Notas económico-financeiras


Como referido em «Fundação da Companhia Portuguesa de Celulose», a evolução do capital social processou-se lentamente, com muitas dúvidas, nos primeiros tempos. Depois, com o conhecimento da grandeza do empreendimento, as necessidades surgidas e o próprio auto-financiamento da Companhia tendo em vista acompanhar os investimentos, foi sucessivamente elevado. Registemos essa evolução desde início.

Quanto ao capital próprio, que é constituído pelo capital social mais as diferentes reservas e que dá a medida da capacidade financeira da empresa para fazer face à sua actividade corrente (compra de matérias-primas e subsidiárias, pagamento de serviços, pagamento de salários, etc.), verifica-se a seguinte evolução desde 1956.

A evolução crescente do capital próprio foi-se ajustando, em certa medida, às necessidades latentes da Companhia, de modo a que esta usufruísse sempre dos meios financeiros necessários à gestão.

No quadro que se segue apresentam-se, agora, elementos sobre imobilizado global, amortizações (registo da depreciação sofrida pelo imobilizado) e imobilizado liquido.

A análise do quadro revela que, em 1975, cerca de 60 % do investimento se encontrava completamente amortizado. Esta política de amortização, sempre seguida escrupulosamente, permitiu à Companhia consolidar os seus meios financeiros e aumentar a sua capacidade económica. Apesar dos grandes meios financeiros empregados na aquisição de equipamento para ampliações, algumas vultosas, é de anotar que o imobilizado líquido se manteve com tendência mais ou menos estacionária.

Como a empresa tem como primordial finalidade a criação de riqueza, vejamos o valor acrescentado no triénio de 1973 a 75, o qual nos dá a medida de todos os réditos (salários, rendas, provisões, lucros, etc.) criados na empresa no decurso do processo produtivo.

Para finalizar, apreciamos os resultados anuais de balanço:

 

 

(a) Ano de grande seca. Esta seca originou a paralisação das instalações durante mais de um mês, o que se reflectiu numa perda de produção da ordem de 20 000 toneladas. Houve que recorrer à importação de pastas, cuja comercialização a preços baixos, no mercado interno, mais acentuou os prejuízos.

 

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