Rastreio e diagnóstico laboratorial da infeção pelo
Vírus da Imunodeficiência Humana na USF Moliceiro
O
diagnóstico precoce da infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana
(VIH) permite o
início de
terapêutica antirretroviral,
que está associada a vários benefícios, incluindo a
redução do risco de transmissão
a outros indivíduos.
Em
2019,
foram diagnosticados em
Portugal
778
novos casos de
infeção pelo VIH, com uma taxa de 7,6 casos por 105
habitantes. A maioria dos casos correspondia a homens, com
taxa
de diagnóstico mais elevada
no grupo
entre
os 25 e os 29 anos.
Entre
2015 e 2019, o
concelho de
Aveiro
teve uma taxa de
novos
casos de 17,8 por 105 habitantes;
por outro lado, a
região
Centro teve a
mais
alta proporção de diagnósticos tardios,
com 71,4 %.
É então de
extrema importância aumentar o rastreio laboratorial e o diagnóstico
precoce da infeção
por VIH, de forma a
diminuir a
transmissibilidade
do vírus e os
diagnósticos tardios
desta infeção.
No sentido de
alertar a população
e possibilitar um
diagnóstico, referenciação e tratamento precoces,
no caso de infeção, a
USF
Moliceiro comprometeu-se a iniciar um projeto de intervenção na
comunidade. Com
início
em fevereiro de 2022,
na
última
quinta-feira de cada mês, das 10h às 18h,
uma Equipa de Saúde esteve responsável pela realização do
teste
rápido serológico para deteção do VIH aos utentes interessados.
Tratou-se de uma
intervenção gratuita, sem agendamento,
e destinada aos
utentes entre os 18 e 64 anos
pertencentes à USF.
Até
agosto de 2022, foram realizados
5 dias
de rastreio, com
um total de
42
utentes rastreados,
com idades
entre
os 19 e os 63 anos;
59,52 % do sexo feminino e 40,48 % masculino. Os resultado foram
não
reativo em 100 %
dos casos.
Os
resultados desta intervenção
estiveram em exposição no
2023 European Forum on Prevention and Primary Care,
que se realizou no Porto, nos passados dias 17 e 18 de abril.
Esta
iniciativa de educação e promoção da saúde e prevenção da doença
acarreta
implicações diretas na saúde de todos os rastreados,
com resultados benéficos não só para os infetados, mas para os
restantes. O
rastreio continua a ser realizado,
agora de
forma
oportunística, na
USF Moliceiro, por isso,
não
hesite!
Dr.ª Inês S. Almeida
Interna de Medicina Geral e Familiar |
Dia Mundial das
Hepatites
Comemora-se a
28 de
julho, o
Dia
Mundial das Hepatites,
que tem como objetivo
aumentar a consciencialização
sobre as hepatites virais e
promover alterações nos hábitos de vida.
A
hepatite é uma
inflamação do fígado,
e pode
desaparecer
espontaneamente ou
progredir para
fibrose
(cicatrizes),
cirrose ou
cancro
do fígado.
As
causas
mais comuns de
hepatite são
vírus
e
substâncias tóxicas,
destacando o
álcool.
Os
vírus
podem dar origem às
hepatites A, B, C, D e E.
As hepatites
A e E
são geralmente causadas por ingestão de
água
ou alimentos contaminados;
as hepatites
B, C e
D pelo contacto
com
fluidos corporais infetados,
como sangue contaminado. A transmissão da hepatite
B
também pode ocorrer por
contacto sexual.
A
infeção pode
manifestar-se através de
icterícia (pele e
olhos
amarelados),
urina
escura,
cansaço intenso,
náuseas,
vómitos e
dor
abdominal. No
entanto, a infeção
pode
não revelar sintomas até estados mais avançados
da doença.
Atualmente, existem
vacinas contra as hepatites A e B;
e a
hepatite C tem um
tratamento que
permite a sua cura.
Se tem dúvidas,
fale
com a sua Equipa de Saúde!
Dr.ª Joana Glória
Interna de Medicina Geral e Familiar
Fonte: DGS e ARS
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