N.º 13 –
Dezembro de 1999
Ao longo da sua
existência, a Casa do Alentejo tem procurado funcionar como elo de
ligação entre gerações e culturas, tem procurado manter a “ponte” entre
os Alentejanos espalhados pelo país e pelo mundo com o Alentejo, através
de uma actividade intensa e dirigida.
Seria maçadora, e
talvez inadequada, uma abordagem exaustiva dessa actividade ao longo de
tantas décadas de vida. Assim, como exemplo, utilizaremos apenas os
últimos cinco anos.
Durante esse período,
a Casa do Alentejo levou à prática, nas suas instalações, cerca de 150
tardes culturais, ao sábado, das 16 às 19 horas, com programas que vão
desde a cultura tradicional à música clássica.
Realizou cerca de 170
tardes dançantes, cinco noites de fim-de-ano, cinco bailes da pinhata,
todos com música ao vivo, bem como 10 tardes infantis destinadas aos
filhos dos sócio e empregados.
Fez / apoiou o
lançamento de inúmeros livros de autores alentejanos ou cuja temática é
o Alentejo.
Participou anualmente
nas festas da cidade de Lisboa, em colaboração com a Câmara Municipal de
Lisboa, a Junta de Freguesia de Santa Justa e a Federação Portuguesa das
Colectividades de Cultura e Recreio.
Estiveram patentes no
Pátio Árabe, algumas dezenas de exposições de artes plásticas, directa
ou indirectamente ligadas ao Alentejo.
Desencadeou um
projecto de viagens temáticas ao Alentejo a pôr em prática a curto
prazo.
Extra-muros, apoiou a
II, III, IV, V, VI e VII Exposições de Artistas Alentejanos (Borba,
Vendas Novas, Nisa, Moita, Évora e Lisboa). Apoiou, ainda, todos os
anos, a Exposição Internacional de Artes Plásticas de Vendas Novas.
Organizou e levou à
prática a Bienal de Artes do Alentejo, com direcção e coordenação do
pintor alentejano Guy Ferreira, que teve a sua primeira edição em
25/04/1997, movimentando (de 2 em 2 anos) mais de 400 obras (escultura,
pintura, cerâmica, joalharia, tapeçaria, gravura e fotografia),
divididas por cerca de 30 concelhos do Alentejo com inauguração
simultânea.
Pertence, de forma
activa, ao Secretariado Permanente dos Congressos sobre o Alentejo e aos
Corpos Sociais da Associação de Defesa de Alqueva.
O seu Gabinete
Comunicação e Edições, edita a “Revista Alentejana” e os “Cadernos CA”,
e lançou, também, recentemente, uma colecção de postais com base nas
fotografias da inauguração do Magestic Clube (1918), que habitou o
Palácio Alverca antes da Casa do Alentejo.
Criou, em 1977, o
Prémio Casa do Alentejo, sobre o tema “O Alentejo, suas Gentes e
Cultura” (1997, Poesia; 1998, Conto; 1999, Fotografia)
Desceu, em canoa, com
um grupo de jornalistas convidados e que aderiram, o Guadiana (Portucel,
Ponte Eiffel, Castelo da Lousa. Aldeia da Luz – com almoço em Mourão) na
Zona de Mourão que ficará submersa após o arranque do empreendimento de
fins múltiplos de Alqueva.
Participou na
organização, conjuntamente com a ACRA – Associação dos Criadores do
Rafeiro do Alentejo e a Câmara Municipal de Monforte, das Jornadas do
Rafeiro do Alentejo.
Por tudo isto,
provamos à saciedade que o Associativismo Regionalista não está em
queda. Provamos que o problema está no querer. Provamos também que os
Alentejanos não gostam de deixar os seus créditos por mãos alheias e
que, se necessário, permanentemente, vão à luta.
Como em todas as
associações a quantidade e qualidade dos seus sócios são determinantes
em todos os sentidos. Todavia, no caso presente, sendo, sem dúvida a
qualidade boa, a quantidade é escassa.
Por isso,
urge que os Alentejanos e seus familiares se façam sócios, atitude de
que certamente, pelo acima descrito, se orgulharão. |