81
Brasão de Santa Joana:
Nobreza e tenacidade...
Legado ao Povo de Aveiro...
Gesta de viva cidade!
82
Lenda ou milagre que houve?
Memória à posteridade...
Nunca passa um mês de Maio
Sem ser Festa na Cidade!
83
Mercês de régia comenda...
Doce farta gratidão!
Aveiro acolheu a prenda.
Ovos moles, a solução!
84
Faltam arcadas nas ruas...
Chuva, Inverno; Calor, Verão...
Aveiro, com vias nuas...
Mais fria e triste, ao serão!
85
Em cada rua de Aveiro...
Uma arcada encaixava...
O calor era soalheiro!
A chuvinha não molhava!
86
Vindo o inverno, encurtam dias...
Vento, chuva e nevoeiro.
Tertúlias, em noites frias...
Quente aconchego, em Aveiro!
87
Quanto de solidário,
Que se mostra na Glória,
Não se deve ao voluntário
Da Senhora da Vitória?
88
Alvoroço das pategas?
Aurora a pé, canastra à praça!
Dicas brejeiras, sem pregas...
Manhãs de Aveiro, com graça! |
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Vai patega, a "pategar"
O pé ao léu, andar ligeiro,
Firme e ledo, o caminhar,
Cesta à cabeça, para Aveiro!
90
Da patega ou da tricana,
Na traça e na postura,
De típico,quanto preserva
Cada aveirense figura?
91
Mudam tempos, tradições,
Foram, de Aveiro, tricanas...
Passam novas gerações...
Pedem só efémera fama!
92
A Ponte de Carcavelos
Leva marnotos à Ria.
Passam Manéis, ficam elas,
Com São Roque, as Marias!
93
Vão os mamotos À Ria
Pela ponte De Carcavelos.
As aveirenses Marias
Passam nela Para vê-los!
94
Quando o sol Visita Aveiro,
A água da Ria evapora...
Fica só o sal nas salinas!
Que mal ou bem Vai embora!
95
Nova praça, fórum velho,
De modelos em passagem...
A arcada, um rico espelho
De um pobre viver de imagem!
96
Soleiras de sabedoria...
Tertúlia de mestra idade...
Os muros da beira Ria:
Arcadas de Universidade!
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