BIBLIOGRAFIA

O ARQVIVO DO DISTRITO DE AVEIRO dará sempre notícia das obras à sua Redacção enviadas quer por autores quer por editores.

De harmonia com a prática seguida pelas publicações suas congéneres, fará também algum comentário crítico aos livros de que receba dois exemplares.


GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA

Ao encerrarmos o 8.º volume da nossa revista, é obrigação nossa prestar, uma vez mais, a homenagem da nossa admiração pelo honesto, metódico, e proveitoso labor realizado pela Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.

Empresa de organização modelar, vai cumprindo o programa que ao público anunciou de forma a merecer gerais aplausos e a assegurar o aproveitamento integral do seu bem orientado esforço.

Está decorrendo a letra − D −, mantendo-se a escolhida colaboração de sempre, o papel e as ilustrações como a principio.

Indispensável é que assim seja, visto uma obra desta natureza não permitir descontinuidades, e valorizar-se, exactamente, pela regularidade do seu aspecto, quer intrínseco quer extrínseco. Nem toda a gente poderá, contudo, avaliar quanto, no momento difícil que atravessamos, representa a manutenção de tal continuidade; só quem a realizações afins se encontra ligado lhe pode dar o merecido valor e compreendê-lo inteiramente.

Daí a sinceridade da nossa admiração, e os votos que fazemos para que o favor público continue acompanhando a utilíssima publicação.

R. M.

COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA:

Cartas − do Cavaleiro de Oliveira. Selecção, prefácio e notas de AQUILINO RIBEIRO. Volume de XXXV − 242 páginas. 1942.

Obras Completas − de Gil Vicente, voI. I. Prefácio e notas do prof. MARQUES BRAGA. VoI. de LXXXI − 247 páginas. 1942.

São os últimos volumes aparecidos − o 26º e o 27.º − da já notável colecção da Livraria Sá da Costa. A organização do primeiro foi confiada ao ilustre romancista AQUILINO RIBEIRO, a quem se devem notáveis estudos acerca do Cavaleiro de Oliveira, especialmente o prefácio que corre à frente da tradução da «Recreação Periódica». − No prefácio, depois de justificar certas modificações que, a bem da vernaculidade, houve de fazer em vários passos das Cartas transcritas, AQUILINO, considerando o Cavaleiro de Oliveira como «um escritor menor», reconheceu, porém, que ele «escrevia com solércia, graça ligeira, se não chiste, e poucos como ele souberam contar uma anedota e dosear as tintas duma galanteria». «Sem rebuscar, com uma espontaneidade que contrasta com a redundância então da moda, e da que peca uma vez por outra, sabe encontrar o efeito hílare ou faceto».

− Neste volume foram transcritas e anotadas 51 cartas, sendo 21 do voI. I da edição completa, 23 do voI. II e 7 do voI. III.  / 316 /

A organização da edição completa das Obras do fundador do Teatro Nacional foi entregue aos cuidados do prof. MARQUES BRAGA, reputado como uma das maiores autoridades sobre a obra vicentina. Além de várias peças de GIL VIGENTE, publicadas em separado com fins escolares (Cortes de Júpiter, Triunfo do Inverno, Inês Pereira), deve-se ao ilustre professor o vol. I das Obras Completas, dado a lume em 1933 pela Imprensa da Universidade de Coimbra [Série C) da «Biblioteca dos Escritores Portugueses»], publicação infelizmente interrompida com a extinção daquela Imprensa.

Aproveitando o trabalho e material reunido para aquela edição, organizou agora MARQUES BRAGA edição de outra índole e finalidade − texto reproduzido na ortografia oficial, com notas mais sóbrias e de menor aparato científico −, a qual, no entanto, constitui notável homenagem à memória do Autor. A ordem da publicação é a da edição príncipe: do Livro I − Obras da Devoção −, são neste volume da Colecção Sá da Costa publicadas as seguintes obras: Monólogo da Visitação, Auto Pastoril Castelhano, Auto dos Reis Magos, Auto da Sibila Cassandra, Auto da Fé, Auto dos Quatro Tempos, Auto de Mofina Mendes, Auto Pastoril Português, e Auto da Feira.

J. T.


LAUDELINO DE MIRANDA MELO, Travassô e Alquerubim (dos concelhos de Águeda e Albergaria a Velha) e outras localidades da Região Vouga. Espinhel. Casal d'Alvaro. Óis da Ribeira. Requeixo. Taipa. Eirol. Ponte da Rata. Segadães. Fontinha. Trofa do Vouga. Mourisca do Vouga.

Documentário Histórico. Geográfico. Corográfico. Genealógico. Literário.

Águeda e Albergaria a Velha. Pateira de Fermentelos. O farolim de Almeara. Cantando a Região. Talábriga seria ali? O Mar em Alquerubim. Tradições. Famílias. Nomes que marcam. Curiosidades. Nota final.

Prefácio do Dr. A. de Magalhães Basto. Aveiro, Gráfica Aveirense, Ld.ª, 1942; VIII − 176 págs. − 5 est. fora do texto. Ilustrado.

Em explicação complementar ao pormenorizado título que deu ao seu livro, e que acima fica transcrito, esclarece ainda, o Sr. MIRANDA MELO, que a matéria se encontra agrupada em quatro capítulos: «1.º − A freguesia de Travassô. 2.º − A freguesia de Alquerubim. 3.º − A família Miranda, e biografias. 4.º − Outras localidades da Região Vouga».

Trata-se, verdadeiramente, do coração da incomparável zona vouguense, de história, tradições, e paisagem altamente aliciantes; por elas se deixou tentar o Autor, e não há senão que louvá-lo pelas suas altruístas intenções e pelo contributo valioso trazido aos estudos locais, não obstante as grandes deficiências de investigação documental que não pode deixar de notar quem tenha algum conhecimento dos tesouros de informação postos actualmente pelos nossos Arquivos à disposição dos estudiosos, notoriamente no Porto, em Coimbra e em Lisboa, pelo que respeita ao caso sujeito.

Problemas enumerados nas páginas do seu livro há, nos sectores da Geologia local, da Geografia, da Arqueologia, e da História medieval, para os quais a ciência e a metodologia de nossos dias requerem já outro tratamento, tanto em profundidade como em extensão, o que nos inibe de acompanhar o Autor, mau grado nosso, na forma como no-los apresenta, bem como nas conclusões para eles propostas.

Não é, de forma alguma, intenção nossa diminuir o merecimento do trabalho do Sr. MIRANDA MELO e não insistiremos, portanto, no que se nos afigurou menos bem documentado, até mesmo para não assumirmos a deselegante atitude de pretender corrigir trabalho doutrem; lamentamos, simplesmente, que um autor com tão grande propensão para a história regional se / 317 / não tivesse aproximado mais das indispensáveis fontes documentais, que, felizmente, não escasseiam, algumas delas já mesmo impressas, e, portanto, absolutamente acessíveis.

E, porquanto ele próprio declara no limiar do seu livro que «A ideia concebida não foi mercantil. Foi, sim, toda carinho, gratidão e amor − pelas nossas terras, pelo nosso povo, pelas nossas famílias», daqui o exortamos, cordial e lealmente, a retomar e rever as fontes naturais e as fontes históricas deste processo monográfico.

A própria região lho agradecerá, e nós primeiro que ninguém, pois não nutrimos por ela menor carinho nem menos grata devoção: nela viveram e trabalharam muitas gerações de ascendentes nossos, na ronda ininterrupta dos séculos.

A Literatura paisagística regional e a Etnografia vouguense ficam devendo ao Autor muitas páginas de saboroso estilo e de proveitosa observação. A paisagem é familiar ao Sr. MIRANDA MELO e nele encontrou sensibilidade emotiva para a compreender e no-la transmitir; os «velhos costumes dos povos da região Vouga» excedem, sem favor, quanto em matéria de Etnografia os escritores locais nos têm proporcionado, e concitam o amor à Terra, ao Povo sadio e bom, ao Criador que tão generosamente distribuiu em roda do Vouga tamanhas graças e tesouros tais de fertilidade agradecida.

Com particular interesse acompanhámos o colorido descritivo da romaria e procissão dos Santos Mártires de Marrocos, de Travassô, que à memória nos trouxe o estudo que em ano já distante dedicámos ao facto histórico iniciador desse curioso culto nacional, irradiado de Coimbra, e a reedição que então fizemos dum precioso texto arcaico a ele relativo, de 1568.

Agradecimento merece ainda o Autor pelas abundantes notas familiares da região que teve o cuidado de arquivar, e que transcendem, mesmo, o simples interesse biográfico, pois nos ajudam a conhecer e a compreender o processo do povoamento local, problema de capital importância histórica e económica de todos os tempos. Prossiga o Autor nessas investigações, para o que revela natural propensão, prolongue-as, tanto quanto os documentos lho permitirem, até, pelo menos, à reconquista cristã donde nasceu Portugal, e terá prestado a este rincão abençoado do nosso distrito, e à história pátria, um serviço do mais elevado merecimento.

Os cartórios dos Mosteiros de Pedroso, Grijó, S.ta Cruz de Coimbra, Lorvão, e Universidade, possuem abundante e precioso material de consulta, inédito, que muito auxiliará quem à meritória empresa se dedique.

R. M.

 

Volfrâmio e estanho, pelo Eng.º MENDES DA COSTA. Livraria Domingos Barreira, Porto, 1942.

O livrito de cerca de noventa páginas do Sr. MENDES DA COSTA, engenheiro e professor de Minas, e editado pela conhecida livraria Simões Barreira, do Porto, tem um carácter essencialmente prático e actual. Destina-se não aos técnicos especializados, mas àquelas pessoas que, nas circunstâncias emergentes, se vêem envolvidas ou na exploração de minas ou no comércio de minérios.

O A. iniciou o seu trabalho sobre dois minérios muito procurados na época presente, ou sejam, a volframite e a cassiterite.

Do primeiro extrai-se o tungsténio, com grande aplicação no fabrico do aço, filamentos de lâmpadas eléctricas, etc.; do segundo, extrai-se o estanho, muito empregado em várias indústrias, em ligas metalúrgicas, etc.

Depois de enunciar as principais propriedades e aplicações do volfrâmio e do estanho, trata o A. dos respectivos minérios, dos jazigos, e dos processos de extracção.

No capítulo V refere-se aos processos químicos para a obtenção do tungsténio e do estanho, a partir dos respectivos minérios. / 318 /

No capítulo seguinte o A. põe de sobreaviso os compradores de minérios sobre as várias modalidades de falsificação em uso e ensina os modos de as descobrir. Por último faz referência pormenorizada ao mercado dos minérios, à legislação em vigor sobre concessão e lavra de minas, e termina com uma longa lista de gabinetes técnicos, de fornecedores de material e de Laboratórios químicos.

O A. conseguiu dar ao seu trabalho um carácter prático, como se depreende da enunciação dos diferentes capítulos do livro, e torná-lo acessível àqueles que não possuem conhecimentos técnicos. É ao mesmo tempo um livro de divulgação e um auxiliar à altura dos menos letrados.

A. S.

 

GONÇALO SAMPAIO, Cancioneiro minhoto, Porto, tip. Costa Carregal, 1940. XLVIII − 214 págs. I est. fora do texto.

Há muito já que devíamos ter registado esta obra notabilíssima, ditada pelo mais esclarecido sentimento regionalista e apresentada em condições invulgares para o nosso meio, onde a literatura do género escasseia grandemente. Que os seus ilustres editores (visto que de obra póstuma se trata) nos perdoem a dilação que involuntariamente pusemos no cumprimento deste grato dever; é ainda tempo, aliás, de homenagear a memória de quem com tamanha elevação serviu o seu país através duma feição particular da região que lhe foi berço.

GONÇALO SAMPAIO, botânico e professor eminente da Faculdade de Ciências do Porto, falecido em Julho de 1937, deixou obra científica da sua especialidade que lhe assegura lugar dos mais honrosos nos anais da ciência portuguesa; a Notícia sobre a vida e a obra do Prof. Gonçalo Sampaio, de 1937, pelo Dr. A. TABORDA DE MORAIS, e o seu Elogio histórico, do ano imediato, pelo Dr. AMÉRICO PIRES DE LIMA, recenseiam abundante lista de trabalhos botânicos de reconhecida importância, que o sábio professor imprimiu; são «aquisições positivas para a ciência botânica», diz um daqueles biógrafos.

A par do culto da ciência que professava, porém, grande era a sua dedicação pela música, executando, mesmo, com mestria, conquanto fosse simples autodidacta e não tivesse cursado qualquer escola musical.

Dessa estrutural e compreensiva paixão pela música, conjugada com hábitos de anotador em que a Botânica o disciplinara, resultou a recolha de numerosas canções populares do Minho, serviço inestimável prestado ao nosso folclore, pois se trata de espécies em franca via de desaparição, por toda a parte batidas pela moda estrangeira de estranhas dissonâncias e bárbaras arritmias; que a moda passará, por certo o havemos; mas se previamente se não tiver procedido à recolha do fundo regional português, tudo será perdido e nada poderemos apresentar quando soar a hora do nacionalismo estético revivido.

É escassa a nossa bibliografia musical popular, e ao trabalho de investigação folclórica falece método e servidores esclarecidos.

Por felicidade não se perdeu a dedicação do prof. GONÇALO SAMPAIO à canção popular; com o auxílio material do Instituto para a Alta Cultura, do S. P. N., de Comissões de Turismo, Juntas provinciais e Câmaras municipais de Entre Douro e Minho, o Cancioneiro minhoto publicou-se, arquivando 46 Modas de terno, 78 Modas de romaria, 24 Cantos coreográficos, 16 Cantos dos velhos romances, 15 Toadas (dos cegos, de embalo, dos pedintes, dos Reis, de aboiar, de «abaular»), e 25 composições de Música religiosa.

Magnífico tesouro a colocar a par das recolhas realizadas, noutras regiões de Portugal, por ADELINO ANTÓNIO DAS NEVES E MELO, CÉSAR DAS NEVES e GUALDINO DE CAMPOS, PEDRO FERNANDES TOMÁS, ALBERTO PIMENTEL, ANTÓNIO TOMÁS PIRES, ANTÓNIO ARROIO, JAIME LOPES DIAS, RODNEY GALLOP, ARMANDO LEÇA, e poucos mais, o Cancioneiro minhoto contribuirá grandemente para a organização do cancioneiro geral português que um musicólogo de génio e de bom gosto um dia agrupará, como EDOUARD SCHURÉ fêz para a Alemanha, / 319 / CHAMPFLEURY e WECKERLlN para a França, e BOURGAULT-DUCOUDRAY para a Grécia e Oriente.

Valorizam muito a colecção musical os comentários, embora apenas esboçados, do Prof. GONÇALO SAMPAIO sobre cantos populares minhotos, toadilhas de aboiar, côro das maçadeiras, viras, cantos populares a Nossa Senhora, Salve-Rainha, Ave-Maria, Aleluia, Romeiros, e canções redondas.

Quando disporá a nossa Beira Litoral dum folclorista consciente e dedicado como para o Minho foi o Prof. GONÇALO SAMPAIO? A colheita não seria inferior, pelo que pessoalmente nos tem sido dado observar.

R. M.

 

Santa Maria de Fiães da Terra da Feira − Subsídios para a sua história, por P.e MANUEL F. DE SÁ; Porto, 1939-1940,

Esta obra é a terceira monografia regional que o Rev. P.e MANUEL F. DE SÁ publica. A primeira foi Breve monografia de duas igrejas do Termo da Feira. Não nos enganamos quando na singela apreciação desta monografia, por nós publicada no vol. I desta revista, fizemos por que o autor continuasse os seus estudos regionais. De facto, no ano seguinte, 1937, o autor publicou a excelente Monografia de Paramos, e depois, a obra de que nos vamos ocupar: Santa Maria de Fiães da Terra da Feira.

Esta monografia, interessante e bem ordenada, merece os nossos louvores. Nela reuniu o seu autor grande soma de elementos para a história do lugar e freguesia de Fiães, que paroquiou durante muitos anos e que estima como se fosse a sua terra natal. Os principais assuntos tratados são: etimologia e antiguidade; geografia física, económica e humana; formação e desenvolvimento da paróquia; testemunhos da fé do povo; etnografia e folclore.

Tratando da pré-história de Fiães, cuja antiguidade o autor faz remontar aos celtas, o autor dá-nos notícia das investigações arqueológicas aqui realizadas pelo sr. prof. Dr. MENDES CORREIA, que classificou este lugar como tendo sido uma estação luso-romana, próximo da qual passava a via militar romana de Lisboa a Cale e Braga, à qual o autor chama Via Militar de Antonino Pio (págs. 27, 40 e 41).

Entendemos que esta designação é imprópria, por quanto o imperador Antonino Pio (86 a 161) nada tem que ver com esta estrada.

Na obra conhecida por Itinerário de Antonino Pio (Itinerarium provinciarum Antonini Augusti) vêm descritas as grandes vias romanas. Mas este Itinerário, posto que geralmente atribuído a Antonino, não é de sua autoria, e é mesmo posterior à época de Antonino, sendo provavelmente do séc. IV de Cristo.

Terminamos a nossa ligeira apreciação da monografia Santa Maria de Fiães da Terra da Feira, felicitando sinceramente o seu autor que tão interessantes subsídios nos forneceu para a história de um dos mais lindos rincões de Portugal.

F. N.

 

Publicações dos Congressos comemorativos do Duplo Centenário, realizados em 1940.

Estão na memória de todos as invulgares e nobilíssimas realizações com que, dois anos há, Portugal festejou o oitavo centenário do seu aparecimento como Estado independente na carta política da Europa, e ao mesmo tempo, os trezentos anos decorridos sobre o termo que voluntariamente pôs à política e à administração que em regime de monarquia dualista dirigiram os nossos destinos durante sessenta anos depressivos e inglórios, de 1580 a 1640,

Muito se fez, com evidente desejo de acertar, e de manter viva, no Tempo e no Espaço, a lembrança desses marcos cronológicos da História pátria, postos em evidência ante o Mundo que geralmente nos desconhece, e ante a Nação que a si própria muito se ignora.

/ 320 / Construiu-se, estudou-se, estimularam-se competências, desenvolveram-se e restauraram-se artes e ofícios, de tudo resultando deslumbramento de olhos e regalo do Espírito. Mais tarde se verá a influência benéfica e a projecção profunda que na vida nacional essas comemorações tiveram.

Dos dez congressos científicos que se levaram a efeito em Lisboa, Porto e Coimbra, resultou a opulenta publicação de dezoito preciosos volumes, dignamente apresentados e utilmente colaborados, a eles se acrescentando um décimo nono onde a história completa dos congressos se desenrola com a minúcia que é de justiça registar.

Esses volumes honram o Pais e constituem material precioso de informação, de que se não pode prescindir; cuidou da sua organização a Academia das Ciências de Lisboa, cujo ilustre Secretário Geral, que foi também Director adjunto da Secção dos congressos, − o eminente Académico, nosso distinto colaborador, Senhor Joaquim Leitão − muito contribuiu, com o seu espírito organizador, e conhecido bom gosto, para o êxito felicíssimo deste invulgar empreendimento que põe em justo relevo a superior cultura nacional, e deixará perdurável rasto na vida intelectual do Pais.

Agradecendo os 8 volumes que gentilmente puderam ser-nos cedidos, chamamos a atenção dos nossos leitores para a inestimável colecção destas publicações, difícil de reunir, mas na qual ficaram registadas comunicações em número aproximado de quatrocentas, totalizando mais de dez mil páginas de muito elevada utilidade científica, abrangendo vastíssimo sector de conhecimentos e notícias.

R. M.

 

Açoreana − Revista de Estudos Açoreanos, n.º 4, voI. II. Angra do Heroísmo − Açores.

Altitude − Último número recebido − n.º 9, ano II.

Boletim da Casa das Beiras − Último número recebido - n.º 27, VIlI ano, II série.

Boletim de Trabalhos Históricos − Arquivo Municipal de Guimarães. Último número recebido − n.º 3, voI. VI.

Douro-Litoral − Último número recebido − n.º 5.

Portucale − Último número recebido − n.º 88-89.

A Grã-Bretanha de hoje − Último número recebido − 57.

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