1
A Águia das Cinco bicas
Traduz nobre identidade.
Tem garra de cinco torres.
Mostra que Aveiro é Cidade!
2
Espelho de cidade rica...
Das fontes pinga o poder!
Repuxa água das bicas?
Menos "deve" e mais "a haver!"
3
Já sem vela, os moliceiros
Passam na Ponte Praça.
Nunca mais esquece Aveiro
Quem por essa ponte passa!
4
"Pirâmides" é um cana!
Outro fica no Alboi!
Só não sabe onde é o Central
Quem a Aveiro nunca foi!
5
Faltasse um canal na Ria...
E como seria Aveiro?
Ninguém mais definiria
Cagaréu e ceboleiro!
6
Arte de bem receber...
Cortês amabilidade...
Sobremesa de ovos moles...
Dizem tudo da Cidade!
7
Maresia, nas entradas...
Caldeirada de enguias...
Ovos moles, à sobremesa!
É Aveiro e a Beira-Ria!
8
O sol tosta nas salinas?
Não rende, com nevoeiro?
Foram-se, nas neblinas...
Rijos marnotos de Aveiro! |
9
Ao cimo da Avenida,
A Casa da Estação
De Aveiro traça, estima,
Pinta e espelha a Tradição!
10
Quem cultiva a tradição
Compra na Praça do Peixe!
Quem diz que... "Aveiro é tão nosso"
Tão belo costume não deixe!
11
A desfrutar o Rossio,
Entre belezas de Aveiro,
"Ninguém fica a ver navios"
Por ver barcos moliceiros!
12
Rondar e ver no Rossio
Como "as modas" vão parar...
Sem "ficar a ver navios..."
Passam "proas" de pasmar!
13
Coloridos moliceiros
Com trocadilhos à proa,
Quanto neles se diz, de Aveiro...
Que, com graça, não destoa!
14
À volta de São Gonçalo
Gira grande rodopio...
Quem não agarrar cavacas
Vai comprá-las ao Rossio!
15
Foi sede, capitania,
Foi moinho de maré.
Rosto de Aveiro, na Ria...
Quem dirá que Casa é?
16
Quem da Sé passa ao Museu
E chega à Rua Direita,
Tem amigos... como eu...
Faço provas de regueifas!
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