Sérgio
Paulo Silva, Salreu, uma aldeia em papel de arroz, 1ª ed., Estarreja,
Outubro 2010,
56 pp. |
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Se eu tivesse algum leitor atento de tudo quanto escrevi, um pouco
observador, com certeza que diria "este tipo repete-se muito". Sei-o bem
e, já agora, continuarei. Porque quem lê um dos meus trabalhos pode bem
não ler aquele outro onde repito ideias que são fundamentais para o que
pretendo transmitir. Nota-se isso neste texto mas, se o contornasse,
penso que o diminuiria. Há assuntos e imagens que devem ser sublinhados,
em que é mister insistir.
Quanto à iconografia do
livrinho, devo dizer que busquei exaustivamente fotografias nas casas e
pessoas onde presumia poderem existir. E algumas verbalmente mo
confirmaram, mas o desinteresse, o desleixo, a falta de consideração, ou
sei lá o quê, tornaram inúteis os meus esforços. Servi-me das imagens
possíveis, mesmo não tendo algumas sido captadas no ambiente que o texto
respira.
Dissemelhante postura
encontrei noutras pessoas – algumas das quais sequer conheço
pessoalmente e perante as quais me curvo. Agradeço particularmente a
ajuda do Rafael Vidal, a leitura crítica do Joaquim Lagoeiro e a
cedência amiga de fotos de quantos são nomeados, bem como a complacência
dos que foram espoliados mas que de igual modo nomeei.
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