ribeiro, apareceu em 4 de Janeiro de 1904.
JORNAL DE ÁGUEDA
Folha republicana dirigida por
Augusto Neves de Almeida, que se publicou de 4 de Novembro a 31 de
Dezembro de 1910.
/
71 /
JORNAL CONSTITUINTE
Serviu a política do grupo
Dias Ferreira, na localidade.
Publicou-se em 1889.
O PETIZ BULIÇOSO
Dizendo-se semanário jovial, recreativo e noticioso, saiu pela
primeira vez em 8 de Fevereiro de 1885.
O POVO DE ÁGUEDA
Semanário, pela República e pela ordem. Director e Editor o Sr. Dr. Abílio Nápoles. Adm. Alexandre O. Coelho.
Red. e Adm. Praça da República − Águeda − Saíram o primeiro número em 4
de Fevereiro de 1912, e o último em 7 de
Fevereiro de 1919.
A RAPIOCA
Começou a publicar-se em 1 de Janeiro de 1896.
REACÇÃO
Conhecemos duas séries. Na primeira, foi
semanário integralista, caracteristicamente
doutrinário e combativo. Saiu de Janeiro de 1920 a Abril
de 1922, com grande regularidade.
Foi impresso, nos primeiros números, na Tip. Silva, de Albergaria-a-Velha, e os restantes em tipografia própria, em
Águeda. Porque não era de feição local ou regional, teve
larga venda em todo o país, chegando a sua tiragem a atingir de 900 a 1050 exemplares. Fundaram-no José Bernardino Duarte, Hernâni Guerra de Aguiar e Padre
Óscar de
Aguiar. Foi seu redactor principal, até à sua morte, em 1921,
Hernâni Guerra de Aguiar e depois o Padre Abel Matias
Condesso.
Aqui colaboraram todos os doutrinários do Integralismo
Lusitano.
Na segunda fase, apareceu como semanário nacional
sindicalista, e foi igualmente combativo e doutrinário. Começou em 2 de Abril de 1932 e terminou em 24 de Junho
de 1933. Como na primeira série, circulou por todo o país,
atingindo uma tiragem de 900 exemplares. Os primeiros
números foram impressos na Tip. Aguedense e os restantes
na do Jornal de Albergaria, em Albergaria-a-Velha.
Foram seus fundadores: o Padre
Óscar de Aguiar e José
Bernardino Duarte, sendo este o seu redactor. Nos primeiros meses, foi
seu administrador TeImo Guerra e depois
Fernando Cândido Guerra.
REFORMADOR
Bi-semanário. Parece que começou a
sua publicação nos fins do ano de 1893.
/
72 /
A ROÇA
Começou a publicar-se em 24 de Maio de 1885.
A SOBERANIA DO POVO
Começou em 1 de Janeiro
de 1879. Jornal político-literário e noticioso, ao serviço do partido
progressista. Foi seu director o Conselheiro Albano de Melo e continua
ainda sob a direcção do Sr. Conde de Águeda. Agora,
defende a República.
O TIMBRE
Semanário. Viveu de 4 de Outubro de 1891
a 28 de Fevereiro de 1892.
O TRINTA DIABOS
Folha independente, jocosa e noticiosa. Apareceu o primeiro número em 6 de Janeiro de
1886.
VOZ DE ÁGUEDA
Semanário republicano-democrático.
Começou em 8 de Julho de 1922 e viveu até 1927. Composto e impresso
na Tipografia do mesmo jornal em Águeda, era dirigido pelo Dr. João
Elísio
Ferreira Sucena.
A VOZ DO POVO
Dizia-se semanário republicano.
Começou a sua vida em 23 de Fevereiro de 1918 e terminou em 1 de Jullho do mesmo ano. Dirigiu-o O Dr. João Elisiário Gomes
da Costa.
ALBERGARIA A VELHA
O ALBERGARIENSE
Semanário das sextas-feiras, imparcial, literário e noticioso. Saiu o primeiro número em 3 de Junho de 1892 e findou com o
n.º 152 em 1
de Junho de 1895. Publicou-se sob a direcção de José Augusto Henriques
Pinheiro, que era também administrador. Tipografia própria. No
suplemento ao último
número, deu a razão do seu termo: − O Juiz da comarca, que era o Dr.
António de Oliveira Guimarães, não permitia a publicação dos anúncios
dos inventários orfanológicos. − Morreu de inanição. Formato: 0,24 x 0,38.
O ANUNCIADOR
Saiu apenas um número, em 31 de
Março de 1920. Director e editor António P. Gomes e administrador sua
Esposa Maria Vitória Gomes. O Gomes era dentista, natural da ilha da
Madeira. Formato: 0,23 x 0,38.
/
73 /
O ARTISTA
Jornal humorístico, literário e noticioso. Dentro da República, conservador. Saiu
em 29 de Setembro de 1915 e terminou, oito números depois,
em 19 de Janeiro de 1916. O seu director e editor, José
Henriques de Almeida, fê-lo um jornal de combate e nele a
má-língua armou arraiais. Formato: 0,19 X 0,30.
O BINÓCULO
Quinzenário noticioso, literário e humorístico. Principiou em 1 de Abril de 1917
e findou, publicados 46 números, em 1 de Abril de 1919.
Director − Francisco Ferreira da Silva; Redactor − João de
Matos; Secretários − Mário Pinheiro e Gualberto Lemos;
Administrador − Alfredo Campos, e Gerente − Guilherme
Pedro. Editor − João Moreira. Foi o jornal da rapaziada
de então. Formato: 0,21 x 0,31.
BOUQUET DE ANGEJA
Semanário literário, impresso
na Imprensa Real, da P. de
S.ta Teresa, no Porto. Redacção na Rua dos Caldeireiros, 250,
da mesma cidade. Teve início em 8 de Maio de 1887 e terminou em 15 de Fevereiro de 1888, com o n.º 58. Quando
apareceu o n.º 20, passou a chamar-se Gazeta de Angeja − (20 de Julho de 1887) e com
esse título findou. Foi seu
director e redactor o então terceiranista de medicina, Ricardo
M. Nogueira Souto. Teve muito boa colaboração. Formato: 0,17 x 0,39.
O CAFETEIRO
Publicou-se em 20 de Maio de 1925 −
número único, apenas com duas páginas, saído da Tipografia Silva. Era uma troça a António Silva,
proprietário, então, de um café local. Formato 0,23 x 0,32.
O CLAMOR
Semanário, órgão político-noticioso. Apareceu em 8 de Agosto de 1891 e findou
em 27 de Fevereiro de 1892, com o n.º 30. Impresso na Tipografia local. No primeiro número, não indicava quem era o
redactor e apenas na 4.ª página, ao fundo, Napoleão Luís
Ferreira se inculcava seu editor.
Já no segundo número, como director e proprietário se
anunciava que era João Luís de Resende. Formato: 0,26 x 0,40.
CONCELHO DE ALBERGARIA
Semanário literário-noticioso, defendendo o partido democrático local e de Alquerubim. Apareceu em 28 de Outubro de
1991 e até ao n.º 13 (20 de Janeiro
de 1912) conservou o mesmo nome.
/
74 /
Dirigiu-o o Dr. José Nogueira Lemos, sendo redactores José Dias Aidos e
Vitorino P. Tavares. No n.º 3, declarou-se republicano radical e no n.º 7 António Augusto de
Miranda substituiu o primeiro director.
Impresso na Minerva Central, Aveiro. Formato:
0,28 x 0,46. Reapareceu em 5
de Julho de 1917 e terminou, com o n.º 193, em 21 de Junho de 1919. Foi seu director e editor,
até ao n.º 51, o Sr. António Augusto de Miranda, daí até ao
n.º 80, António Lebre e depois José Dias Aidos, sendo redactores Vicente
Faca e António José Pereira.
Teve Tipografia própria, nas Cruzes, que mudou depois para a Rua de
Gonçalo Eriz e depois ainda para o Largo da República.
Era semanário republicano. Formato: 0,31 x 0,46.
O CONDOR
Gazeta humorística, que não indicava redactores, editor nem tipografia.
Era impresso na Tipografia do Correio de Albergaria e
os seus redactores, que assinavam com pseudónimos, foram
Daniel de Pinho, Eugénio Ribeiro e Cassiano Barreto. Saiu apenas um
número, em 7 de Abril de 1901. Formato: 0,15 x 0,22.
CORREIO DE ALBERGARIA
Semanário independente,
impresso em tipografia própria. Começou em 3 de Dezembro de 1896 e
suspendeu em 13 de Abril de 1899, com o n.º 122. Foram seus redactores o
Dr. Eduardo Silva e João de Pinho.
Reapareceu em 14 de Março de 1901 sob a direcção do Dr. António de
Pinho e assim se manteve até 30 de Janeiro de 1908, findando com o n.º
356 desta série ou 478 da númeração geral.
Vendida a tipografia para Angeja, ali continuou até 18 de Maio de 1911,
tendo como redactores Camilo Rodrigues e Eugénio Ribeiro. Formato: 0,35
x 0,32 − 0,40 x 0,57.
CORREIO DE ANGEJA E ALBERGARIA
Semanário, que
defendia os interesses do concelho. Este jornal foi a fusão
de dois: Correio de Albergaria e Voz de Angeja. Principiou em 3 de Junho
de 1911, com o n.º 458 do Correio, e findou em 24 de Abril de 1915,
com o n.º 705. Proprietário, director e Redactor − Camilo Rodrigues.
Tipografia própria. Formato 0.39 x 0,58.
A DEMOCRACIA DO VOUGA
Semanário democrático, que apareceu em 11 de Junho de 1915 e terminou em 1 de Junho de 1917 com o n.º 104.
/
75 /
Director, editor e proprietário
− João Luís de Resende.
O n.º 72 apareceu com o nome de Maria Emília de Resende
como redactora.
Em virtude de um conflito de que resultou a morte de
Carlos Leandro, com o processo crime, que foi dos mais célebres da
comarca, terminou este jornal. Formato: 0,30 x 0,48.
O DESPERTAR DE ANGEJA
Semanário independente,
noticioso e literário, impresso na Tipografia Progresso, de Aveiro.
Começou em 4
de Janeiro de 1924 e terminou com o n.º 50 em 11 de Janeiro
de 1925. Direcção, editores e proprietários, Dr. Ricardo Souto − A. M. Nogueira
− Camilo Rodrigues − Manuel Araújo e
Adelino Bastos. Formato: 0,27 x 0,40.
Mais tarde, com o fim de atacar o Dr. Santos Reis, apareceu
com o mesmo nome um quinzenário, que se dizia
independente e defensor dos interesses de Angeja. Foram
seu redactor, proprietário e editor Arménio Martins e secretário da redacção C. Meneses Leite.
Saíu o 1.º número em 27 de Março de 1927 e terminou
em 29 de Maio do mesmo ano (N.º 5).
Impresso na Tip. Progresso, de Aveiro, sendo a redacção
na rua do Guedes, 5, 3.º, em Coimbra. Formato: 0,29 x 0,46.
FOLHA DE ALBERGARIA
Semanário imparcial, noticioso e comercial, impresso
na Imprensa Aveirense. Saiu em 19 de Julho de 1888 e terminou em 14 de Outubro do mesmo ano, havendo-se publicado
apenas 12 números.
Redactor e proprietário − João Luís de Resende. Formato: 0,25 x 0,36.
GAZETA DE ALBERGARIA
Semanário republicano-democrático, impresso
primeiramente, na Tip. Cirne, de Estarreja, e depois com
o n.º 14, na Tip. Vouga, de Albergaria. Saíu o primeiro
número em 19 de Dezembro de 1925 e terminou em 3 de
Janeiro de 1931, publicando-se 220 números.
Foi seu primeiro director Delfim Álvares Ferreira, redactor Leandro Ferreira e secretário Manuel Mourisca. Um ano
depois, foi seu director Álvaro Faca e depois apareceram
Fernando Tinoco e Leandro Ferreira.
JORNAL DE ALBERGARIA
Semanário independente,
impresso em tipografia
própria. Começou em 13 de Maio de 1911 e ainda continua. Director,
primeiro, Domingos Guimarães, redactor Eugénio
Ribeiro e secretário e editor Albérico Ribeiro.
/
76 /
Domingos Guimarães, porque o jornal se envolveu em
negócios políticos, abandonou o lugar no n.º 12, sendo substituído no
n.º 12 por Eugénio Ribeiro; Albérico passou a redactor e editor e Manuel
Silva tomou conta da administração.
Quando o n.º 140 apareceu, trouxe Albérico como director, editor e
proprietário, e Mário I. Ferreira como secretário. Retirando-se o
director para Lisboa, em 1919, Eugénio Ribeiro tomou-lhe o lugar, o que
aconteceu com o n.º 410, que apresentou cabeçalho novo. Novamente
reassumiu Albérico o seu lugar com o n.º 488, passando o jornal a ser
«defensor dos interesses do concelho».
No n.º 754. dizia-se: «periódico independente, fora e acima dos
partidos, defensor dos interesses do concelho e da região da Beira −
Vouga». Teve como secretários António da Maia Mendonça e A. A. de
Carvalho.
Nos primeiros tempos, aparecia às vezes com 6 e 8 páginas; mais tarde,
aparecia muitas vezes apenas com duas. Formato: 0,28 x 0,44.
O MEXERIQUEIRO
Semanário e folha humorística ao preço avulso de dez reis. Impresso
na Tip. do Correio de Albergaria, não indicava nomes de redactores,
editores, nem o local da redacção. Trabalho dos rapazes de então, saíram
apenas três números. O primeiro publicou-se em 14 de Março de 1897, e o
último em 19 de Setembro do mesmo ano. Formato: 0,14 x 0,19.
A MOCIDADE
Folha literária, que iniciou a sua publicação em 1 de Junho de 1883.
MORALIZADOR
Saiu apenas o primeiro número, em 30
de Agosto de 1928, impresso na Tip. Luso, de Aveiro, e sendo seu
proprietário o Dr. Santos Reis e director e editor Manuel José da Costa
Guimarães. Substituiu o «Povo de Angeja».
Parece que de moralizador teve apenas o nome. Formato: 0,28 x 0,42.
O MOVIMENTO
Bi-semanário, impresso em Tip. própria de José Matias Marques de Lemos,
da casa que era dele e hoje é o Clube.
Publicava-se às 4.as e sábados, começando em 1 de Dezembro de 1888 e
terminando com o número 1333 em 2 de Abril
de 1890. Redactores foram, até ao número 26, Patrício Teodoro A. Ferreira e Francisco António de Miranda, administrando-o Manuel de Oliveira Campos Júnior. Formato:
0,25 x 0,39.
/
77 /
A SITUAÇÃO
Semanário independente, tratando a política, letras e factos e que se publicava,
aos domingos. Era impresso em Lisboa e começou em 11 de
Outubro de 1892 e terminou em 30 do mesmo mês e ano
com o n.º 3. Directores foram: Domingos Guimarães (João
Azul) e Monteiro de Barros. Editor − Napoleão Luís Ferreira Leão. A redacção era na rua do Arco do Bandeira, 70,
Lisboa. Jornal bem redigido. Formato: 0,25 x 0,40.
O TIMBRE
Semanário independente, que saía aos domingos, aparecendo o primeiro número em 4 de
Qutubro de 1891. Era impresso na Tipografia Gutenberg, de águeda.
Com o n.º 23. apareceu como sendo de Águeda e lá continuou até ao
n.º 50, de 11 de Setembro de 1892, com que terminou.
Foi seu administrador − Luís José Rodrigues de Almeida.
José Maria dos Santos Trinta foi o editor. Formato: 0,24 x 0,38.
O TRAQUINAS
Quinzenário noticioso, literário e humorístico, que se imprimia na Tip. Silva.
Apareceu em 4 de Abril de 1920 e findou com o n.º 17, em 2 de Fevereiro
de 1922. Director − Álvaro Faca; redactor − Viriato da Costa Vidal;
secretário − Evaristo Ferreira; administrador − Mário Pinheiro e editor Filipe Geraldo. Com o
n.º 4, houve mudança no pessoal e assim Geraldo passou a
director e editor, Evaristo Ferreira foi promovido a redactor e na administração ficou o mesmo. Dois números depois,
nova alteração se deu no pessoal e ficaram assim os papéis: na direcção
− Álvaro Faca; Viriato Vidal − na redacção, e
Geraldo, editor. Formato: 0,29 x 0,44.
O VESICATÓRIO
Decano dos periódicos locais, político verrinoso. Publicaram-se 12
números mensais, tendo o primeiro a data de 1 de Maio 1864.
Saía de um velho prelo de madeira, no Convento de
Serém, sendo gratuita a sua distribuição, que era clandestina e de
noite.
Veio a saber-se, depois, quem eram
os redactores, compositores e impressores: − António Augusto Henriques Ferreira; Padre Manuel Ferreira Varela; Manuel Joaquim Santiago, de Sagadães, e Augusto Avelino Pinto Vítor.
O seu formato era igual ao de uma folha de papel
almaço: 0,31 x 21.
A VOZ DE ANGEJA
Semanário, órgão dos interesses
de Angeja e do concelho. Saiu
/
78 /
em 29 de Julho de 1906 e terminou em 20 de Maio de 1911, com o n.º 250. Formato: 0,28
x 0,45.
Director e redactor
principal: Camilo Rodrigues − Administrador L. Pádua e editor Tomás de Pinho Ravara. Tipografia do Largo do Espírito Santo, Aveiro.
Do n.º 20 em diante, passou a administrador A. S.
Pouco depois, desapareceu o nome do editor, que só aparece com o número 224,
figurando então Guilherme Dias Capela no cargo.
Nota: Devemos estes apontamentos, que
quase ipsis verbis copiámos, à gentileza do Ex.mo Sr. Dr. António de Pinho, de Albergaria, curioso,
também, destas antiqualhas.
Seguindo os seus apontamentos, damos aqui
− O Vesicatório − como de
Albergaria, folha que encontramos como de Águeda no Jornalismo Português de A. X. da Silva Pereira. Também aqui
mencionamos, embora
da lista em referência não conste, A Mocidade, porque a vimos no referido livro.
ANADIA
ACÇÃO NACIONAL
Direcção da Comissão Municipal da União Nacional. Em publicação.
A BAIRRADA
Começou em 16 de Janeiro de 1890. Em 1908 apareceu na Mealhada outro com igual nome.
BAIRRADA LIVRE
Director, Dr. José Rodrigues dos
Anjos e editor Cipriano Simões
Alegre.
O CAIXEIRO
Direcção do Dr. Luciano Correia, sendo
editor Adelino Mamede.
O CÁUSTICO
Quinzenário sob a direcção de Aníbal Cruz e administração de Paulo F. Bonito. Impresso na Tip. Minerva
Central, de Aveiro. Publicou-se de 15 de Março a 15 de Abril de 1913.
O CLARIM
Semanário liberal, político, independente e
noticioso. Publicou-se de 7 de Agosto a 18 de Setembro de 1910, sob a
direcção de António Fernandes e Joaquim Urbano e Joaquim de Oliveira
Maia. Impresso na Tip. Minerva Ilhavense, propriedade de Horácio R.
Seabra.
/
79 /
CORREIO DA BAIRRADA
Publicou-se de 1 de Janeiro
de 1892 a...
DEFESA DA ANADIA
Director e editor Armando de
Magalhães.
O DESPORTIVO
Semanário. Apareceu em Junho
de 1933, sob a direcção de Américo
Matos, defendendo o desporto local.
ECOS DA ANADIA
Director e editor, Augusto Alves
de Seabra.
O IDEAL DA BAIRRADA
Semanário independente, agrícola-literário-noticioso
e defensor do concelho. Direcção de Albano Simões Ferreira e editor Joaquim Ferreira Bonito. Publicou-se de 26
de Setembro de 1899 a 6 de Outubro do mesmo ano. Tip. Minerva, de
Famalicão.
IDEIA LIVRE
Semanário republicano, defensor dos interesses da Bairrada. Director o Dr. Carlos Pereira, editor e adm. o Dr. Álvaro Silva.
Publica-se
desde 1929. Impresso na Tip. Comercial de Anadia.
JORNAL DE ANADIA
O jornal mais antigo da Anadia. Semanário, cuja propriedade era
de José Martins Tavares. Literário e noticioso. Saiu o primeiro número em 21 de Maio de 1888.
LUAR DO OCIDENTE
Publicou-se em 1899.
NOTÍCIAS DA ANADIA
Nada mais sabemos.
POVO DA ANADIA
Direcção e edição de António
Martins Tavares.
A VOZ DA BAIRRADA
Começou em 3 de Janeiro
de 1901, sob a direcção de
António Calheiros, Dr. António Cerveira de Melo e Joaquim
Lino Ferreira.
ANTÓNIO ZAGALO DOS SANTOS
Continua na pág.
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