Na primeira metade da década de 1980, os Corpos Sociais da Casa do
Alentejo, visando homenagear a dedicação regionalista dos Alentejanos
residentes fora do Alentejo, empenharam-se num ambicioso projecto a que
deram o nome de Festa do Ausente.
Sem entrar em grandes pormenores, a Festa do Ausente seria uma
iniciativa de 2/3 dias, em princípio ao fim de semana, no Verão, uma vez
por ano, em todos os concelhos do Alentejo.
A base do seu programa apostava na ocupação integral dos 2/3 dias,
assentando nas autarquias, empresas, escolas e colectividades, com:
desporto infanto-juvenil, juvenil e sénior; artes plásticas com desenho
infantil e exposições de artes plásticas, de artistas Alentejanos ou com
temática Alentejana; venda de artesanato, queijos, vinho, azeite (de
acordo com a produção local); animação musical com bandas de musica,
danças e cantares regionais; lançamento de livros; torneios de damas,
cartas, xadrez, etc.; mais o que a criatividade local entendesse por
bem.
Foram levadas à prática 2 ou 3 destas festas, sendo que uma foi em
Aljustrel e outra em Mourão, do local da terceira confesso que não me
lembro.
Representaram a Casa do Alentejo oficialmente: em Aljustrel, Francisco
Victor Paquete e outros; e em Mourão, eu próprio, com a cobertura e
apoio dos demais membros da Direcção da Casa do Alentejo. De salientar,
que estas festas e o seu absoluto sucesso, só foram possíveis, porque
houve um interesse e empenhamento muito sérios dos respectivos
Municípios, da Casa do Alentejo, bem como dos então existentes, Núcleos
de Amigos de ambos os concelhos e a adesão incondicional das populações.
Quem é Alentejano, vive fora da sua terra e a ela é dedicado, merece,
pelo menos uma vez por ano, um banho de cultura regional, sem esquecer
que ela, a cultura regional, precisa de, a todos os títulos, ser
preservada/defendida.
Posto isto, aqui fica a ideia/desafio. É só adaptar ao tempo presente.
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