N.º 2 – Maio de 1996
A
forma como o 1º número desta 2ª série da Revista Alentejana foi recebida
por todos aqueles a quem chegou, bem como pelos órgãos de informação que
sobre ela se debruçaram, é a prova inequívoca de que a sua importância e
necessidade se mantém.
Nesta
revista têm escrito alguns dos maiores vultos da Literatura e do
Jornalismo, manifestando a sua opinião em defesa da causa Alentejana.
A sua
vocação de veículo de ligação entre os Alentejanos residentes no
Alentejo e os que fora dele vivem continua a ser inquestionável. Por
tudo isto, a actual Direcção da Casa do Alentejo entendeu, desde a 1ª
hora, a par do esforço que se impunha para adaptar toda a estrutura da
Associação às solicitações que diariamente se lhe apresentam e à sua
real dimensão, procurar criar as condições mínimas de reedição.
É evidente, que
fazê-lo, dadas as tradicionais dificuldades a Casa do Alentejo que à
semelhança de todas as colectividades não subsidiadas atravessa, é
sempre um atrevimento enorme.
É
evidente também, que seria muito mais cómodo apregoar a sua necessidade
e nada fazer para a publicar.
Mas
não é esse o princípio que nos rege, não só no caso da Revista
Alentejana, como também em todas as medidas de fundo que temos procurado
implementar. Medidas essas, nem sempre visíveis e poucas vezes
reconhecidas.
Estamos convictos de que, com o apoio dos sócios e de todos os
Alentejanos e amigos do Alentejo, a Revista Alentejana poderá ocupar o
lugar a que tem direito e cumprir a missão para que foi destinada.
Ao longo dos anos a
Casa do Alentejo, umas vezes melhor, outras pior, tem desenvolvido uma
actividade a todos os títulos meritória, tanto na divulgação da cultura
e tradições do Alentejo, como na defesa dos interesses Alentejanos,
participando sempre nas iniciativas a isso destinadas. Só não o
reconhecendo, aqueles que, de todo, ignoram as suas actividades
habituais.
No
momento urge fazer chegar a nossa mensagem, de forma clara e inequívoca,
a todos aqueles a quem é dirigida e fazer um esforço para que os jovens
Alentejanos e filhos de Alentejanos tomem nas mãos a tarefa de, cada vez
mais, engrandecer a “Pátria Alentejana”, tradicionalmente secundarizada.
Em
todos os números da Revista Alentejana procuraremos abordar as grandes
questões relativas ao Alentejo e bater-nos-emos sempre pelo indiscutível
direito de sermos senhores do nosso destino, sem que os vindouros sejam
forçados, tal como nós, a abandonar as suas terras.
Consideramos o que acima dizemos um desafio, não para esta Direcção,
como também para todas as que nos seguirem. |