A abrir, em Abril,
Uma a flor a florir.
Verão há-de vir...
Fruto a colorir!
"Em Abril, águas mil!
Delas, enche o cantil!"
Quando o verão chegar,
Não te irão faltar!
"Névoa primaveril
Pede mais prudência!
Moléstia, de Abril,
Cura quer de urgência!
Abrir da natureza,
Tudo abre em flor...
Tudo canta em beleza
Hinos canta ao Amor!
Tudo teima brotando
Renascendo em pujança.
Verde veste o campo...
E remete à esperança!
Do húmus da Terra
Brota fertilidade...
Do fundo do ser,
Força e liberdade!
E os caminhos da vida
Desenham paixões...
Em todo o inesperado
Se soltam lições...
Abre o tempo em luz,
Passa a noite ao dia...
E o amargo da cruz
Explode em alegria!
Há um tempo novo
Com outra canção...
A Páscoa, no Povo,
Traz Ressurreição!
A Senhora da Alegria
Vem após a Ressurreição
E a Natureza sorrindo
Obriga-nos à animação!
E Tudo em Viagem...
Já não tem nostalgia,
Celebrando a Passagem
A cantar: "Halleluia!"
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(Texto com cortes)
Aveiro, 1997 |