N.º 16 –
Setembro de 2000
Continua, sem margem para duvidas, a ser oportuno/necessário falar das
regiões.
Por um lado, porque a grande questão que é a regionalização não morreu.
Estamos convictos de que o Povo português, dia após dia, se vai
apercebendo de que ao dizer não, aquando do referendo, mais não fez do
que dizer sim a interesses que continuam a não ser os seus. Por outro, e
como diversas vezes o temos dito, e escrito, o associativismo
regionalista, mesmo que a duras penas, deve bater-se pela defesa das
fronteiras da cultura regional.
Posto isto, julgamos que o aparecimento, nesta altura, do Conselho
Nacional das Casas Regionais (CNCR) em Lisboa, que será apresentado ao
público a muito curto prazo, é muitíssimo oportuno.
Esperamos e desejamos, por isso, que as instituições estatais entendam a
importância dos seus princípios e fundamentos, o acarinhem, apoiem e
utilizem, no bom sentido.
Sobretudo, tendo em conta a grande entrega e generosidade de um conjunto
de pessoas que, sem qualquer remuneração ou contrapartida, somente
reivindicam, de direito, a defesa da sua História e Cultura.
Convictamente acreditamos que a criação do CNCR, também, será um
elemento impulsionador para as Casas Regionais cuja actividade, na maior
parte dos casos, é deveras escassa. |