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Boletim n.º 15-16 - Ano VIII - 1990

MUSEU DA RIA DE AVEIRO

Avaliação do projecto de criação de um ecomuseu


Daniel Tércio Ramos Guimarães

 

1.      A ideia de um museu da ria de Aveiro não é, nem recente, nem original. Uma breve (não exaustiva) análise das publicações locais, nomeadamente da imprensa regional nos últimos cem anos, revela, entre as preocupações de conservação e defesa do ambiente e do património, a existência de verdadeiros programas de implementação de um museu local, capaz de reflectir a riqueza natural e cultural da região conhecida por RIA DE AVEIRO.

Recuando a 1896, já nessa altura surgia no bissemanário “Campeão das Províncias” o projecto de realização de uma exposição alusiva à ria de Aveiro, da autoria do barão de Cadoro e do eng.º Mello de Matos. Este viera para Aveiro chefiar a 2.ª circunscrição hidráulica em 1887 e, no dizer de A. G. da Rocha Madahil, «sentiu a unidade geográfica e etnográfica da ria e região envolvente, por ela condicionada, realidade a que nem sempre se tem devidamente atendido em arrumações territoriais.»(1)

O objectivo desta exposição, que não se realizou embora chegasse a ter comissão promotora na secção fluvial do Ginásio Aveirense, era dar a conhecer a Ria de Aveiro em todos os seus aspectos.

Do programa geral, onde Mello de Matos se mostrava preocupado com o rarear de certas actividades, faziam parte 8 secções:

I – Pescarias (pesca marítima e pesca fluvial),

II – Colheita do moliço,

III – Indústria do sal,

IV – Cultura do junco,

V – Indústrias diversas,

VI – Modelos de casas e mobiliário,

VII – Plantações para fixação das dunas,

VIII – Documentos gráficos.

Mais tarde, passando sobre outras iniciativas igualmente válidas, já na década de sessenta, uma semelhante preocupação pelo desaparecimento de actividades artesanais se fez sentir nas reuniões da junta distrital. «Dentro em pouco nada já restará do que constitui a característica etnográfica da região, e isto exactamente numa época em que todo o mundo procura salvaguardar tudo o que seja tradição ou pitoresco, numa simultânea exigência da Ciência e do Turismo?, (2) declarava Humberto Leitão em reunião de 25 de Março de 1964. O objectivo era o de criar um museu de etnografia, história e arte regional do baixo Vouga, a par do Museu de Arte da cidade.

Em suma, manifestou-se uma consciência, que se tem renovado em diferentes momentos, da necessidade de implementação de um museu da ria. Revelou-se também uma sensibilidade para um conjunto de materiais que urge proteger e preservar, no sentido de prolongar uma memória colectiva. Esboçaram-se mesmo programas de organização de tais materiais.

Quando, em 1982, integrei a equipa dirigida pelo arqt.º Hélder Guimarães, a quem coube projectar a recuperação e arranjos da zona do Rossio, em Aveiro, a questão da construção de um espaço museográfico sobre a ria tornou à ribalta. O projecto previa a construção de «uma estrutura central composta por um aquário, um museu e uma sala de exposições, enquadrando um anfiteatro exterior e rodeada por um espelho de água; esta estrutura ligar-se-ia a uma zona comercial (café) e a uma estufa de flores».

Pretendia-se que todo o equipamento a construir fosse investido numa mesma directriz: a de revelar a complexidade natural e cultural sob a unidade geográfica da ria. Ficava subentendida a ideia de que a articulação entre as diversas peças de arquitectura reflectiria os equilíbrios internos do ecossistema lagunar. Do texto do PROGRAMA BASE constava esta consideração:

« – a concepção da Ria como um ecossistema justifica a articulação em aberto entre o corpo do aquário e o corpo do museu propriamente dito».

A ideia de um ecomuseu era aqui sugerida pela primeira vez, com a referência explícita à colaboração de instituições locais: universidade, autarquias e associações culturais.

Entretanto, de 1983 a 1985, apoiado pelo pelouro cultural da C. M. de Aveiro, encetei um estudo sobre as embarcações tradicionais. Interessavam-me, especialmente, as pinturas que, de modo geral, ostentam todos os barcos da ria, em especial o moliceiro. Os problemas de conservação e de defesa, face respectivamente ao aviltamento e ao desaparecimento desta porção do nosso património cultural, remetiam (e remetem) a todo o instante para a necessidade e até para a urgência em dar realidade física ao projecto de um museu da ria.

Progressivamente, de maneira algo imprecisa, delineei a hipótese de encarar áreas físicas da ria como espaços museográficos. Não se trataria de fazer substituir os museus tradicionais, instalados em recintos cobertos, por museus a céu aberto; a hipótese passaria pela articulação entre diversos tipos de instalação museográfica, segundo critérios mais cumulativos do que selectivos.

Enfim, uma ideia de ecomuseu, porventura difusa e imprecisa, ganhou terreno no meu espírito.

 

2. – O que se deve entender por ecomuseu?

Pese embora uma certa ambiguidade do conceito, deve partir-se da ideia de que o ecomuseu não surge da vontade em erguer (mais) um museu, mas constitui uma resposta a um problema de desenvolvimento comunitário; / 54 / surge pois como um meio de participação e de intervenção da população no seu próprio progresso.

No artigo "Définition évolutive de I'écomusée",(3) Georges Henri Rivière explica o ecomuseu funcionando como um espelho – concebido, fabricado e gerido por uma população e um poder, que aí se reconhecem.

Simultaneamente cultural e natural, o ecomuseu oferece uma interpretação do homem no seu ambiente natural, e uma interpretação da natureza, quer no seu estado bruto, quer transformada e adaptada pelas sociedades humanas.

O mesmo G. H. Rivière declara, noutra ocasião:

«Science de I'environnement, l’écologie témoigne d'une même dualité. Écologie naturelle et écologie humaine, toutefois, tendent à se compénétrer, voire à se confondre".(4)

Uma nova aliança entre natureza e cultura parece anunciar a desactualização da velha dicotomia. A filosofia de conservação tende agora a associar o ambiente natural ao ambiente cultural.

Também a convenção sobre Protecção do Património Mundial, assinada por 53 Estados, reunidos na Conferência Geral da UNESCO em 1972, exprimiu esta nova visão. O n.º de Agosto de 1980 de “Le Courrier” de I'UNESCO é exclusivamente dedicado a este tema. No art.º «nature et culture patrimoine de I'homme» pode ler-se:

«Jusqu'ici Ia sauvegarde du patrimoine culturel, d'une part, Ia protection de Ia nature de l'autre, apparaissaient comme deux problèmes distincts, et l'on considérait que Ia responsabilité d'assurer cette protection ou cette sauvegarde incombait uniquement aux pays dans lesquels se trouvent Ies sites cultureIs et natureIs en question. La grande innovation de Ia Convention consiste à relier Ies deux devoirs de protection, qu'il s'agisse de nature ou de culture, et à procurer à Ia coopération internationale qui doit s'exercer dans ce domaine un cadre juridique, administratif et financier. Elle introduit aussi le concept de "patrimoine mondial" dont l'importance transcende évidemment Ies frontières politiques et géographiques.»

Também no campo epistemológico se ensaia uma simbiose entre a antropologia e a biologia, em propostas como a da constituição de uma etologia humana, ou em propostas de renovação da própria etnografia. Santos Júnior, por exemplo, considera que "um estudo etnográfico de uma população agregada só poderá ser total e completo quando abrange e coordena o estudo dos factores humanos essenciais, ambos antropobiológicos e bio-sociais, com os factores de carácter geográfico e histórico".(5)

Mas, a ordem natural não é equivalente à ordem cultural, nem esta releva daquela. Como declara Lucien Sebag, "a natureza torna-se cultura não em razão de um sistema de equivalência que faria corresponder a cada unidade de um domínio uma unidade emprestada a outro domínio, mas através da integração de certo número de elementos naturais a um tipo de ordem que caracteriza a cultura".(6)

A grande virtude da prática da ecomuseologia (Ile d'Ouessant, Le Creusot/Montceau-Ies-Mines, em França, Itaípu, no Brasil, etc., etc.) é a de relançar em novas bases a discussão acerca da correcta gestão dos recursos patrimoniais de ordem cultural e natural. Um museu, qualquer que ele seja, funciona como um banco de dados, ou come uma extensão de um gigantesco banco de dados constituído por todos os museus do mundo que têm visto a luz do dia nos últimos duzentos anos. A acumulação e o isolamento da informação, isto é, de um conjunto de objectos-signos, representa uma face da sua natureza operatória; a outra face é a da indispensável comunicação desta informação. «Ce lieu publique doit assurer Ia communication du patrimoine de manière objectivement efficace, socialement légitime et subjectivement authentique»(7) – escreve Dominique Poulot. O museu é, então, um lugar de comunicação e de encontro social entre um indivíduo e um objecto (ou série de objectos) e entre um indivíduo e o outro; lugar de reconhecimento, ele deve também funcionar como um lugar de encantamento.

Basicamente, são dois os modos como um museu se pode implantar no terreno: ou se instala num imóvel (ou num conjunto de imóveis), ou se estabelece como museu a céu aberto.

Os museus a céu aberto têm resultado da transferência de um conjunto de peças (elementos de arquitectura tradicional, por exemplo) para um recinto natural. A partir das primeiras experiências escandinavas, este tipo passou a ser adoptado por todo o mundo. George Henri Rivière associa este modelo à expressão: "micro-unité écologique".(8) Esta espécie de experiência não exclui o edifício, não só o edifício de apoio e de serviços, mas também o edifício preparado para a instalação de colecções complementares, permanentes, ou temporárias. O ecomuseu, do ponto de vista da sua implantação no terreno, deriva destas soluções.

«L'écomusée se compose essentiellement de deux musées coordonnés, un musée de I'espace, musée 'ouvert', un musée du temps, musée 'couvert’(9)» – explica G. H. Rivière.

Museu do espaço versus museu do tempo, isto é, um museu que se oferece numa leitura espacial, e um outro que se desenrola no tempo. O primeiro organiza-se em torno de uma amostragem de unidades ecológicas representativas do ambiente da região; o segundo expõe colecções de objectos, que foram sujeitos a uma periodização.

O conceito de ecomuseu convida ao cruzamento destes dois modelos. Solução de certo modo híbrida e aglutinadora que, por isso mesmo, tangencia o fim da entidade museu.

 

3. Voltemos ao espaço geográfico da ria.

Interpretando a paisagem lagunar que rodeia Aveiro, Almada Negreiros invocava Turner:

"Algumas das célebres aguarelas de Turner podiam ter por título Aveiro. Turner, sobre um centímetro de terra na tela punha-lhe quilómetros cúbicos de ar e nuvens iluminadas com tal extravagância que a imaginação não / 55 / supera. Como as cores mal lhe cabiam no fiozinho de terra, vá de estendê-las pelo ar e pelas nuvens com uma prodigalidade para muitos irreconhecível. Pois vinde a Aveiro: as cores que o ar e as nuvens usam aqui são uma homenagem permanente da natureza ao fantasista Turner. O pior é que a homenagem desbota Turner".(10)

Como revelar o rosto por vezes feérico da ria, por vezes bravo e cinzento, noutras vezes luminoso de fazer doer os olhos, enfim, os mil rostos da ria? Como comunicar a própria diversidade de costumes, de expressões criativas, de grupos sociais que salpicam as regiões ribeirinhas? Como, enfim, transmitir a relação entre esta gente e este espaço, o modo como este espaço tem condicionado a vida das pessoas, e o modo como a população tem intervindo sobre o ambiente físico?

Estas questões são, na verdade, o suporte da ideia de um museu da ria. Não se tratando da formalização de um projecto, fica o desejo de contribuir para o seu nascimento.

O museu da ria deveria oferecer simultaneamente uma memória comum e o deslumbramento perante tal paisagem humana e natural. Recuperar a memória, propondo ao espírito sentidos de futuro.

Como afirma Hugues de Varine, "o museu do futuro terá de ser uma obra colectiva e cooperativa, em que todo o membro da comunidade ocupe o lugar que lhe pertence", (11)

A constituição, por enquanto conjectural, de um ecomuseu da ria de Aveiro passa pela inventariação e caracterização dos espaços museográficos existentes na área geográfica da laguna. Que atitude ter relativamente aos museus existentes? Por outro lado, que atitude teriam estes relativamente a tal projecto que, como vimos, surge com características aglutinadoras? A partir dos dados fornecidos pelo ICOM, foi enviado um questionário a diversas instituições, distribuídas pelos concelhos de Ovar, Estarreja, Aveiro e Ílhavo. As perguntas incidiram sobre os seguintes itens: instalações, equipamentos, colecções, funcionários e público.

O quadro seguinte foi elaborado com base nas respostas recolhidas.

Uma última questão dizia respeito ao respectivo e eventual contributo para a constituição de um ecomuseu da ria de Aveiro. A maioria das instituições contactadas manifestou disponibilidade para se integrar e fomentar tal iniciativa.


4. Uma das questões que se põe, ou que se porá, na implementação de um ecomuseu da ria de Aveiro diz respeito à selecção, organização e exposição de espécimes. Como esboço de uma possível organização – esboço obviamente sujeito a correcções e desenvolvimentos poder-se-iam considerar as seguintes áreas:

a) Evolução hidro-topográfica da chamada Ria de Aveiro - que suscitaria uma longa incursão no tempo, proporcionando a "visita" ao período pré-Iagunar e ao período lagunar, este marcado por alterações constantes da barra, até à sua fixação em 1808. Seria oportuno considerar também a relação da estabilidade da abertura para o oceano com índices de progresso da cidade e do distrito.

b) Aspectos geológicos.

c) Aspectos biológicos - Neste âmbito, considerar-se-iam os inventários das espécies vegetais e animais da laguna, o estudo de cadeias ecológicas e a análise de factores desequilibradores, particularmente a acção de entidades poluentes.

d) Aspectos etnográficos - Indispensável na análise dos diversos grupos sócio-profissionais que têm na laguna a razão da sua actividade (moliceiros, salineiros, pescadores, construtores navais, agricultores, etc.).

e) Actividade artesanal - Estudo privilegiado das indústrias tradicionais que, por efeito do desenvolvimento da economia, subsistem no limiar do desaparecimento; por exemplo, a construção naval e a construção de jugos e cangas.

Na minha perspectiva, a exposição de espécimes não se deveria reduzir a uma apresentação em espaços museográficos tradicionais, É que estes constituem frequentemente espaços-prisão, que fracturam a relação do objecto com o contexto histórico e ambiental que o gerara e em que sobrevivera. / 56 /

Considera-se, a título de exemplo, uma possível exposição da arte ornamental das embarcações tradicionais da ria, onde naturalmente caberiam os painéis policromos dos barcos moliceiros. Imagine-se um conjunto de salas onde, através de apontamentos gráficos e de registos fotográficos, se apresentasse esta arte. Neste caso, o espectador teria a visão do produto da análise, isto é, colocar-se-ia perante um espécime preparado laboratorialmente. De certo modo, oferecer-se-ia algo distante do "painel-objecto". O objecto exposto apresentaria, por assim dizer, um grau máximo de transparência.

No extremo oposto, imagine-se um passeio pela ria, uma visita aos ancoradouros e aos estaleiros dos barcos, para apreciar as respectivas decorações. Neste caso, o objecto apresentaria, por assim dizer, um grau máximo de opacidade.

Entre a transparência que desencarna o objecto e a opacidade que renuncia à procura das relações internas e externas do objecto, deve existir um espaço intermédio, uma zona onde a teoria se cruza com a prática.

O ecomuseu que imagino funciona neste espaço. Não renuncia ao exame; propõe-se ao público, cumprindo a indispensável função pedagógica. Também não renuncia à experiência real do objecto real, condição indispensável para o seu entendimento funcional.

Em suma, é na ideia de museu de itinerário que se consubstancia a proposta de um ecomuseu da ria.

Itinerário, ou itinerários pré-estabelecidos entre espaços museográficos cobertos (e será interessante contabilizar de novo o contributo dos museus existentes) e percursos a céu aberto. Itinerário, ou itinerários oferecidos entre o produto tratado laboratorialmente e a realidade objectual. Itinerário, também e finalmente, entre cultura e natureza.

Aqui fica uma sugestão, um esboço de projecto, cuja avaliação diz respeito à população e aos poderes instituídos. Com efeito, o concurso de todos os esforços, a vontade em participar no próprio progresso comunitário, são condições primeiras para a constituição de um ecomuseu.

Daniel Tércio Ramos Guimarães

Lisboa, Outubro de 1990.

 

BIBLIOGRAFIA RELATIVA A MUSEUS

 – Declaração do QUEBEC – Princípios de base de uma nova museologia - 1984. (Texto fotocopiado). Texto adoptado pelo I atelier int. Ecomuseus/Nova museologia.

– FRANÇA, José-Augusto – "Museu-imaginação e museu-imaginário". D.L.; 30 de Agosto de 1973. "Público e não público. Museus e anti-museus". D.L.; 21 de Abril de 1972.

– LEITÃO, Humberto – "A propósito de um museu de etnografia" in Aveiro e o seu Distrito; n.º 3, 1967.

MOTSNY, Grete "Les musées et les problèmes de Ia vie quotidienne"; Museum, vol. XXV, n.os 1/2, 1973.

– MOURA, Frederico de – "O museu marítimo e regional de Ílhavo", in Aveiro e o seu Distrito, n.º 10, 1970.

Os museus no mundo; Rio de Janeiro, Salvat ed., 1979.

– PARREIRA, Rui – Que fazer desta memória? O estudo da evolução do povoamento na área de intervenção do Museu Municipal de Vila Franca de Xira; comunicação apresentada no encontro de museus locais da Grande Lisboa; Amadora, Março de 1986.

– POULOT, Dominique – "Le musée entre I'histoire et ses légendes"; Débat, Histoire, Politique, Société; n.º 48 Março-Abril de 1988.

– RIVIÈRE, Georges Henri – Dossier écomusée, Paris, 1977. "Rôle du musée d'art et du musée de sciences humaines et sociales"; Museum, vol. XXV, n.os 1/2, 1973.

– (Colóquio) Tendance de Ia muséologie contemporaine et méthodes de développement communautaire; Lisboa, 1990.

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NOTAS

(1) – Preto e Comentário a "Exposição alusiva à Ria de Aveiro" in Arquivo do Distrito de Aveiro, separata do Vol. XIII.

(2) – "A propósito de um Museu de Etnografia", Aveiro e o seu Distrito; publ. da Junta Distr. de Aveiro, n.º 3, 1976.

(3) – Dossier écomusée; Paris, 1977.

(4) – "Rôle du musée d'art et du musée de sciences humaines et sociales", Museum, XXV (1/2), 1973.

(5) – J. R. dos Santos Júnior; The ecological concept of ethnography, México, 1958.

(6) – Cit. por Marshall Sahlins; Cultura e razão prática; Rio, Zahar, 1979; p. 141.

(7) – "Le musée entre I'Histoire et ses légendes", Débat, Histoire, Politique, Societé; n.º 48, Março/Abril 1988.

(8) – «Rôle du musée d'art el du musée de sciences humaines et sociales»; Museum; vol. XXV, n.º 1/2,1973.

(9) – Ibidem.

(10) – "Aveiro. Primeiras impressões"; Panorama; n.º 1, ano I, 1941.

(11) – Os museus no mundo; Rio, Salvat, 1979.

 

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