O ARQVIVO DO DISTRITO DE
AVEIRO dará sempre notícia das obras à sua Redacção enviadas quer por
autores quer por editores.
De harmonia com a prática
seguida pelas publicações suas congéneres, fará também algum comentário
crítico aos livros de que receba dois exemplares.
Porto e Ria de Aveiro −
Noticia sobre o seu valor económico. Aveiro.1936.
É um opúsculo publicado pela
Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro, e da autoria do Sr. Engenheiro
JOÃO RIBEIRO COUTINHO DE LIMA. Este valioso trabalho tem por fim
demonstrar a necessidade que há de se prolongarem pelo oceano os molhes
que protegem o canal da barra de Aveiro, afim de esta adquirir as
condições necessárias para o porto de Aveiro bem poder desempenhar a sua
função. É sabido que as obras há pouco realizadas, segundo o plano do
falecido engenheiro Von Hafe, não conseguiram dar à barra a estabilidade
e facilidade de entrada que se previam e eram necessárias. Estas
obras, na sua essência, consistiram na construção de um molhe na margem
direita do canal da barra. LUÍS GOMES DE CARVALHO já nos princípios do
século XIX lá tinha construído um dique, mas que, pela sua pouca
resistência, em breve foi destruído pelo mar.
Justifica o Sr. Engenheiro REBELO DE LIMA o prolongamento dos molhes,
mostrando as possibilidades económicas da laguna, principalmente no que
diz respeito aos transportes e à pesca, abrangendo a do bacalhau, a costeira
e a da ria.
Não falou o autor do trabalho em questão, no primacial papel que a barra
de Aveiro desempenha na agricultura e salubridade da região. O
entupimento da barra seria a causa de mil desgraças e da ruína dos interesses regionais.
A barra de Aveiro é a chave do progresso e da vida de todas as povoações
que marginam a laguna. Não é pois só a razão da pesca e da navegação
que deve pesar na construção de uma boa barra, mas muitos outros motivos
tão poderosos como os precedentes. Em primeiro lugar devemos defender a
saúde pública e a riqueza já existente, e só isto justifica de sobejo
todas as obras que se façam no sentido de fixar a barra e dar-lhe um
regime de águas que não possa ser profundamente alterado acarretando
prejuízos gravíssimos. Se a isto acrescentarmos agora a conveniência de
se desenvolver a riqueza local e nacional, mais se justificam todas as
obras de protecção à barra de Aveiro. É certo que o problema desta barra
é de difícil resolução por nele imperarem factores importantes que os
homens não podem eliminar.
F. N.
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Lume Novo − por D. CELESTE COSTA. Coimbra. 1936. Moura Marques & Filho, Editores.
Obra constituída por quinze
contos naturalistas, escritos em estilo corrente, e de leitura agradável e sã.
D. CELESTE COSTA, que é natural do distrito de Aveiro, faz com o presente trabalho a sua estreia literária, e nele revela apreciáveis dotes
de observação, de descrição e de linguagem.
A autora merece as nossas felicitações pelo interessante trabalho que
produziu e que deve figurar nas estantes das pessoas cultas.
Maria Peregrina (1809-1886)
− por ADOLFO FARIA DE CASTRO. Separata
da revista «Portucale», vol. IX, 1936.
Neste trabalho dá-nos o autor notícias biográficas de Maria Peregrina de
Sousa, e indica-nos os trabalhos literários e etnográficos que ela produziu. O
Sr. Dr. FARIA DE CASTRO, professor ilustre, procedeu bem,
relembrando o nome e trabalhos de uma senhora que conseguiu sobressair
no mundo das letras, e que, se provocou a ironia de CAMILO, mereceu a
atenção e louvores de CASTlLHO.
F. N.
Altos Estudos Militares − Conferências. Separata do Boletim da Escola
Central de Oficiais.
Editorial Império − Lisboa, 1935-1936.
Alguns esclarecimentos sobre um lamentável incidente ocorrido na Sociedade «A Voz do Operário», por F. PEREIRA DE OLIVEIRA. Lisboa. 1937
Relatório e Contas-Gerência de 1936 de «A Voz do Operário. Lisboa.
1937.
Álbum Figueirense − Figueira da Foz.
N.os 1 a 4 (3.º ano).
Estudos − Revista de Cultura e formação católica. Coimbra.
N.os 151
a 154.
A União − Revista de documentação. Lisboa.
N.os' 305 a 308.
Revista
Portuguesa de Comunicações. Lisboa. N.os 119 e 120.
Arquivo Histórico da Madeira. Fascículos
1 e 2 do vol. V. Funchal.
1937.
Boletim de trabalhos históricos. Arquivo Municipal de Guimarães.
N.º
5.
1936.
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«GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA
E BRASILEIRA»
Iniciou o seu 3.º volume esta valiosa publicação, de indispensável
consulta já entre as congéneres, tais o desenvolvimento e actualização
que caracterizam alguns dos seus artigos.
O Arquivo do Distrito de Aveiro tem a maior satisfação em registar o
êxito incontestável alcançado pela Grande Enciclopédia, e faz votos
porque a confiança do Público, justa e necessária, corresponda
inteiramente ao magnífico esforço da empresa editora.
Neste sentido, recomenda vivamente aos seus leitores a assinatura da
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
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ADENDA −
Na pág. 29 falta, por lapso da
revisão, o subtítulo − ÍLHAVO
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