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PARQUE DE FEIRAS E
EXPOSIÇÕES
O Vereador do Pelouro de Feiras, Prof. Celso dos Santos,
em reunião da Câmara Municipal de 18 de Fevereiro de 1991, apresentou a
seguinte proposta, que mereceu concordância e aprovação:
– Vai distante o tempo em que as responsabilidades da
Câmara Municipal se resumiam, em matéria de Feiras e Exposições, às
feiras de Março e à Agrovouga.
Com o passar dos anos entraram, no Parque de Feiras, as
Feiras do Livro e do Artesanato, além de outras realizações, como Festas
da Cidade e exposições diversas, tirando-se partido dos pavilhões
existentes, o que obrigou a deslocação de uma funcionária para o Parque,
a tempo inteiro, mais tarde uma outra, vindo a constituir aquilo que
designamos por «Secretariado Permanente das Feiras».
De há quatro anos para cá, atrás de novas ideias,
surgiram novos certames (mostras de Cerâmica, Material Eléctrico e
Electrónico, Salão de Construção e Obras Públicas, Salão de
Antiguidades, Feira de Móveis, Salão Automóvel, Feira do Mar e outras),
além de realizações de valor cultural e recreativo, e uma crescente
procura dos pavilhões para outros fins como reuniões, convívios, bailes,
espectáculos, não esquecendo ainda a Feira dos 28.
Uma progressiva actividade geradora de inúmeras tarefas e
novas responsabilidades obrigou à criação de uma estrutura humana afecta
às Feiras: Secretariado, guardas, porteiros e um numeroso leque de
colaboradores, variável com a natureza dos certames.
Pese embora o amadorismo ainda existente neste importante
sector, é verdade que, com grandes esforços, Aveiro tem conseguido criar
as condições mínimas que têm vindo a permitir a concretização de um
calendário de feiras anual que reputamos de qualidade, constituindo
momentos de elevado interesse e entusiasmo junto dos sectores de
actividades económicas da Região e do País.
Temos hoje uma grande responsabilidade. Atendendo ao
crescimento de cada um dos certames e à evolução qualitativa que se
deseja imprimir-lhes e perspectivando, desde já, a próxima construção de
um Parque de Exposições novo com uma gestão apropriada, é altura de a
Câmara encarar e apreciar o funcionamento das feiras.
Redimensionando o Secretariado (duas funcionárias e um
desenhador, ampliadas as suas instalações e assegurando o pessoal
operário e auxiliar), urge conferir ao sector uma autonomia tão ampla
quanto possível num quadro legal no que se refere a decisões e a
dinheiros.
Sabemos que no contexto das complexas e multifacetadas
responsabilidades da Câmara, o sector de Feiras apresentar-se-á menos
prioritário ou mesmo não essencial.
Porém, um serviço de reconhecido valimento que se presta
ao desenvolvimento do Concelho e da Região, acompanhando os outros
centros existentes no País e que pode suportar a maior parte das suas
próprias despesas, o sector de Feiras e Exposições – pela qualidade,
pela dimensão, pelo prestígio conseguido e pelo dinamismo que demonstrou
nos últimos anos – é, efectivamente, merecedor de condições de trabalho.
Assim propõe-se a criação de uma Estrutura de gestão com
a seguinte constituição:
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1) Comissão de Gestão:
Presidente: Vereador do Pelouro Prof. Celso Santos; Vogal: Vereador
Eng.º Victor Silva; Vogal: Vereador Eng.º António Alves.
2) Atribuindo-lhe as competências:
– Tomar as medidas de fundo no âmbito das Feiras; arrecadar as receitas
e efectuar despesas; calendarizar as feiras a realizar; sugerir à Câmara
Municipal as obras necessárias ao bom funcionamento do Parque; preparar
os meios necessários à organização do futuro Parque de Exposições –
EXPOAVEIRO; dinamizar o Secretariado de Feiras existente reforçando o
seu equipamento e assessorando-o com uma funcionária da Contabilidade
que diariamente procederá à passagem das guias de receita e de despesa
efectuadas para que todo o movimento se mantenha inteiramente integrado
na Contabilidade Municipal; equipar o Secretariado com os meios
necessários e indispensáveis a um funcionamento moderno e eficiente;
estabelecer as relações com outros centros de exposições e sectores de
actividade económica, nomeadamente a Associação Industrial do Distrito
de Aveiro e a Associação Comercial de Aveiro; e apresentar à Câmara
Municipal com regularidade planos e relatórios de actividades, para
ratificação.
II SALÃO DE ANTIGUIDADES
Com a colaboração e apoio da Câmara Municipal de Aveiro,
o Lions Clube de Santa Joana Princesa organizou o 11 Salão de
Antiguidades, que decorreu de 28 de Fevereiro a 3 de Março, no pavilhão
octogonal do Recinto de Feiras e Exposições. Estiveram presentes
quarenta antiquários, oriundos não só de Aveiro, mas também de Lisboa,
Porto, Coimbra, Póvoa de Varzim, Setúbal, Oliveira de Azeméis, Parede,
Águeda, Braga, Linda-a-Velha, Vila Nova de Gaia, Leiria, Estoril e
Cascais.
Transcrevemos aqui algumas das palavras que o Presidente
do Lions Clube de Santa Joana Princesa escreveu para o respectivo guia,
nas quais se patenteiam os motivos desta iniciativa:
– «O sucesso alcançado no ano transacto, leva-nos a
prosseguir, com os mesmos objectivos.
A demonstrar o interesse crescente desta acção, bastaria
referir que o Salão deste ano congrega um maior número de expositores,
esgotando por completo todo o espaço disponível.
O interesse demonstrado pelo público por este género de
actividades permite antever resultados altamente positivos.
Se outras razões não houvesse, estas bastariam para
justificar a realização de um segundo certame desta natureza.
Mas o Clube, para além de proporcionar aos Antiquários
uma oportunidade para divulgarem a sua actividade e simultaneamente
apresentarem os seus produtos, está interessado em fomentar actividades
de carácter cultural e de reconhecido interesse para divulgação das
potencial idades da Região.
Outro dos objectivos é proporcionar ao Lions Clube a
angariação de fundos para as suas obras de carácter social e de apoio à
comunidade.
Também, por estas razões, surge o II Salão de
Antiguidades, com o entusiasmo do Lions Clube de Santa Joana Princesa e
a colaboração da Câmara Municipal de Aveiro a quem deixamos bem expresso
o nosso reconhecimento.
Aos Antiquários desejamos os maiores êxitos e agradecemos
a presença e todo o apoio prestado.
A todos os que com tanto carinho e dedicação tiveram, uma
vez mais, a coragem de pôr de pé tão grandioso projecto o nosso muito
obrigado».
Quantitativa e qualitativamente o II Salão de
Antiguidades revelou-se um êxito cultural e comercial; além de ser
visitado por cerca de dez mil pessoas, mereceu a atenção cuidada da
parte dos meios de comunicação social, que realçaram os objectivos de
solidariedade que, com ele, se visaram atingir.
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