17
Chegando à rua Direita...
Ou à esquerda, ou mais atrás...
"– Ele vai pastel ou ovos moles?"
"– Com café, já satisfaz!"
18
Quem à Praça do Marquês
Vai tratar burocracia,
Entre papéis e porquês...
Perde mais... que bom "meidia!"
19
"Quem as ruas confundir
da Pega com a das Pombas,
Como somar com subtrair...
Nunca sabe fazer contas!
20
Perdeu-se a moda aveirense
De ir à Fonte dos Amores...
Passou tudo a ir em frente
Sem ligar a pormenores!
21
Dos Amores Às Cinco Bicas...
Duas fontes, um guardião
Que as liga e bem lá fica,
Mártir, São Sebastião!
22
A dar meia volta ao Parque...
Das Barrocas me lembrei.
Da Glória à Vera-Cruz
Nem sei quantas voltas dei!
23
Quem, de café em café,
Passa num escondidinho,
Ao entrar num Popular
Toma quente e com cheirinho!
24
"Viu-te a Guarda na Ria...
Fugiste para as Barrocas...
Não pescaste, nem enguias...
Só brincaste com minhocas!" |
25
Frente à escada da igreja
Da Ladeira da Costeira
Vinham cestos e canastras...
Iam pregões das peixeiras...
26
Há sarau no "Aveirense"...
Canções, marchas e folias...
Vem daí, se és aveirense,
Não digas que... não sabias?
27
Trocas e compras ou vendas...
Frescas viçosas verduras...
É o Mercado de Aveiro!
Há de tudo e com fartura!
28
Quem não sabe o que bem compra
Cai-lhe em mão tara perdida...
Parece "barata tonta"
Num "sobe e desce" a Avenida!
29
Onde o Bairro do Liceu?
Onde o bairro que é de Sá?
Onde o melhor panorama
De onde a Ria se verá?
30
Que há no Bairro do Liceu
Com o Sábio São Tomás?
Encantos da Fonte Nova...
Não o deixam olhar para trás!
31
Quem embarca as provisões
Em manobras de remoque...
Ao sair dos Botirões,
Passa sempre por São Roque!
32
Quem no cais do Paraíso
Bem namora o seu Amor,
Não mais perde o seu juízo.
Corre a vida em seu melhor!
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