► PESSOAL DA TERRA
► 1. POPULAÇÃO
No ano de 1676 tinha toda a Freguesia de Eixo, com os
Lugares da Oliveirinha, Póvoa, Costa e Quintãs, 300
fogos e 1:700 pessoas de sacramento.(1)
Em 1802 tinha a mesma 2:855 pessoas de
sacramento.(2) Em 1805
as terras que compõem a Freguesia da Oliveirinha tinham
400 fogos e 1:200 pessoas de confissão.(3)
Em 1829 tinha toda aquela antiga
Freguesia de Eixo 1:000 fogos e perto de 4:000 pessoas de sacramento.(4)
No ano de 1873 tinha a Freguesia de Eixo 435 fogos e 1:074 pessoas
maiores, 124 menores e 119 ausentes, a maior parte no Império do Brasil
somando tudo 1:317 pessoas.
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► 2. ÍNDOLE DO POVO PRESENTE
Se compararmos esta Terra com muitas outras do Reino, é
forçoso fazer-lhe justiça, que merece, de que o seu povo tem boa índole.
Aqui não se aponta nem nos consta que houvesse um ladrão ou assassino de
profissão. A gente de Eixo é muito hospitaleira, principalmente para com
as pessoas de fora que (talvez por esta razão) todas simpatizam com esta
boa Terra. Em regra, a gente de Eixo tem um carácter independente,
democrático e altivo. A par destas virtudes, tem vícios que muito
prejudicam os seus próprios interesses, sobretudo o interesse público e
melhoramentos da Terra. Estes vícios são a emulação e rivalidade
hereditárias, entre as famílias; muito pouco espírito público e nenhuma
instrução. Deve dizer-se que, em regra, a gente de Eixo tem uma razão
clara, certa prudência e sagacidade, mas presume mais do que é, de
maneira que cada indivíduo tem a sua opinião, de que não cede
facilmente. De tudo isto resulta que, se porventura aparece algum homem
dado às coisas públicas que pretende fazer obras de interesse público,
quase sempre lhe fazem oposição; aquele desgosta-se; e por isso a Terra
não progride tanto como devia progredir. Aqui temos como a falsa
ilustração do povo é pior do que a mesma ignorância. O ignorante
consulta-se e segue a opinião do sábio; e pelo contrário o ignorante
com fumaças de sábio nem sabe obrar, nem obedece aos
bons conselhos do sábio.(5)
Todos se devem convencer de que na união está a força, e
que, assim como a felicidade do todo depende da felicidade da parte,
assim também a felicidade desta depende daquela. A nossa felicidade
depende muito da dos nossos vizinhos. De que vale ao homem ser sábio,
ser rico e ter outras qualidades, se ele vive entre ignorantes e pobres?
O homem sábio, que vive entre gente ignorante, é um diamante que umas
vezes tem um resplendor tão forte que cega os circunstantes, mas o mais
das vezes é pérola com valor morto por não ter quem o saiba apreciar. O
homem rico, que vive entre pobres, é continuamente incomodado por estes,
de maneira que a sua riqueza é a causa da sua inquietação e inveja dos
outros. Devemos por isso convencer-nos de que uma povoação é uma grande
família, que é feliz quando todos os seus membros vivem em boa harmonia,
uns com os outros, e mal lhes vai quando reina discórdia em seus
membros. É para lamentar que aqui haja negação completa para a
associação, de que podia resultar tantos benefícios para a agricultura e
melhoramentos públicos.
Eixo é uma bela terra, e será excelente se as suas
famílias principais em algum tempo fraternalmente trabalharem para o seu
bem e progresso.
► 3. ESPERANÇA FUTURA
As famílias e as povoações, à semelhança das Nações, têm
suas épocas de engrandecimento e decadência pessoal. Eixo está sujeita
às mesmas leis dos outros povos. A época de um pessoal instruído de
homens, doutores, bacharéis formados, clérigos, como se verá adiante...
O gosto pelas letras foi substituído pelo da emigração para o Brasil,
Lisboa e outras partes. A cadeira de latim e latinidade, que aqui houve,
e os poucos e fáceis preparativos, que antes se exigiam para qualquer
carreira literária, convidavam muita gente a dedicar-se aos estudos. A
cadeira de latim acabou e são tantos e tão difíceis os preparatórios
segundo as últimas reformas de Instrução Pública, que só os grandes
proprietários podem destinar seus filhos para a vida literária. Os
pequenos capitalistas e os pobres (em cuja classe a história nos aponta
grandes talentos) têm hoje fechadas as portas de Minerva. Não é para
este lugar a discussão do actual sistema de Instrução Pública e os males
que em breve se hão-de sentir. Continuemos com o nosso intento. A gente
que hoje se dá às letras em Eixo é quase nenhuma, comparativamente com
os tempos passados. Estaremos na idade da ignorância? Durará muitos anos
este estado de coisas? Cremos que sim; porque o gosto da época não é de
letras, mas de dinheiro. Todos os sacrifícios que antes se faziam pelas
Letras e pela glória, se fazem hoje para adquirir dinheiro. O móbil
deste sentimento é o luxo, as novas e variadas necessidades, que a
civilização moderna criou; enfim, é o gosto deste século, a que se não
podem pôr diques. O mundo e o homem de hoje não são os de ontem. Hoje
não se pode dar um passo fora de casa sem dinheiro, e por isso se
empregam todos os meios para o adquirir, principalmente pela emigração
para a América, que nos últimos anos é extraordinária. Afigura-se-nos
que as causas da decadência actual de Eixo darão em resultado o seu
engrandecimento futuro. De uma grande parte da população que está fora,
algumas pessoas adquirem mais ou menos civilização e fortuna, e quem
adquire isto deseja a glória; e, sendo os filhos de Eixo aferrados à
terra natal, é de crer que, quando forem regressando, mandem instruir e
educar bem os seus filhos e que, por conseguinte, Eixo venha um dia a
ter um pessoal bem melhor que o actual.
Desejamos do coração que assim aconteça e temos fé no
futuro, não só pelas razões referidas mas até porque Eixo é uma terra
mimosa em frutos, muito higiénica, e, com a estrada que a corta pelo
centro, ficou com excelentes comunicações para todas as povoações
vizinhas mais importantes; e, se um dia for banhada pelo rio Vouga, como
deve acontecer em breves anos, acrescerá este belo meio de comunicação
fluvial, que lhe dará muita importância.
A estas razões acresce uma que sobressai a todas e que
tem dado e deve dar resultados
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brilhantes no pessoal de Eixo.
Devemos advertir que até aos princípios deste século foi
mania deste povo casarem primos com primas, parentes com parentes; era
raro o casamento fora da parentela e da terra, de maneira que a povoação
reduziu-se principalmente a uma numerosa família, a Família Dias. Somos
suspeitos porque pertencemos a esta família e, portanto, não se pode
dizer que temos em vista deprimi-la, mas pedem a verdade e a
conveniência que se diga que tais casamentos deram muito maus resultados
pelo lado intelectual e de salubridade desta família. Felizmente esta
época e mania (por assim dizer) acabaram; pode dizer-se que haverá
trinta ou mais anos começou a regeneração desta e outras famílias de
Eixo, cruzando-se completamente as raças e fazendo-se casamentos das
pessoas principais da terra com outras de fora, e até de terras muito
distantes com os resultados mais satisfatórios.
Por estas razões, temos fé de que Eixo (principalmente se
continuar a ser uma terra tão salubre como tem sido) deve esperar um
futuro brilhante pelo aumento e melhoramento da sua população.
► 4. ESTATURA E FISIONOMIA; DO BELO SEXO
A estatura, a fisionomia e o metal de voz, da gente de
Eixo são regulares: altura elegante, rosto comprido, nariz regular,
olhos e cabelos castanhos, timbre de voz agradável e sem vício; e o
traje das tricanas distingue-se do das povoações vizinhas. As mulheres
são alegres e joviais e, como se diz, mulheres de casa; e, consideradas,
moralmente e sem ofensa das mais classes, é forçoso dizer que as
senhoras de Eixo sempre têm sido dignas de elogio.
Depois de trazermos os leitores por longa charneca
queimada em que só se avistam de longe a longe troncos carcomidos sem
copa virente, paredes velhas cobertas de hereiras, que o tempo crestou,
vamos mostrar-lhes enfim, senão uma extensa paisagem pitoresca, um
raminho de flores colhido no jardim das Graças; falamos do belo sexo
desta Vila, nos últimos tempos. Diremos pois aos leitores que, desde o
ano de 1800 até 1840, nasceram e floresceram nesta Vila vinte e quatro
moças formosas, incluindo muitas senhoras e não incluindo muitas, que
não ficam muito inferiores.
Se nos fosse possível neste momento revocá-las todas à
idade de 18 anos, colocá-las num grupo que se desenhasse, ofereceríamos
aos leitores um quadro mais precioso e encantador que toda esta Memória.
Mas como isto nos é vedado, restando-nos um desejo sempre vão, «julgue-o
quem não pode experimentá-lo» – como diz o nosso Camões. Depois de uma
época tão brilhante, era natural seguir-se-lhe outra menos favorecida da
natureza. E com efeito, desde o ano de 1840 até hoje, já não é tão
numeroso o sexo belo, se o compararmos com a época referida; mas por
isso que são menos, mais brilham as estrelas que aparecem.
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► 5. GRAU DE CIVILIZAÇÃO DOS ANTEPASSADOS
Demonstrada a civilização ou atraso de um povo numa época
dada, podemos conjecturar com alguma probabilidade o seu estado em
tempos anteriores a essa época. Na falta de documentos anteriores,
examinemos o estado deste povo nos fins do século XVII. O Livro dos
Capítulos das Visitas desta igreja, que teve princípio no ano de 1667,
dá-nos uma ideia dos costumes deste povo do seu atraso, como vamos ver.
Na Visitação 17 do ano de 1688, se fez queixa ao
Visitador de que os povos falavam alto na igreja, a ponto de perturbarem
o sacerdote no acto da Missa. Porém, este facto (que revela grosseria ou
impiedade de quem o pratica) só por si não é suficiente para o nosso
intento; porque devemos ponderar que a igreja era
pequena e a população grande,(6)
a ponto de o povo ocupar os caixões da Confraria e deixar os mordomos em
pé; portanto, era natural que houvesse desordem num edifício pequeno,
concorrido de muita gente.
Temos porém outros factos que mostram claramente a pouca
civilização e atraso deste povo naqueles tempos.
Na Visitação 2.ª de 1668, fez-se queixa de que alguns
sacerdotes jogavam a bola na rua pública e à porta das vendas!
Na Visitação do ano seguinte repetiu-se esta queixa, e a
de que eles iam às tabernas e açougues (Vd. a Visita deste ano). Vemos
que havia clérigos incorrigíveis e indecentes no modo
de trajar, usando capotes brancos.(7)
A coisa começou pelos padres!! E, se os padres eram devassos, como
seriam os seculares? E, se estes factos se davam nas terras grandes, o
que seria nas aldeias? As Missas das festividades eram cantadas por «uns
charamelos» – o que foi muito estranhado pelo Visitador
(Cit. Visit. 3.ª n.º 17). Os guiões eram levados nas procissões por
gente descalça.(8)
Algumas pessoas iam à igreja buscar os
bancos e não os restituíam; a igreja não tinha forro algum no corpo e
ameaçava ruína, apesar de as Confrarias terem copiosas rendas.(9)
Havia devassidão nos templos, sendo os
sacerdotes os piores que falavam nos intervalos dos ofícios divinos.(10)
Na Visitação 3.ª cit., se mandou fazer uma porta para a
torre, porque a não tinha, e pôr uma corda no sino,
mas que esta só se pusesse depois da porta feita, para não a furtarem.(11)
São estes factos suficientes para o leitor fazer uma
ideia do atraso e desleixo deste povo naqueles tempos.
► 6. AS CAVALHADAS, AS FOGAÇAS E O CARNEIRO
Na falta de outros dados, podem os usos e costumes e
mesmo as festividades e divertimentos públicos de um povo traduzir-nos a
índole, génio e modo de viver de seus antepassados. Vamos por isso
registar os mais notáveis (a que os leitores darão o merecimento
devido), isto é, as cavalhadas ou encamisadas, fogaças e usos de matar o
carneiro.
Estes divertimentos têm lugar na festividade de Nossa
Senhora das Neves, no dia 5 de Agosto quando cai em domingo,
ou no domingo seguinte quando o dia 5 não é
santificado.(12)
A cavalhada ou encamisada é o primeiro divertimento, na
véspera da festa.
Das 9 para as 10 horas da noite começam a juntar-se
cavalheiros – uns vestidos de militares, outros de
damas e de outros trajes(13)
– ao pé do Adro de Cima da igreja, ora a toque do tambor, bombo e
pífaro, ou charanga, havendo também algumas vezes música a grande
instrumental, que se toca neste sítio do Adro. Formados os pares e indo
o tesoureiro da festa também a cavalo na frente com o guião da Confraria
levantado, archotes acesos, não faltando o fogo do ar e os ditos
tambores, dão umas voltas em roda do adro e cruzeiro
novo, e depois correm todas as ruas da Vila,(14)
parando em casa de cada um dos festeiros, que lhes dá o competente
beberete.
No dia seguinte, há boa festa de igreja, com música a
grande instrumental, sermão e procissão no fim da Missa. De tarde, são
as entusiásticas fogaças.
As fogaças são grandes bolos de farinha de trigo(15)
com efeitos também de massa representando passarinhos, bichos e ramos
recortados à
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tesoura, – tudo pintado de amarelo. Levam no centro grandes ramos de
flores artificiais e a circunferência é enfeitada de fitas pendentes.
São levadas em tabuleiros ou bandejas, com boas toalhas
pendentes que têm o defeito de cobrirem os formosos rostos das
portadoras, que de ordinário são dignos de serem vistos.
No dia da festa, de tarde, das 4 para as 5 horas, vão os
tamboreiros ou a Música acompanhar as portadoras das fogaças de suas
casas até à igreja, onde todas oferecem as fogaças à Senhora, e daí saem
em préstito para o cruzeiro da Balsa, onde se sentam tendo as fogaças
diante de si.
Os cavaleiros, que já se acham a postos perto da ponte,
largam todos a primeira carreira até ao cruzeiro, que dizem ser em
louvor da Senhora das Neves. Depois começam as carreiras de cavaleiros
aos pares, ganhando uma fogaça o que primeiro chegar ao cruzeiro.
– «Qual do cavalo voa, que não dece:
Qual c'o cavalo em terra dando, geme».(16)
É este um divertimento de muito entusiasmo para a gente
da Vila e de fora, a que concorre grande número de pessoas de Aveiro,
Águeda e outras terras, sendo para lamentar que a Autoridade competente
não intervenha e proíba que o povo se apresente em grupos na carreira, o
que tem dado ocasião à queda dos cavaleiros com geral desgosto dos
espectadores. Nestes últimos anos tem havido fogo preso na rua a correr
com o adro da igreja, uns anos em seguida às corridas das fogaças que
acabam ao anoitecer, e noutros pelas 10 horas da noite.
No dia seguinte, também se tem introduzido desde há
poucos anos, outra corrida de fogaças na rua do Adro de Cima, que não é
menos divertida, porque as cavalgaduras são burros sendeiros, de
ordinário montados por crianças, onde o trambolhão é a ordem do dia ou
da tarde. Há música, tambores e fogo do ar, como no dia antecedente. Já
se vê que são três festas cheias.
Antes de 1834, em seguida à carreira das fogaças,
realizava-se um divertimento bárbaro, a que chamavam a corrida do
carneiro; tinha lugar na rua do Adro, em frente aos celeiros da Casa de
Bragança. Prendendo-se um carneiro pelos pés a uma corda, era esta
segura numa das pontas às grades do celeiro e na outra à oliveira do
canto do nascente do adro da igreja. O carneiro ficava com a cabeça
pendente em altura tal que fosse preciso saltar para se lhe poder chegar
com a espada. Homens com lenços atados na cabeça e armados de grandes
espadeirões e dando cada um a sua carreira alternadamente davam
espadadas na cabeça do carneiro, que era entregue àquele que primeiro a
cortava! Semelhante espectáculo bárbaro acabou, como devia, no ano de
1833.
Não sabemos de que ano data a festividade da Senhora das
Neves em Eixo, mas é certo que já no ano de 1668 existia a sua
Confraria, como se vê da Visita 2.ª desta igreja.
É tradição que, aparecendo uma imagem da Virgem num
cabeço, que existe no campo, coberto de tojos, no limite entre o campo
de Angeja e de Eixo, houve grandes demandas entre estes povos para
decidirem a qual deles pertencia a imagem. Diz-se que venceram os de
Angeja, mas é certo que a Senhora das Neves se festeja com grande pompa
em ambos estes povos e com o mesmo uso de encamisada. Há 30 anos que os
de Angeja edificaram uma capelinha no referido sítio do aparecimento da
imagem, onde se faz um arraial muito concorrido no domingo imediato ao
da sua festa.
O costume de matar o carneiro não era privativo desta
festividade e desta Terra: também se usava no Bunheiro, Ovar e talvez em
outras Terras.
Não sabemos quando nem por que se introduziu o costume
das fogaças.
No citado foral dado por El-Rei D. Manuel, no cap.
intitulado «foros da terra», se diz «que os foreiros serão obrigados a
levar ao celeiro as fogaças e capões, até ao dia de Santo Estêvão de
cada ano. Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, no seu Vocabulário, na
palavra «Fogaça», cita vários forais, que igualmente mencionam as
fogaças e os capões que os foreiros eram obrigados a dar ao Senhorio da
Terra, declarando que a fogaça era de um e dois alqueires de trigo. Era
pois a fogaça, no sentido dos forais, um brinde que faziam os foreiros
aos seus Senhorios. Diz o citado Viterbo que a fogaça também se
introduziu no culto religioso.
As fogaças da festividade da Senhora das Neves serão as
mesmas das que fala o foral, que o Alto Senhorio cederia para esta
festividade, isentando os seus foreiros destes encargos? Suposto o foral
as mande pagar, elas efectivamente se não pagam de tempo imemorial.
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NOTAS:
(1)
– Visitação 8.
(2)
– Visitação 54.
(3)
– Visitação 56.
(4)
– Visitação 59.
(5)
– «Qui nec ipse convertere nec alteri parere scite eum extraneo ingenio
esse» – diz o Príncipe dos Historiadores Latinos, Tito Lívio, L. 22,
Cap. 29.
(6)
– Vd. Visitação 16 de 1685 e 17 de 1688.
(7)
– Visitação 3.ª de 1672 e 15.ª do ano de 1683.
(8)
– Visitação 20.ª de 1691.
(9)
– Visitação 18 e 20.
(10)
– Visitação 39. A troça que se fazia na igreja não era só efeito de ela
ser pequena, mas também estimulada pelos padres.
(11)
– Eram ratoneiros reles que furtavam a corda e deixavam o sino incapaz
de tocar.
(12)
– Há 30 anos que esta festividade se celebrava sempre no dia 5, ainda
que não fosse santificado: mas reconheceu-se que nos dias não
santificados a festa era pouco concorrida de gente de fora.
(13)
– Ainda há poucos anos se introduziu este traje, porque o mais usado era
camisa e calça branca, faixa vermelha, lençol a servir de capa e chapéu
com plumas e fitas pendentes – e talvez por isso se chamasse encamisada
– termo militar que significa assalto nocturno de soldados vestidos de
camisões.
(14)
– Antes também iam ao lugar de Horta, mas há anos que deixaram este
costume.
(15)
– Ainda há poucos anos que eram por levedar, mas hoje são de pão
levedado ou mesmo todas de pão de ló, que não são piores.
(16)
– Camões Lusíadas. Canto 6. Est. 64.
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