A. Gonçalves de Azevedo, Por terras da Feira. Folclore do vale, Vol. XIII, pp. 226-235

POR TERRAS DA FEIRA

FOLCLORE DO VALE

«VIDA DE AMOR: AMOR A DEUS E AMOR À TERRA»

Vai-te carta venturosa,
Nas asas dum rouxinol,
Os olhos que te hão-de ler,
São tão lindos como o Sol!


A NORDESTE da nobre Vila da Feira, representada, pelo seu brasão, das mais formosas vilas de Portugal − fica a terra do Vale, que tem por orago Nossa Senhora, sob o título tão expressivo e tão significativo de Santa Maria.

Santa Maria do Vale: nome de boa terra, de gente simples e laboriosa com características acentuadamente originais como não há outras em Portugal. As minhas recordações ligam-me muito ao Vale, já desde a minha infância. Sinto por esse recanto uma afeição de verdadeiro filho adoptivo. Por ali passei quase toda a minha vida. Esta terra sempre muita simpatia me inspirou, não só pelas suas belezas naturais, mas também pelas numerosas e distintas pessoas que sempre me têm distinguido pela sua singular amizade. Todas aquelas paisagens me são familiares: Pessegueiro, Póvoa, Cedofeita, Louredinho, Serralva, Vale propriamente dito, e tantas outras... É também pela volta dos meus catorze anos que faço os primeiros romances em que brilham olhos femininos... Os primeiros versos, a alegria das festas de Vila Seca, S. Brás, Santo António, a Páscoa que tão linda é, e as rifas de Pessegueiro!

Tudo são recordações, sonhos de infância, devaneios, saudades românticas inesquecíveis!... / 227 /

Em quase todos os habitantes desta freguesia tenho um amigo − e pelo amor à terra das minhas saudades, por onde tenho passado os dias mais felizes da minha vida, coligi, leitor amigo, este rosário de cantigas, na região mais linda de Portugal − nas Terras de Santa Maria.

O folclore: poemas, cantigas, bailes, indumentária e orações antigas, têm muito de representativo para o estudo psíquico da índole do nosso povo. Cantigas populares, surpreendem pela graça e o mais subtil da intimidade do povo das nossas aldeias.

Recolhê-las e conservá-las, sem alteração, é sentir-se a grandeza duma existência feliz, verdadeiramente tradicionalista, inconfundível, de tudo quanto hoje se chama Restauração Nacional.

Do Vale − trilogia do amor:
trabalhar, rezar e cantar!


Rir e cantar no tempo em que vivemos, é como que uma ironia desfechada às vicissitudes, à tragédia da vida actual, em que ninguém se entende − que o negrume pagão do culto da força afundou o Mundo em ondas de sangue e em pavores apocalípticos de ruínas!

A vã glória, para quê? «Quem te não conhecer que te compre» dizem os rústicos da minha terra. O povo deixa o girar dos orbes: canta e ri....

«Quero cantar ser alegre,
Que a tristeza não faz bem;
Inda não vi a tristeza,
Dar de comer a ninguém»

Hei-de cantar, hei-de rir,
Hei-de regalar a alma;
Hei-de morrer solteira,
Levar o ramo da palma.

Mais adiante, pelas esfolhadas, um grupo de rapazes ao som da viola começa a cantar:

Este lugar onde eu moro,
Não é vila nem cidade:
É um lugar pequenino,
Muito da minha vontade.

O lugar do Vale,
Hei-de o mandar dourar,
Com biquinhos de alfinete
Para o meu amor passear.

Entra o amor nas suas derivações imediatas de inspiração e beleza:

Maria, Minha Maria,
Tu és o meu ai Jesus!
Quem me dera dar um beijo
Onde o lenço faz a cruz.

Esta terra não é minha,
Se eu quiser minha será;
Se contigo tomar amores
Terra minha ficará.

/ 228 /

Entra agora, em cenário, o lugar da Pena, velho castro e antiga civitas do Vale, por uma sátira filosófico-escarninha:

Adeus ó lugar da Pena,
Encosto dos mandriões,
Onde se cortam baetas,
Panos finos e algodões!

Continua o mesmo maldizer:

Já cantei uma cantiga,
Já com esta vão em dez;
Ainda hei-de cantar uma
Que te hei-de calcar aos pés!


Um outro tema − a mocidade dos campos, nas aldeias, com a sua epistolografia amorosa:

Vai-te carta venturosa,
Nas asas dum rouxinol,
Os olhos que te hão-de ler,
São tão lindos como o Sol!


Você diz que me não quer,
Nem por isso boto dó;
Muito fraco é o navio,
Que tem uma amarra só!

Menina que anda de luto,
Diga-me, quem lhe morreu?
Se lhe morreu o marido,
Nas faltas dele estou eu.


Ó meu amor, meu amor,
Ó meu amor coitadinho!
Andas coberto de penas,
E mais não és passarinho.

Minha mãe para me casar,
Prometeu-me quanto tinha;
Depois que me viu casada,
Deu-me as penas que ela tinha.


Entra um outro maldizer dos de Pessegueiro para os de Rebordelo
(1):

Manuel de Rebordelo,
Fita verde nos calções,
Com sentido nos amores,
Deixou-lhe esturrar os fajões

/ 229 / [Vol. XIlI - N.º 51 - 1947]

Outras cantigas de sabor religioso, sobem no espaço à Sr.ª da Saúde de Vila Seca:

Ó Senhora da Saúde,
Dai saúde à minha gente:
Que lá 'stá em minha casa,
Uma sã, outra doente.


Ó Senhora da Saúde,
Minha mãe, minha madrinha!
Eu já fui à Vossa casa,
Minha mãe, vinde à minha!

Senhora da Saúde,
O caminho pedras tem;
Se não fizesses milagres,
Não iria lá ninguém.


Ó Senhora da Saúde,
A romaria 'stá acabar!
Senhora, dai-me saúde,
Para o ano cá voltar!

Senhora de Vila Seca,(2)
Não hei-de ir à Vossa festa,
Que me tiraste a merenda
A mais a hora da sesta!


Agora, voltam os de Rebordêlo para os seus rivais de Pessegueiro, com uma alegoria ao vinho, caso de parabéns para o sr. Dr. Samuel Maia. Eis o seu prémio de consolação:

Em Pessegueiro(3) também há
Dos tais da minha paixão:
De que eu imenso gosto,
E amo com atenção.


Cantai moças e cachopas,
Guardai o que vosso é!
Quem não canta nem dança,
Também lhe escorrega o pé.


Debaixo desta ramada,
Não chove nem cai orvalho;
Menina, se há-de ser minha,
Não me dê tanto trabalho.

São dos tais peixinhos, (4)
Que eu caço nas minhas redes,
Dormem encostados às árvores
E encostados às paredes!...


Hei-de te fazer correr,
Como a água da fonte,
Hei-de te fazer chorar
Lágrimas de monte a monte!


Subi ao Altar-mor,
Acender velas no trono,
Coitadinho de quem ama
Amores que já têm dono!

/ 230 /

O lugar de Serralva,
De pequenino tem graça;
Tem uma fonte no meio,
Dá de beber a quem passa.


O lugar de Sagufe
(5)
É pequenino, mas tem tudo:
Soldados para a Guerra,
E estudantes para o estudo.


O lugar lindo do Vale,
É a paz da minha alegria
Para onde os meus olhos,
Navegam noite e dia.

O lugar de Pessegueiro,
Ao longe parece vila;
Tem um cravo na entrada
E uma rosa na saída.


A freguesia do Vale,
É terra de muitas flores;
Também tem nos seus lugares
Belos e formosos amores...


Quem quiser amar a Deus,
Não diga que não tem tempo,
Pode andar no seu trabalho
E trazê-lo no pensamento.

Entre patrões e criados: −

Quatro coisas quer a patroa,
Da criada que a serve:
Levantar cedo, deitar tarde,
Comer pouco e ser alegre.

O almoço quer-se cedo,
O jantar abreviado.
A merenda não esqueça;
Com a ceia o maior cuidado.

Diante deste oiro sobre azul de poesia popular − as tristezas não pagam dívidas, diz o dictério popular, segundo as despedidas, dum dia de trabalho alegre e reconfortante que o nosso povinho faz a rir e a cantar...

Adeus Vale, ó minha pátria,
Onde o pároco se encontra,
É gente mais estimada,
Que se julga em outra conta.


Adeus Torre
(6), não me desprezes,
Assim por qualquer maneira,
Viva também um bocado
Que me pertence em Oliveira.

Adeus, Adeus Pessegueiro,
Ó quem me agora lá dera;
A culpa tive-a eu,
'Stava lá, não me viera.


Adeus Areal e Póvoa,
Arilhe e Cedofeita;
Adeus Torre e Prezinhas
Que é uma vila perfeita.

/ 231 /

Tenho dentro de meu peito
Duas rodas de moer:
Uma anda, outra desanda,
Nem sei o que hei-de fazer!

Do Vale de Santa Maria
A Igreja tem quatro cantos;
Nela passeia o meu amor,
Domingos e dias Santos.

A FONTE DOS MOUROS E A LENDA

Os sonhadores de tesouros, das antigas mouras encantadas, julgam grandes preciosidades escondidas entre a Marmoirinha e Fontela.

Muito convencidos dizem:


Entre a Marmorinha
(7) e Fontela
Está o tesouro da Manguela
(8)
Carrega sete burros azemeis
E outros tantos, se quereis.

 

RECEITAS, REZAS E ESCONJUROS

Nomeadamente no Vale, principalmente em Pessegueiro e Costa-Má, Pena e Marmoirinha, abundaram sempre as intrujonas, que vivem de talhar o mal ruim, servindo-se da intrujice como exploração da pacovice ignorantona. A Amélia do Tista, vai à Bruxa à Pena e a Olívia Duarte vai ao Bota-cartas da Pena d'Além. A Tista gasta à tripa-fôrra com o Bruxo de Pessegueiro − para lhe tirar uma dor de barriga, a que o Bruxo receita:

Salva, acintro, alecrim, ortelão, poejos, rosmaninho, murtinhos, canela, rosas, belta-luz, erva doce e uregos.

Tudo reduzido a pó, emplastado em vinho e aplicado sobre o ventre.

Para a moça fazer andar sempre o rapaz à corda, até que se resolva a casar com ela: −

Sobre o peito esquerdo, pregado no colete, traz numa bolsinha um osso dum cão, outro dum gato e outro dum / 232 / defunto, com um pouquinho de trena do caixão do mesmo com três folhas de ruda, três de alecrim e um alho verde.

Desde as pontas dos pés e das mãos, da esquerda para a direita e dos da direita para a esquerda − lavar bem o corpo em cruz, e com esta água dar ao dito cujo café ou chá, tudo bem preparado com açúcar, e... finalmente, ovos fritos, partidos rio cachaço dela e aparados no... fundo das costas.

 

          Para sair uma má vizinha que entra em nossa casa:

Queimar debaixo do rescaldo da lareira uma vassoura, remédio eficaz para que a má vizinha nem ralhe nem se demore.
 

          Para se fazer escárnio das bruxas e feiticeiras:

Trincar e mastigar, todos os dias ao levantar da cama, um bocadinho de alho verde.


          Para as dores de peitos de mulher:

Deitar água numa ferradura quente, que tenha servido em pata de mula, e lavar com essa água o peito, sendo remédio experimentado e de bom resultado.


          Para esconjurar desordens nas casas:

Não tão salutar e eficaz como um bom marmeleiro, mas é coisa simples:

Meter três raminhos de alecrim, em cruz, debaixo da cinza, na lareira da casa, mas tudo feito sem que o percebam as pessoas zangadas.


          Para dor de dentes:

Naquele monte, mal assente,
Estava São Climente;
Nossa Senhora lhe disse:
− «Que tens to Ó Quelimente?»
− «Doi-me o queixo e mais o dente!»
− «Queres que tu benza, Quelimente?»
− «Quero, sim, minha Senhora».    
/ 233 /

− «Põe as tuas cinco pulgadas
Sobre essas tuas pontadas,
Que elas serão abrandadas».
Padre Nosso, Avé Maria. Paz teco. Aleluia.
(Isto diz-se 3 vezes).


          Para talhar a bertueja:

O doente coloca o peito sobre uma bacia de água, e a benzedeira toma uma estriga, estende-a sobre as costas do doente, correndo sobre ela um pente, e diz:

«Homem manso,
Mulher brava,
Casa alagada,
Cama de palha,
Cabeceira dalbarda,
Este mal por donde entrou por aí saia.»


          Para o pão se levedar depressa:

«Pega nas calças de um homem (que não use ceroulas) vira-as do invés e põe-nas sobre a massa, com umas contas benzidas em cima.»

          Para aborrecer o vinho:

Pegar numa cobra viva e deitá-la. em meia canada de vinho. Se não for tempo de cobras, uma enguia, faz o mesmo efeito.

Quando o bêbado pedir vinho, dar-lhe o desta receita. Ao cabo de 24 horas, não pede mais vinho!


          Para nascerem somente pitas:

«Serão os ovos lançados por uma criança ao ninheiro, um a um, e dizer tantas vezes quantos forem os ovos:

Em louvor de S. Salvador todos saiam pitas e um só galador.»


          Para curar panarícios:

Meter o panarício no ouvido de um gato, ou metê-lo num saquinho cheio de minhocas vivas, ou em óleo de enxofre. / 234 /


ORAÇÕES

Graças vos damos, meu Pai,
Pela fartura de feijões e milhos;
Que este anno Vos dignastes
Dar aos vossos ingratos filhos.
Eu vou á frente de todos
Pois que ouviste o meu pedido;
Eu já estou acostumado
A ser por Vós atendido.

VaIei-nos, Eterno Pai,
Fazei-nos tudo mais baratinho
Vede o alto preço tambem
A que chegou o nosso vinho.
VaIei-nos enfim em tudo
Vós que tudo sabeis bem;
Mandai-nos a vossa tabela
Desde já p'ra sempre. Amen.

Publicada no Correio da Feira do Sr. D. J. de Oliveira, já falecido. (Sereno) poeta popular.


           St.º ANTÓNlO DO VALE

                               (responsos)

Ó meu beato St.º António,
Pelo monte assubistes,
O Santo Abreviário perdestes,
Para traz em procura dele volvestes;
Três vezes da Virgem Maria ouvistes: António, António, António,
O perdido seja achado
E o esquecido alembrado
E o vivo arrecadado.
− Pelo poder de Deus e da Virgem Maria,
Padre-Nosso e Avé Maria.

(É preciso dizer-se esta encomendação 3 vezes, ou nove sem engano).

(Recitado por M. M. R. G. T. da C.ção)


Estando St.º António a pregar o seu sermão,
Veio um anjo do Céu e anunciou:
António, hás-de crer que o teu Pai vá padecer por sete sentenças falsas!
António que tal ouviu,
Para Lisboa − partiu.
E logo nele encontrou a justiça com toda a gente e disse:
− Onde levais esse Homem a morrer tão inocente?
− Este homem matou outro e enterrou-o no quintal. E ele disse:
− Vamos à campa do morto, que ele jurará a verdade.
E o morto se levantou,
Vestido e calçado
Como no Mundo andou. E disse:
− Este Homem não me matou nem tenho sinais.
O homem que me matou,
Na companhia o levais!
O Sagrado Messias pede
Que o não descubra mais!


Senhor Pai e Senhora Mãe,
Bote-me a sua benção,
Quero ir prá minha terra
Acabar o meu sermão
Que o povo que eu lá deixei
Falta me acharão.

(Continua)

ALFREDO GONÇALVES DE AZEVEDO

_________________________________________

(1) Esta aldeia pertence à freg. de Canedo, muito vizinha ao lugar de Pessegueiro do Vale, e situada na costa ocidental da serra de Lavercos, ramificação da serra da Ossa. Fica a E. N. E. do Vale e tem uma capelinha dedicada a St.ª Bárbara, muito antiga, à qual fazem uma festa na 1.ª oitava da Páscoa. No sopé, corre-lhe o rio Inha, que a 3 quilómetros de distância
desagua no rio Douro. É tradição histórica esta povoação, no século XIV, pertencer à extinta freguesia de Parada, hoje lugar da freg. de S. Vicente de Louredo
.

(2) Referência ao vizinho lugar de Vila Seca, da freg. de S. Vicente de Louredo, da Feira, onde se venera, numa interessante capela, a Senhora da Saúde de Vila Seca, ou só a Senhora, de Vila Seca, cuja festa se realiza a 7 de Setembro. A imagem é curiosa e digna de museu. É de pedra granítica do  século XIII. Também é invocada sob o nome de Senhora da Saúde. 

(3) − Os lugares da freguesia do Vale, cuja toponímia tem grande valor como auxiliar de estudos diversos, são: Serralva, Pessegueiro, Costa-Má, Vale, Louredinho, Arial, Pena, Pena-d'Além, St.ª Cristina, Sagufe, Carvalhas, Póvoa, Cedofeita, Ponte, Torre, Quinta, Arilhe, Paradela, Prezinhas, Chã e Oliveira.  Outrora, os lugares mais afastados estavam sujeitos à jurisdição dos párocos do Vale e dos párocos vizinhos. Assim, Serralva e Pessegueiro, meeiros do Vale e Canedo, passaram integralmente para o Vale − por sentença episcopal de 27 de Março de 1920.

(4) Referência aos ébrios que aqui se denominam de peixinhos e santinhos.

(5) Este lugar, eclesiasticamente, antes de 1858, pertencia à freguesia de Canedo. Hoje é do Vale e tem uma só família. Sagufe, é nome muito antigo e parece derivar de Sagufes, nome de homem. Um grande número de nomes típicos são tirados dos nomes pessoais dos proprietários ou senhores das vilas, quintas ou granjas.  

(6) Lugar do Vale, que conta, actualmente, doze famílias, quarenta varões e 32 donzelas. Quando se fundou esta povoação, apenas a Casa da Torre denominava nesta região. Seria a casa que deu o nome à Torre? Aqui nesta Torre arruinada, viveram os Albergarias que se uniram por casamento aos Soares de Azevedo, de Paradela, de Fermedo. De S. João de Rei, veio D. Isabel de Azevedo Coutinho casar com Diogo Soares de Albergaria, Senhor dos vínculos da Torre, Quinta, e Paradela. Desta ilustre família, procederam os do Buraco, Couto de Cucujães, Albergarias, de Cambra e Vasconcelos de Vila da Feira. Em Fermedo são dignos representantes Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, arqueólogo e historiador; Soares de Azevedo, escritor católico e representante da Imprensa Vaticana na América do Sul. Vive no Rio de Janeiro. P.e Domingos S. de Azevedo, pregador afamado. Mgr. Alcino Gonçalves de Azevedo e Alfredo G. Soares de Azevedo, professor e publicista; e outros desta família vivem no baixo concelho de Arouca e Vila da Feira.

(7) É um lugar do Vale. Relaciona-se esta palavra com Marmoiral ou Marmorial (Memorial), que é a mesma coisa que Moimento (Monumento), túmulo medieval em forma de arco, como no Burgo (Arouca) .

(8) Nome duma Senhora, rica de Serralva, já falecida há muito, mas de cujo apelido existem ainda reminiscências, e. até o lugar da Manguela, em S. Vicente de Louredo, perto da Marmorinha.. 

Página anterior

Índice

Página seguinte