Dia Mundial da doença

de Parkinson

No dia 11 de abril celebra-se o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, com o intuito de consciencializar para esta doença, a fim de promover a procura de ajuda atempada e melhorar a qualidade de vida do doente e família.

A Doença de Parkinson, que afeta cerca de 1% da população mundial acima dos 65 anos, é a segunda doença neurodegenerativa mais comum com início na idade adulta. É uma doença neurológica degenerativa e progressiva do sistema nervoso central que afeta a função motora. Esta doença causa tremor em repouso, lentidão dos movimentos, rigidez muscular e desequilíbrio. Pode ainda apresentar sintomas não motores, como dores, depressão, insónia, alteração de memória e tonturas, obstipação, entre outros.

Infelizmente ainda não existe cura para esta doença, no entanto, existem medicamentos e opções não farmacológicas, como a fisioterapia, que ajudam a controlar os sintomas e melhorar a atividade funcional da pessoa.

Dr.ª Cláudia Álvares
I
nterna de Medicina Geral e Familiar


Tuberculose
 

A tuberculose é uma doença infeciosa causada por uma micobactéria, que se transmite por via aérea através da inalação de gotículas respiratórias expelidas pela pessoa doente.

A tuberculose pulmonar é a forma mais frequente de doença, no entanto, outros órgãos podem também ser afetados, nomeadamente ossos, rins, intestinos, gânglios linfáticos, pleura, pericárdio, pele e meninges. Os sintomas mais frequentes incluem cansaço, suores noturnos, perda de peso e febre baixa, podendo também surgir tosse persistente com expetoração (por vezes raiada de sangue), aumento dos gânglios no pescoço, entre outros (dependendo do órgão afetado), geralmente com uma evolução de semanas a meses. Por se tratarem de sintomas comuns a muitas doenças, pode existir algum atraso no diagnóstico da doença.

Portugal continua a ser o país da Europa Ocidental com a incidência de tuberculose mais elevada, verificando-se cerca de 14,6 casos por 100 mil habitantes, em 2021. As regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo apresentam a maior incidência.

Apesar de qualquer indivíduo poder desenvolver a doença no caso de exposição prolongada (pelo menos 8h) a alguém infetado, existem grupos que apresentam um maior risco: imunocomprometidos (a realizar quimioterapia ou com infeção VIH), doença renal crónica, idosos, alcoólicos, toxicodependentes, fumadores, indivíduos que se encontrem em estabelecimentos prisionais, imigrantes provenientes de países com elevada prevalência de tuberculose.

A monitorização e rastreio dos pacientes em risco é fundamental na gestão da tuberculose. Um resultado positivo num teste de rastreio apenas indica contacto prévio com o agente, ficando por definir se existe uma infeção ativa ou latente. O diagnóstico é feito através da identificação laboratorial da micobactéria em produtos orgânicos (como expetoração). Quando diagnosticada, é uma doença tratável e com elevada taxa de cura. Geralmente, o tratamento exige a toma diária de fármacos antibacilares por um período mínimo de 6 meses.

A vacinação com a vacina BCG surge como forma primordial de prevenção de doença. Em Portugal, deixou de ser administrada universalmente em 2016, passando a ser recomendada a crianças pertencentes a grupos de risco e com menos de 6 anos. O principal objetivo desta estratégia é a prevenção de formas graves de doença, nomeadamente tuberculose disseminada e meníngea.

Anualmente, a 24 de março, assinala-se o Dia Mundial da Tuberculose, com o âmbito de sensibilizar a população para a doença e apelar a novos esforços de diagnóstico e combate à infeção com maior mortalidade a nível mundial, particularmente em populações pobres, marginalizadas e vulneráveis.

 Eliandro Santos e Tatiana Raposo - Internos de Formação Geral (2023)

 

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