/ 314 /
IV. «Alfelluas» (à 3 kilomètres de Mogofores)
1. Manoel Rodrigues Castellão
2. Manoel Alves Vianna
3. Joaquim José Rebello
V. «Arcos» (à 2 kil. de Mog.)
1. Jose de Mariz do Cabo
2. Os herdeiros de Joaquim Pereyra (les héritiers)
3. Manoel Ferreyra ou seus herdeiros (et ses héritiers)
4. Os herdeiros do Cappitaõ Manoel Fernárides (héritiers
du capitaine)
5. Manoel Rodrigues do Cruzeyro
6. Joaõ Rodrigues Cancella
7. Joaõ Pereyra solteiro (célibataire)
8. Maria de Mariz e suas sobrinhas e seu tutor Jose de
'Mariz (et sa nièce et son tuteur)
9. Bernardo Lourenço
10. Josefa Theresa viuva (veuve)
VI. «Anadia» (à 3 kil. de Mog.)
1. Jose da Silva Netto
2. Antonio Fernandes do Pereira
3. Antonio Jose de Carvalho
4. Christovaõ Ferreira
VII. «Pereira» (à 4 kil. de Mog.)
1. Os herdeiros do Padre Manoel Rodrigues (héritiers de
l'abbé)
2. Os herdeiros de Antonio Rodrigues do Canto (héritiers de)
3. ManoeI Rodrigues Netto o velho (le vieux)
4. Jose Fernandes viuvo
(veuf)
VIII. «Falgozelha» (à 12 kil. de Mog. )
1. O Padre Joze Gomes (l'abbé)
2. Joaõ Rodrigues
3. Manoel F ernandes
4. Os herdeiros de Joaõ Henriques (héritiers de)
IX. «Quinta de Canha» (à 2 kil. de Mog.)
1. Os herdeiros do Reverendo Padre Antonio de Mariz
(héritiers du Révérend Père)
/ 315 /
X. «Coimbra» (à 30 kil. de Mog.)
1. Luiz Pedro Homem
2. Francisco Zuzarte de Quadros
3. Jacinto Joze da Motta e Seabra
4. Joze Rodrigues
XI. «Aveiro» (à 30 kil. de Mog.)
1. O Padre João Moreira (abbé)
2. Nicullau Gomes
3. Joze Moreira
4. Joze da Cunha
5. João dos Santos
6. Antonio dos Sarayva
XII. «Agueda» (à 16 kil. de Mog.)
1. Diogo Joze Velles da quinta do Atalho (de la quinta de)
2. Os
herdeiros de Donna Francisca (héritiers de Dame)
XIII. «Falgueyrosa» (à 12 kil. de Mog.)
1. Manoel Henriques
2. O Padre Giraldo dos Anjos (l'abbé)
3. Os herdeiros de Marcos de Albuquerque (héritiers de)
XIV. «Paredes» (à 12 kil. de Mog.)
1. Bernardo de Santiago
2. Antonio João Raposo
3. Joze Gomes Vianna
XV. «Espairo» (à 1 kil. de Mog.)
1. Antonio de Seabra
XVI. «Villa Mendoa» (à 15 kil. de Mag.)
1. A viuva de João Duarte (la veuve de)
XVII. «Asequins» (à 15 kil. de Mog.)
1. ManoeI Rodrigues
XVIII. «VaI de Trigo» (à 8 kil. de Mog.)
1. Pedro Marques
/ 316 /
XIX. «Belayzama» (à 10 kil. de Mog.)
1. O Padre João Francisco (abbé)
2. O cappitão... (le capitaine)
XX. «Sá» (à 4 kil. de Mog.)
1. Maria Maya
2. Manoei de Seabra da Motta
3. João Ferreira Caetano
XXI. «Paraymo» (à 4 kil. de Mog.)
1. João de Souza
2. Antonio de Seabra
XXII. «Povoa do Gago» (à 9 kil. de Mog.)
1. Manoel Aivares
XXIII. «Val de Mó» (à 9 kil. de Mog.)
1. O Padre Francisco (abbé)
XXIV. «Ancas» (à 3 kil. de Mog.)
1. Pedro Alveres
XXV. «São Lourenço» (à 5 kil. de Mog.)
1. Antonio de Figueiredo Giram
XXVI. «Avellans de Cima» (à 5 kil. de Mog.)
1. A viuva filha de Manoei Rodrigues Neto (la veuve, fille)
XXVII. «Avellans de Caminho» (à 4 kil. de Mog.)
1. Manoei Ribeiro da Maya
XXVIII. «Figueira» (à 7 kil. de, Mog.)
1. Os herdeiros de Manoei Fernandes Bottas (héritiers)
2. Antonio Fernandes Bottas
3. Manoei Martim
4. Os herdeiros de Lourenço João (héritiers)
/ 317 /
XXIX. «Corgo» (à 2 kil. de Mog.)
1. Amaro Martins
2. Manoel João
«ROL DOS INCLINOS DO CAZAL QUINTELLA (6 kil.)
PERTENCENTE AO PRAZO DE MOGOFORES»
(Liste des locataires du
domaine de Quintella appartenant
au prazo de Mogofores):
I. «Arcos» (2 kil.)
1. Antonio Joze Saraiva
II. «Carvalhais» (6 kil.)
1. Manuel Simões
2. Manuel Francisco
3. Bemardo Lourenço
4. João Francisco Ferreiro
III. «Ferreiros» (à 9 kil. de Mog.)
1. Manuel Rodrigues carpinteiro (charpentier)
2. José Dias e Manuel da
Silva (et)
3. Michaella solteira (célibataire)
IV. «Anadia» (à 3 kil.)
1. Christovão Ferreira
2. Antonio Gomes Tanoeiro
3. O Doutor Francisco Alves Dias (docteur)
4. José Fernandes Serieiro
5. Os herdeiros de José Gomes Santiago (héritiers de)
V. «VaI de Avim» (à 8 kil. de Mog.)
1. O Capitão Antonio das Neves (le capitaine)
2. Manuel Simões Miguel
3. Maria Martins viuva (veuve)
4. Bento José
5. Pedro de Morais digo Pedro de Mariz (je dis)
6. Teodoro da Silva
7. Alexandre Simões
8. Joaquim Jozé
/ 318 /
VI. «Sallaõ» (à 6 kil. de Mog,)
1. Manuel Francisco e seu irmão (et son frère)
VII.
«Monsarros» (à 6 kil. de Mog.)
1. Pedro Lopes
2. Bernardo de Campos
3. Manuel Ferreira Bonito
4. Os herdeiros de Salvador Ferreira
5. Domingos Francisco
6. Salvador Gomes
7. Manuel Gomes
VIII. «Villa Nova» (à 8 kil. de M.)
1. O genro de Manoel José (le gendre)
IX. «AIjariz» (à 10 kil. de M.)
1. José Martins
X. «Povoa do Pereyro» (à 5 kil. de M.)
1. Antonio Simões Santos
2. José Fernandes
3. Os filhos de Domingos Francisco
4. João Rodrigues da Costa
5. José Ferreira
6. A veuva de José Rodrigues
7. Pedro Francisco Fernandes
8. José Francisco do Cruzeyro
9. Manoel Fernandes
10. João Rodrigues
XI. «Quinta da igreja» (à 6 kil.)
1. Maria da Cruz veuva
2. Paschoal da Costa
XII. «Quintella da igreja» (à 6 kil.)
1. A veuva dos Vieyraz
2. O Doutor António da Silva e Almeida
3. O Padre António Rodrigues
4. António da Costa
5. Manuel Simões
/ 319 /
6. O Alferes António Gomes
7. António Rodrigues
8. José Simões
9. O Reverendo Padre Cura da Mouta João Rodrigues (le
R. Père curé de)
10. Josefa solteira
XIII. «Lapas» (6 kil. )
1. Mateus da Costa
2. Antonio Simões
3. Bernardo Alvares
4. Maria Antónia
5. Josefa veuva de Apolinário Rodrigues
6. José Fernandes
7. António da Costa
S. António Gomes
9. A confraria do Santíssimo Sacramento (confrérie du
Saint Sacrément)
10. Os herdeiros de Pedro de Miranda
XIV. «VaI de Boy» (8 kil.)
1. Maria Josefa
2. Bernardo José
3. Manoel José
«ROL DOS INCLINOS DO CASAL ALFELUAS
PERTENCENTE AO PRAZO DE MOGOFORES»
(Liste des locataires du Casal Alfelas (3 kil.) appartenant
au prazo de Mogofores):
1. José Martins Dengue
2. Inácio Joaquim
3. António José Camelo
4. Bento Rodrigues
5. Josefa veuva de João Rodrigues
6. Sebastião Francisco do Amaral
7. Bártolo Simões
8. Francisco Rodrigues
9. Manoel Simões da Pena
10. Joaquim José Rebelo
11. José Alves
12. Estêvão Rodrigues
/ 320 /
13. Manoel Simões Capatana
14. Manoel Rodrigues Solteiro
15. Josefa Gomes − José Simões Azenha
16. Manoel Simões Rebelo
17. Manoel Ferreira
18. Maria Josefa veuva de João Francisco o Novo
19. João da Silva
solteiro
II. «Anadia» (3 kil.)
1. António José de Carvalho
2. Manoel da Costa e Maria solteira
3. António Duarte
4. Simão Martins
S. Jacinto Gomes e Seos Sobrinhos Violante mulher de
José Pereira ausente (sa nièce... épouse... absent)
III. «Famalicão» (1 1/2 kil.)
1. Manoel Ferreira
2. O Padre Julião Fragoso
3. Miguel solteiro do Outeiro
IV. «Arcos» (2 kil.)
1. Luiz Rodrigues
2. Micaela veuva
3. O capitão Francisco Alves e sua cunhada
4. Os herdeiros de Pascoal Francisco
5. Ana Maria filha do capitão Manuel Fernandes
V. «Vendas do Pedreiro» (2 kil.)
1. Luiz Dias
VI. «Anadia» (3 kil.)
1. Maria Ventura e seus filhos, veuva
2. José Alves solteiro e sua Mãi
VII. «Alfelos» (3 kil.)
1. Manuel de Mariz
2. Manuel Rodrigues veuvo
3. João Fernandes
4. Bernardo Símões Pena
5. João Simões solteiro e sua irmã Tereza
6. Manuel Pereira
/ 321 /
Quant aux «locataires-propriétaires» − inquilinos que possuem fazendas
(1)
− du prazo épiscopal de Mogofores, car l'ancien prazo était déjà à cette époque divisé en deux «domaines utlles»,
celui du Chapître et celui de la Mitra, un document presque de
la même date nous les cite tous. Cest une sentence du jugement «en faveur de la Ex.me Mitra, conlre lous les
habitants du
lieu et paroisse de Mogofores, selon lequel ils onl été obligés de
payer les Dízimus à cet évêchée et non à l'évêque d'Aveiro, en 1781» (sentença a favor da Ex.ma Mitra contra os moradores do lugar e
freguesia de Mogofores pela qual foram obrigados a pagar os Dízimos para
este bispado e não para o Bispado de Aveiro,
em 1781 − Liv. 20, fl. 492).
Voilà quels étaient alors les propriétaires des parcelles tenus
à payer l'impôt foncier, car la notion du foro se précise − à
l'administration épiscopale.
Liste des habitants en 1781 du
prazo de Mogofores appartenant à la Mitra
(2).
1. Manuel Francisco
2. Mateus Francisco
3. Isabel Maria veuva
4. Antonio Rodrigues veuvo
5. Francisco de Souza
6. Rosa Soares veuva
7. Antonio da Cruz
8. Manuel Dias Amaro
9. Padre José Velles
10. José Gomes, soldado
11. Antonio João de Sá
12. João Simões Coelho
13. João Francisco Castelão
14. Maria Antónia veuva
15. Manuel Rodrigues de Forno
16. José Antonio
17. José Jorge
18. Antonio José Sanches
19. José Antonio
20. Maria de Seabra veuva
21. Isabel Gomes, solteira
22. Francisco João Carreto
23. Manuel Simões Barreira
/ 322 /
24. Micaela de São José
25. Antonio José Gameiro
26. José Pinto
27. João Ferreira da Silva
28. Maria de Almeida veuva
29. Antonio Rodrigues de Cortez
30. Inês Maria veuva
31. Conceição Maria veuva
32. José Francisco Rato
33. Antonio Fernandes Lagoa
34. Sebastião Rodrigues
35. João Gomes Sepo
36. José Gomes Ferreira
'37. Sebastiana Gomes veuva
38. José Gomes dos Santos
39. Domingos Rodrigues veuvo
40. Miguel Fernandes
41. Domingos João
42. Manuel Rodrigues Vergueiro
43. João Francisco
44. Antonio Rodrigues Vergueiro
45. Manuel Gomes Sepo
46. Antonio João Calhantruz
47. José Nunes Amante
48. Jacinto de Seabra de Coimbra
49. Manuel Gomes de Quintela
50. Manuel Rodrigues de Arcos
51. Padre José Moreira de Aveiro
En tout, 238 familles et individus isolés, dont une quarantaine habitait
à Mogofores même, cinquante environ dans son voisinage
immédiat et 40 dans la région
(3).
/ 323 /
Quant au prazo épiscopal de Mogofores, il á été donné vers
la fin du 17e siècle à la famille Pereira de Melo Coelho et son
«emprazamento» avait été renouvellé (liv. 14 du Cartório, p. 295)
pour 3 générations à la fille de Luiz de Mello Pereira Coelho,
Dona Ursula Inês de Melo Pereira, mariée à Bento Luiz de
Melo Correia da Silva, citoyen de Porto. Le petit-fils de Dona
Inês, José de Melo Peixoto Coelho, né en 1781 et mort célibataire en 1853, héritier direct du prazo de Mogofores (épiscopaI), avait été nomme par le roi D. Miguel I vicomte de
Mogofores.
Les documents du «Cartório» permettent également, comme
nous l'avions Vu, de reconstituer, en 1781, la liste des propriétaires des «parcelles», tenus à payer les foros à la Mitra, et
donnent une description minutieuse des propriétés attenantes
à la quinta, «que a Ex.ma Mitra tem no Couto de Mogofores»,
en date de 1686 (liv. II, fl. 285 − fl. 326, Cartório de la Mitra).
Le domaine mogoforésien de la Mitra confinait donc avec celui
du Cabido à l'ouest, ainsi qu'avec les «terrains des maisons
principales du prazo»; à l'est il s'étendait jusqu'à la route
qui conduisait alors à Aveiro ainsi que jusqu'aux «terres de
Ribeira».
Au nord, ses limites étaient constitués par les proprietés
de deux habitants du «couto» de Mogofores, Manoel Dias et
Simão Fernandes, au sud − par «les bois et propriétés de
Manuel Fernandes de Almeida» et par «les biens de José Rodrigues». En
tout, étant donné les dimensions en «perches»
de sa circonférence, le domaine ne pouvait compter qu'environ
4 hectares.
Ce dernier document, en nous précisant l'existence des
terres appartenant effectivement à la Mitra, c'est-à-dire dont
celle-ci était de temps en temps, lors du renouvellement de l'emprazamento, le seigneur direct et
le seigneur utile, complète
à teI point les enseignements précédents − termes employés: inquilino,
fazendas, sous-emphytéoses d'Orgal et de Carvalhal, etc. − qu'il devient désormais possible d'étayer non seulement une hypothèse infiniment vraisemblable mais d'émettre
avec certitude une opinion sur le régime de propriété et la
structure sociale de Mogofores à la fin du 17e siècle. Les
terrains de Mogofores représentant plus de cent cinquante
hectares, la possession d'une si petite quantité de terres par la
Revérendissime Mitra, même dans le cas ou celle-ci possédait moins que le
Chapître, ce qui est même fort possible sans
toutefois que la différence entre les deux domaines fut sensible,
signifiait qu'en 1686, les autres terres, dont la Mitra perçait
des foros, étaient bien et bel les propriétés héréditaires des
anciens «locataires» de la terre et non des propriétés emphytéotiques renouvelables de 3 en 3 générations ou d'une autre
manière. Il n'y avait à cette époque à Mogofores que quelques
/ 324 /
emphytéotes, les deux principaux, ceux des deux prazos qui
affermaient en même temps que les domaines efIectifs les impositions foncières des «herdadores»
dont les propriétés se trouvaient
sur les territoires des seigneurs directs respectifs, celui de la
sous-emphytéose d'Orgal et de Carvalhal et une ou deux encore
tout à fait insignifiantes, comme il en résulte de l'examen attentif de l'index des emprazamentos de la Mitra, les seuls qui
avaient été faits en 3 siècles, et que voici:
«Afforamento em tres vidas feito a Manoel Francisco de hum baldio em
Mogofores com o foro de dois frangãos e a reção de 8.º em 1696 −
N.º 15 fl. 59.»
«Afforamento feito a Alvaro Annes
Iaquio de hum Monte aonde chamão a Porta da Villa Lemite de Mogofores em 1482 com o foro de duas
galinhas e a reção − N.º I fl. 224 v.»
«Afforamento a João Ferreiro de hum matto maninho aonde chamão a Porta
da Villa Lemite de Mogofores, em 1482 com o foro de duas Galinhas
e reção − :N.º I fl. 226.»
«Afforamento feito a João Alvres, de hum matto Maninho á porta da
Vinha de Mogofores em 1496 com o foro de dois frangãos e a reção de oito
hum − N.º I fl. 267 v.»
«Afforamento a João Affonso Lavrador de huma rotea Situada aonde chamão
a porta da vinha em Mogofores em 1496 com o foro de tres galinhas e a
reção de Outavo N.º I fl. 281 V.»
«Afforamento a Affonso Vaz Alfaiate de hum
matto maninho em Mogofores em 1500, com o foro de huma galinha e a reção de Outavo
− N.º I
fl. 315.»
«Afforamento a Lopo Alvres Cardador de hum Cham em Mogofores para huma
caza aonde chamão a porta da Vinha com o foro de dois frangos e a reção
do Chão de fora da Caza de Outavo. N.º I fl. 322 V.»
«Afforamento a João Roiz de hum meio Cazal e herdade no Conto de
Mogofores em 1552 com o foro de seis alqueires e huma quarta de pam
meado, meio Capão e huma galinha, meio pato, e meio frango, mais huma
quarta de trigo, e quatro galinhas, a reção, e o terradego do Costume.
N.º I − 2.ª p.te fl. 45.»
«Afforamento a Amador Pires de tres quartos de Cazal e tres terras no
Couto de Mogofores em 1552 pagando de foro pellos tres quartos de Cazal
nove alqueires de pam meado trigo e Segunda tres quartos de hum Capão,
tres quartos de tres galinhas, e tres quartos de hum frango, a reção de
quinto, de todos os fructos, e de vinho e linho de Seis hum, e mais de
foro pellas tres terras huma galinha, e hum frango, a reção de Outavo, e
o
terradego do Costume. N.º 1. 2.ª p.te fl. 54 V.»
«Afforamento a Matheus Annes de Mogofores de tres pedaços de Matto em
1551 hum á porta da Vinha, e outros a Valle de Silveira com o foro de
huma galinha, e hum frangam, a reção de outavo, e o terradego − N.º I.
2.ª p.te fl. 70.»
/ 325 /
[VI - Nº
24 − 1940]
«Afforamenfo a Andre Pires de tres pedaços de Matto em Mogofores para
Cazas e terras em 1751 com o foro de huma galinha e um frangão reção de
outavo, e o terradego − N,º I. 2.ª p.te fl, 71 V»
«Afforamento a Izabel Roiz de hum quarto de
Cazal em Mogofores em 1553
com foro de dois alqueires de trigo, hum alqueire de milho, e meio
alqueire de Centeio, tres meias de vinho molle, hum pato, mais huma
galinha e meia, com a reção de Sinco hum e do vinho e linho de Seis, e
de algumas terras de Outavo e o terradego do Costume, N.º I. 2.ª p.te fl,
89, V»
Quant aux deux listes des habitants
du village et des contribuables des seigneurs de Mogofores, leur examen nous confirme aussi le décalage de l'évolution sociale de Mogofores de
sa ligne primitive. Cette énumération, en effet, est très incomplète par rapport au nombre effectif des habitants du lieu.
Les chefs de familles étaient à cette époque, sans aucun
doute, plus nombreux à Mogofores, puisque d'autres documents
dont nous allons à présent examiner quelques-uns, signalent
déjà au siècle précédent l'existence à Mogofores des propriétaires non-inquilinos et même non-emphytéotes, des véritables «herdadores». Tel avait été, par exemple, le cas de la
famille Pinto de Paiva, dont le dernier représentant, enterré à
Mogofores dans l'antique chapelle, a été gratifié de l'épitaphe
suivant:
Aqui jas sepultado
Nesta Capela,
Christovaõ Pinto de Paiva
Fidalgo da Casa de Sua Magistade
Cavaleiro Profeso da Ordë de Christo
Deputado da Mesa da Conciencia e Ordens
O qual de todos
Seus bens instetuio hü morgado
Com obrigaçaõ de misa cotidiana
Pela sua alma
Faleseo em Lisboã
A 10 de agosto de 1672
La famille des Pinto de Paiva a donné le nom à un quartier
de Mogofores appelé Alto do Pinto.
D'autre part, la liste des
«inquilinos» − propriétaires des
«fazendas» du prazo de Mogofores, nous apprend fort à propos
que certains d'entre eux habitaient des villes comme Aveiro, Águeda ou même, ce qui était le cas de Jacinto, grand-père du futur
vicomte de Seabra, à Coimbra, ce qui permet de conclure qu'ils
n'étaient que des héritiers des foros ayant subi maintes partages, et que les terres, qui ainsi leur appartenaient, étaient cultivées par leurs cousins, amis ou même étrangers à la famille
en caractère de fermiers, métayers ou maitres-valets.
/ 326 /
Il est permis donc de constater, à la lueur de tous ces renseignements épars et en regroupant des faits enrégistrés par d'autres
documents authentiques, qu'il s'était passé à Mogofores
depuis le début du 15e siècle, époque à laquelle les droits
royaux sur ce village ont été pour la première tais cédés en
emphytéose, pas mal d'événements capitales pour la structure
sociale de l'agglomération. Certains domaines, quintas ou seulement
casais, furent donnés, vendus ou échangés et c'est ainsi
vraisemblablement que se constitua à Mogofores, vers la fin
du 18e siècle, un grand nombre de propriétés dont les plus
importantes étaient la Quinta de Caneiro appartenant à la famille
Seabra da Mota ou à la famille de Silva (dont était issu le
magistrat docteur António Seabra da Mota e Silva et qui était
fils de Jacinto de Seabra e Mota, déjà nommé, et de D. Joaquina
da Silva, née à Mogofores, car nous savons par les notes de
M. Luiz Alves da Cunha, demeurant actuellement à Curia, que
M. António de Seabra da Mota e Silva était né dans la Casa
de Caneiro où habitent actuellement les Pères Salésiens)
(4),
celle de la famille Cerveira de Sousa (dont descendait l'évêque
de Viseu, D. José Xavier Cerveira e Sousa, né dans la Casa de
Cruzeiro en 1797 qui a été démolie par son propriétaire actueI,
le Docteur Luiz Manuel Tavares), le domaine du cousin du seigneur du
prazo chapitrial de Mogofores, Gonçalo Caldeira Leitão de Albuquerque
Cardoso Brito Moniz, dont la fille D. Maria José épousa, en 1836,
Fernando Afonso Giraldes de
Melo de Sampaio Pereira, 1er Marquês da Graciosa, et dont la maison
vient d'être achetée par les prêtres Salésiens, et aussi
antérieurement le domaine appelé la Casa dos Pintos. Le dernier
descendant de cette noble famille d'envergure, Cristóvão Pinto
de Paiva, membre de l'ancien tribunal institué par D. João 3e
et chargé de juger les chevaliers avant qu'ils fussent traduits devant les tribunaux ordinaires, courtisan
de Sa Magesté
D. Pedro 2e, est mort à Lisbonne, le 10 août 1672. Décédé sans
descendance, car sa profession lui imposait le célibat, il a été
enterré à Mogofores, comme il a été dit, au caveau de la Chapelle de
Notre Dame de Piedade, qui était autrefois reliée
(ceci nous a été appris par les plus vieux habitants du pays)
par un souterrain avec la Casa des Pintos. Cette demeure, la
plus antique sans aucun doute de Mogofores, et aussi la plus
racée par son architecture, a été achetée après la mort de
Cristóvão Pinto de Paiva, la partie sud − par un certain Abílio/ 327 /
Silva da Cunha (de Pomares) et la partie nord − par la famille
Arala, originaire d'Ovar
(5)
.
La Quinta des Pintos a été,
selon la volonté du défunt,
érigée en majorat et confiée aux autorités de la freguesia. Les bénéfices
de son exploitation devaient être destinés à couvrir
les dépenses des messes quotidiennes à perpétuité ainsi qu'à
pourvoir aux oeuvres de la paroisse.
L'apparition d'une catégorie nouvelle de citoyens, celle
des
«herdadores» à côté de la seule ancienne − les «inquilinos», car la
classe des seigneurs directs et le plus souvent aussi celle des
seigneurs du prazo n'y avaient pas de représentants, signalait de gros
changements qui commençaient à survenir dans l'état de la
fortune des colons, aussi bien de ceux de Mogofores que de
ses environs. Certains d'entre eux, plus tenaces, plus énergiques,
et aussi, pourquoi ne pas le dire, plus favorisés par le sort, commençaient à se stabiliser en accumulant
des richesses; d'autres − plus faibles de caractère, moins doués ou éprouvés par la fortune,
s'apauvrissant visiblement ou restant stationnaires dans une aisance
modeste, s'en allaient souvent du village et de la région.
Les bons terrains, d'autre
part, devenaient de plus en plus rares et,
les familles étant à cette époque très prolifiques, les fils cadets en
se mariant ne trouvaient plus aussi facilement que leurs aînés des
nouvelles parcelles à défricher que le seigneur du lieu leur aurait
donné volontiers en location avantageuse. II y avait déjà, en effet, à
cette époque à Mogofores plus de 70 casais au lieu de 20
seulement existant en 1520, et en plus, plus de deux cents parcelles
appartenant à plus de deux cents «inquilinos»-«herdadores», dont une
centaine seulement habitait dans
le voisinage immédiat.
II s'en suivait un émiettement de la propriété, lors de l'héritage,
qui accentuait ainsi la paupérisation déjà commencée comme un phénomene
spontané.
L'enrichissement dû lui aussi à
des raisons naturelles et présentant
également tous les caracteres d'un procès spontané,
d'un côté, et de l'autre − l'appauvrissement, se manifestèrent donc à Mogofores, comme partout ailleurs,
par les rachats des parcelles et
l'offre du travail pour des bras inoccupés d'une part, et de l'autre −
par la disparition des petites exploitations et la constitution d'une
nouvelle couche sociale, celle des journaliers, très apparentée par sa
mentalité à la catégorie des serviteurs
qui n'existait peut-être pas encore en 1520, faute de maîtres, à
Mogofores, mais qui avait fait depuis certainement son apparition.
Ce procès de différenciation économique, commencé vers
/ 328 /
la fin du 16e siècle et au debut du 17e, n'a cessé de se développer pour aboutir à nos jours au tableau de la composition
sociale que nous allons étudier dans le Chapître suivant et où apparaitront à côté des familles paysannes aisées, survivence de
l'ancienne couche des «inquilinos», des grands propriétaires, des
journaliers et des ouvriers agricoles.
L'examen attentif des noms des habitants de Mogofores
en 1769-81, nous apprend, enfin, que la moitié des familles
de cette agglomération de l'époque a encore aujourd'hui ses
descendants. Ceux-ci appartiennent presque tous à la catégorie de tout
petits propriétaires agricoles-journaliers ne pouvant plus vivre sans un
complément de gain que leur donne le travail salarié. Les Rodrigues, les
Gomes, les Ferreira, les Francisco, les Fernandes, les Vergueiro, les
Simões, les de Souza, les Almeida, les Dias, les Alves, les de Costa,
les de Cunha, les Conceição, les Soares, les Louro, les Baptista, les
Fortuoso, les Santos, les da Cruz, les Martins et même les Calhantruz,
familles des «inquilinos» de 1769, possèdent encore aujourd'hui
des représentants parmi les ouvriers agricoles, journaliers, paysans,
ouvriers tout court, petits artisans ou petits boutiquiers de Mogofores.
Par contre, deux ou trois familles seulement sur plus d'une centaine
habitant alors à Mogofores et dans son voisinage immédiat ont pu
s'élever sur l'échelle de l'hiérarchie sociale au-dessus de la condition
des «propriétaires de parcelles»-petits colons-propriétaires, et encore
à peine d'un échelon.
Au 18e siècle, l'agglomération devenait déjà assez
nombreuse pour justifier l'apparition de quelques artisans et
commerçants, d'un maréchal-ferrand, d'un tonnelier, d'un menuisier ou d'un cabaretier-épicier, qui, transfuges de gens de la terre,
inaugurèrent ainsi un nouveau procès social, celui de la
différenciation professionnelle. Mais cette dernière évolution était en
veilleuse jusqu'à la seconde moitié du 19e siècle, époque à laquelle on
a commencé de construire les voies de chemin de fer et décidé de faire
la gare à Mogofores même, ce qui avait donné sujet à des disputes
acharnées entre les partisans du vicomte de Seabra, électeur influent de
Mogofores, et ceux dont le chef était un autre gros électeur local d'Anadia.
Ce n'est que vers la fin du siècle dernier que le procès de
différénciation professionnelle à Mogofores a pris de l'ampleur
sous l'impulsion d'un grand mouvement d'affaires que suscita le trafic
férroviaire suivi du trafic routier et dont deux événements, la
construction de l'établissement thermal à Curia, à 3 kilomètres de
Mogofores, et la création d'une importante scierie mécanique à Mogofores,
ont été le couronnement. Ces événements ont donné à Mogofores une
nombreuse équipe de manoeuvres, de maçons et autres ouvriers de bâtiment,
de chauffeurs-artisans et d'employés de chemin de fer auxquels vinrent
s'ajouter les artisans divers, ferblantiers, tailleurs, cordonniers,
menuisiers et
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coiffeurs, et les commerçants en gros et en détail ainsi que les petits entreprenneurs
et, enfin, fonctionnaires d'Etat, puisque
l'agglomeration non seulement augmentait rapidement en nombre mais devenait aussi un centre de rayonnement pour la région.
Nous ne voudrions pas clore ce
chapître sans consacrer
encore quelques lignes au dénouement final de l'histoire du prazo de Mogofores.
Le Chapître qui avait renouvelé le
prazo de Mogofores
en 1769 ou 1770, au profit de D. Joana Rita de Bourbon de Almeida
Peixoto, et confirmé ce renouvellement à la fille de
celle-ci, D. Maria Joana das Dores de Melo e Bourbon, en 1782,
par un acte qui fixait le montant du «prazo» à 4.000 reis, c'est-à-dire pour la valeur insignifiante de 33 coqs par an, comme le
précise une note se trouvant aux archives du Cabido, datant
de 1839, avait à statuer en 1820 sur le sort du dit prazo, à la
mort de D. Maria et son mari Fernando António Giraldes de
Andrade e Menezes, mère et père du futur 1er marquis de Graciosa, Fernando Afonso Giraldes de Melo de Sampaio Pereira, né en 1809, paire du
royaume, seigneur de Medelim, alcaide-mór de Monsanto, commandeur en 2e vie sur S. Miguel de Fornos,
1er vicomte de Graciosa par ordonnance de 1840, 1er comte en 1852, 1er marquis en 1879, et qui s'est marié en 1836 avec
sa cousine, fille de Gonçalo Caldeira, née, comme nous l'avions signalé précédemment, à Mogofores. Une autre note du même
Chapître en date de 1880, observe à ce sujet que ce renouvellement a été,
en effet, fait, mais dans des conditions désastreuses et qu'en ce qui concerne les domaines d'Orgal et de
Carvalhal, «qui avaient été séparés du noyau du fameux prazo
de Magofores, afin d'obtenir une sous-emphytéose de ces terres»,
il n'est resté au Chapître que «le droit de percer les laudemios».
Cette même note spécifie aussi qu'il y avait au sujet du
casal de Quintella un différend, car on n'était pas bien certain, si ce
domaine faisait partie ou non, du prazo de Mogofores. L'emphytéote, precise le document, perce là-dessus «12 alqueires
de blé, 4 alqueires de maïs, 2 poules, 1 chevreuil, 10 soldes en
argent et l'épaule de porc à 9 côtes». Rappelons pour les
lecteurs, à titre de curiosité, que ce domaine a été déjà cité en 1450, comme appartenant au
Chapître et le document de 1769
l'énumère également parmi les terres faisant partie du prazo.
En 1839, le Chapître, d'après une autre notice
de son Tombo, possédait encore à Mogofores 5 casais (combien en
possédait l'évêque et s'il en possédait encore, reste inconnu)
avec des habitations, des vignobles, des terres, des vergers et
des bois. «Cependant, s'exprime la notice en question, les foros et rações, dus par les emphytéotes ont été donnés
en
emphytéose pour des générations aux ancêtres de Fernando
Afonso, de Graciosa; moyennant un petit foro, fixe en 1782
à 4.000 reis et encore 3 coqs valant chacun 120 reis».
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L'auteur de cette observation ne cache pas son dépit au
sujet d'un montant de prazo aussi ridicule. «Il en était tout
autrement autrefois, ajoute-t-iI, comme l'on peut s'en rendre
compte par le foral du roi Manoel».
Enfin, la dernière note, dans l'ordre chronologique, des
archives du «Tombo do Cabido da Sé», nous apprend que
l'emphytéote «actueI» du prazo de Mogofores est le vicomte
Fernando Afonso Giraldes MeIo e Menezes», ce qui est une confirmation de plus de l'état des choses étábli par les accords
de 1782 et de 1820.
Fernando Afonso Giraldes Melo e Menezes, le deuxième
marquis de Graciosa, avait eu deux fils, morts jeunes et
célibataires, et une fllle, née en 1842, D. Maria Joana qui
a épousé en 1860, Francisco Furtado de Mesquita Paiva Pinto, 1er vicomte de Foz de Arouce et dont eIle avait eu 4 enfants:
Francisco qui a hérité le titre du 3e marquis de Graciosa et
qui est mort en 1940, célibataire, D. Maria qui a épousé le comte de
Proença, dont le fils aîné est l'héritier actueI par
testament du marquisat et de tous les biens de son oncle, D. Emília, restée célibataire et installée dans sa demeure à
2 kilomètres de Mogofores − elle y possède encore des terres − et D. Luiza.
Le 4e marquis de Graciosa, comte de Proença, propriétaire
actueI du château de Graciosa et qui s'y est établi, est donc le
descendant du dernier seigneur du «fameux prazo» chapitrial
de Mogofores.
Quant au prazo épiscopal, la seigneurie utile était restée, à
partir de la fin du 17e siècle, également dans la même famille
que nous avons déjà signalée, les Mello Pereira Coelho Correa,
qui habitaient la ville de Porto et dont la représentante actueIle, D.ª Sofia
Iluminata de Mello Peixoto Coelho, mariée depuis 1922
à son cousin Artur Pinheiro d'Aragão, doit être considérée, par
conséquent, aussi comme la descendante directe des derniers
seigneurs du prazo (épiscopal) de Mogofores.
Que sont devenus les «prazos» et Ies «foros» de Mogofores?
En 1839, le Chapître de Coimbra possédait encore 5 domaines,
dont deux, ceux d'Orgal et de Carvalhal, n'étaient plus en 1880 en sa posséssion directe, mais le
prazo chapitrial de Mogofores,
réduit à sa plus simple expression, existait bien encore à cette
date. Quant au prazo épiscopal, il nous a été impossible de
savoir à quelle date il avait cessé d'exister et s'il l'avait cessé
pour une raison ou une autre.
En soixante ans, de 1880 à 1940, tout souvenir de ces
prazos,
foros et rações s'est cependant complètement effácé, puisque les
plus anciens habitants de Mogofores, questionnés à ce sujet,
avouèrent n'en avoir jamais entendu parler.
Les seigneurs directs du lieu étant le
Chapître et la Mitra,
il est possible que la loi sur la séparation de l'Eglise de l'Etat
/ 331 /
en a été la cause, car l'Etat a pu négliger à se substituer aux
autorités écclésiastiques pour veiller à l'exécution des contrats
dont les clauses n'étaient souvent conservées que par tradition
verbale. Il y aurait alors de ce fait prescription, les 30 années
s'étant bien écoulées depuis l'institution de cette loi.
D'autres faits auraient pu se produire aussi. Les
derniers foros auraient pu être définitivement liquidés par rachat;
enfin le Chapître et la Mitra, devant l'émiettement toujours grandissant
des propriétés et les difficultés à percer des droits, réduits à l'extrême, auraient pu négliger d'en demander le recouvrement.
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Quelles seront les conclusions à tirer de cet ensemble de
faits et phénomenes que nous venons de relater?
Tout d'abord une constatation
s'impose, en ce qui concerne
l'ambiance sociale dans laquelle se sont déroulées au cours des
époques précédentes les transformations structurales de la
'Société mogoforésienne.
Cette ambiance était nettemeht caractérisée par une douceur
de moeurs et était exempte en général d'abus de force et de
violations diverses du droit écrit et usueI. S'il en était autrement, les «avulsos» du
Chapître et de la Mitra, si minutieux
pour tout ce qui concerne le régime de la propriété, auraient
conservé des traces des conflits, plaintes et pétitions.
C'est donc dans une atmosphère propice à toute sorte de progrès social que s'est opérée la transformation du régime
de la propriété. De colons-volontaires, simples locataires de
la terre au 13e siècle, les habttants sont devenus, par simpIe
effet de l'évolution des moeurs et coutumes et en tout cas sans
secousses d'aucune sorte, des propriétaires presque complets
de leurs exploitations et c'est en cette qualité qu'ils nous apparaissent au 17e et surtout au 18e siècles. Les emphytéotes ne
semblent constituer qu'une petite proportion du total des cultivateurs qui jusqu'au 16e siècle, tant qu'il avait eu de bonnes
terres à defricher, continuaient à arrondir leurs exploitations familiales
afin de les rendre viables et prospères.
Ce n'est que lorsque les bons terrains commencèrent à faire
défaut que commença le procès de l'émiettement des propriétés
agricoles, les conséquences du partage de celles-ci, conformément aux usages successoraux, n'étant plus contrecarrées par
l'arrondissement naturel des parcelles héritées. C'est ainsi
que commença la paupérisation «conjoncturale» de la population rurale de Mogofores. Ce procès est toujours en cours,
atténué, cependant, par quelques événements favorables à la
différentiation professionnelle, qui se sont produits, comme nous l'avions vu, au
19e siècle et au début du 20e.
Parallelement à la paupérisation de la population paysanne
grossissait le groupe des salariés agricoles qui n'étaient au 15e,
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16e et même encore au 17e siècles qu'en nombre relativement
insignifiant. C'est par cette catégorie sociale que débuta le procès de différentiation professionnelle qui a fourni à Mogofores, au
18e
siècle, cinq ou six artisans et aubergistes. Ce procès n'a pris de l'extention, que vers la fin
du 19e siècle, au moment de la construction des chemins de fer et de la gare et, un peu plus
tard, lors de l'édification de la station thermale voisine. La
possibilité de trouver sur place un emploi et, en général, du travail
rémunéré a été ainsi pour une partie de plus en plus nombreuse de la
population mogoforesienne un échappatoire heureux qui a freiné l'exode
vers les centres urbains et vers l'étranger et l'action de la
paupérisation. Ces événements, tout en développant la différentiation
professionnelle, n'eurent d'ailleurs sur le procés de la paupérisation de la population locale que des
effets favorables de courte durée.
Nous sommes arrivés ainsi au terme de ce
Chapître. Celui-ci ne saurait
être considéré comme une étude historique complète et nul, plus que
nous, n'en ressent les lacunes et les omissions.
Les unes et les autres sont dues, pour la plupart, aux difficultés de documentation qui semblaient parfois insurmontables.
Tel document signalé par les indices mais disparu des archives,
tel autre que nous savions brulé ou détruit, d'autres, enfin, qui
auraient pu être retrouvés mais dont la recherche s'avérait trop
couteuse, − nous ont empêché de reconstituer tous les faits
avec une exactitude rigoureuse.
Mais si incomplete qu'elle soit, l'étude historique sur Mogofores semble
pouvoir contribuer à reproduire fidèlement le climat social des époques
successives et à éclairer le procès de
la formation sociale de cette petite agglomération
(6)
STEF AN. WLOSZCZEWSKI
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