IV
A Francisco Augusto da Fonseca Regala sucedeu na reitoria do Liceu
o professor Dr. Álvaro de Moura Coutinho de Almeida de Eça, sobrinho do
primeiro reitor do Liceu de Aveiro, − a cuja tenacidade muito ficou
devendo este estabelecimento de ensino.
Os relatórios publicados por ÁLVARO de EÇA à frente dos Anuários
que elaborou (1910-1911 a 1915-1916) esclarecem-nos suficientemente
acerca da sua acção a favor dos progressos do Liceu que dirigiu durante
cerca de dezasseis anos.
No relatório de
1910-1911, queixa-se o Reitor de que «foi adquirido há quase dois anos,
um terreno adjacente ao edifício para a construção do ginásio, mas, a
pesar do projecto estar há muito aprovado, e garantida a sua execução
por um empréstimo especial para esse fim contraído, ainda não foi
possível conseguir que a verba necessária fosse autorizada, o que está
prejudicando altamente os alunos». «Não havendo sala alguma disponível,
porque o antigo salão de ginástica foi, pelo novo
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plano, dividido em três compartimentos, executaram-se os exercícios,
quando o tempo o permitiu, no terreno adquirido a que acabo de me
referir, o qual se encontrava também em péssimas condições para tal fim,
cheio de ervas e pedras, cortado por uma vala e dividido em planos de
desigual elevação!» |
|
Dr. Álvaro de
Moura Coutinho
de Almeida de Eça
(7.º Reitor) (1854-1926) |
Em 1911-1912,
continuam as queixas: «Neste ano não foi possivel conseguir que as obras prosseguissem e fossem concluídas. Nada se fez». «E, todavia, ha um emprestimo contraído pelo govêrno para esse fim especial, parte do qual já foi aplicado nas ditas obras, mas cujo resto jaz, ha 3 anos, sem destino, nos
cofres do ministerio do fomento! Adquiriu-se um terreno para o ginasio,
mas o ginasio não se faz, e o terreno cheio de socalcos, entulhos e ervas nenhuma utilidade tem,
porque, naquele estado, nem para recreio pode ser aproveitado.
As carpintarias das obras já feitas estam todas por pintar, dando ao
edifício, que é um dos melhores do país, um aspecto sujo
que simultaneamente póde indicar negligencia que nos vexa.
Todas as janelas exteriores, que são da primitiva edificação,
estam muito pôdres e desconjuntadas, não se abrindo, sem
perigo, muitas delas, sendo além disso de uma fórma impropria
para a ventilação, que é imperfeitissima, sentindo-se, sempre,
nas salas de aula as conseqüências perniciosas de tal estado».
E a seguir pedia o reitor ÁLVARO DE EÇA, «encarecidamente»,
o remédio para estes males. E conclui:
−
«Do que deixo exposto
resalta que é para a conclusão das obras que todos os esforços
se devem empregar. Feitas elas, ficará Aveiro com um estabelecimento de ensino muito aceitavel e digno do alto espirito que
promoveu a sua construção em tempos em que as vantagens da instrução
eram, talvez, menos reconhecidas e alardeadas,
mas em que, como se vê deste belo edificio, construido há meio
seculo, os meios de propaga-la eram, parece, menos regateados».
No anuário do ano seguinte são igualmente desassombradas as palavras de protesto que o Reitor dirige à respectiva Direcção Geral:
−
«Novamente e encarecidamente peço a V. Ex.as se dignem mandar
prosseguir as obras do liceu para cujo acabamento apenas é necessario
empregar uma insignificante
parcela de bôa vontade, visto que o dinheiro, para faze-las,
existe no Ministerio do Fomento, proveniente do emprestimo de 11:260$00, contraído, para esse fim especial, na Caixa Geral
dos Depósitos, em 7 de Abril de 1910. Construir novos edificios
liceais e remodelar por completo outros muito menos frequentados de que o nosso, concedendo-lhes rasgados subsídios especiais, e
deixar este liceu, que serve uma populosa região e tem
notavel frequência, no esquecimento, quando há, desde muito, capital
destinado para os seus improrogaveis melhoramentos, é, sem contestação, processo anormal, excepção que muito
nos
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tem magoado e contra a qual não será extranhado que, por indeclinavel
obrigação, mais uma vêz proteste».
O anuário de 1913-1914 nem uma palavra traz a respeito de obras.
O Reitor, desanimado, não quis continuar a bater em ferro frio...
As obras só vêm a continuar em Dezembro de 1914. A esse respeito,
diz-nos o reitor ÁLVARO DE EÇA no relatório do anuário de
19I4-1915:
−
«Nesse mês, a repetidas instâncias dos Ex.mos Governadores
Civis, Augusto Gil e João Salema, aos quais, aqui, novamente deixo
consignado o nosso agradecimento
−
mandou o Ex.mo Ministro do Fomento
que fossem continuadas e, para isso, pôz á disposição da repartição das
obras públicas os fundos necessários, encarregando-a da execução por
administração directa. Começaram, é certo, em principios de 1915, mas
estava escrito que a lentidão do inicio fôsse condão que as bafejasse
até ao têrmo, e de tal potência ele é que ainda agora, princípios de
1916, falta dividir, solhar, forrar e rebocar interior e exteriormente;
podendo já dar-se a certeza de que não será neste ano utilizado! Pois é
uma casa simples: quatro paredes de 6 metros de alto, limitando uma
superficie de 240 m2, com duas pequenas divisões no tôpo e um grande
salão de 200 m2». «E o pior é que é preciso esperar pelo seu termo, para
se construir a alpendrada que deve circundar o
terreno de recreio, fazer a mudança dos dejectórios, abrir a
serventia para o exterior, plantar o hôrto e arvores para sombra, e
outras obras complementares destas.
−
Por várias vezes e de várias
maneiras, foi significada a nossa estranheza e descontentamento, por
tal morosidade, mas não foi dificil entrarmos na convicção de que quanto
mais pedissemos menos... obtinhamos.
− Mas, no capítulo obras, alguma
coisa se executou digna
de menção, graças
−
sempre é bom afirmá-lo em letra redonda
−
ao benéfico
decreto n.º 471 de 6 de Maio de 1914, que regulamentou a autonomia administrativa dos liceus, tornando em realidades
as, até então, platónicas disposições do decreto de 29 de Agôsto de
1905».
Depois de manifestar o seu regozijo e o do corpo docente pela «tão
salutar disposição» da autonomia administrativa, o Reitor
continua:
−
«Foi assim que se instalou e completou o gabinete de física e
química, mas principalmente este último,
que pouco mais era do que uma hipótese, e que agora se encontra em
circunstâncias de satisfazer os mais exigentes professores; foi assim
que se construiu um amplissimo anfiteatro para 90 alunos na sala n.º
10, destinada exclusivamente para as sciências naturais, onde as três
ultimas classes podem, conjunta e comodamente, assistir a experiências e
projecções; foi assim
que se adquiriu novo mobiliário para substituir algum impróprio, que só
a muita necessidade obrigava a utilizar, e que se
adquiriram instrumentos, mapas, etc., e foi assim, doloroso é
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dizê-lo, que se conseguiu lavar, sem oficios implorativos, o vasto
edificio, povoado por quási três centenas de pessoas; lavá-lo, varrê-lo,
e mante-Io em condições de não ser um foco de infecção, como anteriormente esteve em risco de
ser, por não ser
lavado quási durante um ano, e a varredura haver de ter sido feita à
custa do pessoal docente! Não foram, portanto, realizadas para ficarem no esquecimento tantas e tão uteis transformações, como no esquecimento não deve ficar o nome do professor de
sciências Luiz de Brito Monteiro Guimarães que, na
parte respectiva, e em muitos outros assuntos, referentes ao
desenvolvimento dêste instituto, foi sempre um valioso auxiliar».
Referindo-se ainda às obras do Liceu, o reitor ÁLVARO DE
EÇA exprime-se do seguinte modo, no seu relatório de 1915-1916 (pág. 6-7):
−
«Foi, incontestavelmente, para êste instituto
um ano feliz, um ano de prosperidade material, o ano escolar que acabou,
porque nêle acabaram de se realizar as aspirações de muitos anos,
aspirações sempre mantidas com afinco e sempre ludibriadas sem piedade e sem razão. Tinha a generosidade
de um govêrno ilustrado e conhecedor das necessidades do ensino,
agraciado em 1907 êste liceu, por sugestão de filhos ilustres dêste
distrito com a importante quantia de 11:000 escudos para obras. Essas obras, começadas com dificuldade, continuadas com morosidade e intermitência, e durante alguns anos
paralisadas, foram no ano presente recomeçadas, para o que se conjugaram
esforços de tantos que me não é fácil enumerá-los e deixar-lhes aqui nominalmente o testemunho perduravel da nossa
gratidão, com receio de que alguem, por esquecido,
se melindre.
−
Antes do Natal
−
creio eu
−
verão elas o seu têrmo com a
conclusão do vasto ginásio que, no terreno adjacente ao liceu se ergue,
não diremos com magestade, porque detestamos exageros, mas com
simplicidade e comodidade que dão gôsto. As vidraças do edificio que ha
55 anos aguentavam as furias dos
temporaes sem um leve reparo e que, na sua maioria, principalmente do poente, estavam a desfazer-se, foram tôdas reformadas e pintadas; e aos telhados, canalisações, estuques e
pinturas chegou tambem a sua vez. Levantou-se na sala de sciencias
um amplo anfiteatro, creou-se o laboratório quimico, ampliou-se o
material de sciências fisico-naturaes, e o que é ainda digno de
menção
−
embora em alguns possa determinar o espanto
−
até se lavaram os
pavimentos do edificio que quase durante um ano não viram água, nem
escôva, com a agravante de nêle andarem obras que diariamente ó
emporcalhavam».
Acerca da primeira tentativa de elevação do Liceu a Central,
escreveu o Reitor o seguinte no anuário de 1914-1915 (pág. 13-14):
|
PROFESSORES
DO LICEU DE AVEIRO NO ANO LECTIVO DE 1936-1937
Da esquerda para a direita: No 1º plano
− D. Natália Malaquias,
D. Isabel Marques, João Pires (reitor), D. Fernando Salgado e D.
Marieta dos Remédios; no 2º plano − A. Miranda, P.e António Estêvão,
Armando Coimbra, Alexandre Barbas, Tavares de Lima, Simões de
Carvalho (médico escolar), Álvaro Sampaio, Octávio de Carvalho,
Assis Maia e Ferreira Neves; no 3º plano − Meira da Costa, Adérito
Madeira (médico escolar), P.e Alírio de Melo e José Tavares; no 4º
plano − Gomes Bento, Rodrigues Limas, Sousa Melo, Salgado Júnior e
António Fernandes. |
«Una voce e desde tempos imemoriais se implorava esse
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grande benefício. Solicitando- e adeantando aplausos; estabelecendo confrontos de o serem, com muito menos frequência, outros liceus,
e apregoando a economia e o socêgo que para as famílias adviria, sem
falar nas vantagens de toda a ordem
que, como maná, se derramariam pela cidade, famílias e
corporações,
−
camara na frente
−
davam a nítida impressão de que era êste o
mais imperioso dos seus desejos. Pois chegou, por esforço de alguns, mas
principalmente, pelo de um ilustre filho desta terra
−
o dr. José Maria
Vilhena Barbosa de Magalhães, lente da Universidade de Lisboa que,
removendo todas as dificuldades
−
e não fôram poucas
−
conseguiu que o «Diario
do Governo» n.º 194
−
1.ª série, de 24 de Setembro de 1915 publicasse a
respectiva lei. O júbilo foi, como era natural, intenso: cá estava a
felicidade desejada com tanta ância, mas
−
havia um mas
−
era preciso que as 17 câmaras do distrito custeassem a despeza
−
uma
bagatela de quatro mil escudos, e as camaras resolveram, prudentemente,
recolher todo o seu entusiasmo, e fechar, com segurança, os seus
cofres!»
Essa aspiração só se tornou realidade em fins de 1916 (decreto de 18 de
Novembro), graças aos esforços da Câmara de Aveiro e do dr. Barbosa de
Magalhães. Pouco depois, tomou
a Junta Geral do Distrito a responsabilidade dos encargos respectivos.
O aumento, sempre crescente, da população escolar trouxe a necessidade
de se ampliarem as instalações do Liceu. Por decreto de 24 de Abril de
1919, devido aos esforços do prof. Dr. Luís de Brito Guimarães, que era
então Ministro dos Abastecimentos, abriu-se um crédito de dez contos,
destinado à aquisição do edifício contíguo ao Liceu, e respectivo
quintal, que haviam pertencido aos Marqueses de Arronches. Dessa forma, o edifício do Liceu com todas as suas dependências passaria a
ocupar uma área de 5000 metros quadrados, aproximadamente. O decreto de
10 de Maio de 1919 declarou de utilidade pública urgente a expropriação
daquele prédio e anexos e determinava que ele fosse utilizado pelo
Conselho Administrativo do Liceu para ampliar e melhorar a instalação
dos diferentes serviços.
Todas as obras de adaptação foram executadas sob a direcção do reitor
Álvaro de Eça. Datam daí o laboratório e gabinete de Química, instalados
na cozinha da casa expropriada.
Por decreto de
6 de Janeiro de
1919, foi
dado ao Liceu o nome de
Liceu Central de
Vasco da Gama.
O decreto n.º 9.677, de 13 de Maio de 1924, extinguiu-lhe o Curso
Complementar de Letras e conservou-lhe o de Ciências,
a cargo do Estado. Aquele curso foi, porém, restabelecido pelo
decreto n.º 11.132, de 12 de Outubro de 1925.
/ 279 /
Vejamos agora os professores que ministraram o ensino
durante a reitoria do Dr. Álvaro de Eça:
1910-1911
−
Elias, Álvaro, Soares, Vieira, Ferreira da Cunha,
Eduardo Silva, Ataíde (efectivos); Lourenço Peixinho, Oliveira
Simões, Agostinho de Sousa (prof. de alemão) e Mário Gamelas (ginástica) (interinos).
1911-1912
−
Efectivos, os mesmos, com excepção do
prof.
Ataíde, substituído, em virtude de transferência, pelo novo
professor
−
Luiz de Brito Monteiro Guimarães;
interinos: Agostinho
de Sousa, Duarte Carrilho (7.º grupo), Mário Gamelas (parte do
ano, ginástica) e Alberto Albuquerque (ginástica).
1912-1913
−
Além dos professores efectivos do ano anterior,
entrou mais o prof. do 1.º grupo, adido, Dr. Ferreira Gomes;
quanto a interinos, somente os profs. Agostinho de Sousa, Alberto
Albuquerque (parte do ano) e António Felizardo (ginástica).
1913-1914 a 1915-1916
−
O mesmo corpo docente de 1912-1913, com excepção do
prof. Albuquerque, que não prestou serviço algum.
Nos anos seguintes, em virtude da elevação do liceu a Central, aumentou consideravelmente o número de professores:
1916-1917
−
Álvaro, Eduardo Silva, Ferreira Gomes, Ferreira
da Cunha, Vieira, Brito Guimarães, Elias (efectivos)
(1); António do
Rosário Marques (2.º grupo) e José Pereira Tavares (1.º
grupo) (agregados); Agostinho de Sousa, Alfredo Barjona de
Freitas, Carlos Negrão, Luís Teixeira Neves, José Abrunhosa, José António
da Silva e António Felizardo (Provisórios).
1917-1918
−
Como efectivos, além dos do ano anterior, entraram: João
Manuel Rebelo de Queirós (2.º grupo), João Castel-Branco
Moniz Barreto (6.º grupo)(2) e José Pereira Tavares (1.º grupo);
agregado
−
Rosário Marques; provisórios, os mesmos do ano anterior, com
excepção de Felizardo, que
foi substituído por Jeremias da Conceição Lebre (ginástica).
1918-1919
−
Nos efectivos, os mesmos do ano anterior;
provisórios: além dos do ano anterior, menos Jeremias Lebre, entraram ao
serviço os seguintes: Francisco Ferreira Neves, João Pereira Tavares,
João Mendes Calisto, Basílio de Oliveira, José Vieira Gamelas e
Francisco Maria Soares.
1919-1920
−
Além dos efectivos do ano anterior, prestaram serviço: José A.
Vaz Serra, António da Cunha Belém e José da Vera Cruz Pestana;
provisórios: J. A. da Silva, João Tavares,
José Gamelas, Francisco Soares, Manuel Azevedo (ginástica),
Jaime A. C. da Silva, José H. Barata, António Ramos, Ângelo
/ 280 /
A. da Silva, António A. M. Pimenta e António G. Estêvão (canto coral).
1920-1921
−
Efectivos, além dos do ano anterior,
Álvaro Sampaio; agregados: Ângelo Silva e António Melo Ferraz; provisórios
−
os mesmos e mais: Carlos de Faria Milanos (Barão de Cadoro).
1921-1922
−
Nos efectivos, figura a mais o
prof. César Fontes, em substituição do prof. Vera Cruz Pestana, e a menos o
prof. Elias; agregado: Abel Godinho (1.º grupo); provisórios: quatro
novos professores
−
Alberto Albuquerque (ginástica), Manuel
das Neves, Manuel Montenegro Carneiro e Augusto Cardoso.
1922-1923
−
Entre os profs. efectivos do último ano, figura o
prof. Alberto
Albuquerque; agregado: José Castro Serrão; provisórios: José A. Silva, João Tavares, José Gamelas, António
Ramos, António Estêvão, Carlos Milanos, M. das Neves, M. M.
Carneiro, João Joaquim Pires, João A. Rebocho Vaz, Amílcar
Gamelas, Francisco de Oliveira Machado.
1923-1924
−
Dois prof. efectivos novos: Armando Dias Coimbra e Fernando Zamith;
provisórios
−
os mesmos do ano anterior.
1924-1925
−
Os mesmos de 1923-1924. A mais, o
prof. Alberto Camacho Brandão. Em vez de Alberto Albuquerque
(ginástica), o prof. Urbano Furtado, que com ele permutara; agregado
−
João Joaquim Pires;
provisórios
−
J. S. da Silva, João
Tavares, José Gamelas, A. Estêvão, Montenegro, João Rebocho Vaz e Amílcar Gamelas.
1925-1926
−
Neste ano lectivo, faleceu o
prof. Eduardo Silva (22 de Janeiro de 1926). Foi nomeado, para o substituir, o
prof. Pedro Gradil, que entrou ao serviço em 10 de Abril. Na lista dos
provisórios aparecem: Manuel M. Baptista da Silva (3.º gr.),
Aníbal Catarino Nunes (4.º), Justino de Oliveira
Simões (1.º), Gaspar Inácio Ferreira (8.º), Adelino dos Santos
Mata (4.º) e Mário Oliveira e Silva (2.º).
O reitor Álvaro de Eça, a quem o Liceu deve inestimáveis serviços, que
podemos avaliar pelo que nos deixou nos seus
relatórios, faleceu na sua casa de Esgueira (Aveiro) no dia 9
de Julho de 1926, Tendo sido seu sucessor na reitoria do Liceu o
professor que subscreve este ligeiríssimo estudo, terminam aqui, muito
naturalmente, as suas considerações. Quem quiser
inteirar-se das vicissitudes, por que posteriormente foi passando este
estabelecimento de ensino, tem ao seu alcance os anuários
que publicámos (1916-1917 a 1930-1931), os anuários publicados
pelo actual reitor, Dr. João Joaquim Pires (1931-1932, 1932-1933
e 1933-1934) e ainda, a colecção da revista Labor, aqui fundada
em 1926 pelo prof. Álvaro Sampaio e por nós, a qual tem dado conta de tudo
quanto respeita à vida do Liceu de Aveiro.
JOSÉ PEREIRA
TAVARES
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