Para a história da Celulose

As ampliações das Instalações Fabris

 

Em 1956 a capacidade de cozimento é aumentada com um 4.º digestor descontínuo e o tratamento da pasta é melhorado com substituição dos crivos originais planos por crivos centrífugos e refinador de nós.

Para proporcionar pastas branqueadas secas em fardos (originalmente só foi instalada uma máquina de tiragem de pasta húmida) foi em 1959 posta a funcionar uma máquina Kamyr com secador Flakt tipo H (de correntes) acoplado, precedida de depuração apropriada.

Mostrando-se a bateria de evaporadores insuficiente para a sobrecapacidade com que as instalações vinham a trabalhar, foi em 1963 ampliada esta bateria com o enxerto de mais um elemento. A preparação de madeiras também foi actualizada com a instalação de novos descascador e destroçador de rolaria.

Ainda neste mesmo ano de 1964, importantes investimentos foram feitos na Fábrica de Papel, primeiro na refinação, com novos refinadores de discos e despastilhadores, e, depois, com novos crivos à cabeça da Máquina de Papel, nova caixa de alimentação da mesma e vários outros melhoramentos.

No ano de 1964 a Administração decidiu empreender uma grande ampliação no fabrico de pastas, sobretudo com o objectivo de permitir o fabrico de pastas branqueadas em aperfeiçoadas condições tecnológicas e em escala mais elevada. Os estudos, aquisições e montagens do equipamento decorreram de Março de 1964 até 1968, ano durante o qual arrancou a quase totalidade do novo equipamento. Os estudos foram dirigidos pelo Eng.º Rui Ribeiro. Esta ampliação, permitindo o nível máximo da produção de 150000 t por ano, compreendeu fundamentalmente:

– Uma nova caldeira de recuperação Combustion Engineering para 300 t/dia de pasta.

– Um digestor contínuo Kamyr para 300 t de pinho diárias.

– Ampliação das secções de caustificação, crivagem, evaporadores, tratamento de água do Rio e recepção de madeira.

– Uma instalação de branqueamento de pastas com sete fases.

– Uma preparação de reagentes para branqueio, incluindo dióxido de cloro.

– Uma tiragem de pasta, com parte húmida Ahlstrõm e com secador Flakt tipo L.


A última fase, programada para 1970/71, culminou com o arranque de nova caldeira a óleo (para 100 t de vapor por hora) em Maio de 1971 e de novo grupo turbogerador (28400 kV A) em Setembro de 1971.

Esta ampliação orçou em cerca de 600 000 contos de investimento.

Na área de fabrico de cartão canelado e caixas foram também concretizados investimentos significativos em 1968. A máquina caneladora original foi substituída por máquina, moderna e veloz, Langston de 2,20 m de largura e foi instalada uma nova máquina combinada, marca S & S, com ranhuradora-impressora a duas cores flexográficas, dobragem, colagem de patilha e atagem de caixas.

Verificado que a fábrica de pastas ampliada necessitava o apoio de nova caldeira de recuperação e que interessava eliminar alguns gargalos, sobretudo em relação com a tiragem de pasta branca, foi decidido, em 1971, proceder a nova ampliação e investimento, agora tendo em mira a passagem da capacidade de 150000 t para 205000 t anuais. A nova (3.ª) caldeira de recuperação foi encomendada em Novembro de 1972 e o programa foi delineado de modo a que a ampliação entrasse em pleno serviço num dos últimos meses de 1975. Devido a problemas financeiros surgidos em 1974 e 1975, resultaram enormes atrasos na entrega de todo o equipamento de origem americana (caldeira de recuperação, evapora dores, oxidação de lixívia negra e preparação de dióxido).

Atrasos incontroláveis verificados com todas as empreitadas em geral e baixas de produtividade significativas têm contribuído para que o programa se tenha vindo a arrastar descontroladamente.

Espera-se que a totalidade do equipamento esteja a funcionar no final do corrente ano.

Esta ampliação, que importará num investimento global da ordem de 1 100 000 contos, compreende essencialmente:

– Nova (a 3.ª) caldeira de recuperação para 300 t/dia de pasta, presentemente em arranque.

– Pré-impregnador para o Digestor Contínuo Kamyr, já em serviço.

– Ampliação da secção de caustificação e forno, também já em serviço.

– Nova linha de evaporadores e um sistema de oxidação de lixívia negra, em duas fases, para combate à poluição aérea.

– Nova secção de crivagem com crivos Centriscreen e fecho total de águas, também já em operação.

– Novo branqueamento em cinco fases, com difusores, e instalação de fases de cloração sequencial.

– Nova máquina de tiragem de pastas, com parte húmida Ahlstrom e secador de cilindros da mesma origem, já pronta para entrar em serviço.

– Ampliação da preparação de dióxido de cloro com instalação SVP.

– Nova linha de recepção de madeira para eucalipto.

No fabrico de cartão canelado há que registar também alguns investimentos vultosos, concretizados de 1973 para cá, entre os quais sobressaem:

– Nova linha combinada de ranhuradora-impressora M. Martin a duas cores flexográficas, com colagem e/ou agrafagem de patilha em máquina Compte et Dupriet, com atagem acoplada.

– Recondicionamento da máquina de tubos para sacos Gartemann & Holman.

– Instalação de máquina para fundos de sacos Gartemann & Holman 529.

– Instalação de máquina para sacos de fundo rectangular de marca Triumph VI A.

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