Acesso à hierarquia superior.

Boletim n.º 13-14 - Ano VII - 1989


 

 

A FEIRA DE MARÇO ATRAVÉS DOS TEMPOS

Uma outra publicação do Município, saída do prelo durante este ano, foi «A Feira de Março através dos Tempos», da autoria do jornalista Júlio de Sousa Martins, director do Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Aveiro, que se tem dedicado também à investigação e ao estudo de temas aveirenses. Além da colaboração em jornais e revistas, saiu da sua pena um outro trabalho, sob a epígrafe «Levantamento Cultural – Exemplos e sugestões».

Podemos avaliar o interesse deste livro pela súmula dos assuntos nele tratados: – Origens e características das feiras; De Tomar a Aveiro; Quem animava as feiras; Da Agricultura à Indústria, passando pelo Artesanato; Males e calamidades com reflexo nas feiras; Auge e declínio de Aveiro; A grande confusão dos pesos e medidas; Do aranzel de tempo imemorial à Feira da Madeira; De carpinteiro e arrematante da feira a pioneiro industrial; Aveiro em fins de século XIX e novas posturas sobre a Feira; Dois testemunhos; Actualização do preço dos abarracamentos.

Na introdução, assinada pelo autor, lê-se:

Uma tradição que se mantém viva ao longo de séculos não pode deixar de ser levada na devida consideração, ao menos pela comunidade em que se insere.

É o caso da Feira de Março aveirense, que completa 555 anos de existência neste ano de 1989.

Assim se explica (e se impõe) que tal efeméride seja devidamente registada, evocando as circunstâncias em que surgiu esse factor de desenvolvimento da então vila de Aveiro, nessa época já a debater-se com as dificuldades de uma barra inconstante, de consequências dramáticas para as actividades sociais e económicas da região.

É pois uma evocação da Feira de Março que a seguir se faz, enquadrando-se em alguns outros aspectos da vida aveirense, não, só a nível citadino como distrital.

E vamos começar pelo princípio, isto é: como surgiram as feiras e como evoluíram através dos tempos.

Por outro lado, entende o autor deste trabalho que, para melhor se entender a evolução da Feira de Março, não pode deixar-se de a enquadrar no contexto social em que essa tradicional manifestação aveirense naturalmente se integrou ao longo dos séculos, conseguindo adaptar-se às circunstâncias – e sobreviver galhardamente.

 

 

Página anterior

Índice Geral

Página seguinte

p. 56